As rosas são flores fascinantes e que transmitem um forte simbolismo de romantismo e sensualidade. As rosas são cultivadas desde a Antiguidade, ou seja, do período histórico que se estende desde a invenção da escrita até a queda do Império Romano no Ocidente. Pesquisadores acreditam que a primeira rosa tenha surgido nos jardins da Ásia a aproximadamente 5.000 anos atrás.
Atualmente, há mais de mis de 100 espécies de rosas, além de milhares de variedades consideradas híbridas.
Dentro do gênero taxonômico Rosa, também está inserida a protagonista deste artigo: a rosa selvagem (nome científico Rosa gálica) também conhecida como rosa-rubra ou rosa-francesa-dobrada, espécie que chama particular atenção pelo aspecto de relativa abertura de suas pétalas, e disposição em folhetos.
Essa rosa selvagem possibilitou o desenvolvimento de várias cultivares (espécies obtidas através de melhoramento genético) e espécies híbridas.
Neste artigo, você conhecerá um pouco mais a rosa selvagem, sua origem histórica, taxonomia e características físicas.
Então venha conosco e boa leitura.
Rosa Selvagem Flor Taxonomia
A rosa selvagem pertence ao Reino Plantae, Ordem Rosales, Família Rosaceae, Subfamília Roisodeae, Gênero Rosa e Espécie Rosa gallica.
Rosa Selvagem Flor Aspectos Históricos
Acredita-se que a primeira vez que essa espécie tenha sido cultivada foi no ano 2.000 a.C. pelos celtas, romanos e gregos. No entanto, a origem exata desta rosa ainda é desconhecida. De acordo com especulações, é provável que possa ter vindo do Cáucaso ou das costas do Mar Cáspio.
Na Idade Média, era frequente encontra-la nos jardins, e no século XVIII, acredite se quiser as rosas (em geral) e águas de rosas eram utilizadas como moedas de troca em muitas ocasiões; razão pela qual muitos queriam cultivar jardins de rosas em suas propriedades.
Josephine, esposa de Napoleão, ficou conhecida por ostentar uma grande coleção de rosas em uma das propriedades do marido, o castelo de Malmaison; fato que inspirou o ilustrador botânico Pierre Joseph Redoute a iniciar sua coleção de aquarelas intitulada “Les Rose”.
No século XIX, a rosa selvagem tornou-se a espécie de rosa mais relevante para o cultivo, assim como a espécie europeia mais cobiçada do mundo.
Rosa Selvagem Flor Distribuição Geográfica
Esta espécie de rosa é extremamente favorável a climas temperados, podendo sobreviver a temperaturas de até -25°C abaixo de zero, por essa razão não é encontrada em países tropicais como o Brasil e é endêmica na Europa.
Na Europa, a rosa selvagem é cultivada como planta ornamental, medicinal e com aplicações também para a culinária.
Mesmo sendo adepta de temperaturas baixas, a rosa selvagem demanda cultivo em áreas ensolaradas ou semi-ensolaradas. Condições referentes ao solo demandam que o mesmo esteja bem drenado.
Quem cultiva a planta deve estar atento à infestação por insetos, lagartas, pulgões, ácaros-vermelhos; além dos danos acidentais que podem ser causados por coelhos e veados, animais endêmicos em locais de clima temperado.
Rosa Selvagem Flor Características e Fotos
Porte Físico: Possui porte arbustivo e pode atingir até 2 metros de altura, embora algumas fontes literárias apontem para apenas 1 metro de altura.
Folhas: possuem de cinco a seis folíolos (subdivisão das folhas), os quais possuem formato ovalado ou orbicular. Essas folhas mudam de cor no outono, caem no inverno e se renovam na primavera. Na primavera, formam uma folhagem densa e compacta.
A porção superior das folhas costuma ser áspera e brilhante, ao passo que a inferior costuma ser glandulosa e pubescente (com presença de pêlos)
Flores: São extremamente perfumadas, e com coloração que pode variar entre o branco, rosa, vermelho e roxo; no entanto, mesmo com a grande beleza, só florescem uma vez ao ano. Possuem de três a sete folhetos. Essas flores possuem de 6 a 9 centímetros de diâmetro.
A disposição das suas pétalas é diferente das demais rosas e possibilita que o miolo da flor fique bem evidente. Acredita-se que esta característica diferenciada tenha implicado na denominação “rosa selvagem”.
Frutos: Ao fruto desta roseira atribui-se o nome cinarrodo. Ele possui forma globosa e adquire coloração vermelha ao estar maduro.
Hastes: As hastes sobre as quais se distribuem as flores e folhas possuem espinhos e cerdas glandulares.
Listagem das Cultivares e Espécies Híbridas Obtidas Através da Rosa gallica
- Rosa gallica variação ‘Arbusto toscana’;
- Rosa gallica variação ‘Versicolor’ (também conhecida rosa-mundi);
- Rosa gallica variação ‘Officinalis’;
- Rosa gallica variação ‘President de Sèze’;
- Rosa gallica variação ‘Duchesse de Montebello’;
- Rosa gallica variação ‘Duc de Guiche’;
- Rosa gallica variação ‘Complicata’;
- Rosa gallica variação ‘Charles de Milles’;
- Rosa gallica variação ‘Cardinal de Richelieu’;
- Rosa gallica variação ‘Belle de Crécy’;
- Rosa gallica variação ‘Beau Narcisse’.
A variação ‘Cardinal de Richelieu’ foi obtida no ano de 1847 pelo pesquisador Parmentier, e sua genética foi utilizada para a criação da primeira rosa azul.
Todos esses híbridos citados acima tornaram-se bastante apreciados pela Sociedade Real de Horticultura (em inglês, Royal Horticultural Society-RHS), instituição fundada no ano de 1804 com o objetivo de difundir as práticas de horticultura e jardinagem na Grã-Betanha e na Europa como um todo. Possui quatro sedes ou jardins principais localizados na Grã-Betanha, são eles o jardim Winsley, o jardim Rosemoor, o jardim Hyde Hall e o jardim Harlow Carr. A sede central está localizada no edifício Vincent Square em Londres, e possui uma vasta e rica biblioteca.
Rosa Selvagem Flor Propriedades Medicinais
Apesar do valor ornamental, especialmente através da utilização em arranjos de flores secas, esses vegetais também possuem propriedades medicinais adstringentes e tônicas; além de aliviarem quadros de gastrite, diarreia, depressão, letargia física e hemorragias.
Os óleos extraídos de suas pétalas também podem ser empregados na culinária e perfumaria. Na culinária, um bom exemplo é a utilização em saladas ou na apresentação de pétalas cristalizadas.
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Até as próximas leituras.
REFERÊNCIAS
Biorede. Rosa gallica L. Rosa-francesa-dobrada. Disponível em: < http://www.biorede.pt/page.asp?id=3450>;
CRISTINA, R. Florbela- Cultivando jardins de emoções. Rosa selvagem. Disponível em: < https://betaflores.blogspot.com/2012/08/rosa-selvagem.html>;
RHS. Rosa gallica ‘Versicolor’ (G). Disponível em: < https://www.rhs.org.uk/plants/details?plantid=3487>;
Wikipédia. Rosa-rubra. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Rosa-rubra>.