Nossa flora é tão rica e exuberante que muitas plantas podem servir a diversos fins, de proverem frutos, a servirem como decoração de ambientes. Quer um exemplo prático? A mini pitanga ornamental, por exemplo. Trata-se de uma planta decorativa relativamente rara, mas que vale a pena fazer um esforço para tê-la em casa ou no jardim.
Vamos saber um pouco mais sobre ela?
Algumas das Principais Características da Mini Pitanga
Planta cujo nome científico é Eugenia mattosi, a mini pitanga tem forma de arbusto, sendo muito vistosa e com folhas bem miúdas. Sua floração é essencialmente da cor branca, ocorrendo entre a primavera e o verão. Durante essa floração, por sinal, ocorre também uma intensa frutificação, cujos frutos possuem uma coloração avermelhada característica, sendo comestível tanto para nós humanos, quanto para a fauna das regiões onde habitam, especialmente, para pássaros. As abelhas também são animais que apreciam muito a planta, em especial, por conta de seu delicioso néctar.
Além de mini pitanga, essa planta é conhecida por nomes como pitanga anã e pitanguinha. Sua altura pode chegar a 50 cm, e quando crescem acabam formando touceiras. Uma característica bem peculiar é que ela não perde suas folhas uma única vez sequer durante o ano. Aqui no Brasil é o tipo de planta que se dá muito bem, já que aprecia muito sol pleno e um clima que pode ir do quente ao temperado. Esse tipo de pitanga acaba sendo muito usado para a composição de cercas vivas que sejam de porte baixo. O bom é que a poda, neste caso, acaba sendo desnecessária pelo fato dessa planta não se alastrar pelo terreno do local.
Bom dizer também que ela é bastante resistente ao frio e a períodos de chuvas. Além de terrenos (como em jardins), ela aceita muito bem plantio em vasos, produzindo frutas e flores a partir dos dois primeiros anos de idade, e sempre nos meses mais quentes. Trata-se de uma planta tão versátil que ela pode aceitar, tranquilamente, uma condução artificial com o intuito de formar bonsais, e ainda assim ficar muito bonita e saudável.
Esse fruto, assim como tantas pitangas, pode ser consumida de forma natural, já que o seu sabor é doce, um tanto ácido e com um aroma bem identificável. Além disso, trata-se de um fruto bastante nutritivo, rico em vitaminas e minerais. Mas, também é um fruto frágil e de pouca durabilidade, e é por isso que espécies como a mini pitanga são usadas mais pra fins ornamentais. Afinal, seu caule é tortuoso e seus galhos são ramificados, o que a torna uma ótima peça decorativa.
Reprodução da Mini Pitanga Ornamental
Essa planta se multiplica através de sementes, que chegam a ser grandes, se comparadas ao próprio fruto. Elas precisam ser semeadas logo após a colheita, pois elas não resistem muito tempo em condições ambientes. Para que o plantio obtenha sucesso é necessário que a terra esteja devidamente úmida. Quando a germinação começar (o que se dará entre uns 2 ou 3 meses), as regas precisam permanecer, mas não para encharcar o solo. O ideal é uma rega a cada 15 dias.
As características básicas dessa planta são rústicas, o que quer dizer que elas não necessitam de tantos cuidados, a não ser manter o local onde estejam longe de ervas daninhas. Além disso, é bom deixar claro que é uma planta cujo objetivo é unicamente o cultivo doméstico ornamental.
Bom destacar também que a mini pitanga não necessita de podas, visto que ela não cresce a ponto de se alastrar por vários cantos do local onde está cultivada. No entanto, você pode adubá-la com o intuito de conseguir um crescimento mais acelerado do que o normal dela. A melhor época para o adubo é no início da primeira, com uma mistura de composto orgânico com farinha de osso. Já no verão você também pode adubá-la, só que, desta vez, com NPK 10-10-10. Essa quantidade de adubo deve ser dobrada anualmente, até o 3º de vida da planta.
O florescimento, em geral, é entre os meses de agosto e outubro, e a frutificação ocorre logo após esse período, entre os meses de outubro e novembro.
Mini Pitanga: Ótima pra Quem Gosta de Bonsai
A milenar arte de cultivar pequenas plantas vinda do Japão encontra no Brasil várias espécies que se adaptam a essa forma peculiar de plantio. E, uma das melhores para se fazer bonsai é a mini pitanga. Só que é necessário se ter alguns cuidados a mais que não se tem quando essa planta está em seu tamanho “normal”, digamos assim.
Primeiro de tudo, ela não deve ser muito exposta ao sol do verão, mas precisa receber uma razoável luminosidade durante o dia. Já durante as outras estações, é importante que a posição dela seja direta ao sol, contanto que o solo onde esteja plantada seja sempre úmido. Ou seja, a exposição ao sol contribui para a sua floração e frutificação, mas, não pode ser exagerada.
Para a rega, é bom salientar que esse tipo de planta gosta bastante de água, mas sem solo encharcado, pois a umidade que fica acumulada tanto no tronco, quanto nas raízes, facilita o aparecimento de fungos. O ideal, portanto, é somente regar a planta quando a sua terra estiver seca. Em caso de umidade baixa do ar, você também pode borrifar as folhas da mini pitanga.
Para uma alimentação que favoreça a saúde da planta, mesmo no tamanho diminuto do bonsai, é preciso que se faça o adubo entre o início da brotação (que é na primavera) e o início do outono. Para o caso de bonsais dessa planta, os melhores adubos são aqueles ricos em Fósforo (P).
Em termos de mistura de solo, o mais recomendado para os bonsais dessa planta o mais indicado são 50% de areia peneirada, 30% de condicionador de solo industrial e mais 20% de argila refratária peneirada. Inclusive, o motivo desse material ser peneirado é que isso proporciona uma melhor drenagem no momento da rega. Quando houver a troca de terra, até cerca de 35% das raízes podem ser podadas. Esse procedimento, inclusive, precisa ser feita todo ano, ou a cada dois anos.