Tudo o que dissermos aqui sobre as propriedades, características, nome científico e demais singularidades da amora ainda será pouco para caracterizá-la corretamente.
Isso porque, na verdade, o termo “amora” é uma designação sem valor taxonômico, usada apenas como referência a diversas espécies dos gêneros Morus e Rubus, pertencentes às famílias Rosaceae e Moraceae.
Dentro dessa família algumas espécies guardam algumas similaridades que acabaram tornando-as quase como membros de uma mesma comunidade.
No entanto, a família e o gênero aos quais iremos nos referir nesse artigo são a Moraceae e o Morus, respectivamente; uma comunidade de plantas caducifólias (que perdem as suas folhas durante o outono) e originárias de países de clima tropical e subtropical de quase todos os continente – com exceção da Antártida.
Dentre as principais características da árvore de onde pendem os seus suculentos frutos podemos destacar um porte mediano (entre 1,5 e 10 metros), um exterior meio áspero (a sua casca) e uma copa abundante – de onde pendem folhas de um verde discreto e com textura que lembra bem a de uma penugem.
Já as flores da amoreira são diminutas, com uma coloração entre o creme e o rosado; e quando elas surgem já é o prenúncio de que entre setembro e dezembro poderemos colher os seus deliciosos frutos, que distribuem-se como um cacho repleto de frutinhas com um sabor inconfundível.
Tudo Sobre as Características da Amora, Além dos seus Nomes Científicos e Demais Peculiaridades
Como dissemos, as características físicas das amoras variam de acordo com a espécie em questão. E até mesmo biologicamente podemos perceber diferenças marcantes entre elas.
Basta saber, por exemplo, que as variedades mais populares são as amoras vermelhas (Rubus rosifolius) e a preta (Morus nigra).
Ambas são originárias do continente asiático, e de onde foram levadas para a Europa (por volta do séc. V ou VI), para logo caírem nas graças dos europeus devido às suas propriedades antissépticas, cicatrizantes, adstringentes, anti-helmínticas, anti-inflamatórias, entre outras inúmeras propriedades que podem ser encontradas nas suas folhas e flores.
Além, obviamente, da qualidade dos frutos, que se prestam bem a diversos usos, como a confecção de compotas, geleias, sorvetes, geladinhos ou sacolés.
Ou para, simplesmente, serem saboreados in natura (talvez o melhor uso), e de preferência sob um pé de amoreira, enquanto aproveita uma tarde quente e abafada de um desses rincões brasileiros.
Já a amora-branca (a Morus alba), curiosamente, costuma ser cultivada para servir de alimento ao singular bicho-da-seda, que por algum motivo possui uma preferência toda especial por essa variedade de amora não-comestível para os humanos.
Mas não é somente para esse uso que a amoreira-branca se presta. Assim como as demais, ela também possui excelentes propriedades farmacológicas e medicinais.
E por isso é bastante utilizada para o combate a gripes, resfriados e catarros; para acabar com a calvície (na forma de infusões) ou como um poderoso anti-inflamatório; entre diversos outros usos impossíveis de serem descritos em tão poucas linhas.
Características, Benefícios, Nome Científico e Demais Propriedades da Amora
Recentemente descobriu-se que as amoras possuem até 20 vezes mais cálcio que o leite. Mas a coisa não fica só nisso!
Uma abundância em vitaminas A, B, C, E, ferro, potássio, selênio, magnésio, entre outra substâncias, torna essa fruta imbatível quando o assunto é o combate à anemia!
E tudo o mais que se possa dizer sobre as propriedades nutritivas da amora (à parte as suas características físicas e nome científico) é que elas são o que existe de melhor para o combate ao envelhecimento precoce, para a garantia da saúde dos ossos e para os que praticam dietas bastante restritivas.
Isso porque a amora é rica em antioxidantes (vitamina C, flavonoides, antocianinas, carotenoides, entre diversas outras substâncias), que são extremamente eficazes para a garantia da saúde das células.
Eles garantem que elas executem os seus processos adequadamente, e ainda contribuem para impedir a formação de exemplares defeituosos – o que configura-se como o desenvolvimento de um tumor maligno.
Uma xícara de amoras também possui cerca de 14 gramas de carboidratos, o que representa o dobro das necessidades diárias de um indivíduo adulto.
