De tudo o que pode ser dito sobre a gabiroba ou Campomanesia xanthocarpa (seu nome científico), ou guabiroba, gavirova, guabirova, gabiraba, guavirova, araçá-congonha, entre inúmeras outras denominações que ela recebe por esses rincões do continente americano, uma coisa é certa – como podemos perceber nessas imagens –: trata-se de uma das espécies mais singulares da flora brasileira.
Para se ter uma ideia da comunidade a qual ela pertence, esta possui membros tão ou mais exóticos quanto ela, como o original cambuí, o jambo, a pitanga, a originalíssima jabuticaba, o araçá, além de várias outras espécies que costumam ser verdadeiros sinônimos de revigorantes naturais.
Aliás, tão ou mais exóticas quanto essa espécie são as suas origens! Acredita-se que a gabiroba seja originária da América Latina; mas isso não é certo! O mais provável mesmo é que ela possa ser encontrada em diversas regiões da África, Austrália e Ásia, sempre com a característica de uma árvore razoavelmente imponente.
São cerca de 10 ou 15 m de altura, com um tronco capaz de medir até 40 cm, encimado por uma copa densa, oblonga, com casca entre o marrom e o acastanhando, de onde pendem uma folhagem simples, com folhas alternadas, reluzentes, assimétricas, com saliências na face superior, entre outras características não menos extravagantes.
E como não poderia ser diferente, a gabiroba, além das suas características físicas, nome científico, entre outras peculiaridades que podemos ver nessas imagens, também é uma daquelas espécies incrivelmente resistentes a variações climáticas, desenvolvendo-se bem em um clima subtropical típico de algumas regiões do Sudeste Asiático.
Mas ela também pode ser cultivada sob o clima tipicamente tropical do Cerrado Brasileiro (de onde é nativa), e até mesmo no temperado, como é comum em algumas regiões da Oceania.
Sempre com a característica de apresentar um rápido crescimento, especialmente quando cultivada em regiões mais alagadas, como as matas ciliares, ribeiras, florestas inundadas, etc.
Características, Nome Científico, Imagens E Tudo O Mais Que Diga Respeito À Singular Gabiroba
A gabiroba é capaz de nos oferecer os seus frutos em abundância, sempre no período verão/outono, que é quando eles surgem, belos e vigorosos, fonte abundante de proteínas, carboidratos, riboflavina, niacina, entre diversos outros nutrientes que contribuem, ainda mais, para a sua fama de ser um verdadeiro revigorante natural.
O que se diz é que, colhê-las no pés, e saboreá-las, calma e distraidamente, é uma experiência única, principalmente após uma jornada de aventura em meio ao ambiente quase cinematográfico do Cerrado Brasileiro; em meio aos buritis e ingás, cruzando, vez ou outra, com os belos exemplares de jatobás e quaresmeiras.
Ou quem sabe tendo que dar passagem a um ágil e esperto gato-maracajá ou uma jaguatirica. Surpreso com o aspecto original de uma ariranha ou de uma Tapirus terrestris (a popular Anta).
Na nossa “savana brasileira!” Onde a gabiroba é apenas mais um das inumeráveis espécies vegetais que ali desenvolvem-se, com as características que são típicas de uma espécie nativa desse tão importante, rico e vasto bioma do Brasil.
Além Do Nome Científico, Características E Imagens, Tudo Sobre Os Benefícios Da Gabiroba
Já falamos sobre o prazer proporcionado pelo consumo in natura da gabiroba, porém, como se isso não bastasse, até mesmo por meio do seu consumo in natura é possível aproveitar-se das suas propriedades farmacológicas e medicinais.
E uma das principais é a sua adstringência, que a torna imbatível quando o assunto é a contenção dos efeitos da diarreia e disenteria até que um tratamento mais profundo seja levado a cabo.
Aliás, essa adstringência da fruta ainda consegue ser útil como um coadjuvante para o tratamento de inflamações, uretrite, cistite, entre vários outros distúrbios do trato gastrointestinal.
A sua infusão, por exemplo, pode servir como um eficiente elixir para o combate a gripes, resfriados, cansaço físico e mental.
Suas propriedades, aliadas a altos níveis de vitamina C, quando em combinação com outras espécies, como o guaraná, marapuama, ginseng, entre outros estimulantes naturais, transformam-se em um tonificante dos mais eficazes – bastante indicado para atletas ou praticantes de atividades físicas que requeiram um investimento maciço de energia.
O banho de imersão feito com as folhas da guabiroba, ao que se diz, é insuperável como um relaxante muscular; além de oferecer alívio, ativar a circulação sanguínea e equilibrar os humores corporais.
Mas se tais predicados ainda não forem suficientes para lhes convencer do potencial farmacológico dessa planta, basta saber que das suas cascas (na forma de infusões) extrai-se um poderoso analgésico e anti-inflamatório, capaz de dar um fim às dores provocadas por contusões, inflamações dentárias, fraturas, pancadas, entre outras afecções semelhantes.
Uma Espécie Bastante Original
Parece que o céu é verdadeiramente o limite quando o assunto são os usos que se pode fazer das espécies vegetais que ajudam a compor, para muitos, a maior biodiversidade do planeta: a brasileira.
E um exemplo disso é a guabiroba, que se não bastasse os seus benefícios, características (como vemos nessas imagens), nome científico e a possibilidade de ser aproveitada quase que de forma integral, ainda é capaz de produzir um licor que, para a maioria dos “especialistas” no assunto, é uma verdeira preciosidade!
Para produzi-lo basta simplesmente amassar a fruta, misturá-la a uma boa aguardente, macerar por pelo menos 3 semanas e juntar esse preparado a uma calda de açúcar bem consistente.
O resultado? Só mesmo provando é que se pode dar uma nota a essa que é uma das inúmeras receitas fruto da criatividade e da engenhosidade do homem do Cerrado.
Além do licor, também é possível fazer da fruta um passatempo dos mais apreciados, na forma de um sorvete tipicamente tropical, que vai bem em diversas combinações: com a extravagância do cupuaçu, ou com a originalidade conferida pelo açaí, com o vigor e energia do guaraná, entre outras formas de fazer dessa fruta uma verdadeira fonte de energia.
Aliás, o que se diz é que desde tempos imemoriais os indígenas já conheciam esse potencial revigorante da gabiroba, especialmente quando amassada e acrescida de outras ervas e especiarias típicas da região onde hoje chamamos de Cerrado Brasileiro.
O que nos leva à conclusão de que nada conhecemos sobre o potencial da biodiversidade brasileira, que vez ou outra nos vem como tais “novidades”; novidades que há muito compõem a dieta dos nativos desse imenso continente chamado Brasil.
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