O cajueiro, denominado popularmente como pé de caju, é uma espécie de planta originária brasileira, estando bem distribuída na região litorânea e, principalmente, nos estados do Piauí e Maranhão.
O pé de caju, pertencente ao gênero Anacardium, é formado por 22 espécies. Tais espécies são, em sua maioria, localizadas nos seguintes biomas: Amazônia, Caatinga e Cerrado.
Conhecendo Mais Sobre o Pé de Caju
Nos dias atuais, o cajueiro é encontrado em vários locais do globo, devido à ocorrência da grande colonização efetuada entre os anos de 1563 e 1578 (no século 16). Sendo assim, tal espécime foi nominada de uma capacidade altamente adaptativa, pois apesar das condições pouco favoráveis para seu crescimento ela continuou se desenvolvendo e, ainda, produzindo.
Principais Características do Pé de Caju
A árvore detém uma grande variabilidade genética, mas é basicamente definida por dois modelos: o cajueiro comum e o anão. Seus nomes foram escolhidos devido ao tamanho das árvores, possuindo porte médio e de baixas ramificações.
O pé de caju comum ou gigante é o mais disseminado, demonstrando seu porte mais elevado, que pode atingir até 20 metros de altura. Sendo os mais comuns aqueles entre 8 e 15 metros de envergadura (diâmetro da copa).
Entretanto, o pé de caju do tipo anão, ou anão-precoce, apresenta um porte mais baixo, o que esporadicamente ultrapassa 5 metros de altura. Possuindo uma envergadura de 8 metros. Com sua copa menor e mais agrupada em relação ao cajueiro comum.
O fruto do cajueiro pode ser dividido em duas partes: o fruto, precisamente, que seria a famosa castanha, e o pseudofruto, chamado vulgarmente de caju e, identificado cientificamente de pedúnculo floral. O pseudofruto pode apresentar uma coloração variada como: amarela, alaranjada, vermelha, mesclada e, até esverdeada.
O cajueiro é uma planta tradicionalmente tropical, optando por regiões de elevadas precipitações e altas temperaturas. Sendo assim, a sua temperatura ideal é de mínima de 22°C e média de 27°C. Logo, é vulnerável ao frio e às geadas, especialmente quando juvenil. Já em idade adulta apresenta uma redução de frutificação ou floração quando colocadas sob tais condições.
Ela é beneficiada por precipitações (chuvas) anuais de 800 a 1.500 milímetros, divididas de 5 a 7 meses e, uma estação seca para seu florescimento. Por sua vez, é prejudicada por ventos, que causam a queda de flores quando mais fortes, mesmo sendo o principal polinizador.
Aprenda Mais Sobre a Produção e As Melhores Épocas do Pé de Caju
Para o plantio de um pé de caju anão, é necessário um espaço de 7 x 7 metros e, para o plantio de um cajueiro comum é necessário um espaço de 10 x 8 metros.
Os tipos de solos mais sugeridos para tal plantio são os leves, profundos e bem drenados.
É preciso criar covas de 40 x 40 x 40 centímetros, feitas 1 mês antes do plantio., aplicando para a adubação da planta: 0,5 kg de calcário dolomítico, 20 litros de esterco de curral curtido, 80 g de P2O5 e 30 g de K2O e uma cobertura de 20 g de N por planta, aos 30 e 60 dias do plantio.
Para que seja feita a semeadura em tal cova, é primordial que a estação seja chuvosa. E, em seguida efetuar o desbaste (corte) após 60 a 90 dias, para que a muda fique bem desenvolvida e sadia.
Quando o replantio é necessário, o mesmo é feito por mudas previamente preparadas em sacos plásticos ou, ainda, por mudas enxertadas, para que as plantas no campo possuam a mesma idade, mantendo-as uniformes.
Para a conservação do solo, é fundamental o plantio em nível, mantendo a cobertura vegetal rasteira nesse período chuvoso. Em inclinações (declives) maiores que 6% é recomendado que se façam terraços e, em maiores que 15% é recomendável fazer patamares.
A capacidade dos cajueiros produtiva é individual, contudo, possuindo variações. Em média um cajueiro do tipo comum produz 900 kg/ha (quilograma por hectare) de castanha e 9 t/ha (tonelada por hectare) de frutos.
Um cajueiro do tipo anão produz 1.300 kg/ha de castanha e 13 t/ha de frutos; considerando ambas as produções após suas estabilizações, que seriam, para o cajueiro comum o período do 3° ao 5° ano e, para o cajueiro anão precoce o período de 10 a 18 meses.
As épocas do ano em que ocorre a produção do cajueiro comum variam de cinco a sete meses e a época de seu florescimento decorre da distribuição das chuvas, porém, normalmente no Brasil, com a devida precipitação pluvial, ele ocorre de julho a dezembro, com alta produtividade na segunda quinzena de outubro e ao final de novembro.
Já a produção do cajueiro anão antecede a do comum, ocorrendo em agosto e, variando de três a cinco meses, sendo capaz de prolongar- se, sob irrigação, por todo o ano.
Para manter as plantas saudáveis há um controle de doenças e pragas, como:
– Broca das pontas: deltramethrin; queima e a retirada dos galhos afetados.
– Lagarta das folhas e tripés: deltramethrin, organofosforado, piretróide e antracnose: oxicloreto de cobre e ziram; oídio: enxofre; pulverização de 15 em 15 dias desde o início da brotação (agosto) a maio.
– Mosca branca: parathion methyl
Curiosidades e Fatos Interessantes Sobre o Pé de Caju
O cajueiro é também conhecido por outros nomes, como: acajaíba, acaju, caju manso, caju banana, caju manteiga, caju da praia e caju de casa.
Uma curiosidade sobre o pé de caju é a sua serventia para processos curativos. Ao decorrer disso, suas folhas podem ser muito eficientes na cicatrização de feridas, e sua casca pode ser utilizada no tratamento de aftas e infecções de garganta.
A maioria das pessoas associa o caju, através de seu nome, como o fruto do cajueiro. Porém, a minoria sabe que o verdadeiro fruto da árvore é a castanha, sendo bastante conhecida e exportada para quase todo o mundo.
O caju é rico em diversos tipos de vitaminas, sendo elas: C, B1, B2, B3, B6, E e K. Possuindo benefícios de cálcio, ferro e fósforo.
Por isso, é também recomendado em dietas alimentares e, muito usado para a fabricação de sucos concentrados, doces, geléias, vinhos, dentre outros. Já a amêndoa do caju (castanha) tem um alto valor no mercado internacional, quando torrada.
Dela pode-se extrair o fino óleo de amêndoas, frequentemente utilizado para culinária, medicina ou cosmética.
Qual a melhor fase da LUA para se fazer um podamento do pé de caju;