Para os interessados em saber como cultivar e cuidar de orquídeas, de forma a garantir que elas desenvolvam as suas principais características, há uma boa notícia: Elas não são exatamente aquilo que podemos chamar de “espécies sensíveis”. Longe disso!
Apesar de acostumadas a um ambiente selvagem e repleto de nutrientes – como elas encontram nas superfícies das árvores ou no solo das florestas, que são os seus principais habitats naturais – , de acordo com a maioria dos admiradores dessa que é uma das mais exóticas variedades ornamentais da natureza, elas podem ser mantidas de forma adequada até mesmo no ambiente limitado de uma apartamento.
Para tal, basta seguir algumas regras básicas, como por exemplo, evitar os vasos de plástico e dar preferência aos de barro, pois são os que melhor absorvem a água da rega e garantem, com isso, que a planta não receba nem mais nem menos do que o necessário.
Também atente para a necessidade de evitar que a parte da germinação esteja muito próxima das laterais (a fim de não impedir o seu florescimento), enquanto a parte de trás – essa sim – deve ser encaixada levemente nos lados do vaso.
Atente também para detalhes como: forrar o vaso com fibras de coco, sisal, musgos, entre outros materiais, a fim de contribuir para a drenagem da água da rega.
Limpe bem as raízes das mudas que vêm do orquidário e esterilize as ferramentas quando utilizadas em diversos exemplares.
Além disso, as orquídeas deverão ser cultivadas em locais com luminosidade constante, deverão ser regadas em vários momentos do dia (e com pouco volume de água), além de serem plantas em um rico e nutritivo substrato, geralmente à base de matéria orgânica e minerais.
Como Cuidar e Cultivar Orquídeas da Forma Correta?
Em primeiro lugar, como dissemos, é importante conhecer o tipo de espécie com a qual está lidando, pois, a depender da variedade, o cultivo e a manutenção certamente exigirão o uso de técnicas específicas, especialmente no que diz respeito à adubação, luminosidade, rega, transplante de mudas, entre outras ações.
As variedades conhecidas como “epífitas”, por exemplo, são aquelas que desenvolvem-se naturalmente na superfície das árvores.
Essas são variedades como as Cattleyas, Phalaenopsis, Miltonias, Dendrobium, entre outras espécies que, por desenvolverem-se dessa forma, exigem que o criador tente ao máximo reproduzir aquelas condições que elas encontravam nas árvores.
Principalmente com relação à adubação, que deverá receber uma atenção especial quanto à quantidade de minerais na sua composição, pois são as substâncias que elas mais extraem das árvores.
Já algumas variedades terrestres, como a Sobrália, a Paphiopedilum, a enigmática Cymbidium, a belíssima Spathoglottis, entre outras, caracterizam-se por desenvolverem-se no chão das florestas, e por isso mesmo, quando importadas, não costumam exigir tanta adubação, consomem mais água e são bem mais resistentes a pragas e a demais micro-organismos patológicos.
É preciso atentar, também, para o fato de que as orquídeas, por geralmente desenvolverem-se à sombra de imensas árvores, não toleram uma incidência de sol direta, apreciam um solo sempre úmido, um local com temperaturas mais amenas, entre outras particularidades.
Não precisa nem dizer que tamanha exoticidade acaba sendo acompanhada por uma grande sensibilidade a grandes alterações climáticas, principalmente o excesso de água, vento forte, frio intenso, etc.
E o resultado de tais condições geralmente apresenta-se na forma de um desenvolvimento anormal das suas flores, além da demora na germinação, entre outros transtornos.
Adubação Para o Cultivo e Cuidados com as Orquídeas
O que os especialistas recomendam é que se dê preferência aos adubos orgânicos – até mesmo aqueles produzidos por compostagem. – Estes, além de serem ricos em nutrientes, não expõem a planta aos riscos oferecidos por determinadas substâncias químicas não compatíveis com as suas estruturas e características.
A adubação – especialmente quando adquirida em estabelecimentos comerciais – deve ser oferecida em doses precisas, de acordo com as instruções do rótulo, e preferencialmente nas primeiras horas da manhã ou no crepúsculo.
Outra coisa é que, diferentemente do que ocorre com outras espécies, para as orquídeas a adubação foliar não é das mais eficientes. Isso porque uma das suas principais características é justamente o fato de absorverem grandes quantidades de nutrientes pelas suas raízes, o que garante a nutrição por todas as partes da planta.
É importante saber, também, que esse substrato deverá ter consistência leve, a fim de que seja absorvido aos poucos pelas raízes das orquídeas.
E como sabemos que ele não é capaz de fornecer toda a carga de nutrientes exigida por espécies como estas, recomenda-se a administração de um bom adubo, que contenha níveis adequados de nutrientes – que até podem ter origem química.
Principais Dicas
Caso queria facilitar a sua vida na hora de cultivar e cuidar das orquídeas, a solução – especificamente com relação à adubação – poderá ser lançar mão da popular composição conhecida como NPK.
Essa é uma fórmula vendida em qualquer casa de produtos rurais, composta basicamente por Potássio, Nitrogênio e Fósforo – substâncias básicas para a adubação de toda e qualquer espécie vegetal.
No caso de adubos orgânicos, a dica é uma mistura de farinha de osso e torta de mamona, por exemplo. Esta, pelo fato de ser produzida de forma totalmente natural, acaba comprometendo menos a estrutura da planta no caso de exagero na aplicação.
Ela ainda é absorvida mais lentamente, de acordo com a decomposição da matéria de que é constituída, sem o risco, portanto, de sobrecarregar a planta com sais minerais, ou de que ela absorva poucos nutrientes – que é o que ocorre quando o adubo é acrescido de matéria granulada.
Ainda quanto à adubação, o aconselhável é dar preferência aos adubos que possam facilmente ser dissolvidos em água, do contrário, as consequências poderão surgir na forma de danos ou queimaduras nas raízes da planta.
Essa adubação deverá ser feita a cada 2 semanas, sempre nas primeiras horas da manhã ou no final da tarde. E no mais, é atentar para o fato de que as orquídeas, como qualquer outra espécie doméstica, são bastante sensíveis aos excessos.
Por isso, mesmo sabendo que elas são apreciadoras de uma boa dose de luminosidade durante o dia, deve-se ter o cuidado de evitar a exposição por longas horas seguidas, concedendo-lhes algumas horas de sombra durante esse período.
Esses poucos cuidados são o suficiente para garantir uma floração vigorosa dessa espécie, que só exige mesmo o pleno conhecimento da variedade escolhida para o cultivo.
Pois uma das suas principais características é justamente a imensa variedades de espécies existentes, com cada uma apresentando as suas singularidades e particularidades consideradas únicas.
Deixe a sua opinião sobre esse artigo. E aguardem as próximas publicações.