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Tudo Sobre O Cacto: Características E Nome Científico

Os cactos são membros de uma família de plantas (a Cactaceae) considerada uma das mais exóticas, originais e incomuns da natureza.

Os seus mais de 120 gêneros distribuem-se em mais de 2.200 espécies, caraterizadas por apresentarem caules pequenos, ramos discretos, estrutura suculenta, frutos do tipo baga e estípulas (espécie de escamas nos caules) ausentes.

Além, obviamente, do seu cartão de visitas: um conjunto de folhas repletas de espinhos como o resultado de uma singular adaptação genética.

E nesse artigo onde trataremos de tudo o que puder ser dito sobre esses cactos, com as suas características, nomes científicos, ecologia, distribuição, entre outros particularidades, cabe chamar a atenção também para o fato de esta ser uma das comunidades mais apreciadas quando o assunto são as variedades ornamentais mais extravagantes do planeta.

E as causas disso são várias: grande resistência a temperaturas elevadas, poucas exigências de cultivo, grande variedade de tipos e de tamanhos; além de apresentar algumas variedades quase surreais e improváveis.

Como o monumental Pachycereus pringei, com os seus assustadores 19 m de altura; o Cereus repandus, um dos mais apreciados por paisagistas e decoradores; além de algumas singularidades, como a Blossfeldia liliputiana, que não possui mais do que alguns milímetros de altura.

Já com relação à sua distribuição, o que se tem de registro é que essa comunidade das Cactaceaes é quase totalmente exclusiva do continente americano, bastante popular no México, mas também no norte, nordeste e centro-oeste do Brasil.

No sudeste essa exótica família também começa, aos poucos, a cativar pelos seus aspectos paisagísticos, em especial algumas variedades como o Hylocerus undatus, o Opuntia ficus indica (a Figueira-da-índia), o Schlumbergera truncata, o Hatiora rosea, entre diversas outras variedades não menos exóticas.

São espécies introduzidas ou espontâneas; que se prestam bem para serem cultivadas em vasos ou em jardins; mas sempre com a característica imbatível de resistência a temperaturas elevadas – característica responsável por eternizar essa comunidade de plantas no imaginário popular como um verdadeiro símbolo de resistência a situações das mais adversas.

Tudo Sobre a Comunidade Dos Cactos: Características, Singularidades, Nomes Científicos, Ecologia, Etc

Tudo indica que a palavra cacto seja mais uma das inúmeras contribuições da cultura grega – Kactoç = cardo com espinhos –, que chegou aos nossos dias como Cactus (em latim) após ser descrito por Linnaeus por volta de meados do séc. XVIII.

Linnaeus
Linnaeus

Trata-se de uma comunidade que abriga variedades das mais diversas; algumas com folhas grandes, outras pequenas; espécies que chamam a atenção por apresentarem ramos curtos, enquanto outras apresentam ramos mais desenvolvidos.

Já outras exibem as suas belas folhagens com folhas espiraladas, alternadas e fotossintetizadoras, enquanto outras (geralmente as de ramos atarracados) apresentam as suas verdadeiras marcas registradas: um conjunto de espinhos que muito provavelmente são o resultado da metabolização de alguns ácidos durante o crescimento da planta.

As flores desses cactos geralmente possuem os dois sexos, além de pétalas, estames e sépalas ligados estruturalmente. Mas chama a atenção também as suas estruturas radiais, com o desenvolvimento de uma única flor solitária e axilar.

Já os frutos que desenvolvem-se nos cactos são do tipo bagas, compostas por um conjunto de espinhos, em estruturas formadas por alguns entrenós, sem endosperma e com uma abundância de sementes – cerca de 5 a 14 por fruto.

Distribuição

Tudo o que se sabe sobre a distribuição dos cactos, à parte o seus diversos nomes científicos, características e peculiaridades, é que existem registros de não mais do que 3 ou 4 dezenas de variedades que podem ser facilmente cultivadas – e das quais é possível colher infrutescências.

Sabe-se, também, que um número ainda maior de espécies se prestam, adequadamente, para a alimentação do gado (de 70 a 90 variedades), como excelentes forrageiras que, em muitos casos, são as únicas garantias de sobrevivência desses animais quando nada mais consegue sobreviver em alguns dos ambientes mais desolados do país.

