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Lista de Tipos de Rosas do Deserto: Espécies com Nome e Fotos

Nessa lista com os tipos e espécies mais comuns de rosas do deserto, com os seus respectivos nomes científicos, fotos e imagens, iremos tratar de uma comunidade originária do continente africano e asiático, mais especificamente de alguns países da região noroeste da África (como Senegal, Mauritânia, Mali, Saara Ocidental, entre outros) e da Península Arábica.

A rosa-do-deserto (e suas variedades) é um membro da família Apocynaceae; uma comunidade que abriga cerca de 5.000 espécies diferentes, distribuídas em 450 gêneros de plantas ornamentais e rústicas, bastante afeitas aos climas tropicais e subtropicais de quase todos os continentes, excetuando-se a Antártida.

Mas o objetivo desse artigo é fazer uma lista com alguns dos mais singulares tipos e espécies dessas rosas-do-deserto atualmente descritas na natureza. E todas elas com os seus respectivos nomes científicos, fotos, características, entre outras peculiaridades.

1.Adenium Obesum

A Adenium obesum é o tipo clássico de rosa-do-deserto. Ela é mais comumente encontrada na região sul do Saara, em países como Sudão, Mauritânia, Senegal, entre outros não menos exóticos territórios desse singular continente africano.

A espécie hoje é considerada um exemplar clássico de uma planta exótica e ornamental por natureza; como uma típica representante dos climas tropicais e subtropicais do mundo; onde desenvolve-se como um arbusto suculento, com aspecto seco ou esverdeado, às vezes com características caducifólias e bastante apreciada pela sua resistência às condições mais adversas.

Fisicamente, a planta apresenta-se com folhas espiraladas, flores pentâmeras, em forma de tubos com cerca de 2,4 cm de comprimento e entre 4 e 7 cm de diâmetro, e que costumam fazer com que essa variedade seja constantemente confundida com outras espécies desse gênero.

Adenium Obesum

De um modo geral, a Adenium obesum pode crescer entre 1 e 6 metros de altura, com com as suas folhas simples, coriáceas (com uma textura semelhantes ao couro), distribuídas ao longo das extremidades dos ramos, com 6 a 14 cm de comprimento e entre 2 e 7 cm de largura.

É uma espécie originalíssima! com uma coloração que varia do branco ao vermelho, passando por um rosa magnífico, e que desenvolve-se com todo o seu vigor quando exposta a um clima quente, seco, em um solo drenável, nutritivo – e não suscetível a geadas, frio intenso ou outras condições semelhantes.

A Adenium obesum também chama a atenção pelas suas sementes, constituídas como espécies de bastões estreitos, alongados, com cerca de 12 ou 13cm e com uma coloração meio acastanhada.

E que ainda apresentam, como característica, um conjunto de penugens esbranquiçadas nas suas extremidades; o que contribui para que elas sejam facilmente levadas pelo vento; e assim garantam a perpetuação dessa espécie nesses exóticos e extravagantes ecossistemas tropicais e subtropicais do planeta.

Uma Espécie e suas Características

Mas não terminam aqui as características mais marcantes da Adenium obesum. Ela possui outras! Como o fato de ser bastante apreciada pelas mais diversas espécies de borboletas, mariposas, vespas, abelhas, bem-te-vis e beija-flores, que acorrem de todos os cantos em busca do delicioso néctar que também lhes garante a sobrevivência.

A Syntomeida epilais (uma espécie de mariposa) é uma delas. Para ela a Ardenium obesum é praticamente a garantia da sua sobrevivência, enquanto esta, em contrapartida, garante a sua graças à imensa capacidade dessa mariposa de espalhar o pólen das suas flores por quilômetros e quilômetros de distância.

Mas a Syntomeida não está, de forma alguma, sozinha nessa disputa acirrada pelas preciosidades oferecidas pela Adenium obesum.

Ela terá que disputar, também, com a original Graphium policenes (uma espécie de borboleta típica daquelas paragens), assim como com o beija-flor-de-barriga-verde-africano, com a Nectarinia olivácea (o beija-flor-oliváceo), entre inúmeras outras variedades que fazem uma verdadeira festa em torno dessa que é talvez a principal representante desse gênero Adenium na natureza.

