O milho é um alimento básico para muitas pessoas em todo o mundo. Ele é encontrado como um acompanhamento, em sopas, ele é a matéria prima das famosas pipocas, temos farinha de milho, temos óleo de milho e muito mais. Apesar do uso regular do milho em nossas vidas cotidianas, você pode não saber tanto sobre isso quanto você imagina.
Eis um breve resumo sobre as principais questões sobre o milho que tem sido levantadas pelo mundo.
Tentando Explicar o Milho
Responder a questão de saber se o milho é ou não um vegetal parece ser simples. Na verdade, é um pouco mais complicado do que parece.
O milho inteiro, como você come na espiga, é considerado um vegetal. O próprio grão de milho (de onde vem a pipoca) é considerado um grão. Para ser mais específico, essa forma de milho é um grão “inteiro”. Para complicar as coisas um pouco mais, muitos grãos, incluindo a pipoca, são considerados frutas. Isto é porque eles vêm da parte de semente ou flor da planta. Vale lembrar, porém, que os vegetais são das folhas, caules e outras partes de uma planta. É por isso que vários alimentos que as pessoas pensam como vegetais são, na verdade, frutas, como tomates e abacates.
Então, considerando o apresentado até aqui, o milho é na verdade um vegetal, um grão integral e uma fruta, certo?
Debulhando do Milho
Cientificamente denominado zea mays, o milho é uma cultura considerada entre as mais populares cultivadas no mundo. Tanto nós humanos nos alimentamos do milho de diversas maneiras como o milho também é processado como ração animal, e tudo isso devido principalmente ao valor nutritivo que compõe esse cereal. A origem do milho não é comprovada com exatidão mas os cientistas acreditam que a planta surgiu primeiro no México, pois foi onde o seu cultivar se popularizou a cerca de 7.500 ou 12.000 anos atrás.
O potencial de produção do milho é altamente significativo, respondendo bem as tecnologias. A industrialização de cultivo do milho é considerada benéfica para o comércio pela facilidade de processamento que o milho confere aos produtores. Sua produção mundial tem superado a marca de 01 bilhão de toneladas, mais que o arroz ou o trigo, cuja produção ainda não atingiu essa marca. O cultivo do milho tem sido feito em quase todas as partes do mundo, sendo o seu principal produtor os Estados Unidos.
O zea mays (milho) classifica-se na família das angiospermas, produtoras de sementes. Sua planta pode atingir mais de dois metros e meio de altura, mas isso não se aplica a todas as espécies. Sua haste ou caule assemelha-se um pouco ao bambu mas sua raiz é considerada fraca. As espigas de milho costumam brotar na metade da altura da planta. Os grãos brotam no sabugo enfileirados quase que milimetricamente mas há variáveis no tamanho e textura. Cada espiga formada pode conter entre duzentos e quatrocentos grãos com colorações diferentes, dependendo da espécie.
Milho – Fruta, Verdura ou Legume?
Falando de um ponto de vista botânico, o milho é classificado como um grão, não uma verdura. Para aprofundar ainda mais essa questão, é necessário um rápido exame dos detalhes técnicos botânicos do milho.
Para identificar a diferença entre uma fruta e uma verdura, ou legume, a planta de origem precisa ser examinada. Se o sujeito vem da parte reprodutiva da planta, é classificado como um fruto, enquanto que da parte vegetativa da planta seria um legume. Definimos verdura toda planta da qual classificamos comestíveis suas partes nos restringindo as hastes, flores e folhas. Já legumes, por definição, é quando classificamos comestíveis apenas os frutos, raízes ou sementes da planta. Então quando comemos uma espiga de milho, e só o que se aproveita da planta em geral é mesmo a espiga, você está comendo um legume.
Porém, definimos fruta a parte comestível de uma planta que contém sementes e seja o produto resultado de uma inflorescência completa. Uma vez que a espiga surge das flores e seus grãos contém sementes, o milho tecnicamente pode ser considerado fruta. Mas cada grão individual do milho, é uma semente; o endosperma do grão de milho é o que produz o amido. Portanto considerando a definição de um grão inteiro, o milho também atende a essa classificação.
O milho pode ser considerado um grão ou um vegetal, com base em quando é colhido. O nível de maturidade do milho na colheita afeta tanto seu uso nas refeições quanto seu valor nutricional. O milho que é colhido quando completamente maduro e seco é considerado um grão. Pode ser moído em fubá e usado em alimentos como tortilhas de milho e broa de milho. A pipoca também é colhida quando madura e é considerada um grão integral ou fruta. Por outro lado, o milho fresco (por exemplo, milho em espiga, grãos de milho congelados) é colhido quando é macio e tem grãos cheios de líquido. O milho fresco é considerado um vegetal rico em amido. Seu teor de nutrientes difere do milho seco, e é comido de diferentes maneiras – geralmente em espiga, como acompanhamento ou misturado a outros vegetais.
Resumindo, restringir a definição de milho a uma só classificação é inviável e, podemos dizer, insignificante diante de tantos benefícios que o milho pode proporcionar.
O Milho e os Benefícios a Nossa Saúde
Cada grão inteiro traz diferenças de nutrientes e, no caso do milho, seu ponto alto é a vitamina A, com dez vezes mais em relação a outros grãos. Pesquisas recentes mostram que o milho também é rico em antioxidantes e carotenóides que estão associados à saúde ocular, como a luteína e a zeaxantina. Como um grão sem glúten, o milho é um ingrediente-chave em muitos alimentos.
Em muitas culturas tradicionais, o milho é comido com feijão, pois eles têm aminoácidos complementares que trabalham juntos para fornecer proteínas completas. Na América Central e na América do Sul, o milho é freqüentemente nixtamalizado (um processo que envolve cozimento e masceração) para uma saúde melhor, encharcado em uma solução alcalina (freqüentemente água de limão) e então drenado e transformado em farinha de trigo, ração e outros alimentos. Esse processo sustenta abundantemente muitas das vitaminas do complexo B existentes no grão de milho, ao mesmo tempo que adiciona cálcio.
Outros benefícios do milho que podemos considerar são: melhora a função digestiva , aumenta a saúde do sistema imunológico e diminui o risco de doenças crônicas; sua dieta de fibra estimula a digestão e impede a constipação; o conteúdo de vitamina C no milho impulsiona o sistema imunológico; o milho contém antioxidantes , como a luteína e zeaxantina , que ajudam a eliminar os radicais livres no organismo, prevenindo doenças crônicas; ajuda a aumentar a densidade mineral óssea; o milho ajuda a proteger a saúde do coração, diminuindo a pressão arterial e reduzindo o risco de aterosclerose, ataques cardíacos e derrames.
Sinceramente, diante de tudo isso, não importa saber se o milho é uma verdura, um legume, uma fruta ou um grão! O mais importante mesmo é consumir essa “sabugosa” saudável em suas diferentes formas!
Cuidado com os conceitos… um legume é um tipo de fruto. E legumes e verduras são classificações populares e não técnicas. O correto é falar em frutas, hortaliças e grandes culturas.