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Orquídea Com Bulbo Preto

Orquídeas com pseudobulbos pretos pode ser o sinal de doença ou mesmo de deficiência de nutrientes. Os pseudobulbos, sem dúvida, estão entre as partes mais importantes de uma planta; e no caso da orquídea, é deles que saem para a vida as folhas, brácteas e as flores desse incrível gênero botânico. E é por isso mesmo que do seu perfeito estado depende a garantia do florescimento da planta com as suas principais características.

Especialistas (ou simplesmente admiradores) no cultivo de orquídeas garantem que o início da germinação das folhas saídas diretamente dos pseudobulbos é um momento crucial, e que irá definir todo o seu desenvolvimento ulterior.

É nessa fase que as regas deverão ser realizadas com maior frequência; e é nessa fase, também, que devem ser observados possíveis ataques de fungos, bactérias e demais parasitas, geralmente pragas como a “Mancha marrom”, a Podridão Negra (o Pythium ultimum) e o Fusarium oxysporium (a Podridão de raiz).

Além das famigeradas Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides ), a Ferrugem (Sphenospora sp), o Mofo Cinzento (Botrytis cinerea), entre vários outros agentes patológicos que aproveitam-se justamente desse período inicial do desenvolvimento das folhas, seguidas por brácteas e flores.

É uma fase em que a planta está mais vulnerável, gasta praticamente todos os nutrientes do solo para o desenvolvimento das suas partes aéreas, consome mais água e é pouco resistente a micro-organismos patológicos.

Por isso, como dissemos, é nessa fase que os bulbos de uma orquídea podem tornar-se pretos, enrugados, frágeis e manchados; exigindo, portanto, uma atenção redobrada por parte dos seus criadores.

Orquídea Com Bulbo Preto: O Que Pode Ser?

Orquídea Com Bulbo Preto
Orquídea Com Bulbo Preto

Um dos sintomas da famigerada “Podridão negra” é justamente o escurecimento dos bulbos das orquídeas. Logo, ao perceber tal sintoma, considere a possibilidade de ser esse o problema.

Pythium ultimum e Phytophthora cactorum: Esses são os nomes das pragas que costumam causar esse dano às orquídeas. Eles aproveitam-se dos períodos mais abafados e chuvosos, quando as orquídeas (que já são naturalmente sensíveis ao excesso de água) tornam-se alvos fáceis desse tipo de ataque.

Esses micro-organismos são espécies de esporos, com grande capacidade de movimentação em um ambiente extremamente encharcado; e é justamente a partir dos bulbos das orquídeas que eles começam a manifestar-se, tornando-os pretos, quando iniciam um novo ciclo dos seus desenvolvimentos.

Nesse ciclo, é como se esses parasitas desenvolvessem espécies de tecidos vegetativos – como se tornassem em uma espécie de vegetal – , na forma de pequenos túbulos (ou micélios – tecnicamente), que apresentam-se, inicialmente, com uma coloração meio transparente, que vai acentuando-se com o passar do tempo.

Passam para uma coloração mais pardacenta, depois seguem para um tom meio acastanhado, até que os bulbos da orquídea tornem-se completamente pretos, e , como consequência disso, alastrem-se a ponto de destruir toda a planta.

O principal sintoma da “Podridão negra” – aliás, como o seu nome nos leva a supor – é o escurecimento dos bulbos, ou mesmo das folhas (inicialmente); e quando estas manchas chegam até a coroa de orquídeas com crescimento monopodial (as mais afetadas), como as Phalaenopsis e as Dendrobium, a espécie pode morrer em questão de dias.

O Que Fazer Quando as Orquídeas Estão Com O Bulbo Preto?

Em primeiro lugar, certifique-se de qual é exatamente a causa do transtorno – qual o fungo ou parasita está por trás desse mal.

Um especialista em botânica é o mais indicado para realizar o diagnóstico, mas, caso tenha alguma experiência em cuidados com orquídeas, você poderá levar a cabo algumas providências bastante simples.

A principal dica nesses casos é, antes de mais nada, a prevenção! É necessário evitar que outras plantas tenham algum tipo de contato com a espécie doente – até mesmo a água da rega, por meio de respingos, pode levar a uma contaminação geral, já que os esporos caracterizam-se, justamente, por transportarem-se facilmente pela água ou pelo ar.

Logo, será necessário evitar que a planta permaneça encharcada! Você deverá criar condições para que, após a rega, a planta receba a ventilação suficiente, o que será decisivo para que os fungos não se proliferem.

Como uma medida mais concreta, você poderá incrementar à adubação doses mais altas de cálcio, pois esta é uma substância capaz de neutralizar a ação dos esporos.

Como uma medida mais prática, você deverá retirar toda a parte da orquídea cujo bulbo apresente-se com a cor preta – juntamente com uma parte ainda saudável – , e o restante da planta deverá ser deslocada para um local onde ela possa receber um pouco mais de luz e de sol em uma incidência indireta.

Você poderá também utilizar técnicas caseiras, como uma mistura de canela em pó e óleo de cozinha, que deverá formar uma pasta a ser aplicada nos pseudobulbos do restante da planta saudável.

Também uma mistura de cal, sulfato de cobre e lanolina poderá ser utilizada como uma espécie de papa ou pasta a ser aplicada nas partes da planta ainda saudáveis – de onde fora retirado o pseudobulbo com a coloração preta das orquídeas.

Essas aplicações devem selar ou cobrir toda a parte que ficou exposta ao retirar o pseudobulbo doente. Isso é o que irá garantir que a planta não seja atacada novamente por novos fungos – pois agora encontrarão um ambiente não tão propício ao seu desenvolvimento.

Mas também existem outros fungicidas químicos bastante recomendados para esses casos. São produtos como o Captan, Terrazzole, Subdue, entre outras fórmulas que deverão ser utilizadas de acordo com o estágio da doença: avançado ou ainda em seus estágios iniciais.

Fungicida Químico
Fungicida Químico

Será preciso, também, que você certifique-se de que está seguindo corretamente as indicações do rótulo do produto. E será necessário, também, utilizar o produto durante o período recomendado – de um modo geral, um tratamento realizado por 15 dias tende a surtir efeitos satisfatórios.

E, a partir de então, conheça melhor a espécie de orquídea que possui em casa. Algumas toleram mais água, outras menos. Existem espécies que vão bem com uma boa jornada de sol durante o dia, já outras preferem o clima tranquilo e relaxante de uma região sombreada.

Seguindo tais conselhos, terá a garantia de que a espécie escolhida se desenvolverá com as suas principais características; características que costumam conferir a um ambiente um ar exótico, rústico e original.

Caso queira, deixe as suas impressões sobre esse artigo. E aguarde as próximas publicações.

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