E como características biológicas, o que chama a atenção nessa variedade é a sua capacidade de produzir uma espécie de látex altamente tóxico, especialmente a partir das suas raízes e caules, contendo dezenas de glicosídeos responsáveis por danos muitas vezes irreversíveis ao sistema cardiovascular de um indivíduo.

E o mais curioso ainda é a forma como esse látex costuma (ou costumava) ser utilizada pelos nativos. Na forma de uma toxina para a captura de peixes ou para incrementar as pontas das suas flechas, e com isso garantir que elas se tornassem praticamente fatais durante a caça de grandes mamíferos.

Mas nem só de riscos à integridade física de um indivíduo fez-se a fama da Ardenium obesum. E nessa lista com os principais tipos e espécies de rosas do deserto, ela entra como uma daquelas repletas de propriedades medicinais.

Um exemplo disso são aquelas extraídas das suas cascas e raízes, bastante utilizadas para o tratamento de dermatoses, infestações por piolhos ou infecções por fungos e bactérias.

Isso sem contar o potencial da decocção dessa planta, que, segundo dizem, é o que há de melhor para o tratamento de doenças sexualmente transmissíveis.

Em algumas regiões do Saara Ocidental, por exemplo, o látex extraído da planta é um dos preferidos para o tratamento de feridas, cáries e outras lesões.

Mas sabe-se, também, que essa sua decocção costuma apresentar excelentes resultados no tratamento de rinite, bronquite, asma, entre outras afecções do trato respiratório.

2.A Rosa-do-Deserto-de-Verão

Essa é uma variedade típica das florestas tropicais e subtropicais da África do Sul, Suazilândia e Botsuana, basicamente.

É também uma espécie suculenta, com belíssimas inflorescências em tons de lilases, constituindo-se como uma das mais vigorosas e exóticas representantes dessa comunidade tão apreciada por ser uma das que melhor resistem a condições adversas na natureza.

A rosa-do-deserto-do-verão é a Ardenium swazicum (seu nome científico); e dentre as suas principais características estão o fato de ela desenvolver-se como um corpo robusto, vigoroso, denso, com os seus resistentes ramos flexíveis que descaem magnificamente; ou mesmo em uma composição vertical e bastante imponente.

Nessa lista com os tipos e espécies mais apreciados de rosas-do-deserto, a Adenium swazicum aparece como uma das mais resistentes, com raízes subterrâneas e inchadas vigorosíssimas; e que por isso mesmo são capazes de absorver, adequadamente, toda a água e nutrientes necessários para a sobrevivência da planta mesmo sob condições de escassez.

Todo verão e outono é a mesma coisa! Elas crescem, formidáveis, com florescimento por praticamente todos os 12 meses do ano; e com as suas flores com pétalas de um lilás incomparável, meio escurecidas no miolo interno, e ainda com anteras munidas de apêndices curiosamente atrofiados dentro desse túbulo – o que configura-se como uma das suas marcas registradas.

Uma curiosidade é que a rosa-do-deserto-de-verão só perde para a Adenium obesum quando o assunto é prestígio. E por isso mesmo ela está entre as que melhor se prestam a processos de hibridização, de onde é possível, ao que se diz, produzir variedades singularíssimas, com colorações brancas, vermelhas, rosas, magenta, entre outras combinações formidáveis.

As Características Dessa Espécie

A Adenium swazicum é uma daquelas espécies apreciadoras de uma boa jornada de sol pleno; e o ideal também é que ela seja cultivada em um substrato que seja drenado com facilidade, em um solo com boa oxigenação, e especialmente adquirido em lojas especializadas nesse gênero.

E para que se tenha uma ideia da resistência dessa variedade, o que se diz é que ela é uma das poucas, dentro dessa comunidade, que são capazes de resistir, bravamente, a curtos períodos de geadas e frio intenso, bem como a grande altitudes e até mesmo aos rigorosos invernos úmidos de algumas regiões do Hemisfério Norte.

E para que adapte-se bem a essas condições, ela só precisará ser regada com moderação, com intervalos suficientes para que esteja completamente seca na próxima rega.

