O Maravilhoso Reino Vegetal
A divisão biológica entre os reinos dos seres vivos é configurada em cinco grandes grupos – Monera (bactérias), Protozoa (protozoários), Fungi (fungos) Animalia e Plantae – cada qual agrupando seus representantes conforme as características biológicas que estes compartilham.
Por exemplo, todos os seres do Reino Monera são unicelulares procariotos, ou seja, células com organização e estruturas mais simples, sem a presença de organelas (mitocôndrias, complexo de Golgi) e núcleo com DNA; já os seres do Reino Protozoa também são unicelulares, mas eucariotos: possuem células com maior complexidade celular quando comparada com as células bacterianas, tendo assim a presença de organelas celulares, além de núcleo protegendo o DNA.
Já os outros três reinos– o dos fungos, o dos animais e o das plantas – albergam os seres vivos restantes no planeta, os multicelulares, estes também compostos por células com maior complexidade organizacional do que as bactérias, além de agrupamentos em maiores níveis resultantes dos agrupamentos das células: tecidos, órgãos e sistemas.
Considerando estes três reinos que albergam os multicelulares, uma das evidências mais significativas para diferenciar o Reino Plantae dos outros dois (tanto do ponto de vista celular como o fisiológico) é a presença das organelas chamadas cloroplastos: micro-sistemas bioquímicos complexos, que albergam a clorofila, e são responsáveis pela a realização da tão famosa fotossíntese.
Por isso que as plantas são consideradas seres produtores, enquanto os fungos e os animais são considerados consumidores (em verdade é que os fungos são decompositores), pois através da fotossíntese as plantas produzem o seu próprio alimento, utilizando para isso elementos inorgânicos, além do o gás carbono e, claro, da presença de luz (do Sol de preferência, mas também funcionando com luzes artificiais).
Essa capacidade de gerar o próprio alimento define as plantas como organismos autótrofos, tendo assim uma importante função na ciclagem dos elementos, assim como também tem um papel na base das cadeias alimentares, já que os representantes desses grupos são que alimentam os consumidores primários, estes que serão alimentos para os consumidores secundários, sendo todos decompostos (quando morrerem) pelos decompositores.
A Evolução das Plantas
Assim como demais seres orgânicos que possuem material genético, as plantas também são um produto das mudanças do DNA através de mutações e permutações ao longo das eras, possuindo ancestrais comuns, sendo os mais antigos também compartilham a ancestralidade com nós, os animais.
Quando observamos a grande árvore filogenética da vida, percebe-se que existe ligações entre todos os seres vivos, ou seja: nós seres humanos temos algum parentesco com uma goiabeira ou uma jabuticabeira, entretanto o nosso genoma estar mais próximos de um rato ou cachorro (dois mamíferos, o mesmo grupo onde a nossa espécie está inserida).
Entre os reinos dos vegetais e dos animais, pode-se fazer importante paralelos, principalmente na dependência de água, o solvente universal responsável pela origem da vida (e da sua respectiva manutenção).
Por exemplo: um semelhante padrão fisiológico para a dependência de água é identificado em ambos os reinos, tendo os táxons mais antigos dentro da escala evolutiva apresentando proporcionalmente maior dependência da água para sua biologia e sobrevivência.
Seguindo o processo, divisões mais recentes possuem menos dependência da água, já que as adaptações que permitiram a conquista evolutiva também deram a vantagem de menores chances de perdas hídricas, assim como menor necessidade de viver em ambientes úmidos.
No grupo dos vegetais, as briófitas possuem dependência de água demasiadamente maior do que as pteridófitas e as fanerógamas (este sendo grupo que engloba as gimnospermas e angiospermas, plantas com presença de aparelho reprodutor de maior complexidade).
Nos animais vertebrados este padrão se repete: os peixes possuem uma necessidade absoluta do ambiente aquático para sobreviver, enquanto anfíbios dependem deste tipo de ambiente durante a fase larvária, e por fim os repteis, aves e mamíferos conseguindo se adaptar aos ambientes completamente terrestres (considere que também ocorreu um retorno ao ambiente aquático, como o exemplo clássico dos mamíferos cetáceos: baleias, golfinhos, botos, conforme o fenômeno de irradiação adaptativa).
Orquídeas São Plantas Superiores
Tendo uma pequena estatura e tamanho, normalmente fixas em plantas e árvores com maior porte, as orquídeas são famosas por compor importantes espécies vegetais utilizadas em jardinagem, paisagismo e decoração de ambientes.
Entretanto muitas vezes pensa-se e confunde as orquídeas com vegetais mais primitivos, como as briófitas e pteridófitas, devido a dependência de água de algumas espécies, assim como o seu tamanho pequeno.
Primeiro temos que ver que tamanho não é um bom critério para designar idade evolutiva das divisões dos vegetais, já que muitas angiospermas têm pequenos porte, como as representantes da família Poacea: a famosa grama do jardim.
Lembrando que as angiospermas são classificadas em dois subgrupos: monocotiledôneas e dicotiledôneas (o cotilédone são os primeiros tecidos que surgem dos embriões das plantas após a germinação das sementes, diferindo-se de outras estruturas associadas, tendo uma função nutricional importante para essa fase de desenvolvimento do vegetal).
Orquídeas, igualmente como as gramíneas da família Poacea, são angiospermas monocotiledôneas, por assim compartilhando outras características associadas a este grupo, como raiz mais difusa (fasciculada), flores com três pétalas, o caule não formando tronco, e as nervuras de suas folhas dispostas paralelamente.
Outros exemplos mais famosos de plantas monocotiledôneas, além das orquídeas e das gramíneas, são o milho, a cana de açúcar, as palmeiras e os coqueiros.
Orquídeas Amarelas: Beleza no Meio Natural
As orquídeas têm esse apelo chamativo muito devido a sua cor: é bastante comum elas se destacarem nos ecossistemas naturais devido suas cores mais distintas.
Vale destacar as mais belas cores, exóticas quando se comparada a um fundo verde de uma selva ou floresta tropical: azul, rosa, laranja, vermelha, violeta e amarela, além das plantas multicoloridas, com mais de um espectro de cor distribuídos em suas pétalas.
Dentre essas, as amarelas têm um apelo maior e mais chamativo, muito devido a superstição que representa o ouro: sendo assim, a orquídea amarela pode ter um forte simbolismo associado a fartura e dinheiro.
Orquídeas são excelentes presentes para ser dar em diversas ocasiões, já que elas têm mais suporte de sobrevida e duração do que um ramalhete de rosas ou de cravos.
Claro, a sobrevivência da planta vai de como ela será cuidada: como todos os vegetais, mesmos os superiores que conquistaram menor dependência de água do que os representantes mais primitivos, as orquídeas necessitam do solvente universal para fazer seus processos biológicos, e manter-se vivas.
As orquídeas gostam de água, mas proporcionalmente a sua necessidade: sempre regue o substrato da planta verificando se ele estará suficiente úmido, normalmente uma vez a cada dois dias (conforme a localização: se for muito seco, mais vezes; se for mais úmido, menos vezes).
Também se recomenda vasos de barro aos de plástico, já que a porosidade do primeiro permite melhor distribuição da água no substrato, não deixando acumular liquido em excesso.