Algumas variedades de cactos costumam ser as mais apreciadas em lojas de jardinagem e demais estabelecimentos que comercializam mudas de plantas.

E ao que parece, as espécies das comunidades Platyopuntia, Cereus, Selenicereus e Hulocereus são as mais apreciadas; e todas elas ainda são caracterizadas por apresentarem frutos com grande potencial para comercialização.

Mas até mesmo como fonte de alimentação algumas variedades podem ser introduzidas, especialmente no México, onde há séculos algumas populações quase lendárias encontravam em dezenas de gêneros de Cactaceaes as únicas fontes de nutrientes disponíveis em qualquer época do ano.

E se no Brasil somente há algumas décadas esse potencial nutritivo dos cactos recebeu a atenção devida, o que se sabe é que em territórios do Vale de Tehuácan-Cuicatlán (no México), por exemplo, esse uso já comemora alguns milhares de anos, desde que os antigos indígenas descobriram que era possível extrair excelentes propriedades nutritivas dos cactos após o seu cozimento.

Uma Comunidade Típica Do Continente Americano

Em terras brasileiras os cactos são membros ilustres dos não menos ilustres ecossistemas da Mata Atlântica, de áreas de restinga, matas ciliares, vegetações de capoeira e, principalmente, da quase mítica vegetação da Caatinga.

É nessas regiões que eles desenvolvem-se com belíssimas inflorescências, que muitas vezes só podem ser admiradas à noite, pois é o período do dia no qual algumas espécies são polinizadas, na maioria das vezes por morcegos, borboletas, mariposas, vespas, abelhas, entre outros parceiros que ajudam a espalhar essa família por boa parte da região ocidental do país.

América do Norte, Central e do Sul formam o berço dessa comunidade, que ainda apresenta variedades originalíssimas, como as do gênero Opuntia, que acabaram indo parar no distante território australiano, nos idos do séc.XIX, de uma forma não menos original.

Consta que essa longa viagem se deu por intermédio das fezes de um sem número de pássaros e morcegos, que atravessam as distâncias em voos migratórios, a partir dos quais ajudam a espalhar essas e outras variedades pelos quatro cantos do planeta.

Outras regiões onde os cactos podem ser facilmente encontrados são: Amapá, Amazonas, Roraima, Tocantins, Acre, Bahia, Alagoas, Paraíba, Maranhão, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

Assim como também em todos os estados do sul do país, onde hoje esses cactos adquiriram um status de “celebridades paisagísticas”, devido ao caráter singular e exótico que praticamente todas as suas espécies são capazes de conferir a um ambiente, como nenhuma outra comunidade de plantas consegue, nem de longe, igualar.

Mas também chama a atenção o fato de ser essa uma família encontrada (até com alguma facilidade) em vegetações das mais diversas e improváveis, como em áreas de manguezais, no Cerrado Mineiro, nos campos de altitude, em florestas de igapó e na Floresta Amazônica.

Assim como também nos campos abertos, em escarpas e constituições rochosas, entre inúmeras outras vegetações que só mesmo uma comunidade tão resistente é capaz de distribuir as suas variedades com tamanho vigor e exuberância.

Tudo Sobre a Ecologia E a Resistência Dos Cactos À Seca

Além dos nomes científicos e demais características presentes nessa comunidade, cabe chamar a atenção aqui também para tudo o que possa ser dito sobre essa resistência dos cactos a condições adversas.

O que se sabe sobre isso é que essas espécies possuem as características de plantas xerófitas; o que significa dizer que elas desenvolvem uma série de artifícios ou instrumentos biológicos capazes de garantir-lhes a sobrevivência, principalmente diante da escassez de água.

Elas desenvolvem, por exemplo, caules robustos e capazes de reter grandes quantidades de água. Mas também apresentam membranas celulares bem mais resistentes e difíceis de serem degradadas por altas temperaturas.

Um cacto geralmente apresenta estomatos mais densos, folhas pequenas e suculentas (com água armazenada), repletas de tricomas e capazes de enrolar-se ou fechar-se com o objetivo de evitar a perda de água – especialmente a que ocorre durante a noite.