Adenium Swazicum

Além de garantir a sua fertilização durante todo o processo de germinação, desenvolvimento e florescimento; cuidando apenas em observar a sua hibernação durante o inverno; período em que as regas devem ser raríssimas e a adubação completamente suspensa.

A Adenium swazicum reproduz-se bem por sementes. Mas é por meio da estaquia que ela desenvolve-se com maior facilidade.

E para tal, basta separar um galho forte, verde e saudável, com cerca de 8 cm, retirar toda a sua folhagem até a metade e fincá-lo em um substrato especialmente produzido para o cultivo de rosas-do-deserto; e que pode ser encontrado em grandes lojas de jardinagem ou em casas especializadas no segmento de horticultura.

3.Adenium Boehmianum

Uma lista que se preze, com os tipos mais singulares de rosas-do-deserto, com os seus respectivos nomes científicos, fotos, imagens, entre outras singularidades, deverá reservar um lugar especial para essa variedade também conhecida pelo exótico apelido de “veneno-de-caçador”.

Essa é outra preciosidade do gênero Adenium. Uma típica variedade decídua, com belas flores rosadas, folhas exuberantes de um verde bastante intenso; além de apresentar diversas curiosidades, como o fato de “hibernar” durante longos períodos no inverno, o que caracteriza-se como uma das suas principais singularidades.

A Adenium boehmianum é mais facilmente encontrada no sul da África, especialmente nas florestas de países como Botsuana, Namíbia, Zimbábue, Suazilândia, entre outras regiões secas, agrestes e rochosas, geralmente em altitudes que oscilam entre 800 e 1100 metros.

A planta é um arbusto discreto, que cresce de forma ereta e lentamente, não alcançando mais do que 1,5m de altura.

As suas raízes são suculentas e pouco exuberantes (assim como o caudex). Os seus ramos possuem um cor meio leitosa, com algumas variações mais para o acinzentado, além de apresentarem diversas manchas mais escuras na base das folhas mais antigas.

E como uma curiosidade sobre essa planta, chama a atenção a constituição da sua folhagem, cujas folhas desenvolvem-se na extremidade dos ramos, permanecendo por não mais do que 90 dias, e com tamanhos que variam entre 8 e 15 cm de comprimento e 4 a 8 cm de largura; o que torna as folhas da veneno-de-caçador talvez as maiores desse gênero.

E para completar algumas das suas principais características, sabemos que essas folhas são coriáceas, com tons bastante reluzentes, com a superfície inferior menos brilhante, terminando numa curvatura na região do centro, em um conjunto mais abundante do que as próprias inflorescências, o que faz com que a sua folhagem se destaque ainda mais do que as próprias flores.

Uma Estrela Dessa Lista com os Tipos mais Singulares de Rosas-do-Deserto

E com relação às inflorescências da Adenium boehmianum, o que podemos dizer é que elas são belíssimas!

O conjunto é composto por unidades circulares, com cinco pétalas em tons de rosa, com um centro de um vermelho bem mais intenso, com discretos apêndices nas anteras, e que surgem esplendorosas sempre no início do verão, mantêm-se firmes durante todo o outono e despendem-se, indiferentes, assim que surge o inverno.

O curioso é que a boehmianum não está entre as espécies mais populares desse gênero; elas não são as mais cultivadas; mesmo sendo tão resistentes ainda não caíram nas graças da maioria dos apreciadores dessa comunidade.

Porém o que se diz é que elas eram bastante apreciadas mesmo pelos nativos e nômades, que também as utilizavam para a extração do látex com o qual envenenavam as flechas para a caça das espécies de mamíferos que constituíam-se como as suas alimentações básicas.

O que se diz é que essa seiva da boehmianum era o terror de diversas comunidades de cervos, gazelas e antílopes, que nenhuma resistência eram capazes de opor ao poder devastador de uma flecha envenenada com essa substância!

Os animais não conseguiam resistir mais do que 90 ou 100 metros, até cederem sob o poder de uma singular toxina que inicialmente paralisa os seus músculos, e, logo após, leva o animal a uma parada cardíaca terrivelmente fatal.

Já com relação ao cultivo da veneno-de-caçador, o recomendado é que ela receba sol pleno, com alguns intervalos de meia-sombra, em um terreno facilmente drenável, com características neutras e arenosas, rico em material orgânico e irrigado com moderação – de forma bastante espaçada.

