A ficha técnica de uma espécie de fungo geralmente contém a sua estrutura, morfologia, fisiologia, habitat, evolução, entre outras características.
Esses são dados que nos ajudam a identificar as diversas espécies existentes, em vários tipos gêneros, que formam uma comunidade com dezenas de milhares de indivíduos; entre os que configuram-se como pragas naturais, outros que representam grave perigo para a saúde do homem, a até aqueles que são verdadeiros parceiros da indústria de medicamentos e de alimentos.
O curioso é que esses seres já foram considerados vegetais até o final dos ano 60, e só a partir de então é que ganharam um Reino só deles, o “Reino Fungi”, que também abriga alguns tipos de algas, leveduras, liquens, além de outras espécies com características únicas. Todas elas variedades extravagantes na natureza, com aspectos, cores e formas que só conseguem perder em exoticidade para as suas características reprodutivas.
Entre essas características podemos destacar a sua morfologia, que caracteriza-se pela divisão celular por meiose, parede celular em uma estrutura de quitina, produção e armazenagem de glicogênio, além do fato de alimentarem-se por absorção de nutrientes, de serem indivíduos eucariotas, realizarem fotossíntese, entre outras características consideradas únicas.
A reprodução dos fungos também deve constar na sua ficha técnica, pelo simples fato de relacionar-se também com a sua morfologia – e mesmo com a sua fisiologia – , que torna-se determinante para que esses seres consigam proliferar-se por meio de técnicas não comparadas às de nenhum outro gênero na natureza; e que por isso mesmo lhes garantem uma capacidade de desenvolvimento poucas vezes comparável na biosfera terrestre.
E nesse caso sabemos que ela pode ser assexuada ou sexuada, para a formação de indivíduos com estruturas vegetativas em forma de filamentos ou ramos, que configuram-se como um dos Reinos mais importantes para a sobrevivência do homen – diferentemente do que se imagina.
São mais 80.000 espécies, com mais de 99,9% de seres úteis, capazes de dispersarem-se com grande facilidade, a ponto de essa característica ser descrita como uma forma de “ubiquidade” entre os seres.
Morfologia, Fisiologia, Classificação E Ficha Técnica Dos Fungos.
Os fungos podem apresentar-se, morfologicamente, como um organismo sexuado, como o Paracoccidioides brasiliensis, causador da Paracoccidioidomicose, que é uma micose que acomete mucosas e membranas, caracterizada por provocar dor local, úlceras e nódoas.
O fungo apresenta a característica de uma espécie sexuada multicelular; mas quando penetra no organismo humano adquire a forma de uma levedura capaz de reproduzir-se de forma assexuada.
O Penicillium marneffei é outro que transforma-se, dentro do corpo humano, em uma levedura com reprodução assexuada; enquanto no meio ambiente, muito em função da temperatura, pH e da quantidade de gás carbônico, pode ser identificado como um simples bolor.
Como dissemos, a ficha técnica dos fungos deve contemplar, também, a sua morfologia e fisiologia. E nesse caso, há que chamar a atenção para a característica de filamentos celulares que os fungos multicelulares desenvolvem. São como espécies de “hifas”, geralmente cenocíticas ou septadas, que acabam formando o que se denomina em ciência de “micélios”.
Estes, por sua vez, podem ser “aéreos” (que projetam-se para fora) ou “vegetativos” (que enterram-se no solo em busca de substâncias nutritivas ou simplesmente para constituírem-se como a base de alguns fungos).
No caso das leveduras, o que ocorre é um crescimento assexuado; as células que as compõem simplesmente “brotam” umas das outras, formando uma espécie de elo comprido e filamentoso, que costuma ser descrito em ciência como “pseudo-hinfas”.
Morfologia, Ficha Técnica, Fisiologia E Tipos De Fungos
Como dissemos, os fungos podem ser identificados, na maioria dos casos, como filamentos de células (hifas), na forma de cilindros com 2,3 e até 10 µm de diâmetro e vários centímetros de comprimento.
O curioso é que esses fungos costumam crescer nas suas extremidades, que podem bifurcar-se ou simplesmente dobrar de tamanho, num processo de brotação de novas células.
E o mais curioso ainda é que essa bifurcação ou crescimento, que acaba constituindo-se nos chamados “micélios”, podem ou não ter septos (compartimentos em que são divididos os micélios); e ainda com cada compartimento formado por um núcleo unicelular pouco complexo.
Os fungos, além da curiosa característica da sua ficha técnica – que geralmente contém a sua morfologia e fisiologia, como dissemos – , ainda caracterizam-se por alimentarem-se por absorção dos nutrientes obtidos dos seus hospedeiros, consumindo-lhes as forças, quando não os mata, caso não sejam combatidos por meio de tratamento com antibióticos.
Mas, apesar da estrutura pouco complexa, os fungos são hoje considerados organismos essenciais para a sobrevivência do planeta, muito por causa do fato de serem espécies “Produtoras”( a base da alimentação de uma infinidade de seres), além de servirem muito bem ao homem nos processos industriais, na indústria farmacêutica (produção de medicamentos e antibióticos), entre outras funções para as quais não há substitutos a altura.
As Características Macroscópicas Da Fisiologia Dos Fungos
Os fungos tornam-se organismos macroscópicos a partir do momento em que o desenvolvimento dessas hifas é de tal forma que o que teremos é a formação de longas cadeias de micélios, a desenvolverem-se em ambientes úmidos, paredes, comida estragada, substratos, entre outros locais que eles tanto apreciam.
Alguns são capazes, até mesmo, de apresentarem-se com colorações diversas, devido a uma reação a substâncias farmacológicas ou à constituição dos seus esporos – o que facilita, inclusive, a identificação de determinadas colônias presentes na natureza.
São verdadeiras exuberâncias naturais, capazes de atingir alguns poucos milímetros de comprimento, a até mesmo vários quilômetros quadrados, como é o caso do excêntrico “cogumelo-do-mel” (do gênero Armilaria), que costuma estender-se por uma distância de quase 9 km2!
Mas, de um modo geral, podemos reconhecer os fungos como espécies dependentes do carbono que lhes é oferecido (ou que absorvem) pelo hospedeiro.
Assim como também são capazes de aproveitarem-se de substâncias como a amônia, etanol, nitrato, entre outros compostos orgânicos que lhes garantam a vida.
Além de lhes garantir, também, uma reprodução de forma exuberante e uma capacidade impressionante de proliferação, como poucos gêneros são capazes de exibir nesse cada vez mais controverso e surpreendente ambiente natural.
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