Especula-se que mandioca é uma planta cuja origem iniciou-se no Brasil. De fato, já foi encontrada na roça indígena por ocasião do descobrimento dessa terra pelos europeus.
Mandioca Nome Científico
Diversas espécies selvagens do gênero manihot são encontrados no Brasil e em outros países atualmente. A grande importância desta lavoura consiste na produção de tuberosas e feculentas, com valor nutricional tanto para o homem como para os animais, considerando seu alto teor de amido.
Existem duas espécies de mandioca. As doces e suaves popularmente conhecidas como aipins ou macaxeiras, cujo nome científico é manihot esculenta ou ainda sua sinonímia manihot utilíssima. Essas são consideradas comestíveis mansas devio seu baixo teor de ácido cianídrico nas raízes.
E há também a espécie de mandioca selvagem considerada mandioca brava com alto teor desse componente ácido, cujo nome científico dado é manihot esculenta ranz ou sua sinonímia manihot utilíssima pohl. Essas são causar envenenamentos inclusives fatais, mesmo depois de cozidas.
Essa variação na nomenclatura taxonômica não tem real embasamento na taxonomia oficial, mas tem sido aceito assim nas literaturas modernas. Os produtos da variedade mandioca brava só é dado para consumo depois de passar por um processo chamado volatização para perder o agente tóxico. E todos os grupos de mandioca são industrializados para a fabricação de farinha, amido e álcool, bem como matéria prima para acetona.
Colheita e Desintoxicação
No estágio de preparação para a colheita, as partes superiores são removidas do arbusto, ramos com folhas. Em seguida, o caldo é torcido manualmente, levantando a parte inferior da haste do arbusto e puxando as raízes para fora do solo. A raiz é removida da base da planta.
Não é possível consumir a raiz em sua forma bruta, porque contém glokozidim tzianogniim, carregada de enzimas naturais com cianeto encontrado na planta. Uma dose de glucosídeo cianogênico de navegadores grosseiros (40 miligramas) é suficiente para matar uma vaca.
Além disso, o consumo freqüente da tuberosa que não foi suficientemente processado pode causar uma doença neurológica que causa paralisia, entre outros efeitos colaterais nos neurônios motores.
Costuma-se classificar as raízes da mandioca como doces ou amargas pela quantidade de glicosídeos cianogênicos presentes. A raiz doce não é tóxica porque a quantidade de cianeto produzida é inferior a 20 miligramas por quilograma raiz. Uma raiz de mandioca brava produz 50 vezes a quantidade de cianeto (até um grama de cianeto por raiz).
Em variedades amargas, usadas para produzir farinha ou amido, processamento mais complexo é necessário. Descasque as raízes grandes e depois moa-as em farinha. A farinha é embebida em água e espremida várias vezes e depois é assada. Os grãos de amido que flutuam na água durante a imersão também são usados para cozinha.
Um químico australiano desenvolveu um método para reduzir a quantidade de cianeto na farinha da mandioca brava. O método é baseado na mistura da farinha com água para uma pasta viscosa, que é esticada em uma camada fina no topo de uma cesta e colocada na sombra por cinco horas. Durante esse tempo, uma enzima encontrada na farinha desintegra as moléculas de cianeto.
Durante a decomposição, o gás hidrogênio cianeto é liberado na atmosfera. Isso reduz a quantidade de toxina em cinco a seis vezes, e a farinha se torna segura. Os cientistas estão tentando promover o uso desse método entre uma população rural africana que depende da farinha para nutrição.
Consumo Humano da Mandioca
Uma refeição de mandioca cozida tem um sabor delicado e uma tuberosa cozida pode substituir uma variedade de pratos, geralmente como complemento de um prato principal. Você pode preparar, entre outras coisas, purê de mandioca, sopas, ensopados e bolinhos.
A farinha rica em amido, feita a partir da raiz do caldo, também faz tapioca. A tapioca é um ingrediente amiláceo sem sabor produzido a partir da raiz de mandioca seca e usado em alimentos prontos. A tapioca pode ser usada para fazer pudim de textura semelhante ao pudim de arroz. Farinha de mandioca pode substituir o trigo. No cardápio de pessoas com alergia a ingredientes de trigo, como a doença celíaca.
O suco das variedades amargas da mandioca, reduzido por evaporação a um xarope espesso e temperado, serve como base para vários molhos e condimentos, especialmente em países tropicais. Folhas jovens de mandioca são vegetais populares na Indonésia, devido ao alto teor de proteínas, vitaminas e minerais, em comparação com outros vegetais.
Pesquisas mostram que a ingestão diária de folhas de mandioca pode prevenir problemas de desnutrição em lugares onde há preocupação, e que tirar folhas jovens em uma quantidade limitada dessas plantas não afeta o crescimento das raízes.
Consumo Animal da Mandioca
Caldo vegetal da mandioca é usado em muitos lugares para alimentar animais. Destaque para a Tailândia que, na década de 90, graças a uma crise econômica em função das reduções de exportações para a Europa, fez com as agências governamentais passassem a encorajar o uso da mandioca como alimentadores para seus animais.
Atualmente, as manobras processadas da mandioca agora são usadas para alimentar aves, porcos, patos e gado, e são até exportadas para o resto do mundo. Vários estudos na Tailândia descobriram que essa dieta é preferível aos substitutos tradicionais (misturas à base de milho) de muitas maneiras, incluindo a facilidade de digestão e a redução da necessidade de antibióticos.
A alimentação de aves e suínos em misturas de raízes da mandioca (com aditivos como a soja) mostrou ser muito eficaz em estudos no Vietnã e na Colômbia. No passado, o uso de uma ração para gado também era usado em Israel.
A Mandioca pelo América do Sul
No Brasil, é conhecido por ser estocado em diferentes nomes em diferentes regiões. Entre os alimentos comuns à base de raiz de mandioca estão a “vaca atolada”, uma espécie de guisado à base de carne e ensopado cozido até a raiz ser macerada.
Nas áreas rurais da Bolívia, é usado como substituto do pão. Na Venezuela costuma-se comer a mandioca como integrante de uma espécie de panqueca chamada “casabe” ou uma versão doce deste parto chamada “naibo”.
No Paraguai, “chipá” são rolos de cerca de 3 centímetros de diâmetro feitos de farinha de mandioca e outros condimentos. No Peru, a raiz de mandioca é usada, entre outras coisas, para a preparação de aperitivos, como o “majado de yuca”.
Na Colômbia, é usado no caldo, entre outras coisas, como um agente espessante em uma sopa rica chamada “sancocho”, geralmente baseada em peixe ou carne de aves. E na Colômbia há também o “bollo de yuca”, produzido pela polpa da mandioca enrolada em papel alumínio.