Mas nessa mesma quantidade você encontrará também cerca de 7 gramas de fibras (1/3 das necessidades diárias), 15.000 mg de cálcio (12 vezes mais que o recomendado – na infusão das folhas) e 232 mg de potássio (7%).
Além de 0,89 mg de ferro (9 vezes as necessidades diárias) e outras inúmeras propriedades que só mesmo a “mãe natureza” pode nos proporcionar.
E o melhor: Tudo isso em não mais do que 62 calorias – o que ainda torna a amora uma grande parceira dos praticantes de dietas rigorosas, graças aos seus altos níveis de carboidratos, vitaminas e sais minerais que alimentam com pouquíssimas calorias.
Tudo Sobre os Benefícios da Amora, Além das Características, Nome Científico e Cuidados com o Consumo
Como pudemos perceber até aqui, a amora é uma daquelas espécies consideradas parceiras dos praticantes de atividades físicas e dietas rigorosas.
Isso porque ela é uma verdadeira exuberância em sais minerais, como potássio, magnésio, selênio, cálcio, cromo, fósforo, ferro, entre outras substâncias que fazem de um suco dessa fruta um verdadeiro isotônico natural!
Indivíduos que praticam aquela famosa dieta das 2000 calorias diárias encontram nessa fruta uma auxiliar e tanto! E uma das razões para isso é que uma xícara de amoras fornece, como dissemos, cerca de 1/3 da quantidade de fibras necessárias para um indivíduo adulto; o que garante uma bastante oportuna sensação de saciedade e, obviamente, reduz aquelas idas constantes à geladeira.
E quando se leva em consideração o fato de que essa mesma porção de amoras oferece quase 70% das necessidades diárias de vitamina C, aí é que não precisa dizer mais nada quando o assunto é auxiliar os praticantes de dietas rigorosas! Pois, como se sabe, esses costumam sofrer bastante com a baixa imunidade provocada por esse tipo de recurso.
E sobre o potencial anticâncer dessa fruta, tudo o que podemos dizer sobre ele é que, independentemente do nome científico ao qual estejamos nos referindo, todas as variedades de amoras apresentam como uma das suas principais características essa grande quantidade de antioxidantes em sua composição.
O que contribui (quando consumida desde a mais tenra idade de um indivíduo) para inibir a formação de células cancerígenas em todos os órgãos do corpo humano.
Os Cuidados com o Consumo
São escassas as informações acerca do consumo excessivo dessa fruta. No entanto, como toda e qualquer espécie vegetal, os riscos geralmente estão relacionados com a ingestão excessiva dos princípios ativos das amoras.
As suas propriedades adstringentes, por exemplo, podem mascarar alguns transtornos digestivos ou relacionados com as mucosas do organismo.
Isso sem contar o fato de que frutas como as amoras são extremamente ricas em frutose e carboidratos – duas substâncias que, ingeridas em excesso, podem aumentar o índice glicêmico dos diabéticos.
E tudo o mais que se sabe sobre os riscos do consumo excessivo da amora (além das características biológicas e dos seus vários nomes científicos) dizem respeito às consequências do seu consumo excessivo por partes de indivíduos que fazem uso de anticoagulantes.
As suas altas taxas de vitamina K acabam inibindo a ação desse tipo de medicamento, o que pode representar um perigo para indivíduos com histórico de trombose, embolia, entre outros transtornos do aparelho circulatório.
Também as suas quantidades generosas de fibras exigem moderação no consumo. Isso porque, se por um lado elas promovem uma excelente sensação de saciedade e regularizam o trânsito intestinal, por outro a sua ingestão excessiva pode levar a quadros dramáticos de diarreias, disenteria, entre outros transtornos gastrointestinais.
Portanto, a dica aqui é não exagerar! Uma porção de 100 gramas diárias de uma fruta com essas características é suficiente para garantir uma rotina saudável e o bem estar do organismo.
E dessa forma você evita que um poderoso auxiliar da sua saúde transforme-se, como num passe de mágica, em um verdadeiro vilão da saúde geral do seu organismo.
