Você perdeu a chance de nos acompanhar? Já escrevemos sobre variedades de lavanda aqui no blog ‘Mundo Ecologia’… E muito! Se fizer uma busca aí em nossa página pelo termo lavanda, vai encontrar no mínimo 25 artigos sobre o tema, com informação mais do que extensiva inclusive sobre a variedade correspondente a alfazema.
Sendo assim, o que vamos apresentar aqui não será nada mais do que uma breve recapitulação de tudo o que já foi escrito a respeito.
Tudo Sobre a Alfazema: Características, Nome Cientifico e Fotos
A alfazema é uma variedade da lavanda, como já dissemos, e seu nome científico é lavandula latifolia. É uma planta sufruticosa sempre verde da família da lamiaceae cuja única diferença da lavanda comum (lavandula angustifolia) resume-se as larguras das folhas de uma e outra. O nome específico latifolia refere-se às folhas largas desta espécie.
Estas plantas podem atingir 3 a 8 cm de altura. A forma biológica é nano-fanerófitos, são plantas perenes e lenhosas, com gomos invernantes colocados a uma altura do solo entre 30 cm e 2 metros. Elas, portanto, têm um hábito arbustivo ou suburbano. Elas também são fortemente aromáticos. As raízes são secundárias ao rizoma.
A parte aérea do caule é amadeirada, ereta com uma superfície pubescente. A parte superior é ramificada com ramos jovens do tipo herbáceo. As folhas ao longo do caule são dispostas no sentido oposto (espessadas na base e espaçadas em direção ao ápice). A lâmina é toda com um contorno espatulado; a base é atenuada em direção ao pecíolo.
O ápice varia de maçante a agudo; as margens são invertidas. As folhas são perfumadas e persistentes. Todas as axilas das folhas tem inseridos tufos de folhas menores. Tamanho da folha: de 2 a 5 mm de largura. As inflorescências são orelhas de 3 a 8 cm. As flores estão dispostas em verticilos (de 6 a 12 flores) e são mais ou menos longas, pediceladas e espaçadas.
Na inflorescência existem brácteas com consistência herbácea com formas lineares a lanceoladas com uma única costela central. Não há nenhum tufo de brácteas estéreis. Tamanho das brácteas: largura 3 a 4 mm; comprimento 6 a 8 mm. As brácteas são lineares e têm 2 a 3 mm de comprimento.
O fruto é formado por um conjunto de mericarpos que se separam na maturidade. Consiste em quatro “pequenas nozes” glabras e lisas. As núculas são fornecidas com aréolas e têm várias formas, tamanhos e cores. A deiscência é basal ou lateral.
A Flor da Alfazema
As flores são hermafroditas, zigomórficas, tetramétricas (quatro cíclicas), ou seja, com quatro verticilos (cálice, corola, androceu, gineceu) e pentâmeros (5 mericarpos: a corola e o cálice tem 5 partes).Fórmula floral. Para a família dessas plantas, a seguinte fórmula floral é indicada : X, K (5), [C (2 + 3), A2 + 2] G (2), (supero), drupa, 4 núculas.
Cálice: o cálice de gamossépalo é do tipo actinomórfico ao sub-actinomórfico. A parte tubular inicial tem formas ovoides-cilíndricas e é atravessada por 13 ou 15 costelas. Termina fracamente bilabiado: o lábio superior é inteiro, o inferior tem 4 dentes. O vidro é persistente e dilata-se ligeiramente com a frutificação. Comprimento do copo: 4 a 5 mm.
Corola: a corola gamopétala é fracamente bilabial com lóbulos de várias formas espalhados quase em ângulo reto. O hábito dos lóbulos é geralmente patente (direto e/ou generalizado). O tubo da corola é apenas superior ao cálice ou pode ser 3 vezes mais longo e, no entanto, é dilatado para as mandíbulas. As cores variam de roxo a azulado. Comprimento da corola 8 a 10 mm.
