Independentemente da variedade da banana: grande, pequena ou média; para ser consumida crua ou cozida; popular ou nem tanto assim: não importa! Poucos vegetais gozam de tamanho prestígio e unanimidade em praticamente todos os continentes como a banana.
No Brasil, ela é a 2ª variedade de fruta mais produzida (só perde mesmo para a cultura da laranja), com mais de 7 milhões de toneladas produzidas anualmente.
No mundo, ela está entre as quatro espécies vegetais mais importantes (juntamente com o arroz, o milho e o trigo) — sem contar o fato de ser uma das variedades mais extensas, com cerca de 1000 espécies registradas.
De acordo com a história, a banana teria sido trazida para as Américas por comerciantes árabes, que a incorporaram às suas dietas durante a famosa Expansão Isâmica.
A partir daí, espanhóis e portugueses incumbiram-se de espalhá-la por praticamente toda a costa do Atlântico e transformá-la no principal símbolo de tropicalidade.
Por aqui as mais populares são as bananas-prata, nanica, marmelo, maçã, entre outras.
No entanto, nem de longe resume-se a isso essa imensa família formada por centenas de variedades, como as enigmáticas Gros Michel e Latacan, as populares banana das Canárias e da Madeira. Além de variedades singularíssimas, como a Valery, Cambuta, Nanican, entre outras.
Mas o objetivo desse artigo é tratar, especificamente, de duas variedades de bananas que, além de grandes, são consideradas duas das mais originais que existem. Uma, a banana-da- terra, famosa no Brasil pela sua versatilidade.
E a outra, a monumental Musa ingens, uma variedade que, de acordo com registros, é a maior entre as espécies de bananas conhecidas atualmente.
Musa Ingens, Nova Guiné
A Musa Ingens, originária das misteriosas florestas tropicais da Nova Guiné, é, até o momento, a maior (em tamanho) entre as variedade dessa imensa família Musácea.
Ela é uma exuberância — uma verdadeira força da natureza —, cujas folhas podem facilmente atingir um comprimento total de cerca de 5,5m e uma largura de quase 1,3m.
Essa é uma variedade de banana grande que faz jus à sua condição de uma erva gigante, com pseudocaules (falsos troncos) capazes de atingir entre 10 e 15 m de altura, mas que, diferentemente do que se possa imaginar, não exige os mesmos cuidados das mais populares aqui no Brasil.
Em meados dos anos 50, a Musa Igens foi descoberta, e logo ganhou o status de um “fenômeno da natureza”, por simplesmente dominar toda a paisagem ao seu redor, com os seus cachos que podem pesar mais de 130kg e com algumas variedades que podem desenvolver-se com até 30m de altura.
Sobre essas suas características, o que se sabe é que uma complexa estrutura genética pode estar por trás do fenômeno, que também pode estar associado a condições climáticas, geográficas e às características do solo onde são cultivadas.
Principais Características Dessa Variedade de Banana Grande
Isso não é real! Essa é a expressão mais comum de 10 entre 10 indivíduos acostumados com as variedades mais populares dos seus respectivos países, e que agora têm a oportunidade de se depararem com um verdadeiro titã do gênero Musa.
A Musa ingens não é comestível, e por isso mesmo permanece como uma “senhora desconhecida” do grande público, restrita apenas a alguns usos medicinais e artesanais, bastante difundidos por aquelas paragens do sudoeste do pacífico, especificamente do arquipélago indo-autraliano.
Quando o botânico e pesquisador britânico, Norman Simmonds, em uma das suas inúmeras incursões pelos ambientes mais hostis do planeta, com o objetivo de registrar o que havia de novo entre as espécies exóticas, deparou-se com essa variedade única entre as bananas consideradas grandes, ele não teve dúvida na hora de dar-lhe o seu nome científico.
E Musa Ingens foi o escolhido, por meio da junção do gênero Musa + Ingens (termo latino que significa “imensa”).
Agora estava, pois, cientificamente designada uma das manifestações mais originais do gênero Musa, e que, por tabela, ainda abria inúmeras possibilidades, especialmente no campo da genética, para fins de controle de pragas, hibridização, entre outras utilizações.
Curiosamente, o fruto da Musa Ingens, diferentemente do que se imagina, não são grandes (chegam no máximo a 19 cm), principalmente quando comparado aos respeitáveis 26 cm da banana da terra.
No entanto, quando o assunto é porte físico, não tem jeito! Pois algumas variedades com até 30m de comprimento tornam-na incomparáveis dentro dessa imensa família Musáceae.
A Banana da Terra
No Brasil, essa é a grande representante das variedades de bananas consideradas grandes e comestíveis. Nesse caso, o seu tamanho é atribuído à própria fruta, que pode atingir até 30 cm em alguns casos.
A banana da terra é uma variedade típica das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde também é conhecida como pacova, banana comprida, chifre de boi, entre outras denominações
Alguns estudiosos atribuem as origens da banana da terra ao continente africano, no entanto, há uma outra vertente que garante que a variedade já existia como fruta nativa brasileira já à época do descobrimento, como uma das mais representativas espécies do clima tropical.
As suas características físicas são típicas da família Musáceae: Uma casca com uma cor amarela e manchas pretas (quando maduras) e uma polpa macia e consistente, entre o creme e o rosado, e que se torna também amarelada durante o cozimento.
Diferentemente das variedades mais conhecidas no Brasil, a banana da terra não pode ser consumida crua, muito por conta do fato de que a sua grande quantidade de amido não se transforma em glicose (ou açúcar) à medida que a fruta vai amadurecendo.
E como se sabe, o amido é extremamente danoso ao organismo quando ingerido cru, pelo motivo de ser de difícil digestão, grudar facilmente no intestino, além de ser extremamente pobre nutricionalmente.
Banana da Terra: Uma variedade de Banana Grande Brasileira
A banana da terra, para muitos, é mais do que simplesmente uma fruta, tal é a sua capacidade de ser aproveitada das mas diversas formas e nos mais diversos usos da culinária regional.
Verde, ela pode ser aproveitada como uma rica farinha orgânica. Madura, pode ser cozida e consumida no café da manhã, como ingrediente de cozidos, comida regional e pratos à base de frutos do mar. E mesmo quando já estão “passadas” elas podem ser aproveitadas; nesse caso, fritas, juntamente com açúcar e bastante canela.
Para os atletas, ela é praticamente uma unanimidade! Entre outros motivos, pelo fato de ser uma fonte imbatível de amido (um excelente aminoácido), além de conter cerca de 122 calorias para cada 100g de peso.
Mas ela também contém as tradicionais vitaminas tão comuns nas Musáceaes. Tais como: potássio, magnésio, ferro, vitaminas A, B e E, entre outros nutrientes.
No entanto, se a sua intenção for emagrecer, fique longe dela! Aqui estamos falando de uma fonte incomparável de energia, com níveis elevadíssimos de calorias e um volume que vale por uma verdadeira refeição.
Além disso, tal é o prazer de consumi-la que, dificilmente, você estará livre de ser tomado, sem que saiba como ou por quê, de uma imensa e inesperada compulsão alimentar.
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