As plantas possuem um funcionamento bastante peculiar, já que as reações no mundo vegetal são muito novas e diferentes para as pessoas. Logo, para uma pessoa é muito mais simples entender uma reação animal do que uma reação vegetal, já que há mais proximidade com esse tipo de organismo.
Assim, por vezes alguns assuntos simples ligados ao mundo vegetal acabam por ser mal interpretados pelas pessoas, que entendem errado ou sequer entendem como as plantas realizam muitas das suas funções para o ambiente, como reagem internamente às mudanças no exterior e tudo mais.
Portanto, entender o mundo por completo pode ser um desafio. Muitas vezes, por exemplo, surgem aquelas velhas perguntas como “mas o que as plantas fazem à noite? E durante o dia? Qual a diferença?”, que mostram bem o desconhecimento de muitos em relação ao funcionamento básico das plantas.
Para responder de forma correta a esses questionamentos, antes é preciso explicar como funciona a fotossíntese e como esse processo pode ser dividido em fases. Contudo, tenha em mente, também, que por vezes essas fases são criadas apenas para o melhor entendimento das pessoas, para tornar o processo mais didático, podendo acontecer, em momentos, até ao mesmo tempo.
O Que é Fotossíntese?
A fotossíntese é um processo natural e bastante simples de explicar, embora tenha algumas partes mais complexas em seu funcionamento. Contudo, em uma explicação direta, é possível afirmar que a fotossíntese é um mecanismo pelo qual as plantas são capazes de gerar compostos orgânicos para a sua sobrevivência a partir da energia luminosa. Assim, de forma ainda mais didática e direta, é como se a planta fizesse uso da energia luminosa, que costuma ser do sol, para gerar o seu alimento.
Esse processo, por mais que simples que possa parecer em uma explicação resumida, é chave para a vida na Terra e acaba por ocupar a posição de processo biológico mais importante para o planeta. Isso porque, caso não existisse fotossíntese, as plantas não teriam nutrientes e, assim, não poderiam passar energia para o restante da cadeia alimentar, que recebe o seu combustível justamente a partir do processo citado realizado pelas plantas. Assim, o fenômeno da fotossíntese possui a sua fase clara e a sua fase escura.
A fase clara se dá ao longo do dia, quando a planta recebe energia do sol; já a fase escura pode acontecer em qualquer momento dia, sendo que o único pré-requisito é que a outra fase, a clara, tenha também acontecido, pois as duas são sucessivas.
Fase Clara da Fotossíntese, O Que a Planta Faz Durante o Dia
A fase escura da fotossíntese também pode ser feita ao longo dia, não sendo algo exclusivo da fase clara. Contudo, a fase clara apenas acontece na presença de luz e, assim, é conhecida como a fase da fotossíntese que acontece durante o dia.
Portanto, é possível afirmar que a fase clara da fotossíntese ocupa grande parte do dia de uma planta. Nessa fase acontece a quebra da molécula de água e a produção de oxigênio, tão importante para a vida dos animais. Assim, ao fim da fase clara da fotossíntese o que se tem é a produção de oxigênio, ATP e NADPH2, sendo que os dois últimos serão usados, também, na fase escura da fotossíntese. Durante o processo da fase clara, a luz do sol penetra nos cloroplastos e altera a molécula de água.
Por isso os cloroplastos são tão importantes para as plantas, sendo a grande diferença entre o mundo vegetal e o universo animal. Logo, os cloroplastos estão no centro da fase clara da fotossíntese e, naturalmente, no centro do processo que dá vida às plantas e ao planeta Terra como um todo.
A Fase Escura da Fotossíntese
A fase escura da fotossíntese não precisa acontecer necessariamente à noite, podendo ocorrer em qualquer momento do dia. Porém, como a fase clara só acontece ao longo do dia, o mais normal é ver a fase escura ocorrendo de forma mais intensa à noite, quando a planta pode se dedicar mais intensamente a essa parte do processo.
Essa fase escura também recebe o nome de fase “química”, já que nesse processo não há a interferência da luz e, portanto, o processo é puramente químico. Nessa fase, o dióxido de carbono vira glicose, em um processo longo e cíclico.
Nesse cenário, o ATP gerado ao longo da fase clara será usado agora, para que o processo possa ter a energia necessária para acontecer sem interrupções. Ademais, o NADPH2, também gerado na fase clara, também será usado e consumido na fase escura, agindo como agente redutor para fazer com que se forme a glicose. Há, também, a formação de outros açúcares ao longo desse processo longo e contínuo, embora o foco maior esteja na glicose.
Assim, é possível ver que há uma grande divisão de funções entre as fases clara e escura, algo que faz com que seja mais simples realizar a fotossíntese. Porém, vale lembrar, também, que por vezes as duas reações acontecem ao mesmo tempo na planta, embora seja muito mais fácil explicar as fases do processo separadamente.
Influência da Temperatura na Fotossíntese
A fotossíntese é um processo muito importante para as plantas e essencial para o mundo, sem o qual não haveria vida na Terra como a conhecemos. Porém, o processo, apesar de tão importante, também sofre influência de fatores externos.
Dessa forma, a fotossíntese acontece com velocidade máxima, ou seja, com maior produtividade, em uma faixa de temperatura que fica entre os 30 e os 40 graus Celsius. Acima disso, sob temperaturas muito altas, as enzimas que dão início à fotossíntese podem ser desnaturadas e, assim, deixarem de existir. Já sob temperaturas abaixo disso, as enzimas serão pouco ativas e o processo de fotossíntese será muito mais lento.
Uma forma interessante de notar isso é perceber como as plantas são mais verdes, com um tom mais vivo, em locais quentes ou até mesmo em florestas tropicais. Por outro lado, em ambientes frios, as plantas tendem a ter um tom de verde mais fraco e monótono.