Nessa comunidade das Cactaceaes, também podemos encontrar outras constituições originalíssimas, como a daquelas espécies que possuem ramagens dimórficas, caules fotossintetizadores, folhas com estruturas para o recolhimento de grandes quantidades de CO2 do ambiente – nesse último caso, para servir como matéria-prima para um posterior processo de fotossíntese.

E, por fim, sabemos que elas também podem apresentar raízes com uma capacidade incomparável de absorver a umidade do ar (além de serem bastante profundas), algumas escamas nos caules para fins de preservação da água absorvida, entre outros estratagemas que só mesmo na natureza podemos encontrar com tamanho vigor e originalidade.

Ecologia

Como já dissemos anteriormente, as diversas comunidades de cactos beneficiam-se sobremaneira com o singularíssimo processo de polinização, em especial a polinização cruzada, em que o pólen de uma espécie acaba fecundando outras espécies dentro de uma mesma comunidade.

E esse é geralmente o trabalho muito bem executada pelo vento, mas, principalmente, por diversas espécies de morcegos (os grandes parceiros dessa comunidade), e também por mariposas, abelhas, vespas, borboletas, entre diversas outras espécies pertencentes a essas famílias.

E de tudo o mais que se sabe sobre a ecologia dos cactos, à parte os seus diversos nomes científicos, características genéticas e peculiaridades, cabe também chamar a atenção para o potencial dessas espécies de atrair uma verdadeira concorrência para a sua dispersão em abundância no seio da natureza.

Como no caso, por exemplo, da P. termitarius e da Formiga-lava-pés, que vêm de longe em busca da estrutura carnosa da semente de algumas variedades de cactos para espalhá-las por longos trechos da Caatinga.

Formiga-Lava-Pés
Formiga-Lava-Pés

E como também ocorre com o Lonchophylla dekeyseri, um tipo de morcego que, ajudado pela original Dycladia lucetius e pela Lepidoneiva erubescens (dois tipos de mariposas), espalha o pólen dessa comunidade por distâncias ainda maiores – muitas vezes até para fora do continente americano!

Isso sem contar um sem número de mamíferos, aves e répteis que, enquanto saboreiam as “deliciosas” bagas de inúmeras variedades, ajudam a espalhar as suas sementes por quilômetros de distância; para também, dessa forma, contribuírem para a perpetuação de uma das famílias mais exóticas e extravagantes da natureza.

Características, Nomes Científicos E Tudo Mais Sobre O Cultivo De Cactos

Hoje em dia multiplicam-se as variedades de lojas e estabelecimentos de jardinagem que adotaram os cactos como verdadeiras “celebridades” para esse universo do paisagismo e da decoração de interiores.

De uma comunidade relegada ao ambiente rústico e hostil dos sertões brasileiros, a família Cactaceae (quase toda ela) passou a ser um componente essencial da decoração de casas, praças, parques, jardins, mansões, e de onde quer que se queira produzir um ambiente agreste, rústico e exótico.

Por serem resistentes (como poucas espécies) à escassez de água, os cactos tornaram-se a primeira opção para aqueles não tão dispostos (ou com pouco tempo) a dedicar todo o cuidado que é exigido pela maioria das variedades de plantas.

Isso sem contar a incrível variedade de formas, tamanhos, tipos e florações com as quais eles podem ser encontrados.

É possível, por exemplo, encontrar espécies criadas para serem cultivadas em vasos, outras que constituem-se quase como variedades arbóreas, e até mesmo algumas que se prestam melhor para serem cultivadas em praças e jardins.

Já com relação ao cultivo de cactos, o recomendado é o uso de um solo bastante permeável, geralmente à base de areia grossa, terra vegetal e um bom substrato, de forma a evitar a constituição de um solo muito denso e pesado; o que costuma ser fatal para o desenvolvimento desse tipo de planta.

Mas, se tudo for preparado da forma correta, é quase certo que você terá o seu exemplar por até longos 6 ou 7 anos! E o melhor: sem grandes preocupações com adubação, uso de pesticidas, periodicidade de regas, entre outras transtornos que costumam desestimular muitos candidatos a enveredar por esse desafiador e exigente universo do cultivo de plantas ornamentais.