Portanto, caso receba as condições que tanto apreciam – em especial o equilíbrio na drenagem, sem riscos de encharcamento e sob sol pleno – , o que você terá é uma espécie rústica e ornamental por natureza!

Capaz de adequar-se bem a vasos, jardins e canteiros. Ou mesmo garantir a ornamentação de vias públicas, passeios, calçadas ou onde quer que você queira garantir um excelente efeito paisagístico sem ter que preocupar-se tanto com os cuidados exigidos por outras espécies ornamentais.

4.Adenium Multiflorum

Essa é outra daquelas espécies do gênero Adenium bastante populares no continente africano, em especial na África do Sul, onde desenvolve-se como um arbusto suculento com cerca de 30 cm, mas com algumas variedades raras podendo alcançar até 2 metros!

A Adenium multiflorum apresenta caules e ramos cinza-claros, da mesma forma suculentos, como uma espécie de baobá de pequeno porte.

E ela também produz um látex bastante consistente, especialmente nas suas raízes – vigorosas e robustas – , como espécies de touceiras subterrâneas capazes de absorver quantidades impressionantes de água e nutrientes.

Já as folhas da planta distribuem-se, curiosamente, nas extremidades dos galhos; e o curioso é que elas caem por completo durante o período de floração, o que ocorre geralmente no inverno, para logo após entregarem-se aos seus singulares períodos de “hibernação” como resultado de uma fase mais seca e gelada dos locais onde originalmente habitam.

É curioso notar, também, que, nesse caso, o período de “hibernação” é o que garante à planta uma floração tão vigorosa e abundante; e as suspeitas recaem para o fato de ela ser uma espécie apreciadora de um clima subtropical, com invernos mais secos e frios, porém sem geadas ou ocorrências de neve.

Eis aqui uma variedade singularíssima do gênero Adenium! As flores dessa planta desenvolvem-se com um original formato de estrela, na cor branca, vermelha ou rosa; e ainda com bordas curiosamente irregulares na cor vermelha; e que destacam-se, singularmente, do tom rosado do restante das pétalas.

Mas apesar de ser uma das mais exóticas dessa comunidade, a multiflorum não está entre as mais apreciadas para cultivo; talvez pelo fato de ser uma espécie que desenvolve-se melhor em climas frios, quando consegue praticar adequadamente a sua curiosa “hibernação”; além do fato de possuir uma floração lenta e que permanece durante um curto espaço de tempo.

Na verdade o que se diz é que, curiosamente, a Adenium multiflorum – uma das mais exóticas dessa comunidade – costuma ser tratada como um simples mato imprestável nos seus habitats de origem, onde costuma ser eliminada aos montes para a formação de lavouras, pastos e outros fins.

4.Adenium Arabicum

Nessa lista com as principais espécies de rosas-do-deserto, a Adenium arabicum apresenta-se como uma daquelas espécies bastante utilizadas para a construção de bonsais (típica arte japonesa), muito por conta das características do seu crescimento e também das suas partes aéreas.

Um conjunto de flores e de folhas em proporções equilibradíssimas caracteriza essa espécie. Assim como também a maneira como essas folhas distribuem-se, de forma ampla e em um imenso espaço; e ainda com uma textura coriácea, caudex bastante definido, formando um “todo” em suas estruturas de troncos e ramos.

As origens da Adenium arabicum, como o seu nome nos leva a supor, estão na Península Arábica, mais especificamente no Iêmen, Arábia Saudita, Omã e Emirados Árabes; sendo que ela pode ser observada com maior abundância em trechos do litoral, na metade mais ocidental da península, de onde sai para o mundo com todo o caráter exótico que essa região costuma apresentar.

Adenium Arabicum

A planta chama a atenção, também, pelo seu apreço em desenvolver-se em ambientes mais secos e agrestes, em uma distribuição singular sobre a superfície de rochas, em fendas quase inatingíveis, compondo, magnificamente, a paisagem de falésias e montanhas de granito, em um festival de exuberância em conjunto com diversas outras espécies exóticas desse trecho do planeta.