Tudo Sobre o Chá de Amora, as Características de Cada Variedade e os seus Respectivos Nomes Científicos
A descoberta de que uma infusão das folhas de amoras oferece até 10 ou 15 vezes mais cálcio do que um copo de leite de vaca já seria uma razão mais do que suficiente para introduzir essa espécie na sua rotina.
Mas essa não é, nem de longe, o principal benefício da bebida. Ela possui várias! Como a capacidade de auxiliar as mulheres durante a menopausa.
E o chá de amora faz isso por possuir substâncias que simulam a progesterona, o estrogênio, entre outros hormônios que as mulheres deixam de produzir durante essa fase.
As substâncias que simula as propriedades desses hormônios as ajudam a controlar os níveis de ansiedade, as ondas de calor, dores de cabeça, insônia, entre diversos outros sintomas que só mesmo as mulheres são capazes de compreender os seus inconvenientes.
Distúrbios estomacais (gastrite, úlceras, etc), hipertensão e excesso de peso também encontram numa infusão com folhas de amora um combatente a altura.
Mas na verdade tudo o que se sabe sobre a infusão com as folhas da amora (e suas características de acordo com cada um dos seus nomes científicos) é que essa é a melhor maneira de extrair as suas propriedades medicinais e farmacológicas.
O manganês, selênio, potássio, magnésio, entre outros sais indispensáveis para a reposição dos minerais ósseos, são melhor aproveitados.
Isso sem contar o prazer de ingerir uma bebida incrivelmente digestiva, capaz de contribuir para a quebra das moléculas de gordura e dos alimentos ingeridos; garantindo, com isso, a recepção por parte do intestino de um material bem mais facilmente digerível.
Uma Infusão Quase “Milagrosa”
Tudo o que puder ser dito aqui sobre uma infusão com as folhas da amora ainda será pouco para exaltar as suas qualidades e características, independentemente do nome científico ao qual nos referirmos.
Tanto as variedades preta, vermelha ou branca se prestam bem para esse fim. E todas elas chamam a atenção também pelos seus altos teores de ferro, que fazem do chá de amora um excelente fortalecedor do sistema imunológico e um preventivo contra a anemia.
E quando se leva em consideração os níveis de vitamina C da planta (que é capaz de fornecer mais de 2/3 das necessidades diárias de um indivíduo adulto), aí é que se percebe a que ponto pode chegar esse potencial da infusão das folhas de amora no combate à anemia!
Pois o ferro precisa, necessariamente, de uma boa quantidade de vitamina C no organismo para que possa ser absorvido adequadamente.
Mas um outro benefício do chá com folhas de amoras diz repeito ao seu potencial emagrecedor. Já existem alguns estudos, bastante avançados, que apontam para a capacidade da planta de reduzir o potencial de algumas enzimas de realizarem a metabolização das moléculas de carboidratos. Isso impediria, entre outras coisas, a produção de glicose a partir desses aminoácidos no organismo.
E quando se leva em conta a capacidade da planta de realizar a quebra das moléculas de gorduras, aí o que teremos é uma combinação quase imbatível, tanto para quem precisa perder peso como para quem deseja manter bem longe a “sombra negra” da obesidade em sua vida!
Portanto, a partir de uma combinação entre dieta saudável, prática de exercícios físicos e ingestão de infusões com essas características, teríamos então uma rotina praticamente perfeita na vida de todo e qualquer indivíduo!
Uma rotina capaz de manter o organismo nas suas melhores condições possíveis; com o cérebro e demais funções cognitivas em perfeito estado de saúde!
Além de naturalmente mais ativo, fortalecido e pronto para enfrentar os desafios do dia a dia, que hoje já se sabe que requerem, antes de mais nada, um corpo saudável, uma mente ativa e um espírito em perfeita harmonia com o universo.
A Amora Preta
A amora-preta (Morus nigra) é, juntamente com a vermelha, a espécie mais popular entre as amoreiras. Essa é uma das variedades do gênero Morus mais facilmente encontradas, seja na Europa, Ásia, América do Norte, Central ou do Sul.
Em todas essas regiões é possível cultivá-la; e se o clima for o tipicamente temperado canadense, ou de algumas regiões dos Estados Unidos, não tem problema, ela irá comportar-se formidavelmente!
