No post de hoje iremos falar um pouco sobre o famoso cacto peiote. Falaremos sobre suas características, curiosidades, classificações inferiores, uso e efeitos. Continue lendo para descobrir mais sobre esse alucinógeno interessantíssimo.
Características E Curiosidades Sobre O Cacto Peiote
Os cactos mais antigos tem data de mais de 20.000 anos. Eles sobrevivem tanto tempo assim na história do planeta pelo fator que eles são capazes de viver em ambientes extremamente secos e muito quentes. Esse fator são os seus espinhos, que claramente é a característica que mais relacionamos a essas plantas quando pensamos em cactos. A formação dos espinhos é através de folhas, que sem ter nenhuma umidade, acabam se tornando em espinhos. São muitas suas funções, como por exemplo a proteção contra a luz solar forte e também para não serem devorados por animais. Entretanto, o que muitos não sabem é que nem todos os cactos possuem espinhos.
Alguns cactos utilizam de uma outra forma de proteção, venenosos ou componentes psicoativos. Há algumas espécies que fazem isso, incluindo o Peiote, ou Peyote em alguns lugares. Ele é pequeno, de coloração verde azulado e como falamos, sem espinhos. Seu formato é em balão, bem redondo. Isso porque eles armazenam água em seus caules, quanto maior a interação entre o exterior e interior do cacto, mais redondo ele fica. Ou seja, quanto mais quente o ambiente, mais redondo.
Por cima ele possui um tipo de lã em pequenas quantidades, além de possuir uma raiz bem espessa. A partir disso, ele pode dar algumas flores bem pequenas de cor rosa. Apesar de o mais conhecido ser o cacto peyote Lophophora williamsii, também tempos o Lophophora diffusa e alguns outros. É um cacto de crescimento bem lento, no qual na maioria dos casos ele só floresce a primeira vez depois de 10 anos de idade. Seu tamanho é pequeno e rechonchudo, não passando dos 15 centímetros de altura.
Ele tinha um papel muito importante na religião e cultura dos indígenas da América Central, sendo encontrados evidências de sua utilização em cerimônias. Nos dias de hoje, o cacto continua sendo muito respeitado pelas tribos e povos naturais dessas regiões, incluindo os índios Huichol. Esses indígenas continuam a praticar os rituais antigos que envolviam o peiote, porque eles não chegaram a ser colonizados por espanhóis. O mais comum de se encontrar peiotes é no sul do Texas e também no México, que utiliza muito do cacto como remédio e outros usos.
Uma curiosidade interessante é em relação a sua composição química. Nela encontramos os seguintes componentes ativos: mescalina, 10% de material seco, e também tiramina, hordinenina, analaninina, analonidina, pelotina, N-metilmescalina, N-acetilmescalina, analonina, analamina, O-metailanalonidina e lofoforina.
Uso e Efeitos Do Cacto Peiote
O cacto é muito utilizada para atos medicinais, especialmente como analgésico. Em diversas regiões é comum prescrever para dor de dentes, constipações, reumatismo e até asma. Quando vamos para a psicoterapia, os médicos podem muitas vezes utilizar do peiote para o tratamento da neurastenia. Ela também tem algumas propriedades anti-bacterianas, podendo até mesmo eliminar bactérias que são resistentes à penicilina.
O efeito do peiote pode demorar um tempo. Os efeitos da mescalina, presente no cacto, é bem semelhante a outras substâncias psicadélicas naturais, como por exemplo a psilocibina e DMT. E tem um efeito parecido com as substâncias alucinógenas sintéticas, como o LSD-25. A “trip” como alguns chamam, tem efeito de duração que varia entre 6 e 12 horas. A ressaca dessa experiência pode começar antes mesmo dos efeitos começarem, tendo como sintomas vômitos, cãibras e lacrimação, mesmo sem nenhum sentimento.
A forma mais comum de utilizar o peiote é através da mastigação, seja ele seco ou fresco. Dessa forma, a mescalina entra no organismo pelas membranas mucosas. Entretanto, a forma mais correta e que tem um melhor gosto é através do uso de cápsulas com cabeças de peiote secas e moídas. Outras pessoas também bebem o sumo de ananás ao mesmo tempo que se mastiga, mas o sabor continua amargo.
Os efeitos da mescalina começam a ser notados, com mais 100 mg, sendo que os outros compostos reagem à mescalina e uns aos outros. É muito difícil identificar quanto exatamente de mescalina cada peiote possui, já que depende de diversos fatores como a idade e as condições em que o cacto cresceu. A única relação que temos é que quanto mais velho é esse cacto, mais mescalina ele contém. Uma dose de 100 a 120 mg de mescalina é o equivalente a mais ou menos 6 a 15 cactos de 2 gramas.
Suas próprias raízes contêm mescalina, e por isso é praticamente um desperdício joga-las fora. O correto é nunca tomar a dose de uma vez do cacto peiote, e sim ir tomando de pouco em pouco. Já que os efeitos podem ser muito grandes se forem tomados de uma vez.
Classificações Inferiores Científica Do Peiote
A classificação científica serve como propósito ajudar os pesquisadores a separar em categorias que vão das mais gerais até mais específicas as espécies de seres vivos. Veja a seguir a classificação que o peiote possui:
- Reino: Plantae (planta);
- Divisão: Magnoliophyta;
- Classe: Magnoliopsida;
- Ordem: Caryophyllales;
- Família: Cactaceae;
- Gênero: Lophophora;
- Espécie, nome binominal ou nome científico: Lophophora williamsii.
Esperamos que o post tenha te ajudado a entender e aprender um pouco mais sobre o famoso cacto peiote, suas características, curiosidades, classificação científica e também efeitos. Não esqueça de deixar seu comentário nos contando o que achou e também deixar suas dúvidas. Ficaremos felizes em ajuda-los. Você pode ler mais sobre cactos e outros assuntos de biologia aqui no site!