O exemplar de uma Adenium arabicum pode alcançar entre 30cm e até 2 metros de altura. Porém, no seu habitat de origem, é comum encontrar variedades com até inacreditáveis 8 metros! E sempre como uma espécie herbácea, suculenta, com um caule dos mais robustos (especialmente na base), além de uma floração que é um verdadeiro espetáculo!

E não há dúvidas de que tamanha exuberância serviu como uma estratégia e tanta para a sua sobrevivência a essa famigerada “seleção natural”, já que essas suas raízes são capazes de reservar grandes quantidades de água e nutrientes, que são a garantia da sua manutenção adequada sob as condições mais adversas – como as que são típicas dos climas áridos e agrestes desse trecho do continente asiático.

Principais Características da Adenium Aracbicum

Como dissemos, a espécie Adenium arabicum aparece aqui nessa lista com os principais tipos e espécies de rosas-do-deserto como uma das mais exóticas e extravagantes, especialmente pelo fato de ser a espécie favorita dentro dessa comunidade para, entre outras coisas, a confecção de bonsais.

Mas não é só nisso que ela chama a atenção. Ela chama a atenção também pelas suas características físicas, em que se destacam o seu conjunto composto por folhas de um verde bastante reluzente, distribuídas, como é comum acontecer nesse gênero, na ponta dos galhos, para formar um todo bastante característico.

A Adenium arabicum também chama a atenção pelo seu conjunto floral, onde distribuem-se unidades belíssimas em forma de túbulos com cinco pétalas medindo de 5 a 8 cm de diâmetro, e ainda com um aspecto simples porém bastante chamativo.

Adenium Arabicum Características

E toda a primavera também é a mesma coisa! Elas surgem, magníficas! Produzindo em um jardim um aspecto rústico e exótico.

Algo semelhantes àquelas paragens da Península Arábica, como se você até houvesse constituído em seu ambiente o aspecto típico dos prados e campos abertos de Omã, ou as magníficas montanhas e penhascos da Arábia Saudita, entre outras constituições não menos exuberantes e esplendorosas desse trecho quase mítico do continente asiático.

As Singularidades Desse Gênero

Sem dúvida estamos falando aqui – nessa lista com os principais tipos e espécies de rosas do deserto – de uma comunidade exótica e extravagante como poucas na natureza.

E isso fica evidente pelo simples fato de ela estar entre aquelas que, curiosamente, apreciam sobremaneira as incríveis variações de temperaturas que podem ocorrer no território brasileiro e em diversas partes do mundo.

É surpreendente observar como elas parecem indiferentes diante de passagens dramáticas de temperaturas, como as que vão de um frio e chuva intensos, até períodos extremamente secos; condições que, para outras espécies, são praticamente insuportáveis.

Não foi por outro motivo que a planta tornou-se tão apreciada no Brasil. E essa lista com os principais tipos de rosas-do-deserto traz uma comunidade que espalhou-se mundo afora a partir dos ecossistemas do Oriente Médio e do Norte da África.

E com o ousado objetivo de igualar-se às orquídeas, gerânios, rosas, entre outras espécies florais do continente africano, como uma das famílias de espécies florais ornamentais mais prestigiadas do Brasil.

E, ao que tudo indica, o seu objetivo segue a passos largos para ser alcançado!

A rosa-do-deserto já vem angariando a simpatia dos jardineiros e decoradores de todo o país, que já veem nessa comunidade floral uma das suas mais sofisticadas parceiras, muito por conta das suas poucas necessidades, floração exuberante, belíssimas colorações que variam do branco a um vermelho intenso, entre outras inúmeras peculiaridades.

Mas uma característica marcante na rosa-do-deserto é o fato de ela ser uma daquelas comunidades chamadas “suculentas”. Isso quer dizer que elas apresentam caules e raízes constantemente inchados devido a um grande acúmulo de água e nutrientes, o que lhes permite sobreviver tranquilamente nos ecossistemas mais hostis da Península Arábica e do Norte da África.

É curioso notar como, ainda jovem, a rosa-do-deserto já consegue exibir boa parte da sua belíssima floração, até que, na fase adulta, exiba verdadeiramente os seus aspectos mais apreciados; que são as suas formas consideradas exóticas e extravagantes como poucas espécies são capaz de exibir na flora do planeta.