Uma Comunidade E as Suas Peculiaridades

Como pudemos perceber até aqui, os cactos não pertencem àquelas comunidades que podemos chamar de problemáticas quando o assunto são os cuidados com o cultivo.

Basta saber, por exemplo, que um reforço com um bom adubo líquido diretamente nas suas raízes pode ser tudo de que essas plantas precisam para desenvolverem-se fortes e resistentes.

E pode ser também que durante as primeiras semanas do seu crescimento elas exijam a aplicação de uma mistura com torta de mamona, fosfato e farinha de osso, como forma de garantir a nutrição necessária para o correto desenvolvimento das suas partes aéreas.

Mas até mesmo esses cuidados devem ser levados a cabo de forma periódica e com bastante moderação, pois, como dissemos, uma das principais características dessas espécies é justamente não tolerar o excesso de água (que elas acumulam suficientemente) e de nutrientes (que da mesma forma acumulam pelas suas características genéticas).

Para plantá-los em vasos, por exemplo, selecione qualquer material (eles também são bastante versáteis nisso!). Faça alguns furos nesse vaso, a fim de que a planta possa realizar uma boa drenagem da água. Utilize um bom substrato, à base de folhas picadas, areia grossa e terra vegetal.

E, por fim, fixe um pequeno broto retirado de uma planta forte e saudável nesse substrato; faça uma cobertura com britas, cascalhos e pedriscos; e aguarde até que em no máximo 60 dias você tenha um exemplar de cacto com todas as características que são tão apreciadas – mas também pronto para ser transplantado para o local que desejar.

Além De Nomes Científicos E Características, Tudo O Mais Sobre a Formação De Inflorescências Nos Cactos

Inflorescências Nos Cactos
Inflorescências Nos Cactos

Para muitos, é uma surpresa gratificante observar o belíssimo desenvolvimento de flores em seus exemplares cultivados.

Na verdade muitos ainda pensam que o surgimento de flores nessas espécies é uma ocorrência rara ou o privilégio de algumas variedades.

Mas é justamente o contrário! As flores são comuns a quase todas as variedades de cactos. Elas diferenciam-se apenas pelas suas exuberâncias e multiplicidade de formas.

Algumas são mais belas, outras menos. Há variedades que se prestam bem como plantas ornamentais, outras não. Há também variedades que exigem algumas décadas para florir, enquanto outras em alguns meses já desenvolvem os seus magníficos botões em tons de laranja, vermelho, lilás, violeta, entre outras colorações não menos chamativas e vibrantes.

E essa floração ocorre sempre com uma impressionante variedade de formas, tons e características genéticas, que só exigem mesmo a moderação nas regas durante o inverno (não mais do que três por mês) e um incremento na adubação (à base de fosfato e potássio) 60 dias antes da previsão do primeiro florescimento.

Além, obviamente, de uma boa jornada de sol pleno na maior parte do dia; que é o que garante o correto desenvolvimento dessa floração.

Que também exigirá luminosidade abundante durante o dia, a fim de que se evite um transtorno típico em espécies como essas: o “estiolamento”; um trauma provocado pelo esforço realizado pela planta ao esticar a suas partes aéreas em busca de algum foco de luz.

Os Cuidados Com a Planta

Cuidados Com o Cacto
Cuidados Com o Cacto

E tudo o mais que puder ser dito sobre os cuidados com esses cactos, independentemente das suas características e do nome científico ao qual estivermos nos referindo, é que, diferentemente do que se imagina, eles, como qualquer espécie vegetal, em algum momento dos seus desenvolvimentos irão exigir algum incremento com adubos e fertilizantes.

E o recomendado é que você dê preferência a um reforço mensal com NPK 10-10-10, ou mesmo a mistura de torta de mamona, farinha de osso e esterco de galinha (ou húmus de minhoca), aplicada da forma como é tradicional para o cultivo desse tipo de espécie.

Mas é necessário também atentar para o problema das regas! E aqui não precisamos nem lembrar que essa é uma comunidade que caracteriza-se pela sua capacidade de armazenar grandes quantidades de água em seus caules.

