O “Homem das Cavernas” não Viveu nas Cavernas
Um dos grandes mitos (dentre muitos) que nos baseamos para entender a nossa história no planeta é de que os nossos ancestrais (ou outras espécies do gênero Homo) viviam em cavernas – ao mesmo tempo que caçavam dinossauros para comer, ou sequestravam mulheres para se casarem com elas (na clássica cena dos desenhos animados onde um homem primitivo de toga e tacape arrasta uma mulher pelos cabelos).
Se desenhos como o Pica-Pau e o Tom & Jerry nos “ensinaram” algumas coisas sobre história natural, é que essas absurdidades poderiam ter ocorrido, firmando de maneira subliminar o termo “homens das cavernas” em nossas mentes: a ideia que os Homos primitivos viviam nestes locais, como se fosse uma casa ou um apartamento.
Primeiro: devemos saber que desenhos animados, filmes e séries tem a função primordial de entreter, ao contrário da escola e dos professores que a função é ensinar; segundo, esses desenhos se basearam em um senso comum, muitas vezes guiado não apenas pelo achismo dos não-especialistas, mas seguindo o que algumas autoridades na área geralmente determinam como uma descoberta científica.
É o caso do termo “homens da caverna”, cunhado erroneamente por paleontologistas no início do século XX, entretanto mesmo assim foi sendo absorvido pelo senso comum, primeiramente pelos livros de ficção (a partir de obras dos célebres autores de ficção clássica, como Sir Arthur Conan Doyle e Edgar Rice Burroughs), depois sendo propagada para o cinema, a televisão e todo o resto da cultura popular associada.
O grande erro no raciocínio de classificar algumas tribos de caçadores e coletores como “homens das cavernas” é justamente a definição de um local fixo de moradia para estes povos, já que até então possuíam o comportamento nômade.
Estes povos não tinham o hábito de viver em locais fixos, já que necessitavam caçar e coletar animais e frutos selvagens, respectivamente, e para isso era necessário viver em continuo deslocamento geográfico, em busca da próxima fonte alimentar.
Selecionando Artificialmente a Natureza
Se “homens da caverna” foi o termo usado (erroneamente) para definir o homem paleolítico, que vivia na Era da Pedra, as próximas gerações que vieram a seguir deveriam ser chamadas de “homens da cabana”, ou “homens das primeiras moradias”, já que o homem neolítico sim, deu início a Revolução Agrícola, a domesticação de animais e plantas, podendo a partir disto fixar a sua residência, sem ter a necessidade de ir atrás de outras fontes alimentares, continuamente.
A Revolução Agrícola (também chamada de Revolução Neolítica) foi um dos maiores marcos civilizacionais que a nossa espécie alcançou, pois com a produção cada vez maior de fontes de alimentos, foi se desenhando a nossa capacidade de modificar o ambiente em nosso favor, vencendo uma das primeiras barreiras que os seres vivos enfrentam no planeta: a fome.
Claro que nesses 10.000 anos desde que ocorreu a Revolução Neolítica, houve milhares de períodos de exceção e crises de fome, em especial no não tão distante século XX, com as suas grandes guerras, e os regimes totalitários que emergiram.
Entretanto, não se pode negar que foi a partir desta primeira revolução que possibilitou que se construíssem as primeiras cidades, isso sendo a abertura para todas as revoluções que se seguiram com o desenvolvimento como civilização: desde as grandes navegações até as revoluções tecnológicas dos últimos 100 anos, como a industrial, a atômica, a genética e a digital.
Paraísos Artificiais: as Grandes Cidades
Ao nos lembrarmos do personagem de história em quadrinho Piteco, do grande Maurício de Souza, ou do desenho animado Os Flinstones dos estúdios Hanna-Barbera, vê-se cidades de “homens da caverna”, estes com rotinas semelhantes as nossas, mas claro: ao invés de casas e residências, têm-se as cavernas.
Como dito já, o termo é incorreto, já que o ser humano foi só construir as primeiras residências após a Revolução Agrícola e a domesticação de animais e vegetais selvagens, dando assim início a mais significativa modificação ambiental, que passou a reconfigurar o espaço de vivência, designando as primeiras vilas, as primeiras aldeias, assim chegando as primeiras cidades.
Por isso que quando vemos os atuais grandes centros urbanos, podemos classifica-los como grandes apoteoses artificiais, com o objetivo de suprir as principais necessidades humanas (se antes era plantar para comer, hoje são as transferências monetárias e os serviços digitais).
E isso fez que cada vez mais as zonas urbanas e rurais fossem separadas: enquanto uma é focada em comércios e serviços, a segunda tem o objetivo de produção de alimentos e abastecimento da primeira, fazendo que uma complemente a outra, como uma interação ecológica de diferentes obrigações trabalhistas (claro, com a frente rural muito mais importante, pois eles que produzem a comida).
Já na área urbana, restam as pessoas que vivem em locais confinados à pequenos espaços a se adaptarem as pesadas rotinas das grandes cidades, como inchaço urbano, trafego intenso e transito, segurança pública, falta de infraestrutura, entre outras limitações bastantes ocorrentes nesses cenários (tudo muito diferente do nosso início aqui no planeta, quando o comportamento errante era regra para nos mantermos vivos).
Plantas para Sacada de Apartamento Pequeno
Se não vivemos em cavernas igual ao estereótipo que se tinha antigamente dos homens primitivos, atualmente muitos de nós vivemos em pequenos espaços apertados nos grandes centros urbanos, com pouca (ou as vezes nenhuma) luz natural, conhecidos como apartamento.
Nesses locais, principalmente nas grandes cidades, os moradores têm de ser bastante criativos para otimizarem o espaço útil do local, ao mesmo tempo embelezando conforme o estilo e os gostos pessoais.
Plantas são uma excelente pedida para apartamentos, já que elas além de embelezarem, também resgata as características de um ambiente mais natural, não deixando o imóvel restrito à somente artefatos e utensílios artificiais, que costumamos acumular ao longo de nossas vidas (os quais muitas vezes não possuem alguma utilidade prática).
Se o apartamento tiver sacada, melhor ainda, pois uma maior diversidade de plantas pode ser escolhida, conforme os horários e o alcance do Sol no local, a altura do andar, condições de vento, etc.
Por exemplo, se você vive em andares mais baixos, que não consegue receber muito a luz do Sol, recomendasse plantas menos independentes do nosso astro rei, como a lanca-de-são-jorge, pata de elefante, bromélias e orquídeas, além das tradicionais samambaias.
Já em lugares mais altos, com maior incidência de Sol, a pedida pode ser plantas com belas flores, como a rabo-de-gato, o agapanto, flroes primaveras, o hibisco e a ixora, e até o cacto.
Apesar de algumas espécies poderem crescer bastante e ocupar um espaço considerável no vaso ou no canteiro, conforme as condições nutricionais da terra (adubo e água), a simples prática de podar resolve o problema, além de produzir novas mudas que podem ser replantadas em outros locais, ou serem dadas de presentes.