Apesar de ser bastante procurado por paisagistas e floriculturas, o xaxim – ou samambaiaçu – não é tão conhecido pela população.
Ele está em extinção, e cada vez mais fica nítido a importância do seu conhecimento e preservação. Neste artigo você encontrará tudo sobre xaxim.
Xaxim, o que é e de onde vem?
Seu nome científico é Dicksonia Sellowiana, e ao que tudo indica está presente nesse mundo desde a época dos dinossauros.
Xaxim na verdade é o nome vulgar ou apelido para samambaiaçu, e faz parte do grupo das samambaias – avencas, cavalinhas ou pteridófitas – arborísticas e aéreas.
A depender da sua região, ainda pode conhece-lo por sambambaiaçu, samambaiaçu-imperial ou feto-arborescente.
Esse tipo de samambaia é predominante nas áreas da Mata Atlântica da América Central, e aqui no Brasil tinha a sua abundância na área da Serra do Mar, que ia do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul, além de toda a Floresta Araucária.
Características do Xaxim e de seu habitat
O crescimento dessa planta ocorre de modo bem lento, crescendo uns 5 a 8 centímetros por ano.
Apesar disso, costuma ser uma planta bem grande, chegando aos seus 10 metros.
Para chegar a sua fase adulta o xaxim pode demorar até 100 anos.
Muitas vezes, o xaxim é considerado como sendo apenas a parte do tronco da samambaia, tronco este que é bastante espesso e fibroso.
O xaxim está num grupo diferenciado de pteridófitas que possuem caules aéreos, e cada uma de suas folhas geralmente se dividem em folíolos, que são várias partes menores de folhas.
Logo no início do tronco do xaxim é encontrado o que chamamos de frondes, que são grandes folhas em formato de uma coroa verde com regiões que produzem os esporos.
Graças a isso, ele costuma estar em locais em que não possuam dificuldade de encontrar água, poque é necessária para que eles germinem e se reproduzam.
Utilizações do Xaxim
Por ser uma planta de características belas e funcionais, o xaxim passou a ser altamente procurado para uso em jardins, decorações de casa e mesa e suporte para outros tipos de plantas.
A seguir, veremos as diversas áreas de utilização dessa samambaia.
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Xaxim para suporte:
Além do seu caule ser ereto e cilíndrico, ele também possui uma massa de raízes adventícias que envolvem-se nele.
Essa massa de raízes costuma ser utilizada como suporte para o cultivo e ornamentação de outras plantas, como as orquídeas.
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Xaxim para vaso, placas e estacas:
Nesse caso, todo o caule dele é utilizado para a fabricação de vasos, placas e estacas, geralmente ornamentados com outras plantas, como no exemplo anterior.
Para que essa planta possa ser utilizado para esse fim, seu caule é desfibrado.
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Xaxim como planta ornamental:
Esse é, no geral, o pior uso da planta.
Apesar de belo, geralmente é utilizado em projetos paisagísticos que não levam em conta o habitat da planta.
Ele é adaptado e arrumado para embelezar jardins e vasos, mas não costumam durar mais do que alguns meses nessas condições.
Problemas e impactos ambientais da exploração do Xaxim
Como já observamos, até o presente momento não é comum a utilização do xaxim em meios que não ponham em risco a sua existência.
Sua exploração aumentou drasticamente com o passar dos anos, fazendo com que entrasse para o ranking de plantas ameaçadas de extinção.
Já no ano de 1990 houve a primeira proibição da comercialização dessa planta no Brasil, isso em Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul.
Seis anos depois, em 1996, o estado de Santa Catarina passou a exigir cuidados mínimos para a utilização e comercialização dela.
E desse modo que as plantas adultas com diâmetro menor que 30cm não fossem desmatados e que as ponteiras fossem replantadas.
Apesar dessas iniciativas, a utilização exagerada e inconsciente dela continuou em todos os outros estados brasileiros, até chegar num ponto crítico.
O CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente – determinou no ano de 2001 a proibição da exploração e corte de todas as espécies ameaçadas de extinção em população naturais do bioma da Mata Atlântica.
Atualmente possuímos áreas de preservação e plantio do xaxim espalhados pelo sul do Brasil, principalmente no estado do Rio Grande do Sul.
Além do Xaxim: novas opções de matéria-prima
Como o xaxim não está mais circulando no comércio – por um bem maior, podemos concordar – foi necessário a criação de novas tecnologias e o teste de novas fibras para substituí-lo em suas aplicações.
Eles são geralmente conhecidos como xaxins ecologicamente corretos, e abaixo vemos algumas das opções:
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Xaxim de coco verde:
Esse novo tipo foi provavelmente o primeiro a surgiu e a cair no gosto dos usuários mais antigos da planta, ainda no ano de 2001.
O xaxim de coco verde une o útil ao agradável ao resolver um problema sanitário e ecológico de uma só vez, afinal, milhares e milhares de cascas e restos de coco verde eram descartados de forma desordenada e sem nenhum tipo de reutilização.
Para muitos, esse tipo é ainda melhor do que o original, pois possibilita ao consumidor a fácil localização de diversos tipos de formatos, além de serem mais drenáveis e resistentes.
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Xaxim de painço:
O painço – ou milhete – é uma ceiva que possui uma boa capacidade de retenção de líquidos e nutrientes, e após ser devidamente tratado e emoldurado, pode facilmente substituir o xaxim original na criação de vasos.
Como ponto negativo, possui uma baixa durabilidade.
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Xaxim de caroço de açaí:
Retém uma boa quantidade de adubo, nutrientes e líquido, podendo ser usado sem muitos problemas como substrato para vasos.
Além disso, é uma matéria-prima encontrada com muita facilidade e possui uma durabilidade considerada relevante.
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Xaxim de nó de pinho:
Assim como o original, o nó de pinho também é encontrado na região da Floresta Araucária, e por isso também oferece uma boa dificuldade de ser encontrado.
Mas, ainda assim não deixa de ser uma boa alternativa de substituição do xaxim original, pois possui uma durabilidade ainda indefinida de tão longa, e retém boas quantidades de líquidos e nutrientes das plantas.
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Um grande abraço e até a próxima!