Não é tarefa das mais fáceis criar uma lista com fotos e nomes de pimentas, dada a variedade de tipos, com as suas características e peculiaridades, dentro desse original extravagante gênero Capsicum.
A pimenta é uma daquelas espécies que, não tem jeito: só conseguem mesmo serem amadas ou odiadas! – em igual intensidade.
Com elas não há meio termo! Pode ser uma meiga e inofensiva Pepperoncini ou um pimentão. Pode ser uma saborosa Jalapenho ou Tabasco – que já conferem uma certa ardência aos preparados. Mas ela também pode ser uma assustadora Habanero, com os seus mais de 100.000 graus na Escala de Calor Scoville.
Mas, independente de qual seja a variedade, a presença das famigeradas substâncias capsaicina e piperina torna esse vegetal uma espécie à parte na natureza, desde que foi domesticada (supostamente há quase 10.000 anos) e introduzida de forma mais abrangente à culinária de praticamente todo o mundo.
Diretamente das florestas tropicais da América Central e do Sul, elas partiram para todo o mundo, levadas pelas mãos dos descobridores e exploradores europeus que, como não poderia ser diferente, ficaram entusiasmados com as características do fruto – e obviamente com a sensação que ele provocava ao ser ingerido.
Mas o objetivo desse artigo é fazer uma lista (com fotos) com alguns nomes de pimentas que estão entre as mais comuns e apreciadas no universo da gastronomia mundial.
Espécies que possuem, como principal característica, dar sabor aos alimentos, além de um aroma inconfundível, típicos de uma espécie rústica, exótica e original.
1.Dedo-de-Moça
Ela pode ser encontrada como “chifre-de-veado”, “pimenta-vermelha”, ou mesmo como “pimenta-calabresa”. Mas uma coisa é certa, independentemente do nome que receba, ela pode ser considerada, sem a menor sombra de dúvida, uma das mais populares e apreciadas variedades entre as que são consumidas por esse imenso Brasil.
Com formato alongado e um vermelho bastante intenso, ela geralmente é encontrada em mercados e feiras, na forma de conservas, in natura, seca, entre outras formas de aproveitar-se de uma variedade suave, com pouca ardência e capaz de conferir um aroma agradabilíssimo aos pratos.
2.Pimenta-Malagueta
Se a pimenta dedo-de-moça pode ser considerada a mais popular, a pimenta-malagueta também não fica muito atrás quando o assunto é a preferência da população brasileira, especialmente nas regiões norte e nordeste do país.
Na verdade ela é a Capsicum frutescens; curiosamente, uma das mais apreciadas em países de língua portuguesa, onde pode ser encontrada com os singulares nomes de guindungo, maguita-tuá-tuá, piri-piri, nedungo, entre outras denominações que a criatividade popular pôde lhes conferir.
Na Escala de Calor Scoville, a pimenta-malagueta é descrita com uma intensidade entre 50.000 e 100.000 graus, o que já a coloca entre as espécies mais ardidas – aquelas que praticamente não podem ser suportadas quando ingeridas in natura.
3.Pimenta-Caiena
Nessa lista com fotos e nomes de pimentas não poderia faltar, obviamente, a Pimenta-caiena. Como o seu nome longo indica, ela é uma variedade típica de Caiena, a capital da Guiana Francesa, um desses (ao menos para nós) misteriosos “esconderijos” exóticos desse não menos exótico continente sul-americano.
Essa variedade da Capsicum annuum é um pouco menos ardida do que a malagueta. Ela mal chega aos 50 graus na Escala de Calor Scoville; e o mais curioso é o fato de ela caracterizar-se como uma variedade medicinal por excelência!
Gripes, resfriados, infecções por fungos, artrite e artrose, prevenção contra problemas cardiovasculares, melhora da circulação sanguínea, eliminação de toxinas, fonte de vitaminas A e C…são tantos os seus benefícios, que até dá pra esquecer que ela é uma especiaria utilizada amplamente na gastronomia mundial.
4.Pimenta-Cumari
Ela pode ser a cumbari ou a comari, mas é também uma das variedades mais rústicas desse extravagante gênero Capsicum.
A cumari costuma desenvolver-se com maior abundância, livres, em imensos arbustos, como se até fora um mato imprestável.
Ela possui um formato mais arredondado, com tamanho bastante diminuto, além de apresentar uma coloração avermelhada quando madura.
A sua ardência também é bastante razoável – o suficiente para conferir aquela picância característica aos pratos.
A pimenta-cumari não ultrapassa os 50.000 graus na Escala Scoville, e por isso mesmo vai bem em conservas ou para dar um toque mais intenso a frutos do mar, receitas de arroz, molhos gourmet, entre outras apresentações.
5.Pimenta-Biquinho
Nessa lista com os nomes de alguns dos tipos de pimentas mais consumidos no país, está a pimenta-biquinho, uma variedade que mal algum consegue fazer aos que desejam iniciar-se nessa experiência com as espécies Capsicum.
Ela é uma variedade da Capsicum chinese – endêmica do Brasil – e bastante conhecida por ser uma daquelas pimentas que não ardem, apenas conferem um leve adocicado aos pratos.
A região sudeste é a maior produtora da pimenta-biquinho, e é de lá que ela espalha-se para o restante do país, para compor saladas, juntar-se a outros temperos para dar sabor a refogados, receitas à base de arroz, frutos do mar, aves; sem contar as suas propriedades que a tornam um excelente emagrecedor natural.
5.Pimenta-de-Cheiro
A capacidade de conferir um aroma característico aos pratos é uma das principais características da pimenta-de-cheiro. Mas também o fato de que é uma das espécies tradicionalíssimas na região norte do país.
E pensar que, até pouco tempo, a pimenta-de-cheiro era acusada de provocar diversos tipos de transtornos digestivos! Mas, hoje, o que se sabe é que isso não passou de um mal entendido, pois o que ela é mesmo é uma fonte valiosíssima de vitaminas A, B, C, além de ferro, potássio, magnésio, entre outras substâncias.
E se tudo isso não bastasse, a pimenta-de-cheiro é outra das variedades que praticamente não ardem, e que geralmente é utilizada para conferir um leve adocicado aos pratos, além de um sabor e aroma bastante característicos.
6.Pimenta-Jalapeño
Terminamos essa lista com algumas fotos e nome das mais populares e apreciadas variedades de pimentas, com essa que é considerada quase um símbolo de comida Mexicana.
Do famoso “guacamole”, passando pelo tradicionalíssimo “chilli com carne”, até mesmo o original e revigorante “pozole”, difícil é encontrar um prato que saia da cozinha mexicana sem o leve ardor e o original adocicado que a jalapeño confere aos pratos.
Na verdade, sobre as suas origens, há algumas polêmicas. Há quem seja capaz de jurar, por exemplo, que o Brasil é a terra de origem dessa exótica variedade Capsicum.
Mas, controvérsias à parte, o que se sabe é que os seus altos níveis de vitaminas A e C, além de ferro, magnésio, potássio, sódio, antioxidantes, entre outras substâncias, fazem dessa espécie, mais do que um item de culinária, uma verdadeira fonte de saúde!
Sistema imunológico, células, visão, coração…não há sistema do corpo humano que não se beneficie com as substâncias das quais ela é composta; isso sem contar, obviamente, a gastronomia, que agradece ao México (ou ao Brasil) o descobrimento de uma das especiarias mais singulares da culinária latino-americana.
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