O mamão-da-índia possui todas as características da espécie Carica papaya (seu nome científico); e como podemos ver nessas fotos, diferencia-se apenas pelos seus aspectos físicos.
Ele apresenta um formato mais saliente nas suas extremidades (longitudinalmente), e por isso mesmo é uma das variedades mais singulares dentro desse gênero. Além disso, o mamão-da-índia apresenta algumas protuberâncias ao logo da sua estrutura; porém nada mais além!
Quanto aos seus aspectos biológicos, eles apresentam-se com as mesmas características da sua espécie: uma variedade tipicamente tropical, conhecida popularmente como mamão ou papaia (ou mesmo ababaia, para os caribenhos).
E que, além disso, é a única espécie até hoje descrita no gênero Carica, saída diretamente da família Caricaceae – que possui outros gêneros, mas que, nem de longe, comparam-se em popularidade com o Carica, de onde descendem os mamões-da-índia, originários das florestas tropicais do sul do México.
Aliás, sobre as suas origens, há indícios de que os mamões já seriam espécies conhecidas em épocas anteriores ao surgimento das antigas civilizações da chamada região da “mesoamérica”, que hoje abriga países como Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, entre outras.
Porém, no chamado “período pré-colombiano”, essa região abrigava civilizações quase lendárias, como as dos astecas, maias, olmecas, teotihuacanos, entre outras que, supostamente, já se deliciavam com o dulçor e suculência característicos dessa espécie Carica papaya – inclusive, com a variedade “mamão-da-índia”.
Mamão da Índia: Fotos, Características e Nome Científico
O mamão-da-índia, como dissemos, é a Carica papaya (seu nome científico), que, como essas fotos nos mostram, possui características únicas.
Como, por exemplo, uma das extremidades mais alongada, polpa alaranjada, farta em sementes escuras e não comestíveis, exterior verde e amarelado (quando maduro), entre outras características.
No mais, o que temos é uma típica espécie papaya, que dá em uma planta arbórea, capaz de atingir até 9 metros de altura, em um único tronco, com quase nenhuma ramagem e com folhas que desenvolvem-se de forma espiralada.
Folhas com 60 ou 70cm de diâmetro, que formam um belo conjunto com frutos que pendem, vigorosamente – e ainda com altíssimos níveis de vitaminas e sais minerais.
Mas há uma pequena controvérsia com relação à nomenclatura utilizada para designar os mamões-da-índia. Uma corrente científica afirma que o termo “mamão” seria o mais correto para designar apenas as espécies do gênero Carica que apresentam-se com um formato mais esférico.
Enquanto, por sua vez, as variedades com essa característica mais oblonga (como o mamão-da-índia, como vemos nessas fotos) deveriam ser identificadas simplesmente como “papaias” – ou seja, apenas uma forma de diferenciar papaias de mamões.
Porém, controvérsias à parte, o que se sabe mesmo é que a espécie não demorou a cair nas graças dos brasileiros, a ponto de tornar o Brasil o 2 º maior produtor da fruta no mundo (atrás apenas da Índia), com assustadoras 1,5 milhão de toneladas produzidas anualmente, para consumo interno (maior parte) e externo.
Além de Fotos e Nome Científico, as Características do Cultivo e Valores Nutricionais do Mamão-da-Índia
O mamoeiro não é, de forma alguma, o que podemos chamar de uma espécie exigente com relação ao seu cultivo. Tanto é assim, que atualmente ele é cultivado inclusive nos Estados Unidos, especialmente em estados mais próximos do Golfo do México e do Mar do Caribe, como a Flórida, por exemplo. Mas também nos seus territórios ou possessões, como o Havaí e Porto Rico.
Um terreno fértil, bem drenado, suficientemente úmido, em um ambiente com umidade relativa do ar entre 70 e 80%, além de temperaturas que oscilem entre 25 e 30°C, é tudo de que os mamões-da-índia necessitam para se desenvolverem fortes e vigorosos – no caso do Brasil, com safras entre os meses de maio/ junho e agosto/setembro.
Atendidas essas condições, a espécie irá desenvolver as suas principais qualidades, entre as quais, cerca de 3,4mg de licopeno/100g, vitaminas A, B, C, E, K, ácido fólico, betacaroteno, niacina, riboflavina, tiamina; além de cálcio, ferro, fósforo, sódio, magnésio, potássio…
Enfim, seriam necessárias mais algumas linhas para enumerar os incontáveis benefícios dessa típica variedade tropical das América Central e do Sul, e que ganhou o mundo por ser uma das que melhor contribuem para um sistema cardiovascular forte e saudável.
O Brasil Como um Dos Maiores Produtores de Mamão do Mundo!
Sim, o Brasil não é apenas uma potência futebolística, na produção e exportação de carne, em educação física, pesquisa científica, publicidade e propaganda, reconhecida na música e nas artes plásticas – entre outras áreas econômicas, artísticas e culturais.
O Brasil também é uma potência na produção e exportação de mamão! Isso mesmo! O país ocupa o honroso lugar de segunda maior potência nesse segmento, atrás apenas da Índia – com as suas vertiginosas 5 milhões de toneladas produzidas anualmente, contra as nossas 1,5 milhão.
Esse é um mérito que essas fotos, obviamente, não podem nos mostrar! Elas não podem sequer dar-nos uma ideia da importância do Brasil na produção mundial da Carica papaya (nome científico do mamão-da-índia), cujas características físicas e biológicas (além de certificações ligadas à sustentabilidade) são difíceis de serem batidas por outras nações.
São cerca de 32 mil hectares cultivados, onde desenvolvem-se variedades como o mamão-da-índia, que contribui com as suas características para tornar o Brasil uma referência nesse segmento; e capaz, inclusive, de exportar para a União Europeia e Estados Unidos – mercados reconhecidamente exigentes quando o assunto é a qualidade dos produtos consumidos pelos seus cidadãos.
Só no mês de janeiro, por exemplo, cerca de 3,5 mil toneladas de mamões foram exportadas, o que significa uma acréscimo de pelo menos 30% em relação a janeiro de 2018 – uma prova, inegável, de que todo o trabalho de pequisa (inclusive no campo da genética) vem produzindo resultados satisfatórios.
Bahia, Espírito Santo e Ceará, com com cerca de 794 mil, 398 mil e 99 mil toneladas, respectivamente, são os maiores produtores e exportadores do país; e que, apesar das dificuldades enfrentadas (inclusive com a queda das exportações no período 2017/2018), possuem know-how e prestígio suficientes para dar a volta por cima nos próximos anos.
Essa é pelo menos a expectativa dos produtores, que não pensam, em hipótese alguma, em deixar ruir uma conquista resultante de décadas de empenho, que fez com que o mamão contribuísse para fazer do agronegócio o grande motor da economia brasileira.
Esse artigo foi útil? Tirou as suas dúvidas? Deixe a resposta na forma de um comentário. E continue compartilhando os nossos conteúdos.