O que até já tornou-se um mote para uma série de lendas, “causos”, produções cinematográficas, entre outras representações que fizeram com que esse digníssimo membro das regiões mais hostis e desoladas do país fosse eternizado no imaginário popular como o símbolo máximo de resistência a condições adversas de que se pode ter notícia na flora brasileira – e talvez no mundo.

E para a manutenção do seu exemplar sempre saudável e exuberante, recomenda-se expô-lo a pelo menos uma jornada inteira de 5 horas de sol direto – e o restante do período sob algum foco de luminosidade.

Mantê-los em beirais, debruçados sobre janelas e jardineiras, ou mesmo em canteiros ensolarados, pode ser tudo de que eles precisarão para desenvolverem-se com a exuberância esperada.

Mas nem pense em cultivá-los no ambiente interno e restrito de um apartamento. Definitivamente, esse não é, de forma alguma, o ambiente mais apreciado por essa comunidade famosa pela forma com a qual desenvolve-se no ambiente amplo, seco, quente e desolado do semiárido brasileiro.

Como Evitar Ou Controlar Os Principais Parasitas

Os cactos não estão, nem de longe, entre aquelas espécies mais sensíveis a ataques de micro-organismos na natureza. Os riscos de contágio estão mais relacionados com a deficiência de luminosidade, pouca incidência de sol, regas exageradas ou excesso de chuvas.

Esses fatores costumam ser responsáveis pela manifestação de ácaros e cochonilhas, que podem ser eliminados após retirar o cacto do vaso (ou onde estiver), escová-lo corretamente com água e sabão neutro, e completar o tratamento com a aplicação de um óleo de neem pelo menos 1 vez por semana – até perceber o desaparecimento dos parasitas.

Muitos criadores também reclamam da Podridão de Raiz, que também é o resultado do excesso de água na planta, e que da mesma forma acaba retirando-lhe toda a vida, até que as suas partes aéreas sequem, murchem e morram.

Para esses casos, a solução é retirar toda a parte apodrecida, proteger a cicatriz com um produto eficaz para o trauma resultante disso, aguardar em torno de 8 dias, e replantá-lo novamente – tendo o cuidado de evitar as regas por pelo menos 1 mês; e ainda garantir que a planta receba uma incidência direta de sol por pelo menos 5 horas diárias.

As Principais Vantagens De Ter Cactos Em Casa

1.Quase Não Exigem Regas

Imagine como seria bom poder viajar, passar quase 1 mês fora de casa e, ao chegar, encontrar as suas belas plantinhas exuberantes, coloridas e vistosas da forma como as havia deixado antes de sair!

Pois bem, isso é possível! Com um cacto em casa é justamente isso que você terá! E especialmente durante o inverno, quando então as regas devem ser quase totalmente suspensas.

2.Não Reclamam De Ambientes Muito Iluminados

Tem pouco espaço em casa? Adoraria poder cultivar as suas plantas durante todo o tempo do lado de fora, mas esse ambiente externo recebe incidência direta de sol na maior parte do dia?

Sem problemas! O cacto é a escolha certa para esse seu caso! Nesse ambiente ele se sentirá verdadeiramente em casa!

Na verdade ele irá reclamar se encontrar condições contrárias a essas – se tiver que frequentar muito tempo ambientes acanhados.

3.Terá Uma Incrível Variedades De Espécies

Uma característica marcante nessa comunidade é a variedade de formas e de constituições físicas com as quais as suas espécies podem ser encontradas.

Se quiser plantar em vasos, por exemplo, experimente os mini-cactos. Se tem espaço suficiente, dê preferências aos de grande porte.

Mas se o problema é o medo de que eles cresçam demais e exijam mais espaço, não se preocupe com isso! Como uma das principais singularidades dessa família, os cactos apresentam a característica de só crescerem até os limites do espaço onde forem plantados.

4. As Podas São Menos Frequentes

Na verdade a maioria das espécies não exige qualquer tipo de poda. E quanto mais cortados ou manipulados, menos exuberantes eles se tornarão com o tempo.

Pois uma das principais características dessa comunidade é justamente o aspecto rústico, irregular e extravagante das suas formas, não comparadas às de nenhuma outra espécie vegetal.

