A Capuchinha é uma flor bastante usada na gastronomia. E as flores não são as únicas partes comestíveis dessa planta. As folhas e as vagens também podem ser consumidas. Inclusive, todas essas partes da capuchinha são muito usadas no preparo de saladas. Das plantas comestíveis, essa é uma das mais conhecidas.
Se você quer aprender mais sobre essa espécie de flor comestível, continue lendo e tire todas as suas dúvidas. Descubra também qual o sabor da Capuchinha, e se ela é uma flor saborosa. Confira!
Qual é o Sabor da Capuchinha?
Essa é uma dúvida de muitas pessoas. A capuchinha tem um sabor picante, e é muito saborosa. Quanto mais amarela for, mais picante será. O sabor da capuchinha é um misto dos sabores de rúcula com agrião. Porém, com toque um pouco mais suave.
Características da Capuchinha
A capuchinha, planta anual, rasteira e perene, ou seja, duradoura, é originária dos Andes. Pode apresentar uma entre o amarelo-claro até o vermelho intenso. É uma flor muito rica em luteína, que é um carotenoide com muitas propriedades importantes para a visão. Além do mais, a capuchinha também é rica em fibras, proteínas, fotoquímicos protetores, antioxidantes e sais minerais.
Existem duas espécies diferentes de capuchinha, conforme abaixo:
- Tropaeolum majus: que é conhecida somente como capuchinha e como capuchinha-grande. Uma planta tipo trepadeira, que possui ramos que podem se estender até mais de 1 metro. Podem chegar a 3 metros ou mais, dependendo do cultivar. Possui folhas peltadas, que apresentam entre 3 e 15 centímetros de diâmetros.
- Tropaeolum minus: a capuchinha-menor ou capuchinha anã, como também é conhecida, consiste em uma espécie menor do que primeira espécie. E que forma moitas pequenas.
Como Consumir a Capuchinha
Veremos agora as melhores formas de consumir a capuchinha. Confira!
- Folhas: as folhas da capuchinha possuem um sabor picante, bem apimentado. São boas opções para servir na salada, em substituição ao agrião, por exemplo.
- Flores: para que as flores possam ser usadas em receitas, é importante que sejam colhidas logo que se abrirem. A flores pequenas são ideais para consumo. Enquanto as maiores são mais indicadas para serem usadas rasgadas, amassadas ou picadas no prato. Podem também ser usadas como enfeite.
Outra forma de comer as flores da capuchinha é recheadas. Uma das opções mais comuns de recheio é guacamole. Basta colocar a quantidade de recheio desejada dentro das flores, e dobrar as pétalas com bastante cuidado, para envolverem o recheio. Normalmente, é servido com biscoitos cream-cracker. A flor recheada é colocada por cima do biscoito.
Algumas opções que podem substituir o biscoito são a torrada, lascas de pimentão, talo de aipo ou fatia de pepino. Mas, se quiser, também pode comer a flor recheada sem acompanhamento.
- Vagem: a vagem verde, contendo as sementes de capuchinha, podem ser usadas em substituição às alcaparras. Inclusive, elas até são conhecidas por falsas alcaparras, tamanha a semelhança entre elas. Assim, a capuchinha pode ser usada em todos os pratos que levem esse alimento, como salada e pizza, por exemplo.
Em conservas também as vagens são boas opções. Nesse caso, faça picles das vagens. Se quiser, também pode-se comer as vagens cruas.
Como Reduzir o Amargo da Capuchinha
Algumas pessoas preferem reduzir um pouco o amargo da capuchinha antes de consumir. Para isso, há algumas opções como, por exemplo: adicionar um pouco de suco de fruta em saladas e molhos que contenham a capuchinha, ou colocar um pouco de melado de cana ou açúcar demerara.
Para que o frescor da capuchinha seja preservado, é importante que ela seja mantida refrigerada.
Como Cultivar a Capuchinha
Geralmente, a capuchinha é cultivada como uma planta ornamental. Não só as suas flores contribuem com a ornamentação do jardim, mas também as suas folhas.
Acompanhe abaixo as melhores condições para o cultivo da capuchinha:
- Clima: apesar de não suportar geadas e temperaturas muito baixas, a capuchinha é uma planta bem resistente, podendo ser cultivada em diversos climas diferentes.
- Solo: a capuchinha também não tem muitos problemas com o solo. No entanto, em solos muito férteis, as folhas tendem a crescer mais, e a produção das flores é relativamente menor. O solo ideal deve ser fértil, mas de forma moderada. Não precisa ser extremamente fértil. Também deve ser rico em matéria orgânica, bem drenado e leve.
- Luminosidade: essa planta prefere a luz solar direta. No entanto, também é capaz de tolerar muito bem a sombra parcial. Mas, para isso, é necessário que seja mantida uma boa luminosidade.
- Irrigação: o solo deve ser irrigado com frequência, para permanecer sempre úmido. No entanto, é importante tomar cuidado para que ele não fique encharcado.
- Plantio: a propagação da capuchinha pode se dar por meio de estaquia ou por sementes, que podem ser semeadas diretamente em seu local definitivo. É importante que a profundidade seja de cerca 1 cm.
Se preferir, também é possível semear em bandejas, semeadeiras, ou em copos de papel. Quando as mudas tiverem entre 4 e 6 folhas, elas já podem ser transplantadas. A germinação acontece entre 1 e 2 semanas após a semeadura. Caso queira acelerar o processo de germinação, pode-se deixar as sementes em água morna por 24 horas.
Quem optar por propagar a capuchinha usando o método da estaquia, pode retirar pedaços dos ramos com um comprimento entre 10 a 15 centímetros. O ideal é que esses pedaços sejam retirados do meio do ramo, que está apresentando um bom desenvolvimento.
Em seguida, plante em torno de 2/3 do ramo no solo. Este, por sua vez, deve permanecer sempre úmido, para ajudar a planta a enraizar.
Quanto ao espaçamento, esse pode sofrer uma variação dependendo da espécie, cultivar ou híbrido. No entanto, um bom espaçamento varia entre 60 e 90 cm de linhas de plantio; e entre 50 e 90 centímetros entre as plantas. No caso da capuchinha anã, um espaçamento de 30 centímetros entre as plantas e as linhas já é o suficiente.
Jardineiras e vasos também podem ser usados para cultivar capuchinhas. Os cultivares e híbridos da planta, que são as trepadeiras, necessitam de treliças e estacas para que as plantas consigam enrolar em volta das mesmas, e possam crescer de forma vertical.