Mas se o clima for o subtropical do Sudeste Asiático, ou o típico clima tropical da “continente brasileiro”, da mesma forma a amora-preta irá desenvolver-se a contento, como uma espécie arbustiva, rasteira ou ereta e com belas inflorescências que desenvolvem-se com uma coloração entre o branco e o rosado.
Já o exterior da fruta é liso, delicado e reluzente; e ela ainda esconde um interior bastante suculento, com os seu pequenos frutos amontoados na forma de cachos, que são como um verdadeiro show de refrescância!
E essa refrescância independe da forma de consumo, in natura ou na forma de sucos, como sorvetes, geladinhos ou sacolés – ou onde quer que a sua criatividade possa lhe levar!
Assim como as outras variedades, a Morus nigra chama a atenção por ser quase toda ela constituída por água (entre 85 e 90%), além de carboidratos, potássio, cálcio, fósforo, magnésio, selênio, ferro, manganês, entre outras propriedades que fazem da fruta um verdadeiro “isotônico natural”.
O Potencial Nutritivo da Amora-Preta
Como se não bastassem tamanhos predicados, a amora-preta ainda caracteriza-se por apresentar em sua composição substâncias conhecidas como “fitoquímicos”.
Estes, entre outras funções, tem a de proteger plantas como as amoreiras de ataques de fungos, bactérias e demais parasitas de espécies vegetais. E o curioso é que esses fitoquímicos, enquanto agem desse modo para a proteção da planta, agem de forma semelhante ao serem ingeridos pelos humanos.
Eles são capazes proteger o sistema cardiovascular, dificultar o desenvolvimento de células cancerígenas, garantir que o organismo execute adequadamente os seus processos metabólicos, entre outras ações da mesma forma importantes.
E dentre os principais fitoquímicos encontrados em abundância na amora podemos destacar as antocianinas (que podem ser percebidas por serem elas que dão a cor vermelha e arroxeada às frutas) e os carotenoides.
Mas também há os compostos fenólicos, que são importantes substâncias para o equilíbrio dos metabolismos celulares. E, ao que parece, a amora-preta é a variedade onde essas substâncias são encontradas em maior quantidade.
Mas a qualidade delas também pode estar diretamente ligada às características do cultivo dessas amoras; além do seu armazenamento, uso de agrotóxicos, formas de processamento e ao fato de que, quanto mais maduras, mais fitoquímicos podem ser encontrados na planta.
Esses fitoquímicos nada mais são do que os nossos já bastante conhecidos antioxidantes; substâncias presentes em maior quantidade nas espécies com coloração entre o vermelho e o arroxeado (como as amoras), e que são capazes de agir de forma sem igual na preservação do funcionamento normal das células.
Os fitoquímicos ainda realizam um bastante oportuno combate aos radicais livres, que são aquelas verdadeiras pragas responsáveis por causar terríveis danos às células (em especial a sua oxidação).
Dessa forma, eles garantem que elas executem corretamente os seus processos de respiração celular, troca e produção de energia, nutrição dos órgãos e tecidos do corpo, entre inúmeras outras funções indispensáveis para a manutenção de um organismo saudável.
Tudo Sobre a Amora Vermelha: Características, Peculiaridades e Nome Científico
A amora-vermelha é uma espécie originária do continente americano, e que pode ser econtrada com certa facilidade na América do Norte, Central e do Sul.
No entanto, a América do Norte parece ser a região preferida por essa variedade, especialmente o Canadá, Sul da Flórida, Centro-Oeste dos Estados Unidos, o sudeste de Dakota do Sul, além de regiões do Arizona, Nevada, Texas, entre outros territórios desse trecho do país.
A Morus rubra (seu nome científico) é uma espécie caducifólia, capaz de atingir entre 8 e 10 metros de altura, enter 45 e 50 cm de diâmetro, e de onde pendem folhas alternadas, com cerca de 10 ou 12 cm de comprimento, com um aspecto simples e bordas serrilhadas.
Elas ainda possuem (as suas folhas) uma superfície um tanto quanto áspera, algumas penugens na parte de baixo; isso sem contar o fato de ser talvez a variedade mais resistente a condições adversas dentro dessa comunidade das amoreiras.
Ela é capaz de resistir bravamente às temperaturas muitas vezes abaixo de zero de algumas regiões dos Estados Unidos e do Canadá.
