Muitos podem até pensar que todo tipo de orquídea é igual, mas não é. Como a variedade delas é muito grande, inevitavelmente, teremos cuidados específicos para tipos específicos dessa planta. Como, por exemplo, as miniorquídeas, que precisam de tratamento diferenciado para crescerem com a beleza que é peculiar a elas.
Vamos saber mais detalhes a respeito desses cuidados?
Escolhendo o Vaso e o Substrato Ideais
Primeiro, é bom esclarecer uma coisa: para ser considerada uma miniorquídea, essa flor precisa ter um tamanho que seja inferior a 5 cm de comprimento. Algumas das espécies mais conhecidas atualmente são a Capanemia supérflua (que parece um matinho formado por flores), a Gomesa recurva (famosa por ser perfume cítrico e flores esverdeadas) e a Laelia Lundii (cujo os detalhes do labelo, com veios em magenta, são muito bonitos).
Bem, dadas as devidas explicações preliminares a respeito do assunto, vamos saber como cuidar bem de suas miniorquídeas.
Seja para o plantio ou replantio de uma miniorquídea, o vaso escolhido deve obedecer algumas regras simples. Isso porque as raízes dessas plantas crescem muito rápido, e esse é o principal motivo pelo qual essas flores devem ser replantadas com certa regularidade. O vaso que irá comportar a planta tem que ser grande o suficiente não só para que elas caibam, como também para fazer uma projeção futura do crescimento delas.
Já, com relação ao substrato que de vê ser usado, o mais adequado é um que seja à base de musgo e cascas de árvore. Para as miniorquídeas, é muito melhor do que um composto orgânico. Inclusive, para conseguir melhores resultados, uma dica importante é encharcar o substrato por um período de 24 horas.
Fazendo o Transporte
Para fazer um transporte adequado de uma miniorquídea para o seu novo vaso, é preciso pegá-la com bastante delicadeza, pela base, visto que elas são bem frágeis. Se o transporte for de um vaso para outro, para tirar a planta, vire-a de lado ou de cabeça para baixo, e aperte ou gire o vaso bem devagar até que as raízes, enfim, fiquem soltas.
Nesse último caso, certifique-se tirar o substrato antigo que estiver nas raízes, pois se ele estiver muito velho ou se decompondo, é muito provável que elas as apodreça. Por isso, é recomendável tirar todo substrato antigo das raízes. Também é importante, nesse sentido, cortar as raízes que estiverem mortas. É fácil identificá-las, pois elas estarão marrons e murchas, e as que são saudáveis são brancas ou verdes, e bem firmes.
O recomendável também é espalhar uma fina camada do substrato no fundo do vaso. Já o posicionamento deverá obedecer uma regra: a base das folhas mais baixas precisam a 1 cm abaixo da borda. Depois, é despejar o substrato em volta das raízes, pressionando-o para os lados e para baixo do vaso. É repetir o processo até que todas as raízes estejam cobertas.
Uma dica fundamental é não regar sua miniorquídea recém-(re)plantada por, pelo menos, uns 10 dias. Deixe-a em um local de clima ameno, borrifando-a com um pouco de água todos os dias. As folhas, é bom dizer, precisam ficar secas durante a noite.
É bom também ficar atento para fato de que o recomendável é replantar uma miniorquídea a cada 2 anos. Pode ser até antes, caso o substrato comece a cheirar mal, por exemplo.
Cuidados Cotidianos
É bom salientar mais uma vez que as raízes dessas plantas são bastante sensíveis, e que podem facilmente apodrecer caso venham a receber muita água. Para evitar o excesso, nesse caso, uma boa dica é colocar um cubo de gelo toda semana, pois ele derrete gradativamente, penetrando no substrato, e reduzindo a possibilidade de uma rega em excesso. Em condições ideias, 1 cubo de gelo por semana para cada miniorquídea é mais do que suficiente.
Outro ponto importante a ser verificado é ver, constantemente, se o substrato da planta está devidamente seco. Sabe o cubo de gelo que mencionamos anteriormente? Deixe o substrato ficar parcialmente seco antes de colocar esse cubo. Só adicione um pouco mais de água se o substrato estiver muito ressacado uns 5 cm abaixo da superfície.
Algo fundamental para uma miniorquídea é que ela não receba luz direta do sol. Portanto, é bom deixá-la num lugar em que receba, parcialmente, o sol do final da tarde, ou simplesmente você pode usar uma cortina translúcida (ou até mesmo tela) que bloqueie essa luz direta. Caso a luz natural não seja suficiente, providencie luzes artificiais através de lâmpadas fluorescentes. Essas luzes precisam estar a, pelo menos, uns 30 cm de distância da planta.
Mas, como saber se a planta está recebendo, por exemplo, uma quantidade correta de luz? Simples: através da aparência de suas folhagens. Pouca luz, geralmente, resultará numa folhagem verde-escura e sem flores, Já, muita iluminação fará essa mesma folhagem ficar amarelada ou avermelhada. Inclusive, algumas folhas podem até mesmo ficar com “queimaduras” de sol.
E, claro, é bom ficar atento à questão da temperatura ambiente, para que ela fique entre 18 e 29° C, pelo menos, que é a indicada, já que as miniorquídeas só florescem em ambientes mornos e úmidos. Os melhores resultados são obtidos mantendo-se a temperatura alta durante o dia, e baixá-la durante a noite de alguma forma.
Mais Algumas Dicas Importantes
Um dos fatores que mais pode prejudicar uma miniorquídea é colocá-la próxima em locais com correntes de vento muito fortes. Portanto, o ideal é não deixar a planta em frente a janelas abertas, nem em quaisquer outras aberturas que tenham muita ventilação.
É importante também borrifar, periodicamente, as folhas de sua miniorquídea, já que ela gosta de condições que sejam úmidas, algo que as névoas de águas proporcionarão. Caso isso não funcione, experimente usar um umidificador no mesmo cômodo em que a planta estiver durante o dia.
Você também pode aproveitar para fertilizar a sua miniorquídea, pelo menos, uma vez por mês, usando adubo balanceado e misturando ele com água, diluindo-o a menos da metade do recomendado. Caso isso não esteja fazendo bem à planta, troque o adubo por um fertilizante que seja rico em nitrogênio, em especial, se estiver usando um meio de propagação com casca.