5. Ocupam Pouco Espaço

Essa é uma vantagem praticamente imbatível! Os cactos, como dissemos, só crescem no limite do espaço que possuem, não alastrando-se na forma de touceiras ou densas ramagens, como acontece com outras espécies.

Se plantá-lo em um vaso, o cacto irá conter o seu crescimento dentro desse espaço reduzido – eles não continuarão crescendo.

E caso opte por uma variedade maior, saiba que elas podem ser encontradas em praticamente todos os tamanhos; e sempre haverá uma espécie ideal para o espaço que possui.

6.Eles São Belíssimos!

Poucas espécies vegetais conseguem oferecer, na mesma medida, a beleza delicada de um conjunto de flores em meio a uma estrutura repleta de espinhos e de entrenós.

Para os amantes dessa comunidade, essa pode muito bem ser considerada a sua característica mais marcante, pois uma combinação de flores amarelas, rubras, laranjas, lilases, vermelhas e rosas (e até coloridas) produz um aspecto tão chamativo que consegue impressionar até mesmo os que acreditam não se surpreender com mais nada dentro dessa comunidade da família das Cactaceaes.

Principais Espécies De Cactos

1.Schlumbergera Truncata

Schlumbergera Truncata
Schlumbergera Truncata

Essa é a típica variedade de cactos para ser cultivada em pequenos vasos, onde desenvolve-se até a altura de 30 cm como uma planta pendente, chamativa e tipicamente ornamental.

A Schlumbergera é cheia de singularidades, haja vista o fato de não tolerar temperaturas muito altas – comportando-se melhor em um clima entre 13 e 30 graus centígrados.

2.Epiphyllum Oxipetalum

Epiphyllum Oxipetalum
Epiphyllum Oxipetalum

Nesse artigo com tudo o que pode ser dito sobre os cactos, com a suas respectivas características, nomes científicos e demais singularidades, há também espaço para essa variedade que muitos conhecem como a “Dama da Noite”, em função da característica de só exibir as suas belas flores à noite – por volta das 23 horas.

Essa é uma espécie semi-lenhosa, capaz de atingir os impressionantes 2, 3 ou até 5 metros, e que ainda desenvolve-se na forma de trepadeiras nas superfícies das árvores, como uma típica espécie epífita.

3.Mammilaria

Mammilaria
Mammilaria

Uma pequena esfera espinhosa, com cerca de 10 ou 12 cm, ideal para ser cultivada em pequenos vasos e considerada uma das mais populares dentre todas as comunidades de cactos ornamentais existentes na natureza.

Assim pode ser definido esse gênero, composto por inúmeras espécies bastante afeitas a um solo drenável, composto por areia grossa, cascalhos, húmus de minhoca, e onde possam receber longas jornadas com até 5 ou 6 horas de luminosidade.

As suas belas flores surgem todo o verão, geralmente na forma de imensos cilindros em um singular tom de vermelho; ou mesmo em vistosas combinações de rosa, creme e lilás – o que lhe confere um aspecto paisagístico inigualável dentro dessa comunidade.

4.Figo-da-Índia

Figo-da-Índia
Figo-da-Índia

Essa variedade é a Opuntia ficus, também conhecida como “Fruta-de-cactos”; e ela é famosa por ser daquelas espécies frutíferas, e que ainda desenvolve-se semelhante a uma palma espinhosa, de onde pendem inflorescências globosas na cor creme.

O Figo-da-índia é uma planta ornamental por natureza, originária do México, capaz de desenvolver-se em uma formação de touceiras abundantes e espinhosas, e que costumam ser utilizadas na forma de “cercas vivas” para proteção, enquanto conferem um aspecto rústico e agreste às fachadas.

5.Echinocactus Grusonii

Echinocactus Grusonii
Echinocactus Grusonii

Aqui está o “Cacto-bola” ou a “Cadeira-de-sogra”, outra variedade que desenvolve-se na forma de globos espinhosos, com até 32 cm, tipicamente ornamentais, e que logo chamam a atenção pela originalidade das formas.

Por isso mesmo costuma compor, como poucos, o espaço de um canteiro ou jardim com outras variedades; e com isso cria um jogo de contrastes insuperáveis a partir dos diversos tipos e formatos com os quais eles podem ser cultivados.

