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Onde Fica o Vulcão Etna

Na região leste da Sicília (Itália), ladeado pelas cidades de Catânia e Messina, é o lugar onde fica o vulcão Etna: o mais alto dentre os vulcões ativos do continente europeu.

Estudos concluíram que o Etna possui uma trajetória que atravessa várias eras – estima-se que há pelo menos 2,4 milhões de anos ele já exibia toda a sua exuberância na lendária Ilha mediterrânea da Sicília.

O vulcão possui cerca de 3.342m de altura, e a circunferência da sua base em torno de 139 m – números que foram alterados constantemente ao longo da sua história, graças a algumas características particulares da região onde está assentado.

Onde Fica o Vulcão Etna?

O curioso na formação geológica do Etna, é que ela é composta por pelo menos três estruturas básicas. Na primeira, a partir da sua base até determinada altura, é possível observar um ambiente extremamente fértil, onde podem ser apreciadas diversas espécies de oliveiras, salgueiros, vinhas, entre outras variedades de árvores frutíferas.

Ao avançar mais para o topo, surgem magníficos bosques repletos de pinheiros e castanheiros, entre outras espécies, que aproveitam-se do solo extremamente fértil dos arredores do Etna.

Até que, enfim, cheguemos ao topo, e agora a paisagem ali torna-se bastante particular! Fragmentos de rochas vulcânicas, escolhos, pedregais, um solo arenoso e estéril, logo revelam que estamos em uma região devastada pelos terríveis efeitos de sucessivas erupções vulcânicas, como a que vem ocorrendo há cerca de 2 meses.

Com relação a esta, o Departamento de Proteção Civil da Itália já tratou de modificar para “amarelo” o nível de alerta para as comunidades em seu entorno. Mas as autoridades ressaltam, no entanto, que não há motivo para pânico; só o que é preciso é atentar para o caráter de imprevisibilidade desse tipo de manifestação.

Uma História de Atividades Vulcânicas

A região onde está localizado o vulcão Etna não sofre com as consequências tão comuns desse tipo de manifestação da natureza.

Mas, curiosamente, ele é um dos mais envolvidos por lendas e mistérios, principalmente com relação a uma realidade que, supostamente, se desenvolveria em seu subsolo.

Na mitologia grega, por exemplo, existe uma lenda que diz que é no interior do Etna que o Deus da Forja “Vulcano” (para os romanos ) ou “Hefesto” (para os gregos) manipula habilmente o metal. E foi de onde, inclusive, teriam sido forjados todos os instrumentos oferecidos ao semideus Aquiles para a sua decisiva participação na Guera de Troia.

É no seu interior, também, que vive o monstruoso Tífon (o gigante), sempre à espreita, como uma eterna ameaça, a produzir novos monstros com as suas terríveis características.

Mas, lendas à parte, o que se sabe mesmo é que, desde 396 a.C. (quando conseguiu a façanha de interferir nas intenções, não tão amistosas, dos cartagineses com relação às cidades de Messina e Catânia), o Etna mantém um certo protagonismo na região.

Mas no final do séc. XIV, uma terrível erupção conseguiu uma outra façanha: um rio de lava simplesmente avançou sobre o Mediterrâneo, fazendo com que os seus vapores tóxicos afetassem boa parte da ilha.

Outras erupções se sucederam, em meados do séc. XVII, em 1852, 1928 (responsável por soterrar toda uma comunidade), até que em 1983 ele demonstrasse, pela última vez, todo o vigor escondido em seus subterrâneos.

Um Pouco Mais Sobre a Ilha Onde Fica o Vulcão Etna

A Sicília é uma ilha localizada no final da Península Itálica, onde ela dobra-se em um formato de “bota” sobre o admirável Mar Mediterrâneo.

Ela possui cerca de 5 milhões de habitantes, e desde tempos imemoriais foi cobiçada por gregos, romanos, cartagineses, cretenses, sarracenos, entre outros povos, devido à sua localização estratégica: a debruçar-se sobre o norte da África.

Vulcão Etna - Localização
Vulcão Etna – Localização

Na verdade a Sicília é a maior ilha dessa região do Mediterrâneo, com capital em Palermo, e considerada quase como uma região lendária, cujo povo é reconhecido pelo orgulho de, segundo eles, serem uma civilização à parte na Itália.

Por ser uma ilha, o impacto dessa ocupação sobre a população foi imenso. Da época dos gregos, veremos ruínas espetaculares do mundo grego antigo – a herança cultural e artística deixada por essa legião de povos antigos que, de alguma forma, deixaram os seus rastros na ilha.

Ela se revela também nas cores, formas, ruínas, arquitetura, gastronomia e, obviamente, na arte – segmento onde a Sicília é considerada um território único.

Vulcão Etna em Erupção
Vulcão Etna em Erupção

Lá estão os templos gregos de Segesta e Agrigento, e os teatros de Siracusa e Taormina. Lá também é possível contemplar os vestígios da arte bizantina, fenícia, cretense, etc.

Mas também estão lá os restos de comunidades da época do Império Romano, ou mesmo os imponentes palácios e igrejas barrocas e da época da invasão normanda, entre outras expressões máximas da cultura antiga.

Nas cidades de Siracusa, Messina e Catânia, por exemplo, um espetáculo da arte barroca dos séc. XVII e XVIII permanece à espera dos visitantes, com uma visível inspiração bizantina e traços visíveis do estilo árabe – com seus ornamentos e excessos tão característicos.

O Perigo do Vulcão Etna
O Perigo do Vulcão Etna

Enfim, um exotismo sem-par na Península Itálica, separada do continente pelo estreito de Messina (cerca de 3,1 km), e que até faz esquecer que é lá o lugar onde fica o misterioso vulcão Etna – um dos maiores enigmas da natureza, e que chama a atenção menos pelos seus perigos do que por todas as lendas, contos e mistérios que envolvem a sua fascinante e curiosa personalidade.

Algumas Paradas Obrigatórias na Região

Uma das paradas obrigatórias em terras sicilianas é o Palácio Real de Palermo – uma verdadeira obra de arte do séc. IX, que parece ainda trazer vivas as marcas da cultura bizantina, árabe e normanda.

Atualmente a construção é um Patrimônio Mundial da UNESCO e um dos pontos turísticos mais visitados da península itálica.

Outra obra de arte localizada na famosa ilha onde está incrustado o vulcão Etna, é a Capela Palatina. Ela faz parte do Palácio Real, e é outro esplendor no mais típico estilo bizantino, repleto de ornamentos e arabescos, que, em combinações com as majestosas representações dos santos católicos, formam um conjunto dos mais admiráveis da península.

O Teatro de Fantoches (lá desde o séc. XIX) é uma forma, digamos, criativa de rememorar as antigas aventuras medievais e batalhas de cavalarias, na forma de uma ópera apreciadíssima.

Algumas cenas que representam legiões de cartagineses, sarracenos, árabes, entre outros povos que já dominaram a ilha no passado, são consideradas o ponto alto das apresentações.

Por fim, uma atração mais charmosa do que exatamente cultural, é a estadia no famoso Taormina – um resort situado na região nordeste da ilha.

O local é praticamente o símbolo do charme da região, graças à suas inúmeras histórias de hóspedes ilustres, como Ingrid Bergman, Marcelo Mastroianni, Audrey Hepburn, Sophia Loren, entre outras sumidades da 7ª arte, que ali deixaram as indeléveis marcas das suas passagens.

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