Também conhecida como Cobra de Barriga Amarela do Mar ou Cobra de Barriga Amarelada do Mar é uma cobra aquática que vive em mares tropicais do globo terrestre, abrangendo inteiramente o Oceano Pacífico e o Oceano Índico, com exceção, apenas, do Oceano Atlântico.
Conheça A Origem de Alguns de Seus Nomes
Como os nomes de “barriga amarela” sugerem, essa cobra possui a sua parte de baixo completamente amarela, enquanto que a parte superior é negra. É uma cobra aquática, ou seja, essa se alimenta e se reproduz na água. Inclusive, a sua cauda é diferentemente das demais cobras, pois ela possui um formato específico para ajudá-la a nadar com mais facilidade, tendo forma de uma nadadeira, assim como a de um peixe.
Além dos nomes mais nativos, há ainda o fato dessa cobra possuir o nome de Cobra-do-Mar-Pelágio, que se dá ao fato de que está faz parte das criaturas pelágicas existentes no mundo.
E o que seria uma criatura pelágica? Seria essa uma criatura que vive em determinado nível dentro do oceano, navegando apenas em suas dimensões aquáticas, sem viver nem mais acima e nem mais abaixo da pressão aquática a qual se adaptou. A alimentação necessária e as condições para reprodução são, naturalmente, fornecidas, dando condições de existência a tais seres. Nas zonas pelágicas, especialmente nas mais profundas, o alimento principal que condiciona a vida nesses habitats são os plânctons, que alimentam várias outras criaturas que são alimentos para várias outras criaturas, desenvolvendo assim, de maneira imutável, a criação e preservação da vida das criaturas pelágicas.
Não obstante, essa espécie é uma das espécies de cobra mais espalhadas ao redor do mundo, vivendo tanto no Oceano Pacífico quanto no Índico, sendo vistas aos milhares em costas sul-americanas e neozelandesas.
A Cobra-do-Mar-Pelágio Vive Somente na Água?
Algumas espécies de cobras terrestres, como a Sucuri, a Cobra Coral e a Anaconda, por exemplo, são cobras que adoram nadar e sempre são vistas em rios, mas estas não podem viver na água ou respirar por muito tempo submersas, e também não são criaturas que se alimentam de comida fornecida pelo mar.
No entanto, as cobras de barriga amarela são cobras que vivem debaixo da água e a forma natural de seus corpos possui um design próprio para facilitar sua locomoção por entre as correntezas do oceano.
Isso não significa que a cobra-do-mar-pelágio não possa aparecer na superfície. Na verdade, isso é um evento que não ocorre com frequência, e as vezes em que essas cobras aparecem em solo, é quando fortes correntezas as levam para lugares onde essas ficam completamente desprotegidas, se rastejando rapidamente de volta para a água.
Um fato interessante ocorreu no começo de 2018, quando uma variedade enorme dessas cobras apareceu em praias californianas devido ao impacto do fenômeno El Niño, que muda as correntes oceânicas e acabam migrando espécies para locais inapropriados. E essa não foi a única vez que isso ocorreu, pois a espécie foi encontrada em areias de praias mexicanas na mesma época do ano de 2015 e 2016.
Mudanças climáticas afetam diretamente os animais, e a elevação da temperatura global pode, ainda, influenciar na pressão atmosférica que rege o controle das espécies pelágicas, podendo fazer algumas seguir correntezas erradas e até mesmo entrar em extinção.
Quando é dito que as cobras vivem na água, é importante saber que até os peixes que vivem na água, precisam, ainda, ir para a superfície e adquirir um pouco de oxigênio. As cobras-do-mar-pelágio conseguem ficar de 3 a 4 horas debaixo da água antes de subirem à superfície no intuito de adquirir oxigênio. Elas podem ficar tanto tempo assim sem respirar debaixo da água pelo fato de que elas utilizam sua respiração cutânea, que é quando a respiração dessas cobras se realiza através de sua pele, drenando o oxigênio da água e o transformando em dióxido de carbono, assim como uma glândula especial encontrada debaixo de sua língua, que filtra o sal da água antes do oxigênio ser drenado.
A Cobra de Barriga Amarela é Venenosa?
Sim.
Porém, a cobra-do-mar-pelágio demonstra ser o tipo de cobra marinha mais dócil dentre as demais e é raro os casos de ocorrência de suas picadas em humanos.
No mundo animal, a toxina inoculada pelas presas da cobra causa um efeito rápido, paralisando-as para que sejam uma refeição fácil. Essas cobras possuem a tendência de se esgueirar e atacar repentinamente, perseguindo suas vítimas cautelosamente.
Não obstante, o veneno da cobra-do-mar-pelágio é considerado um dos mais venenosos do mundo, superando o veneno da Cascavel, da Cobra Coral, da Naja Egípicia e da Mamba Negra. Felizmente, diferentemente das demais cobras, essa vive apenas no mar.
Os poucos casos de picadas das cobras de barriga amarela têm sido registrados nos mares Filipinos, onde pescadores puxam essas cobras nas redes de pesca. Para a sorte dos mesmos, nem sempre que essa cobra morde ela injeta seu veneno, guardando esse veneno especialmente para suas vítimas.
Os efeitos que seu veneno causa são devastadores, se não ministrados corretamente por profissionais qualificados. Esses efeitos, quando fatais, atingem órgãos respiratórios, levando a vítima a falência por asfixia, ataque cardíaco ou insuficiência renal. Em casos mais simples, o veneno atingirá os tecidos musculares, travando o acesso de sangue aos mesmos e os necrosa.
Curiosidades Sobre A Cobra-do-Mar-Pelágio
– A cobra-do-mar-pelágio é a única espécie de cobra a colonizar o Oceano Oriental e o Oceano Índico Ocidental.
– As cobras-do-mar-pelágio aproveitam ondas de energia marítima para se locomoverem através dos oceanos e por esse fato conseguem alcançar distância que nenhuma outra cobra jamais conseguiria.
– É a única espécie de cobra que conseguiu chegar ao Havaí.
– É a espécie de cobra que mais existe no mundo, passando qualquer uma outra aquática ou terrestre.
– Se postas uma atrás das outras, as cobras dão cerca de uma volta e meia no mundo (Coleman Sheehay).
– A cobra-do-mar-pelágio possui um dos venenos mais fatais do mundo.
– Possui o nome de cobra-do-mar-pelágio por ser uma criatura pelágica.
– Seu alimento principal é o peixe, alimentando-se também de crustáceos e plânctons.