E sobre essas formas, o que chama mais a atenção nas rosas do deserto são as características das suas raízes; um conjunto singularíssimo, que se projeta do solo, permanece exposto durante toda a vida da planta, permitindo, aos especialistas em hibridização de espécies florais, a criação das variedades (ou subespécies) mais originais e expressivas de que se tem conhecimento no seio da natureza selvagem.

As Características do Cultivo da Rosa-do-Deserto

Para o cultivo adequado da rosa-do-deserto é necessário tentar ao máximo oferecer a as características ancestrais (de solo e temperatura, basicamente) que ela tanto aprecia.

E dentre as principais preocupações que se deve ter durante o cultivo dessa espécie, podemos destacar:

1.Para o plantio

Aqui estamos falando da necessidade de garantir à planta um solo altamente drenável. O encharcamento pode ser fatal para elas. Portanto, a dica (no caso de plantio em vasos) é certificar-se de que a água dos vasos pode ser drenada facilmente.

E para tal, antes de mais nada, acomode no fundo do recipiente (já com alguns furos) uma boa camada de pedriscos, britas, areias ou qualquer outro material que contribua para essa drenagem da água das regas.

Logo após, trate de completar o trabalho com uma camada de substrato leve sobre esse cascalho; um substrato geralmente constituído por metade de carvão moído e metade de farinha de osso. E complete os cuidados com uma adubação eficiente durante todo o processo de germinação, desenvolvimento e florescimento da planta.

2.Para a irrigação

Já com relação às regas, como pudemos perceber até aqui, a moderação é o que garante que uma variedade de rosa-do-deserto germine, desenvolva-se e floresça adequadamente.

Mas o problema aqui (e que é um verdadeiro transtorno para os “marinheiros de primeira viagem” no cultivo desse gênero) é que elas também não toleram escassez de água; o que faz com que o equilíbrio seja a única forma de garantir a manutenção da planta nas suas melhores condições possíveis.

Logo, o recomendado são não mais do que 3 regas semanais. E esse é um número que deverá cair radicalmente durante o inverno (o seu período de “hibernação”), quando então poderão ser reduzidas para não mais do que 3 ou 4 mensais – ou ainda menos, a depender do nível de intensidade das chuvas na sua região.

Portanto, tenha sempre em mente que o terreno onde a sua rosa-do-deserto foi plantada deverá estar sempre úmido (nem seco e nem encharcado). E essa condição poderá ser constantemente verificada por meio de uma simples apalpação manual do solo, que é o que irá garantir que ele esteja sempre em condições ideais no momento da próxima rega.

3.A luminosidade que as rosas-do-deserto tanto apreciam

Essa lista com os mais singulares tipos e espécies de rosas-do-deserto, com os seus respectivos nomes científicos, fotos, imagens, entre outras particularidades, elenca um conjunto de plantas caracterizadas pelo apreço por uma boa e farta jornada de sol pleno.

Isso porque elas são grandes apreciadoras do “astro-rei!”. É ele o principal responsável pelo esplendor do seu florescimento! E é somente quando são tocadas pelos seus raios vigorosos que essas plantas conseguem desenvolver-se adequadamente.

Portanto, aqui a dica é pelo menos 6 ou 8 horas de sol direto sobre as suas partes aéreas. E no restante do período, meia sombra.

E caso não consiga dispor da luminosidade que elas tanto apreciam, avalie a possibilidade de utilizar-se de luminosidade artificial, que pode até mesmo ser do tipo LED, dentro de algumas características indicadas por especialistas no cultivo desse gênero de plantas.

4.Manutenção

Aqui estamos falando basicamente de adubação; uma adubação química moderada; que deverá ser feita de 6 em 6 meses, ou a cada 12 meses, geralmente à base de nutrientes como fósforo, potássio e magnésio.

E uma dica importante, dada por especialistas no cultivo de rosas do deserto, é cuidar para que essa adubação seja feita com o solo ainda úmido (logo após uma das regas), pois dessa forma você evita que as raízes sejam danificadas; o que é bastante comum e costuma ser responsável por boa parte dos insucessos com esse tipo de cultivo.