6.Cereus Hildemannianus

Cereus Hildemannianus
Cereus Hildemannianus

Por fim, essa outra variedade também encontrada com os sugestivos apelidos de “Mandacaru variegado”, “Cacto-verde-e-amarelo”, entre outras denominações em razão da singular coloração das suas partes aéreas, que produzem um verdadeiro espetáculo visual.

Esse tipo de cacto pode atingir os impressionantes 8 metros de altura, na forma de um conjunto de colunas em verde e amarelo, cobertas de espinhos longitudinais, de onde pendem belíssimas inflorescências que só podem ser apreciadas à noite.

E é justamente nesse período do dia que eles se transformam em um verdadeiro “parque de diversões” para uma imensa comunidade de pássaros e insetos polinizadores.

Os Mini-Cactos

Os mini-cactos são verdadeiras “febres” em diversos países ao redor do mundo, graças à sua capacidade de conferir um aspecto paisagístico sem igual a um ambiente – e ainda com a vantagem de não exigirem grandes cuidados.

Na verdade esses mini-cactos podem ser melhor definidos como “plantas suculentas”, uma comunidade formada por alguns parentes próximos dessa família Cactaceae, e que caracterizam-se justamente por absorverem água com facilidade – além de possuírem um aspecto semelhante ao dos cactos.

Essa variedade pode ser encontrada atualmente com certa facilidade, geralmente em lojas de jardinagem, floriculturas, grandes redes de supermercados, lojas especializadas, entre outros estabelecimentos que disponibilizam essas espécies em vasos.

As variedades do gênero Crassulaceae estão entre as mais cobiçadas, muito por causa das suas poucas exigências com relação ao cultivo, além das suas belíssimas inflorescências, um rápido crescimento, entre outras características típicas de uma comunidade ornamental.

Assim como as demais espécies desse gênero, os mini-cactos só sobrevivem quando cultivados sob a incidência direta de sol (apenas a luminosidade não é suficiente!) e longe de ambientes úmidos, encharcados ou sujeitos ao frio intenso.

Mas um espetáculo à parte é o desenvolvimento das suas pequenas e delicadas inflorescências, que geralmente não duram mais do que 2, 3 ou 4 dias; porém, quando surgem, o que temos é um dos fenômenos mais singulares da natureza, principalmente pelo contraste que produz com o aspecto extravagante, incomum e singular do restante da planta.

Como uma recomendação aos que desejam mantê-los sempre com uma aparência saudável, costuma-se aconselhar o cultivo em vasos pequenos, a fim de que o cacto se adeque a eles e pare de crescer desordenadamente enquanto encontra espaço.

E, no mais, é só proceder a regas moderadas (a cada 2 semanas), reforçar a nutrição a cada mês com uma mistura de farinha de osso, torta de mamona, esterco de galinha (ou húmus de minhoca); além de oferecer à planta bastante amor e carinho, respeitando as características de uma planta rústica e exótica.

Que não tolera excesso de cuidados e regas exageradas; aprecia uma boa jornada de sol pleno e horas a fio de luminosidade; pois é o que garante que ele possa, verdadeiramente, contribuir com o seu vigor e exoticidade para tornar um lar repleto de energias positivas e de boas vibrações.

Tudo Sobre O Cacto: Características, Nomes Científicos E Curiosidades

Consta que essa ligação entre o homem e as mais diferentes variedades de cactos existentes já comemora alguns milhares de anos. E os vestígios mais antigos apontam um apreço todo especial das antigas civilizações toltecas por essa comunidade. Talvez pelo seu caráter exótico, que só poderia mesmo ajudar a compor a paisagem de uma das regiões mais exóticas e excêntricas do planeta.

Escavações, desenhos rupestres, brasões, esculturas…Um sem número de manifestações artísticas e culturais dessas civilizações não deixam dúvidas de que as suas propriedades alimentícias, agronômicas e medicinais sempre foram bastantes apreciadas.

Variedades como a Echinocactus grusonii, por exemplo, eram utilizadas em rituais de sacrifício, em manipulações mágicas, na preparação de bebidas, entre inúmeras outras manifestações que compunham o cabedal ritualístico das civilizações que habitavam o atual México há séculos.

