O que mais temos na natureza são plantas que, além de gerarem frutos deliciosos, dão flores muito bonitas. É o caso do sapotizeiro, que fornece uma pitanga de gosto muito bom.
Vamos saber mais a respeito dela?
Quais as Principais Características da Pitanga do Sapotizeiro?
Originário do México e da América Central, o sapotizeiro se disseminou por diversos lugares do globo, da Ásia a África. Aqui no Brasil, essa árvore é encontrada especialmente nas regiões Norte e Nordeste.
O troco é ramificado, alcançando uma altura que pode chegar a 20 metros. Já o seu fruto é uma espécie de baga redonda, de formato ovoide, e com dimensões que variam entre os 6 e 10 cm de comprimento, e de 3 e 6 cm de diâmetro. O peso varia de 70 a 190 g. Já a casca desse fruto é fina e frágil, mas áspera ao tato, cuja cor é pardo-amarelada. Por fim, as folhas são verde-escuras, cujas flores estão isoladas, exatamente na axila das folhas.
Por ser uma planta de clima tropical, o sapotizeiro se desenvolve muito bem em locais quentes e úmidos, ou, pelo menos, secos, com temperaturas entre 14 e 34°C. Se o local tiver boa distribuição de chuvas, melhor ainda. Resiste tanto à seca, quanto a ventos fortes, e até mesmo a geadas passageiras e temperaturas baixas.
Variedade de Pitanga Sapotizeiro
Como se trata de uma árvore presente em boa parte dos continentes, em especial, em zonas tropicais, a variedade dela foi crescendo com o passar do tempo. No estado da Flórida, por exemplo, existem, pelo menos, 4 diferentes variedades dessa árvore: Prolific, Brow Sugar, Modello e Russel. Na Índia, no entanto, a variedade chega a 20 tipos diferentes de pitangas sapotizeiros.
No Brasil, algumas se destacam, como a Itapirema, que é a mais cultivada do Nordeste atualmente. Ela é bastante produtiva, formando frutos de cerca de 180 g e com um tamanho de 7 cm, mais ou menos.
Plantio e Colheita
A planta sapotizeiro se dá muito bem em solos ricos e muito bem drenados. Precisam ser profundos, com pH girando entre 6,0 a 6,5. A variedade do solo ainda pode ser entre o areno-argilosos e o argilo-arenosos.
A colheita do sapotizeiro se dá no outono-inverno de cada região. A sua polpa é carnosa, e, muitas vezes, áspera. O sabor é doce, sendo que o fruto possui 70% de polpa, 19% de casca e 4% de sementes.
Propagação e Formação de Mudas
O sapotizeiro pode se propagar tanto via sementes, quanto via enxertia, ou mesmo via alporquia. Se a intenção, por exemplo, for a obtenção de mudas para pomares comerciais, o mais recomendado é a propagação via enxertia.
Se o processo todo se der via sementes, estas precisam ter um tamanho aproximado de 2 cm x 1 cm, além de serem pretas, brilhantes, e retiradas de frutos grandes que não tenham sinais de pragas ou de quaisquer doenças. Já a planta fornecedora do fruto deve sempre ser precoce, vigorosa e produtiva. Assim que é retirada do fruto, a semente é lavada, e colocada para secar por um período de até 48 horas. Antes do semeio, deve ser colocada na água por um tempo que varia entre 12 e 24 horas.
No entanto, se a propagação for via enxertia, usa-se os ramos da parte superior da planta. Esses ramos precisam ter cerca de 20 cm de comprimento e 1 cm de diâmetro. As folhas do ramo, inclusive, são eliminadas de 8 a 10 dias antes da colheita, já que isso força o crescimento das gemas. Depois, faz-se o enxerto, e com cerca de 1 mês, a brotação começa.
Uso da Pitanga Sapotizeiro
Por ter um sabor bastante doce e gostoso, a pitanga sapotizeira tanto pode ser consumida in natura, quanto ser usada na confecção de diversos produtos, como geleias, sorvetes, refrescos e xaropes. Já que o ponto de colheita desse fruto é difícil de visualizar, ou até mesmo de determinar, na maior parte dos casos, eles são colhidos ainda imaturos, o que, por vezes, gera um comércio de péssima qualidade do produto.
É preciso ficar atento, pois o ponto ideal de colheita é dado pelo tempo entre a florada e a colheita em si. A questão é que se trata de um índice variável de espécie para espécie. Por exemplo: a Itapirema pode ser bem conservada por um período máximo de 10 dias, contanto que conservado na geladeira a 10°C e com o fruto estando envolvido em plástico.
Continuando com o uso do sapotizeiro, a madeira do seu tronco é amplamente usada em carpintaria, enquanto que o seu látex e ramos são usados na fabricação de chicletes. Parques e jardins também podem usufruir da imponência da árvore em si, pelo porte, diversidade da copa e sombra que oferece.
Quanto ao fruto do sapotizeiro, além das propriedades alimentícias proporcionadas pela polpa, acredita-se que a sua casca possua características tônicas e febrífugas. Já o pó da semente é usado em infecções renais, além de servir de matéria-prima para a obtenção de glicose.
Já as flores são não usadas, nem mesmo para paisagismo, já que ficam escondidas entre as folhas. O paisagismo, mesmo, do sapotizeiro se deve à árvore como um todo em locais amplos e abertos.
Controle de Pragas e Doenças que Acometem a Pitanga Sapotizeiro
Como toda planta, a pitanga sapotizeiro também está sujeita a doença que podem acometer tanto os seus frutos, como as suas flores, folhas e caules. Uma delas se chama broca-do-caule e ramos, e nada mais são do que larvas esbranquiçadas de besouros. Essas larvas bloqueiam os tecidos da casca e do lenho da planta, o que acaba formando galerias irregulares em seu interior e que circundam os ramos.
Uma maneira eficaz de controlar essa praga é podar e queimar os ramos e galhos afetados por ela. Depois, é recomendável pulverizar os locais de corte com triclorfom 50 (Dipterex) 300 ml/100 litros de água.
Outra praga muito comum nesse tipo de planta é a mosca-das-frutas, insetos da espécie Anastrepha, e que produzem larvas que se alimentam da polpa da fruta, o que faz com que ela fique podre, devido à entrada de fungos.
O controle dessa praga aqui se dá aspergindo uma calda que precisa ser composta com fentiom 50 (Lebaycid), e 5 kg de melaço. Essa mistura deve ser colocada em cada copa de cada planta por um prazo de, pelo menos, 15 dias até que a praga desapareça por completo.