Uma maneira fácil de analisar a falta de nutrientes na planta é observar o seu conjunto de raízes. A falta de algumas dessas substâncias (como as citadas acima, por exemplo) costuma manifestar-se por um conjunto radicular pouco consistente e sensível a um simples toque.

Cultivo da Rosa-do-Deserto Manutenção

Esse pode ser um indício de que a planta já está sendo atacada por parasitas, ou constantemente encharcada, ou simplesmente necessita de um maior incremento nas regas.

E em todo o caso, recomenda-se a administração o quanto antes de um reforço de nutrientes, além da poda das raízes adoecidas e o transplante da planta para um outro local.

A Família Apocynaceae

A família Apocynaceae, como dissemos, abriga um exército de mais de 5.000 espécies, distribuídas em cerca de 450 gêneros, caracterizadas por produzirem uma espécie de seiva tóxica, além de apresentarem folhas opostas, flores com cinco pétalas, estiletes agrupados na parte de cima das suas unidades, entre outras características.

Mas o curioso é que pelo menos 30% dessas espécies hoje podem ser encontradas no continente americano – em torno de 100 gêneros que tornaram-se típicos da América Tropical.

Como a Cynanchum, a Temnadenia, a Nautonia, entre outras comunidades que ajudam a colocar a família Apocynaceae na lista das maiores famílias de angiospermas da natureza.

No entanto, apesar de tamanha exuberância, os dados sobre a distribuição dessa comunidade ainda são bastante escassos; e por isso mesmo ainda configura-se como um grande desafio para os cientistas a descrição exata dos diversos táxons referentes a esse agrupamento floral.

O que é consenso mesmo é o fato de que as Apocynaceaes podem ser encontradas em praticamente todos os continentes, com exceção da Antártida; e com uma distribuição mais abundante das espécies do gênero Asclepias e Adenium, que crescem adequadamente em regiões de florestas úmidas, trechos rochosos, regiões semiáridas, campos, prados, montanhas, entre outros ecossistemas quase improváveis.

As Apocynaceaes também chamam a atenção por adaptarem-se de igual maneira às grandes altitudes de regiões montanhosas, bem como em florestas ao nível do mar, mas desde que encontrem terrenos secos, regiões alagadas, trechos rochosos, florestas primárias ou secundárias, entre outras.

Uma outra curiosidade acerca dessa comunidade é o fato de que ela já foi descrita como duas famílias distintas. Os seus membros, curiosamente, já foram divididos entre as comunidades Asclepiadaceaes e Apocynaceaes.

E o curioso também é notar como essa última ainda era dividida em outras duas subfamílias: Apocynoideae e Plumerioideae. Sendo que a primeira apresenta anteras consideradas estéreis, seladas em seus estiletes, e ainda com tendência a aproximarem-se entre si.

Enquanto que essas últimas apresentavam (ou apresentam) anteras férteis, sem estiletes e com espaços vazios entre elas.

Uma Família e as suas Representantes

As plantas da família Apocynaceae sairam do Norte da África e do Oriente Médio, como dissemos, e conquistaram o mundo como representantes clássicas das espécies florais rústicas e ornamentais que desenvolvem-se nos mais variados rincões do planeta.

Mas o curioso é que em algumas regiões do Brasil ( e do mundo) elas são vistas como nada mais que um mato imprestável; e por isso costumam ser eliminadas em grandes quantidades, especialmente para a constituição de pastos e lavouras dos mais diversos tipos de segmentos.

Nessa lista com os principais tipos e espécies de rosas-do-deserto, devemos também chamar a atenção para algumas das suas principais subfamílias, com os seus respectivos nomes científicos, fotos, imagens, características físicas, biológicas e demais peculiaridades.

Apocynaceae

E dentre os principais grupos atualmente descritos, destacam-se as comunidades das Periplocoideae, Rauvolfioideae, Asclepiadoideae, Secamonoideae e Apocynoideae – todas elas caracterizadas por abrigarem as mais exóticas, rústicas e resistentes espécies de plantas ornamentais do planeta.

A comunidade Rauvolfioideae, por exemplo, abriga cerca de 850 espécies, quase todas elas caracterizadas por apresentarem anteras quase que 100% férteis, coniventes (afastadas umas das outras pelo gineceu), além da singularidade de estarem entre aquelas poucas capazes de produzir frutos – o que configura-se como a sua principal característica.

