A Heliconia Rostrata pode ser cultivada em vasos ou jardins, desde que, obviamente, sejam atendidas certas exigências.
Ela é um perfeito exemplar da família Heliconiaceae, que abriga esse único gênero das Heliconias, e que pode ser classificada como uma variedade ornamental, com capacidade para atingir um comprimento de até 3m.
Podemos defini-la como uma espécie herbácea, que se desenvolve a partir de um vigoroso rizoma subterrâneo, com uma capacidade incomparável de absorver nutrientes do solo.
O seu habitat natural é o imponente, vigoroso e diversificado bioma da Floresta Amazônica; mas também de outros biomas da América do Sul, como por exemplo, da Colômbia, Chile, Venezuela, Equador, Peru, Bolívia, entre outras regiões.
Nestes lugares, ela também pode ser identificada por nomes bastante curiosos, como caetê, bananeira-ornamental, bananeira-de-jardim, paquevira, bico-de-guará, além de várias outras denominações.
A Heliconia Rostrata, devido à algumas das suas características biológicas, já foi considerada como pertencente à família Musáceae (a das bananeiras). Porém tal classificação foi retirada, após uma detalhada investigação acerca das suas características biológicas fundamentais.
É em ambientes tropicais que as Heliconias Rostratas sentem-se em casa. Por isso é praticamente impossível encontrar essa espécie fora do trecho que abrange o norte de Santa Catarina e o sul do México – apesar do fato de existirem cerca de 250 espécies devidamente catalogadas.
A característica da Heliconia Rostrata de poder ser cultivada em vasos, jardins e canteiros, não é, de forma alguma, a sua maior virtude.
Por ser uma espécie tipicamente selvagem, ela consegue desafiar, bravamente, condições das mais adversas, como regiões com sol ou com sombra; trechos de bordas de florestas; desafiadoras matas fechadas ou com vegetação primária, além de matas ciliares, solos mais áridos ou argilosos, entre outras vegetações.
As suas brácteas, com tonalidades em vermelho, amarelo e verde, cobrem flores da mesma forma exuberantes, a se desenvolverem em diversos pseudocaules resistentes. Elas simbolizam o exemplo vivo da força, resiliência e perseverança da natureza diante dos desafios que lhes são impostos diariamente.
É Possível Plantar Heliconia Rostrata em Vaso?
Sim, sem dúvida! Como uma autêntica variedade ornamental, a Heliconia Rostrata pode, sim, ser cultivada em vaso.
Será preciso apenas atentar para o fato de que ela é uma planta de crescimento vigoroso, e que costuma alastrar-se horizontalmente, formando blocos compactos com vários pseudocaules que podem atingir até 3 m de altura. Por isso é necessário que esse vaso tenha um porte suficiente para conter tamanho impulso de vida.
Especialistas em jardinagem recomendam o seu plantio em buracos com 40cm x 40cm x 40cm, e que também separem as touceiras com uma tábua de metal ou argila, a fim de que possa limitar o seu crescimento horizontal e, com isso, garantir a correta oxigenação e adubação das espécies plantadas em vasos.
Tomados esses cuidados, o resultado será um verdadeiro espetáculo de cores e de formas, que se desenvolverão de janeiro a janeiro (com maior vigor no período primavera/verão). E o melhor: sem exigir os excessivos cuidados tão comuns na maioria das plantas ornamentais.
Como Plantar Heliconias Rostratas em Vaso?
Na natureza, as Heliconias não possuem dificuldade alguma em florescer divinamente. Seja por meio do cultivo de mudas, dos seus rizomas, ou mesmo pelo plantio de sementes, elas sempre saberão como dar o ar das suas graças.
Nesse último caso, elas ainda contam com a oportuna ajuda dos seus agentes polinizadores: beija-flores, bem-te-vis e morcegos, que se encarregam de presentear todo o continente latino-americano com essa variedade.
O problema do cultivo das Heliconias por meio de sementes, é que estas necessitam de até 6 meses para germinar.
Por isso, algumas técnicas como a de embalar unidades de sementes em sacos plásticos, juntamente com adubos e minerais específicos, em um local da casa com uma temperatura um pouco elevada e sem sol, acelera o processo em vários meses.
Mas o recomendado mesmo – inclusive para o cultivo de Heliconias Rostratas em vasos – é o plantio dos seus rizomas subterrâneos, com uma distância entre 70 e 90cm, a pelo menos 12 cm de profundidade, em vasos com um tamanho considerável.
Somente assim será possível realizar uma periódica e adequada adubação com material orgânico, esterco de galinha, cascas de frutas, ou mesmo adubos adquiridos em lojas especializadas.
Mas também é preciso atentar para outros detalhes, como por exemplo, o fato de que as Heliconias só se desenvolvem adequadamente em um ambiente úmido. Portanto, o recomendado é a irrigação constante em períodos de calor intenso.
Deve haver uma atenção especial também para os excessos: temperaturas abaixo de 10°C e acima de 35°C , bem como os ventos fortes, impedem o correto desenvolvimento das Heliconias rostratas, inclusive as que são cultivadas em vasos.
Logo, o ideal é a adoção de técnicas, como a cobertura das espécies com plásticos ou lonas em períodos de frio e o aumento da irrigação nos períodos de calor intenso.
Adubação da Helicônia Rostrata
Como qualquer vegetal, as Heliconias também necessitam de uma boa técnica de adubação para se desenvolverem adequadamente.
Uma característica interessante dessa espécie, é que elas preferem um solo levemente ácido. Por isso recomenda-se, pelo menos 30 dias antes do plantio, a correção do Ph da terra com cal dolomítico, a fim de que se obtenha um Ph com valores entre 4 e 5.
Já a adubação deverá ser feita com material orgânico: esterco de galinha (ou de bovino), casca de frutas, verduras, entre outros, pelo menos 2 vezes ao ano, a uma proporção de 3kg/ m2; além de uma cobertura com folhas secas, a fim de que a umidade do solo seja mantida toda vez que as Heliconias forem regadas.
Pelo menos 1 vez ao ano, recomenda-se, também, realizar uma limpeza nos vaso onde estão as Heliconias. Deve-se retirar os excessos e plantar novamente as mudas, a fim de evitar o apinhamento, com consequente diminuição da oferta de oxigênio para as plantas.
Com relação às pragas que acometem essa espécie, os grandes vilões são os nematoides – e em menor ocorrência, algumas variedades de pulgões, ácaros, fungos e cochonilhas -, que deverão ser combatidos, preferencialmente, por meio da prevenção, com o adequado tratamento do solo à base de nutrientes que fortaleçam as defesas da planta.
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