E tudo o mais que se possa dizer sobre a amora-vermelha, além das suas características, singularidades e nome científico, diz respeito às suas características biológicas que, entre outras coisas, fazem dessa espécie uma planta resistente como poucas a variações climáticas.
Não importa se o terreno é pouco nutritivo, ou se de repente ela terá que enfrentar uma seca inesperada, ou mesmo se a sua intenção for a de cultivá-la em uma dessas grandes cidades norte-americanas sujeitas a todo tipo de poluição e alterações climáticas. Não importa!
A Morus rubra irá desenvolver-se como uma excelente espécie arbustiva, que se presta bem como uma exuberante variedade ornamental, de onde pendem as suas nutritivas e suculentas frutinhas em forma de cachos – e assim como as demais espécies dessa comunidade, como uma verdadeira fonte de antioxidantes e sais minerais.
As Características da Amora-Vermelha
Uma curiosidade sobre a amora vermelha diz repeito ao fato de ela ser constantemente confundida com as não menos deliciosas e suculentas framboesas.
Mas é bom não confumdi-las com essa espécie, apesar de esse gênero (o gênero Rubus) apresentar diversas variedades popularmente conhecidas como amoreiras.
Como são os exemplos da amora-silvestre (Rubus fruticosus), a amora-do-mato (Rubus sellowii), a Rubus ulmifolius, entre diversas outras variedades que, não se sabe como, tornaram-se, ao menos na sabedoria popular, típicos exemplares de amoreiras.
Com relação às inflorescências da amora-vermelha podemos destacar o tamanho diminuto das suas flores, bastante discretas, com um tom entre o verde e o amarelado, mas que nem por isso deixam de compor com a sua bela folhagem (e com os seus singulares frutos) um todo bastante peculiar.
As frutas que pendem da amoreira-vermelha geralmente apresentam-se com um tamanho entre 2 e 3 cm, na forma de aquênios pequeninos, que compõem uma espécie de cone carnudo, e que são atrativos à parte para diversas espécies de pássaros durante o período primavera-verão.
Na verdade o que esses pássaros fazem é uma verdadeira algazarra! O adocicado dos seus frutos, em composição com o néctar precioso das suas flores, torna-se verdadeiramente irresistível para essas espécies.
Tanto é assim que elas surgem em bandos (e de todos os cantos) para garantir as suas sobrevivências; enquanto, por meio da singular técnica da polinização, espalham exemplares da Morus rubra por diversas regiões da América do Norte.
Já com relação ao seu consumo, assim como ocorre com a amor-preta, a vermelha também pode ser degustada in natura.
E o que se diz é que ela fazia a alegria dos primeiros colonizadores europeus da América do Norte, que se diziam impressionados com as variedades encontradas em regiões do leste da Virgínia, Dakota do Sul e em alguns ecossistemas do Arkansas.
Na divisa com o Rio Mississipi, por exemplo, a amora-vermelha era encontrada em abundância!, em uma região que até hoje caracteriza-se pelo vigor da sua vegetação, repleta de parques, reservas ecológicas e trechos onde a vida selvagem desenvolve-se com uma exuberância que poucas regiões dos Estados Unidos conseguem imitar.
Isso sem contar a madeira obtida da Morus rubra, com a qual os antigos indígenas norte americanos produziam artefatos, realizavam a defumação de carnes, extraiam excelentes propriedades medicinais (das suas folhas e cascas), entre outros usos de uma espécie tradicionalíssima nesse trecho do continente americano.
Amora-Vermelha vs Morus Rubra
De tão popular, a amora-vermelha costuma ser descrita como uma espécie endêmica do Brasil. Mas isso não está correto.
Na verdade o que se sabe é que a Morus rubra chegou primeiro às terras norte-americanas como uma “espécie invasora”.
Porém, de alguma forma ainda não suficientemente relatada pela ciência, a planta desembarcou na “Terra do Tio Sam” e lá permaneceu totalmente aclimatada e muito bem adaptada aos ecossistemas daquelas regiões.
No entanto ela permaneceu lá como uma “invasora do bem”, já que a amora-vermelha norte-americana não caracteriza-se por sufocar ou prejudicar o crescimento das espécies em seu entorno – como é comum ocorrer com essas espécies.