As Subfamílias de Rosas-do-Deserto

Mas as demais comunidades dessa família da mesma forma desenvolvem-se com características consideradas únicas dentro dessa ordem gentianales.

Como a Apocynoideae, por exemplo, que chama a atenção pelo fato de apresentar pouquíssimos gêneros (cerca de 77) em relação à quantidade de espécies (cerca de 850); e por abrigar alguns dos gêneros mais populares dentro dessa comunidade, como o Adenium, que é praticamente um sinônimo de rosas-do-deserto no continente africano e na Península Arábica.

A maioria dessas variedades de rosas-do-deserto caracteriza-se por serem as mais utilizadas para a extração de propriedades medicinais; e quanto as suas características físicas, chamam a atenção as suas anteras coladas ao gineceu, e apenas metade delas consideradas férteis.

Já a família Periplocoideae chama a atenção pelo número reduzidíssimo de gêneros (não mais do que 17); e também de espécies (não mais do que 85).

E quanto às suas características físicas, podemos destacar o seu conjunto de flores bissexuadas, capazes de produzir polens em tétrades e agrupadas em polínios.

Já a Secamonoideae assemelha-se bastante à comunidade das Periplocoideaes, em especial pelo fato de os seus membros produzirem polens em tétrades distribuídos em polínios, além de transladores desprovidos de caudículos – porém com retináculos.

E, por fim, as Asclepiadoideae. Uma comunidade composta por cerca de 215 gêneros, que abrigam quase 2.500 espécies, todas elas (ou quase todas elas) com características herbáceas, com uma pequena quantidade na forma de arbustos – e também constituídas por um par de caudículos e um retináculo – ; o que acaba diferenciando-as, sobremaneira, das demais comunidades citadas acima.

Distribuição e Habitat

Como dissemos, as Apocynaceaes podem ser encontradas, atualmente, em praticamente todos os continentes (com exceção da Antártida). E uma das suas principais características é o fato de desenvolver-se com todo o seu vigor somente em regiões tropicais e subtropicais, onde consigam encontrar um clima frio associado a baixas umidades.

Assim como outras famílias de espécies ornamentais, as rosas-do-deserto costumam ser polinizadas por uma vasta comunidade de insetos, em especial os da comunidade dos lepidópteros (mariposas e borboletas, basicamente), dípteros (moscas, varejeiras, mosquitos, etc.) e himenópteros ( abelhas, vespas e formigas).

E como uma curiosidade acerca dessa família, sabe-se que os seus membros raramente são polinizados por pássaros; são os insetos os seus principais parceiros; e eles fazem isso por meio da chamada “zoocoria”, que consiste na participação de animais no processo de dispersão do pólen dos flores por vários quilômetros de distância.

Mas as rosas-do-deserto, assim como as demais espécies que lutam, bravamente, pela perpetuação, também contam com a participação fundamental das forças da natureza; e aqui estamos falando da força dos ventos, que configura-se como uma das principais ferramentas para a dispersão dos seus polens e sementes por todos os biomas onde estão inseridas.

E com isso também garantem a sobrevivência de uma das comunidades mais extravagantes de plantas ornamentais atualmente descritas na natureza.

Uma família com características únicas. Capaz de adaptar-se, como poucas, às mais desafiadoras variações climáticas.

E que desenvolve-se razoavelmente bem sob o clima subtropical do sul do Brasil, bem como sob o original Mediterrâneo europeu, assim como também sob o tropical (quente e úmido) do nordeste brasileiro, entre outras configurações que só mesmo uma espécie rústicas e exótica por natureza é capaz de suportar.

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Adenium_obesum

https://www.jardineiro.net/plantas/rosa-do-deserto-de-verao-adenium-swazicum.html

https://www.lojarosadodeserto.com.br/mudas-de-adenium-arabicum-2-anos

https://reinoplantae.com/produtos/sementes/adenium/adenium-arabicum

https://veja.abril.com.br/blog/jardineiro-casual/rosa-do-deserto-a-planta-gordinha-que-e-um-vicio/

https://teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-12122001-085018/publico/Cap02.pdf

https://www.infoescola.com/plantas/familia-apocynaceae/

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