Androceus: os estames são quatro didinamia (o par da frente é mais longo), estão em declínio e incluídos no tubo de corolino. Os filamentos são glabros. As anteras são reniformes e confluentes. O disco de néctar é normalmente formado por 4 lóbulos. Os grãos de pólen são tricolores ou hexacolpados.
Gineceu: um ovário está pendente formado por dois carpelos soldada (ovário de bicarpelar) e é quadrilocular para a presença de falsos divisórias no interior dos dois carpelos. A placentação é axial. O estilete inserido na base do ovário (estilo ginobásico) é do tipo filiforme. O estigma é bilobado ou sem lóbulos e isso é recorrente.
Reprodução da Alfazema
- Polinização: a polinização ocorre através de insetos como díptera e hymenoptera (polinização entomogâmica). Em particular, a planta é coberta por abelhas.
- Reprodução: a fertilização ocorre basicamente pela polinização de flores.
- Dispersão: as sementes que caem no chão (depois de terem sido transportadas por alguns metros ao vento; disseminação de anemocoria) são posteriormente dispersadas principalmente por espécies semelhantes a insetos (disseminação de mirmecoria). As sementes têm um apêndice oleoso (substâncias ricas em gorduras, proteínas e açúcares) que atraem formigas durante seus movimentos em busca de alimento.
Distribuição e Habitat
Geo-elementos: o tipo corológico (área de origem) é o esteno mediterrânico ocidental.
Distribuição: na Itália, é uma espécie rara e está presente ao longo da costa do Tirreno e no Mar da Ligúria, ao norte. Fora da Itália, nos Alpes, esta espécie é encontrada na França. Em outros relevos europeus ligados aos Alpes, está localizado no Maciço Central e nos Pirineus. Em outros lugares está presente no Mediterrâneo, entre a Espanha e a Argélia.
Habitat: o habitat típico dessas plantas são as encostas secas e espessas. O substrato preferido é calcário, mas também calcário silicoso com pH básico, baixos valores nutricionais do solo que deve estar seco.
Distribuição de altitude: nos relevos estas plantas podem ser encontradas em altitudes até 1000 m; elas, portanto, atendem aos seguintes níveis de vegetação: montanhoso e de baixa altitude ao nível do mar.
Fitossociologia e Taxonomia
Do ponto de vista fitossociológico alpino, as espécies dessa entrada pertencem à seguinte comunidade de plantas:
Treinamento: comunidade de arbustos anão e turfeiras;
Classe: Rosmarinetea;
Ordem: Rosmarinetalia;
Aliança: Alecrim-Ericion.
A família a qual pertence o gênero (lamiaceae) é muito numerosa com cerca de 250 gêneros e quase 7000 espécies, tendo o principal centro de diferenciação na bacia do Mediterrâneo e são na maior parte plantas xerófilas (no Brasil também existem espécies arbóreas). Devido à presença de substâncias aromáticas, muitas espécies desta família são utilizadas na cozinha como condimento, na perfumaria, no licor e na farmácia. A família é dividida em sete subfamílias; o gênero lavandula é descrito na tribo lavanduleae (do qual é o único gênero) pertencente à subfamília nepetoideae.
Principais Utilizações
Segundo a medicina popular, esta planta tem as seguintes propriedades medicinais: antibacteriano (bloqueia a geração de bactérias); anti-séptico (propriedade de prevenir ou desacelerar o desenvolvimento de micróbios); antiespasmódico (reduz espasmos musculares e também relaxa o sistema nervoso); carminativo (favorece a fuga de gases intestinais); e emenagogo (regula o fluxo menstrual).
Na culinárias, as flores são comestíveis e podem ser utilizadas na preparação de biscoitos, bolos e adicionados a risotos ou nhoque, por exemplo. A alfazema é uma planta melífera e mel pode ser produzido, mas a planta não é difundida, exceto nos pomares e jardins e, portanto, a produção é apenas ocasional. É também utilizado como óleo essencial, em embalagens de incenso e como repelente de insetos. as flores são usadas para a fragrância do linho.