A acerola é uma espécie originária da América Central (Antilhas), com morfologia, floração, raiz, árvore e sementes (caroços) típicos de uma espécie tropical, que desenvolve-se bem em quase todos os tipos de terrenos, com uma admirável resistência às mais variadas condições climáticas, além de uma beleza rústica simplesmente fascinante.
Mas se não bastassem tantas características, a acerola ainda é uma verdadeira “fonte da juventude”, presenteada em sua composição por altíssimos níveis de vitaminas A, B1, B3, B7, C, além de ferro, fósforo, potássio, entre outras inúmeras substâncias essenciais para a manutenção de um organismo forte e saudável.
Bastante popular em praticamente toda a América Latina, a acerola também recebe os curiosos apelidos de cerejeira-das-antilhas, cerejeira-do-pará, cerejeira-de-barbados, entre outras várias denominações, geralmente relacionadas com a sua semelhança com a cereja.
Morfologia, Floração, Caroço, Árvore e a Raiz da Acerola
Morfologicamente, a acerola pode ser caracterizada como uma árvore arbustiva, com uma altura que geralmente varia entre 3 e 4m, apreciada como espécie ornamental e frutífera, e que conseguiu adquirir fama em praticamente todas as regiões do Brasil.
Ela possui um tronco não tão robusto, composto por ramos que partem de poucos metros da base até o topo, copa razoavelmente volumosa, com folhagem simples, ovaladas, opostas, em forma de lanças, com tamanho diminuto, um aspecto bastante reluzente e uma coloração verde-escuro bastante característica.
A acerola produz inflorescências conhecidas como do tipo séssil (sem pecíolo), que surgem diretamente da suas axilas, geralmente compostas por quatro ou cinco flores, com pétalas em forma de franjas, órgãos reprodutores masculino e feminino, cinco (ou múltiplos de cinco) flores em seus segmentos florais, além de um delicado tom de rosa ou branco, que anunciam o surgimento das suas infrutescências entre 23 e 30 dias dessa floração.
Toda essa estrutura morfológica da acerola, que envolve raiz, caroços, florações e copa da árvore, a caracteriza como uma espécie do tipo arvoreta, que desempenha bem o papel que se espera de uma variedade tipicamente ornamental.
Árvore
Como pudemos perceber, pela exposição acima, a árvore da acerola (a aceroleira) é uma espécie de arbusto, com um tamanho que dificilmente ultrapassa os 4m, e que apresenta-se como um organismo vivo, com sua coloração verde-escuro e entremeada por pequenos frutos vermelhos que não ultrapassam os 2 ou 3cm.
A aceroleira é uma espécie perene. Isso quer dizer que ela não perde as suas folhas, e ainda possui um ciclo de vida que pode durar vários anos, mantendo as suas características e o seu verdor formidável, para logo após produzir os seus frutos geralmente entre setembro e março – período primavera/verão.
Para se ter uma ideia do prestígio que a acerola adquiriu devido à sua estrutura morfológica, atualmente ela é uma das preferidas para a singularíssima arte do bonsai, devido ao tamanho diminuto das suas folhas, flores e frutos, que facilita todo o processo de confecção dessa milenar arte japonesa.
Além da Morfologia da Árvore, Caroço e Raiz, os Aspectos da Floração da Acerola
A acerola floresce durante praticamente todo o ano! E durante esse período, ela permanece com as suas formas belíssimas, repleta de flores brancas, pequeninas, com algumas tonalidades de rosa e violeta; e que, em meio à folhagem, formam um quadro belíssimo, que ajuda a compor, como poucas espécies, uma paisagem rústica e ao mesmo tempo cheia de vida.
Cerca de 3 semanas após o surgimento da floração, a acerola começa a dar os seus pequenos frutos com uma coloração vermelha, levemente ácidos, e que podem ser colhidos por várias safras durante os 12 meses do ano; a depender, obviamente, dos diferentes tipos de clima aos quais a espécie esteja sendo exposta – que geralmente fazem com que ela frutifique mais em um mês e menos em outro.
Para completar as suas qualidades, a aceroleira, nesse período de floração, costuma receber a visita de inúmeras variedades de pássaros, que buscam, avidamente, o seu delicioso néctar, e também o pólen, para espalhá-lo por toda a região, contribuindo, assim, para perpetuar essa espécie.
A Estrutura das Sementes (o Caroço) da Acerola
A acerola geralmente possui três sementes em seu interior. Essa semente não costuma ser muito resistente (na verdade ela se parte com facilidade); além disso, possui uma formato bastante irregular, com uma coloração meio amarelada e gosto amargo.
Elas também podem ser utilizadas para o cultivo, desde que tenham sido extraídas recentemente e passado por um processo de secagem à sombra, a fim de evitar a sua desidratação, com consequente comprometimento da capacidade de germinar.
Também é importante conhecer a estrutura das sementes (ou caroços) da acerola, já que assim como a sua morfologia, tamanho das raízes, época de floração e características da copa da árvore, elas precisam ser adequadas às condições climáticas da região.
Para cultivar a acerola por meio das suas sementes, basta extraí-las do fruto; colocá-las para secar (à sombra); cavar um buraco com cerca de 3cm em um vaso contendo adubo, compostagem e cascalho; esperar por cerca de 1 mês para a germinação; mais 1 mês para que a planta atinja cerca de 10cm; e mais 2 meses para poder transplantá-la até um outro local.
A Raiz da Acerola
Juntamente com as características morfológicas, dimensões da árvore, época de floração, tipo de sementes (caroços), entre outros detalhes, as raízes da acerola também devem ser analisadas, principalmente por quem deseja dedicar-se ao seu cultivo.
As suas raízes são bastante superficiais; elas praticamente espalham-se lateralmente, não alcançando mais do que 30cm de profundidade.
Por isso essa espécie caracteriza-se por adaptar-se bem aos mas diversos tipos de solos (arenosos, argilosos, calcários, humíferos, etc), e por exigir regas bastante frequentes, principalmente nos primeiros meses do plantio, que serão decisivos para que a planta desenvolva-se a contento.
A maioria dos técnicos em agronomia insistem em chamar a atenção para o fato de que, em períodos de poucas chuvas, a periodicidade da rega deverá ser ao menos duplicada, e a preocupação com a adubagem ainda mais necessária.
E essa adubagem poderá ser feita à base de uma compostagem, complementada com farinha de osso, torta de mamona e esterco de galinha ou carneiro.
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