No “universo dos óleos essenciais” a lavanda (ou Lavandula officinalis) ocupa um lugar de destaque. Acredita-se que desde a Antiguidade egípcios, gregos, fenícios, sumérios, cretenses, entre outros povos considerados quase míticos, já sabiam como extrair ou fazer o óleo essencial de lavanda; já conheciam as suas inúmeras qualidades, entre elas, a capacidade de curar por meio de massagens terapêuticas.
A lavanda constitui-se de arbustos bastante discretos, dos quais pode-se colher suas belas flores de cor púrpura para a confecção de arranjos florais, ou mesmo em combinação com outras espécies, que são devidamente reunidas em vasos para produzir um agradável aroma no ambiente.
Já os seus óleos essenciais são o que há de melhor para a prática da aromaterapia, para a produção de perfumes, sabonetes, antissépticos, entre outros preparados que requeiram as propriedades de espécies como esta – famosa em praticamente todo o mundo como sinônimo de cosméticos e perfumaria.
Mas as suas excelentes qualidades não ficam só nisso! A lavanda também pode ser utilizada (com bastantes moderação) em infusões, para o combate a transtornos digestivos, cólicas, gases, além de vários outros distúrbios que possam ser combatidos por meio das suas propriedades bactericidas e antissépticas.
É possível fazer ou extrair o óleo essencial de lavanda a partir das suas folhas, brotos, caules e flores, que além da garantia de que irão produzir um óleo 100% original, ainda garante um alívio no bolso, pois uma das características dos óleos produzidos industrialmente é serem bastante caros!
Óleo Essencial De Lavanda: Como Fazer?
O processo utilizado para a extração do óleo de lavanda (para fazê-lo corretamente) é o da destilação. Por meio dele, é possível extrair essa preciosidade! Um óleo essencial! Que forma-se naturalmente na planta, por meio de uma reação química do sol sobre os minerais encontrados na espécie.
Mas para extraí-lo adequadamente você deverá seguir os próximos passos:
a) Junte em um recipiente de vidro uma quantidade razoável de flores, brotos, caules e folhas de lavanda com uma quantidade de óleo de girassol suficiente para produzir uma mistura que deverá ser exposta ao sol entre 2 e 4 dias.
Após esse prazo, o óleo essencial de lavanda já terá se desprendido da planta; basta, portanto, coar o produto em um outro recipiente e aproveitá-lo das mais diversas formas.
Como uma técnica mais elaborada, você deverá ferver uma quantidade razoável de água em uma estrutura que permita que a planta receba todo esse vapor produzido.
Será ele o responsável por extrair (ou fazer) os óleos essenciais, que deverão misturar-se, até que, em um outro compartimento, sofra um processo de condensação.
Esse compartimento é o “condensador”. É por ele que deverá passar esse vapor carregado de óleo essencial, em uma espécie de serpentina, que deverá conter água gelada suficiente para resfriá-lo e transformá-lo em água contendo a essência de lavanda.
Na última etapa do processo, o óleo essencial finalmente é separado da água, que seguirá até o final do aparelho, enquanto a essência – o “espírito essencial” da lavanda – é retida quase que magicamente!
Além De Fazer O Óleo Essencial De Lavanda, Saiba Também Como Aproveitá-Lo
Não é à toa que a raiz do nome lavanda vem justamente de “lavar”. Já no antigo Egito era comum que se utilizasse a lavanda no banho, como uma forma de, por meio dos seus óleos essenciais, purificar o corpo.
No segmento da aromaterapia, os óleos essenciais de lavanda adquiriram o status de uma espécie de “menina dos olhos”, graças à sua capacidade incomparável de aliviar a dor e produzir uma sensação agradável, relaxante, calmante, e até mesmo sedativa.
Em uma época em que o estresse e a ansiedade já atingem níveis patológicos, saber como fazer ou extrair o óleo de lavanda no conforto da sua própria casa pode configurar-se como uma ferramenta a mais na luta contra esses tão alarmantes transtorno dos tempos modernos.
Uma mistura de óleos essenciais de alecrim, lavanda, sálvia e cedro, por exemplo, pode também produzir efeitos surpreendentes contra a queda de cabelo, em especial no distúrbio conhecido como “alopecia areata”, que caracteriza-se pela perda de cabelo, não só na cabeça como também nas sobrancelhas, cílios, bigode e barba.
A combinação desses óleos, aplicados diariamente, e por um período de até 180 dias, consegue reverter de forma magnífica os efeitos da doença.
Já quando o assunto são as doenças de pele, a lavanda também apresenta as suas armas! Assaduras, dermatoses, eczemas, frieiras, queimaduras, entre outras doenças consideradas de menor gravidade, podem ser combatidas graças às formidáveis propriedades bactericidas e antissépticas dos óleos essenciais que são feitos a partir das partes aéreas da lavanda.
Mais Benefícios Do Óleo Essencial De Lavanda
Não param por aí os formidáveis benefícios que podem ser obtidos com o uso regular do óleo essencial de lavanda feito no conforto do próprio lar.
De acordo com as últimas investigações científicas, já se sabe que um tratamento à base dos seus óleos essenciais é capaz de fornecer ao organismo quantidades formidáveis de antioxidantes, como o superóxido dismutase e o glutationa peroxidase (o GSH-Px).
Todos os testes feitos com ratos demonstraram a capacidade desse óleo de produzir tais antioxidantes, além de produzir um efeito analgésico, sedativo, relaxante e protetor do Sistema Nervoso Central (SNC).
Esse efeito pode ser obtido especialmente pelo método da aromaterapia – duas ou três inalações diárias dessa essência são capazes de produzir esse magnífico efeito.
Alguns estudos mais aprofundados descobriram que essa inalação dos óleos essenciais de lavanda, além de contribuir para o aumento da quantidade de antioxidantes no organismo (amenizando, com isso, o terrível processo de oxidação das células), ainda atua de forma a proteger as células dos tecidos cerebrais.
E, como se sabe, a oxidação dessas células está entre os principais responsáveis pelo desenvolvimento de tumores cerebrais; como os cancros, que são bastante comuns principalmente em indivíduos com algum tipo de predisposição genética.
Mas apesar desses resultados obtidos, os especialistas são quase unânimes ao recomendar que todo e qualquer tratamento de caráter “alternativo” seja acompanhado de perto pela medicina “tradicional”.
Pois uma das principais armadilhas desse tipo de tratamento é o seu caráter “não pessoal”; que não leva em conta as especificidades de cada paciente; e que portanto não garante os mesmos resultados em indivíduos com os mais diversos tipos de características físicas, biológicas e genéticas.
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