Plantas dos mais diversos tipos possuem particularidades bem interessantes, e que merecem uma conferida. Caso da prímula, tem do nosso próximo texto.
Nome E Características Básicas
A prímula tem esse nome popular, pois é derivado da palavra “primrose”, e se refere ao fato dela ser uma das flores que primeiro anuncia a chegada da primavera. Ou seja: primrose – primeira rosa. Já em tempos bastante remotos, esse mesmo nome era usada para designar uma ampla quantidade de espécies de flores.
Em determinadas partes do oeste da Inglaterra, por exemplo, a prímula tinha outro nome: rosa-manteiga, graças à coloração de suas flores. Já aqui no Brasil, em algumas regiões, essa planta é conhecida mais pela denominação de pão e queijo”.
Na verdade, essa flor pertence à família das Primuláceas, na qual a variedade mais comum é a Primula obconica. Como características, esse tipo de planta possui hastes longas, que, por sua vez, sustentam cachos de flores, cuja coloração pode ser: branca, cor-de-rosa, púrpura, salmão ou mesmo lilás.
A folhagem da flor é igualmente vistosa, e circunda a rosa, formando uma espécie de “embalagem”, cuja característica é ser verde e um pouco aveludada. Não é à toa, por exemplo, que essa planta é uma das mais bonitas para serem usadas em paisagismos por aí, especialmente em ambientes internos, com luz solar filtrada.
Também se dá bem na composição com outras plantas, graças à sua versatilidade. Porém, muitos já indicam que o uso dela, isoladamente, numa decoração já é mais do que suficiente.
Usos Medicinais
Além das utilidades paisagísticas dessa flor, ele também possui propriedades medicinais que podem ser incrivelmente úteis para o tratamento de certos problemas de saúde. Pra se ter uma ideia, ela pode servir para tratar tensão pré-menstrual, além de muitos problemas relacionados com a pele.
Interessante ainda que essa planta pode ser encontrada tanto na forma de cápsula, quanto fazendo parte da composição de cremes em geral, mas também em óleos. Neste último caso, é recomendado o uso dele, misturado com um creme qualquer para a pele, para casos que envolvem eczema ou neurodermatite.
Além disso, podemos destacar aqui os efeitos anti-inflamatórios dessa planta. Tal propriedade se deve pela presença de ácidos graxos essenciais que estão contidos no óleo de prímula, e que agem como precursores das chamadas prostaglandinas, substâncias primordiais no processo hormonal ocorrido durante a menstruação.
As propriedade da prímula também agem sobre as funções cardiovasculares, especialmente na regulação da hipertensão. E, como já mencionamos antes, também serve para a pele, mais especificamente, para a hidratação desta, graças aos ácidos graxos que fazem parte de sua composição. Tanto é que os índios norte-americanos faziam uso da prímula em cataplasmas para o tratamento de problemas na pele e contusões em geral.
Quais Os Cuidados Com Essa Planta Em Casa?
Se a intenção é cultivar essa planta, alguns cuidados com ela se fazem necessários. Uma deles, por exemplo, é colocar o vaso em que ela esteja num local em que receba luz do sol filtrada, e não direta.
Manter a umidade da planta é algo sempre importante, pois se trata de uma planta que aprecia bastante solos úmidos, porém, não encharcados. Dica? Coloque o vaso dela em uma camada de cascalho.
Quando essa planta estiver florescendo, o recomendável usar fertilizante líquido, sendo misturado à água das regas, numa periodicidade de a cada 3 semanas mais ou menos.
Com esses cuidados, no primeiro ano, ela irá crescer, e na segunda temporada, já irá florescer. O ideal é multiplicar essa espécie por meio de sementes. E, pode as inflorescências murchas para deixar a prímula sempre saudável.
Capacidade de “ouvir”
Pode parecer estranho, mas cientistas estão descobrindo que algumas plantas possuem a habilidade de “ouvirem”. Bem, não é necessariamente uma escuta literal, mas funciona como se fosse.
Numa pesquisam, publicada na página de pesquisas acadêmicas bioRxiv, concluiu-se que as prímulas podem “sentir as vibrações” das asas de seus principais agentes polinizadores, como é o caso das abelhas, por exemplo.
Com esse estímulo, acontece algo bem curioso: a concentração de açúcar no néctar dela aumenta, e consegue atrair com mais vigor esses insetos, fazendo de sua polinização algo garantido.
As pétalas dessa planta é que funcionam como uma espécie de “ouvido”, e são capazes até mesmo de diferenciarem, pelo som das asas, quais são os insetos que não lhes interessam como polinizadores, e até mesmo identificar o vento da região. Em suma, é um mecanismo de sobrevivência da espécie.
Após essa descoberta, o desafio é achar outras plantas que tenham essa mesma habilidade da prímula.
Como São Feitos Os Óleos De Prímula E Por Que Óleos Vegetais Ajudam Na Saúde Da Pele?
Entre os óleos vegetais mais eficientes que temos por aí, o de prímula, sem dúvida, é um destaque e tanto. Porém, para produzir apenas 1 litro desse óleo são necessários cerca de 12 kg de sementes dessa flor. Contudo, vale a pena, pois esse produto é bastante rico em ácidos linolênico e gama-linolênico, ótimos na proteção à pele como um todo.
E, de uma forma geral, todos os óleos vegetais praticamente são extra´[idos, seja das sementes, seja das castanhas da plantas, a exemplo do gergelim e da macadâmia. Somente algumas pouquíssimas plantas produzem óleo em suas frutas, como é o caso das oliveiras.
Interessante notar que os benefícios desses óleos são amplamente conhecidos há séculos. Tanto é que na Idade Média, óleos de plantas com alto teor de gordura eram extraídos para usos medicinais, além de hidratar a pele.
A funcionamento desses óleos é bastante simples: eles são absorvidos pelo cham,ado manto hidrolipídico e, em seguida, metabolizados. Sua ação estimula a função de proteção cutânea, ajudando a pele a ficar macia e suave. Além disso, massagens com óleos desse tipo ajudam a estimular a circulação, especialmente, na região das pernas.
Podemos dizer, enfim, que os óleos vegetais como um todo nada mais são do que ácidos graxos extraídos diretamente da natureza, algo muito semelhante à gordura natural da pele. É por isso, portanto, que o meio ambiente os absorve completamente quando aplicados na nossa pele.