Para os índios norte-americanos, os cactos eram matérias-primas para a extração de substâncias alucinógenas, que faziam parte de alguns rituais e cerimônias religiosas que buscavam apaziguar os deuses.

Como no caso das que podem ser extraídas da Lophophora williamsii, ou das variedades do gênero Echinopsis, que são capazes de oferecer substâncias com alto potencial narcotizante.

Já para os astecas, algumas variedades de cactos eram produtos comerciais de grande importância; mas não se sabe exatamente com que fim eles exploravam essas variedades.

Ao que parece, eram as suas qualidades como forrageiros para o gado o que mais atraíam. E o Figo-da-índia é um desses, bastante apreciado por produzir bagas comestíveis. Assim como também as variedades do gênero Opuntia, que possuem a curiosa função de abrigar o parasita “cochonilha” entre as suas folhas.

E sobre esse parasita, o que se sabe é que ele é capaz de provocar terríveis danos a uma planta, enquanto, por outro lado, serve como excelente matéria-prima para produção de tinturas e corantes com alto potencial para comercialização.

Isso sem contar o uso dos cactos para a extração de fibras, madeiras para construções, substâncias farmacológicas, entre outros usos que ficavam restritos a esses antigos povos da Mesoamérica.

Até que, ao final do séc. 17, os europeus finalmente reconheceram as excelentes propriedades dessa família, que seria descrita em meados do séc. 18 por Linnaeus, como sendo essa nossa conhecida e original comunidade das Cactaceaes.

Uma Família E as Suas Singularidades

Tudo o mais que se sabe acerca das singularidades dos cactos, além das suas características genéticas, nomes científicos, ecologia, entre outras particularidades, foi somente a partir do séc. XX que começaram a despertar um interesse maior por parte das populações americanas e europeias.

Inicialmente, pelas suas propriedades farmacológicas e medicinais, logo após, pelo seu potencial forrageiro para o gado, e mais recentemente como uma família composta por espécies que se prestam bem para um incrível efeito paisagístico e ornamental.

Não por outro motivo, essa comunidade dos cactos tornou-se uma dentre as milhares que são protegidas por acordos e convenções internacionais, como a Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora ou “Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção” (CITIES).

Entidades que hoje são também responsáveis por tentar garantir a sobrevivência das mais de 2.200 espécies de Cactaceaes para as gerações futuras.

E como uma outra curiosidade acerca dessa comunidade, diz-se que, mais do que as suas excelentes qualidades paisagísticas, o que acabou atraindo a atenção de muitos países para ela foi justamente esse seu caráter, digamos, bastante modesto com relação às exigências por regas.

Cacto Cabeça de Frade
Cacto Cabeça de Frade

E essa é considerada, para muitos, uma qualidade “ecologicamente correta”, que permite a decoração de espaços residenciais com espécies que ajudam inúmeros países nos seus respectivos sistemas de racionamento de água para os habitantes.

Canadenses, australianos, neozelandeses, noruegueses…São apenas alguns dos povos que descobriram essa formidável maneira de proceder à decoração de um ambiente enquanto contribui para a economia de água no planeta – um drama que tende a tornar-se uma tragédia nos próximos 10 anos.

E espécies como a Echinocactus grusonii estão entre as mais apreciadas para esse fim. E ainda com a vantagem de prestarem-se bem como “cercas vivas” – um artifício que embeleza enquanto protege; e que ainda garante a uma propriedade o orgulhoso status de “ecologicamente correta e sustentável.”

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Fontes:

https://www.infoescola.com/plantas/cactos/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cactaceae

https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutodebotanica/wp-content/uploads/sites/235/2016/02/Cactaceae.pdf

https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Paisagismo/noticia/2014/09/5-motivos-para-ter-um-cacto-em-casa.html

https://www.jardineiro.net/cacto-ou-suculenta.html

https://www.decorfacil.com/como-cuidar-de-cactos/

https://casavogue.globo.com/Arquitetura/Paisagismo/noticia/2018/08/mini-cactos-como-cuidar-das-suas-plantinhas.html

https://www.fazfacil.com.br/jardim/plantas/especies-de-cactos/

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