Já a amoreira-vermelha que conhecemos aqui no Brasil é, na verdade, a Rubus rosiflolius Sm.; um gênero oriundo da família Rosaceae, que abriga espécies formidáveis, como as framboesas, por exemplo; e que, por uma dessas curiosidades que só mesmo na flora brasileira podemos encontrar, acabou simplesmente sendo descrita como amoras-vermelhas.
Outra coisa interessante sobre essa variedade é que, diferentemente do que se imagina, as amoras vermelhas não são endêmicas do território brasileiro.
Na verdade as suas origens estão nas distantes, exóticas e extravagantes paragens do continente africano (Ilhas Maurício), da Austrália, de Papua Nova-Guiné, das Ilhas Salomão e de outras regiões tão ou mais exóticas quanto estas.
Mas, assim como ocorreu com a Morus rubra (a amora-vermelha norte-americana), a nossa Rubus rosifolius surgiu por aqui como uma “espécie invasora”; e até onde se sabe não houve qualquer intenção deliberada de cultivar a espécie no Brasil.
O que aconteceu foi que, certamente, durante as várias expedições feitas aos continentes asiático e africano, inúmeras espécies acabaram sendo trazidas em comboio juntamente com outras; e as que adaptaram-se bem acabaram conquistando um status de verdadeira representante da flora nacional.
Ela encontrou nas exuberantes Mata Atlântica, Floresta Amazônica, no Cerrado Brasileiro e em outras Florestas Ombrófilas do nosso território, ambientes perfeitos para o seu desenvolvimento, como uma espécie arbustiva, com não mais do que 1,6 metros de altura e, curiosamente, repleta de espinhos em suas folhas e caules.
E ainda com belíssimas flores esbranquiçadas em combinação com uma constituição em forma de touceiras e com pequenos frutos avermelhados e saborosos.
Uma composição extremamente agradável, rústica, exótica e original; e que ainda é conhecida por ser uma daquelas inúmeras espécies brasileiras que quase nenhum cuidado exigem.
Tudo Sobre o Cultivo, Nome Científico e Demais Características da Amora-Vermelha
A amora vermelha (a espécie que, juntamente com a preta, é a mais facilmente encontrada no Brasil) aprecia o clima subtropical típico das regiões Sudeste e Sul do país.
As regiões entre 1700 e 1900 m de altitude são as suas preferidas, principalmente se essas regiões receberem uma boa quantidade de chuvas (entre 1500 e 1800mm anuais), sol pleno (ou parcialmente ensolaradas), entre outras características bastante particulares.
Apesar de apreciarem esse clima típico da região Sul do Brasil, é possível obter excelentes resultados também com o cultivo da amora-vermelha nos quatro cantos do país.
Desde as densas e vigorosas regiões da Floresta Amazônica, passando pelo ambiente amplo e aberto do Cerrado Brasileiro, a até mesmo o que ainda resta da quase lendária Mata Atlântica, em todas essas regiões é possível obter excelentes resultados com o plantio da Rubus rosifolius.
E o seu cultivo geralmente é feito pelo método da estaquia, no qual se destaca um pequeno galho ou ramo da planta, retira-se toda a sua folhagem da metade para baixo e fixa essa estaca em um bom substrato, até que ela possua condições ideais para ser transportada.
E, ao final, o que você terá é uma outra espécie que poderíamos chamar de “tropical brasileira”. De onde é possível colher deliciosos frutos semelhantes a pequenos cachos suculentos.
E que, curiosamente, costumam ser confundidas com as não menos saborosas framboesas (a Rubus idaeus); uma parente sua; mas que possui inúmeras diferenças, tanto físicas como biológicas.
Amoras: Curiosidades
Se não bastasse o fato de serem saborosíssimas, as amoras ainda estão entre aquelas espécies rústicas, facilmente adaptáveis aos mais variados tipos de ambientes e fáceis de serem cultivadas.
Elas são capazes de desenvolver-se na forma de touceiras vigorosas com não mais do que 1,5 metros ou como ávores imponentes com até 10m de altura.
