O mangostão-vermelho, ou Garcinia mangostana (seu nome científico), é uma espécie exótica (como podemos ver nessas fotos), originária das distantes e quase míticas regiões do Sudeste Asiático, de países como o Camboja, Vietnã, Laos, Singapura, Myanmar, Nepal, Tailândia, mas também bastante conhecida em boa parte da Indonésia.
A fruta costuma ser consumida in natura. E é um deleite! Suculenta, com sabor adocicado, ela ainda é rica em vitaminas A, B, C e D, além de taninos, antocianinas, bioflavonoides, entre outras inúmeras substâncias vitais para o funcionamento do organismo – em especial da organização celular.
O que se diz é que as suas propriedades antimicrobianas, anti-inflamatórias, analgésicas, bactericidas, entre outras semelhantes, são o que há de melhor para o combate a infecções intestinais, bem como gástricas e do aparelho urinário; sendo capaz, portanto, de ser utilizado como um excelente coadjuvante da medicina tradicional.
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A planta, bastante popular nessa região do continente asiático, adentrou ao Brasil supostamente pelos estados da Bahia e Pará, de onde espalhou-se para o Espírito Santo, São Paulo e demais estados.
A fruta possui a forma de um esfera avermelhada, que pende, vigorosamente, de uma árvore não menos vigorosa, capaz de atingir entre 8 e 10 m de altura, com uma copa piramidal, folhas largas (em uma tonalidade verde escura), de onde também pendem belíssimas flores vermelhas, formando um conjunto bastante singular.
Dentre as principais características desse fruto, está a sua polpa doce e esbranquiçada, que reveste um conjunto de sementes com características oleaginosas; e que, dessa forma, compõem uma espécie das mais exóticas.
Mangostão-Vermelho: Características, Nome Científico E Fotos
Ele pode ser a “fruta da rainhas”, o mangusto, mangosta, mangustim, entre outras inúmeras denominações. Mas em uma coisa elas concordam: trata-se, para muitos, da fruta mais saborosa da natureza – ao menos é a mais apreciada desse trecho do continente asiático, que nos presenteia com outras espécies não menos exóticas.
São espécies como o rambutão, a carambola, a “fruta-do-dragão”, a “fruta-da-serpente”, entre diversas outras tão ou mais exóticas quando os seus próprios nomes.
O mangostão-vermelho (Garcínia mangostina, seu nome científico), cujas características e benefícios medicinais infelizmente essas fotos não nos podem mostrar, foi ganhando reputação no Brasil ao longo dos anos, graças a uma tradição iniciada por imigrantes japoneses, especialmente na região Sudeste do país – mais especificamente ainda no estado do Espírito Santo.
Como dissemos, ela é praticamente uma unanimidade em diversas regiões do Sudeste Asiático, não somente pelo seu sabor, mas também por ser uma fonte abundante de nutrientes, capaz de oferecer grandes quantidades de hidratos de carbono (cerca de 20 g), 12 mg de cálcio e 16 mg de ferro.
Além de vitamina C (67mg), taninos, pectina; sem contar as suas propriedades medicinais, como a mangostina, antocianinas, xantonas, garcinonas, entre outras substância antioxidantes, anti-inflamatórias, analgésicas, antimicrobianas, bactericidas, entre outras funções que já vêm, inclusive, sendo estudadas com cuidado pela alopatia.
Essas propriedades fazem do mangostão-vermelho um verdadeiro revigorante natural, enquanto as propriedades extraídas das suas folhas, caule, cascas e demais partes aéreas, podem ser consideradas excelentes coadjuvantes para um tratamento de infecções gastrointestinais, genitourinárias, respiratórias, entre outros transtornos.
Além Das Suas Características, Nome Científico E Fotos, O Que Mais Interessa Saber Sobre O Mangostão-Vermelho?
Como pudemos perceber até aqui, à parte o fato de ser a “fruta mais saborosa do mundo”, à parte também as suas características particulares, o seu nome científico, e até mesmo o caráter exótico do seu aspecto (como vemos nessas fotos), o mangostão-vermelho chama bastante a atenção pelas suas propriedades farmacológicas.
Diarreias, ferimentos, disenteria, infecções gastrointestinais – não há complicação desse tipo que não possa ser combatida por meio de uma infusão das suas cascas, caule, folhas e até mesmo das suas flores.
Nas Filipinas e no Camboja, por exemplo, o prazer da sua degustação é considerado apenas um detalhe, pois a fruta é famosa mesmo é pelo seu potencial de combate à cólicas menstruais, desarranjos intestinais, infecções no trato urinário, entre outros usos da sua casca em um processo de decocção.
A planta atua como uma espécie de paliativo, contraindo as paredes do intestino, e com isso combate os sintomas da diarreia, enquanto, obviamente, um tratamento mais profundo trata de combater os possíveis micro-organismos causadores da afecção.
As folhas em infusões apresentam formidáveis resultados na cicatrização de feridas, inclusive as provocadas por queimaduras, enquanto a decocção das raízes combate infecções uterinas, dá um fim a cólicas menstruais, regulariza o metabolismo do aparelho digestivo; isso sem contar as sua quantidade exorbitante de fibras, que da mesma forma atuam na regularização do trânsito intestinal
São tantas as propriedades farmacológicas, que até se esquece de que estamos falando de uma fruta, com um agradável sabor não comparável a nada do que conhecemos, e que ainda, de quebra, pode ser utilizada na indústria de cosméticos, que aproveita-se das suas propriedades adstringentes para produzir um eficientíssimo agente de combate a acnes, espinhas, manchas, eczemas, entre inúmeros outros transtornos da epiderme.
Como Utilizar a Fruta
O mangostão-vermelho pode ser consumido in natura. Mas, se preferir, aproveite a fruta na forma de um suco saborosíssimo (além de refrescante), ou mesmo em sorvetes, geladinhos (sacolés), ou onde quer que a sua criatividade queira lhe levar.
Mas se o seu objetivo é aproveitar-se das poderosas substâncias medicinais do mangostão-vermelho, proceda da seguinte maneira:
Ingredientes:
3 colheres de sopa de folhas ou cascas secas;
Meio litro de água.
Preparo:
Ferva as folhas (ou cascas) por cerca de 15 minutos. Logo após, deixe esfriar e tome uma xícara de chá a cada 4 horas.
Essa receita é indicada para os casos de diarreia, disenteria e cólicas menstruais, entre outras afecções semelhantes. Mas você também poderá substituir as cacas e folhas secas pela raiz do mangostão-vermelho; e nesse caso, é só proceder da mesma forma, com a diferença de que deverá tomar 1 xícara da bebida em um espaço de tempo de 2 horas. E as indicações são para regularização do fluxo menstrual, cicatrização e combate à diarreia.
Lembrando sempre que todo e qualquer tratamento natural só poderá surtir efeito sob a anuência de um profissional em medicina, já que cada procedimento deverá ser levado a cabo de acordo com as características de cada indivíduo (peso, idade, características biológicas, etc), caso contrário, o resultado certamente será o agravamento do distúrbio.
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