É possível, por exemplo, cruzar o Pacífico e deparar-se com um belo exemplar de uma Morus alba (a amora-branca) em um desses exóticos ecossistemas da Península Arábica (no Oriente Médio), em territórios do Irã, Iraque, Afeganistão, Líbano, entre outros países próximos.
Mas também poderá colher amoras no outro extremo do planeta, aqui mesmo, na América do Sul. Nesse caso, estamos falando das amoras-vermelhas ou das amoras-pretas, que distribuem-se em abundância em praticamente todos os territórios do continente americano.
Já na região Sudoeste dos Estados Unidos é a Morus rubra que desenvolve-se de forma vigorosa como parte importante da flora de estados como o Novo México, Arizona, Utah, Nevada, entre outras regiões desérticas dos Estados Unidos; regiões onde as amoreiras, por mais inacreditável que possa parecer, conseguem desenvolver-se magnificamente.
Mas se, por acaso, estiver em uma viagem de aventura pelo incomum e enigmático território australiano. Não tem problema! Lá também, certamente, irá encontrar algum exemplar de uma amoreira.
A Morus bombycis e a Morus australis, por exemplo, são apenas algumas das inúmeras variedades com as quais você irá cruzar enquanto aventura-se pelas florestas arbustivas, savanas, bosques, florestas temperadas, entre outras vegetações não menos exuberantes e singulares desse trecho do planeta.
Na África, a Morus nigra, a Morus mesozygia e a Morus alba podem ser facilmente encontradas. Mas se for a Mongólia ou a China o seu destino escolhido, também não tem problema!
Também nesses países elas poderão ser encontradas e prontas para serem degustadas ou para simplesmente extrair-lhes as sua excelentes propriedades medicinais.
Como as das variedades Morus mongolica, Morus serrata e amoreira-chinesa; algumas das espécies que poderão ser encontradas nesse milenar território da Ásia Central.
A Amora-Branca (Morus Alba)
Eis aqui uma outra espécie de amoreiras que, juntamente com a preta e a vermelha, ajuda a compor a tríade das variedades mais populares desse gênero Morus.
Ela é a Morus alba, ou simplesmente “amoreira-branca”, um outro membro dessa família Moraceae que, diferentemente das duas espécies citadas acima, caracteriza-se apenas pelas magníficas propriedades medicinais e farmacológicas que podem ser extraídas das suas folhas.
Delas é possível extrair grandes quantidades de flavonoides, carotenoides, vitamina C, pectina, rutina, taninos, ácido málico, antocianinas, além de cálcio, potássio, magnésio, manganês, selênio, óleos essenciais, mucilagens, entre outras inúmeras substâncias benéficas e essenciais para a saúde do organismo.
A Morus alba constitui-se de uma espécie capaz de atingir entre 5 e 15 metros de altura, com um tronco bastante vigoroso e áspero, que sustenta uma copa abundante e ramificada, com uma folhagem cordiforme, pecíolos discretos, folhas imensas e meio ásperas, com bordas irregulares e um verde bastante característico.
E tudo o mais que se possa dizer sobre as características da amora-branca – além do seu nome científico e dos seus aspectos físicos e biológicos – é que toda primavera ela exibe as suas belíssimas flores com uma tonalidade entre o creme e o amarelado, em uma combinação com os seus pequenos frutos brancos e ovalados.
E com relação às suas origens, o que se sabe é que a amora-branca tem como provável origem a China, Índia e alguns países do Sudeste Asiático.
E que tornou-se bastante comum na flora de Portugal, apesar de também ser encontrada com alguma facilidade no Brasil, graças à capacidade desse gênero de adaptar-se aos mais diversos tipos de ambientes.
Uma curiosidade a respeito dessa espécie é o fato de ela ser mais comumente utilizada como fonte de alimentação para o singular bicho-da-seda, que por alguma motivo tem preferência por essa espécie de planta – famosa pelas suas substâncias protetoras dos rins e anti-inflamatórias.
Além disso, com uma infusão das folhas da amora-branca, é possível combater a constipação, anemia, tosses, gripes, resfriados, entre outros distúrbios que possam ser combatidos pelas suas propriedades analgésicas, antitérmicas e anti-inflamatórias.
Isso sem contar o fato de que a Morus alba se presta bem como uma formidável espécie ornamental, capaz de compor jardins, unir-se a outras espécie numa chácara ou sítio, ou onde quer que a sua copa abundante e o seu aspecto paisagístico possa conferir mais beleza, graça e harmonia.
Tudo Sobre as Características do Chá de Amora-Branca (a Morus Alba, seu Nome Científico)
Como dissemos, uma infusão das folhas de amora-branca possui propriedades formidáveis. Delas é possível ainda extrair propriedades expectorantes, antibacterianas, antimicrobianas, reguladoras do sistema endócrino (hormonais), além de substâncias que imitam os hormônios progesterona e estrogênio.
Por isso mesmo ela consegue combater, com eficiência, determinados sintomas típicos da menopausa, como os calores, dores de cabeça, insônia, irritabilidade, entre outros sintomas que toda a mulher acaba tendo que enfrentar nessa fase.
Já os frutos da Morus alba apresentam excelentes propriedades tonificantes (para o sangue), produzem um potente efeito laxativo, são anti-helmínticas, diuréticas, antiespasmódicas, antirreumáticas, entre outras propriedades geralmente ligadas ao seu potencial anti-inflamatório.
Mas não são apenas as folhas e os frutos da amora-branca que são capazes de apresentar tais substâncias. Até mesmo dos seus ramos e cascas podem ser extraídas propriedades adstringentes, catárticas (purgantes), diuréticas, dilatadoras dos brônquios, antirreumáticas, além de outras inúmeras propriedades impossíveis de serem descritas nessas tão modestas linhas.
E o preparo do chá de amora-branca é bastante simples. Basta proceder da seguinte maneira:
- 1 colher de chá de folhas secas de amora-branca;
- 150ml de água.
Preparo:
Ferva a água, acrescente as folhas, abafe por cerca de 10 ou 15 minutos, coe, deixe amornar e tome entre 2 e 3 xícaras diárias.
Mas não exagere! Utilize essa infusão como indicado! Somente dessa forma você poderá aproveitar-se das suas excelentes propriedades, que ainda envolvem uma ação anti-hiperglicêmica, inibidora da absorção de açúcar pelo intestino, antienvelhecimento, antioxidante e potencializadora das funções do pâncreas.
Sem contar as suas propriedades digestivas, que fazem do chá de Morus alba uma excelente companhia para ser apreciada após as refeições, a fim de ajudar o aparelho digestivo a quebrar as moléculas dos alimentos e facilitar a digestão e a correta absorção dos nutrientes.
O Extrato da Amora-Branca
E, por fim, dentre os inúmeros predicados da Morus alba, temos esse aqui: a sua capacidade de produzir um excelente extrato com uma poderosa ação regularizadora dos níveis de glicose no sangue, além de redutora dos níveis do famigerado LDL (o colesterol ruim).
Na verdade a Morus alba está entre as espécies do gênero Morus que melhor se prestam à extração de propriedades farmacológicas, além das suas já conhecidas substâncias nutritivas, como os carboidratos, proteínas, sais minerais, vitaminas, entre outras.
Tratando especificamente do extrato da amora-branca, o que se descobriu recentemente foi que algumas das suas propriedades são capazes de prevenir transtornos como a diabetes tipo 2, a arterosclerose e a hipertensão.
Além de inibir o aumento do triglicerídes e de outros transtornos que estão entre as principais causas do AVC, distúrbios cardiovasculares, Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson, entre outras doenças ligadas à degradação das células cerebrais.
1 cápsula do extrato da amora-branca, não mais do que 3 vezes ao dia, antes das principais refeições, será suficiente para que, em não mais do que 1 mês, você possa notar uma sensível redução nos níveis glicêmicos (durante o jejum), do triglicerídes, do colesterol ruim, além do aumento do HDL (o bom colesterol).
Não sendo demais lembrar que todo e qualquer tratamento como esse, feito à base de ervas naturais, só irá surtir efeito caso seja aprovado ou avalizado por um médico especialista.
Pois este só apresenta resultados positivos quando prescrito de acordo com as características individuais de cada paciente.
E é justamente o que um tratamento com ervas não faz! Ele age de forma genérica! E por isso mesmo é possível que, de 10 indivíduos submetidos a ele, menos da metade apresente resultados verdadeiramente satisfatórios e cientificamente comprovados.
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