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Lista de Cactos Alucinógenos Brasileiros

Quando pensamos em alucinógenos, logo relacionamos a LSD e semelhantes. Isso porque elas ficaram mais populares devido seus efeitos e a questão da sua legalidade. Entretanto, o alucinógeno surgiu e é encontrado em diversas plantas pelo mundo todo, incluindo em cactos de desertos. Eles podem ter reações parecidas, iguais ou até mais fortes que os populares sintéticos. E é sobre esses cactos alucinógenos que iremos falar no post de hoje, mostrando uma lista dos no Brasil e mundo. Continue lendo para aprender mais.

Um Pouco mais Sobre os Alucinógenos

Os alucinógenos apesar de muita gente não saber, não é algo novo e muito menos criado pelo homem. Existem plantas que já produzem esses efeitos em nosso corpo há milhares de anos, e nós começamos a utiliza-los a partir do momento em que buscávamos por comida, e consequentemente nos deparávamos com eles. Nesses casos, havia uma confusão em relação ao que eles causavam, em alguns casos podia cura-los, outros matarem e em alguns tinham efeitos na mente que os tirava daquele mundo.

Uma planta alucinógena vai distorcer os sentidos que nós normalmente temos intactos, e em muitas vezes são capazes de produzir uma série de alucinações, te afastando do que é real. A quantidade de sentidos é bem variada dependendo do tipo de alucinógeno utilizado. Isso vem das substâncias químicas que fazem parte das plantas, no caso os cactos, e que não são narcóticos de verdade. Ou seja, elas não necessariamente são viciantes e perigosas para nosso corpo, depende de qual tipo.

Algumas teorias dizem que foram a partir do uso desses alucinógenos naturais que a ideia de uma divindade surgiu a partir das alucinações que ocorriam. De qualquer forma, desde nossos primórdios os alucinógenos naturais de cactos já são utilizados, e a seguir você poderá ver alguns exemplos deles.

Lista de Cactos Alucinógenos Brasileiros e do Mundo

O Cacto Peiote

Esse é provavelmente um dos alucinógenos mais famosos e que possui uma importância religiosa gigantesca. Os indianos utilizam muito o peiote para realizar alguns rituais, que recebem o próprio nome do cacto. O ritual ocorre com uma fogueira no centro que é ladeado com leques de penas com algumas águias importantes para eles, simbolizando a manhã. Mas muito mais do que um cacto alucinógeno, ele também um analgésico, ajudando com dor de dentes, reumatismo, asma e vários outros.

É um cacto com muitos usos, mas em principal as várias substâncias psicadélicas naturais que ela possui, como o DMT e psilocibina. Essas substâncias são sua forma de defesa, já que não possuem espinhos em sua estrutura. Ficou conhecido por produzir os efeitos semelhantes ao LSD. Os efeitos tem uma duração entre 6 e 12 horas e causa uma ressaca que começa logo quando a ingestão do cacto é feita, sendo os sintomas vômitos, cãibras e outros parecidos. Depois disso, começa realmente as alucinações e delírios.

A forma mais comum de utilizar o peiote é através da mastigação, entretanto, a que tem um melhor gosto é através do uso de cápsulas com cabeças de peiote secas e moídas. Os seus efeitos são possíveis de serem notados a partir de 100 mg do cacto, podendo utilizar suas raízes que também tem alucinógenos.

Jurema

O consumo dessa planta alucinógena brasileira é diferente. A Mimosa hostilis, como é chamada cientificamente, é a base para o preparo de um vinho, chamado de vinho de Jurema. Esse vinho é muito utilizado pelos índios e caboclos que ainda vivem no Brasil. Se tornou popular a partir do romance Iracema do autor José de Alencar. Ela foi bem descrita juntamente com seus efeitos no livro.

A Planta Jurema

É muito popular nas cidades de interior do país e também em locais de rituais de candomblé, que usam mito em ocasiões especiais, como a passagem do ano. Os efeitos são causados pela substância DMT, que gera algumas alucinações e uma sensação de bem estar no corpo. Um dos motivos pelo qual é bebido como vinho.

Trombeta (Brugmansia Suaveolens)

A trombeteira recebe diversos outros nomes, como canudo, zabumba, lírio e até saia branca, dependendo sempre da origem e região que ela está presente. Ela é uma planta de uso ornamental, por causa das folhas grandes e belas. Outro uso comum é para fins medicinais fitoterápicos, ou seja, que ajudam a combater problemas intestinas. No Brasil, podem ser vistas em várias regiões, principalmente no Norte e Nordeste. Ela ficou muito popular aqui no Brasil, por ser de cultivo fácil, e por isso o Ministério da Saúde passou a controlar a circulação dessa planta, apesar de ser muito difícil esse controle devido sua facilidade de ser encontrada.

O diferencial dela, é que na verdade é uma planta anticolinérgica, e a partir dela é possível fazer chás alucinógenos. Os efeitos causados por esse chá são em principal os delírios e as alucinações, dependendo da quantidade, pode ser perigosa. Ela é chamada de droga de abuso pelos cientistas, pois é a famosa “Boa noite, Cinderela”, que faz com que a pessoa que usou não se recorde de nada do dia anterior. Infelizmente, é uma droga que por muito tempo está sendo utilizada para fins de abusos sexuais e outros.

Caapi e Chacrona

Essas duas plantas são semelhantes e são utilizadas em conjunto para fazer uma bebida alucinógena. Ela é ingerida durante alguns rituais, como do Culto da União Vegetal ou o ritual Santo Daime. São diversas seitas que utilizam dessas plantas, e que estão bem espalhadas no nosso país, especialmente nos estados do Norte, e em São Paulo e Rio de Janeiro.

O início do seu uso veio a partir de várias tribos e sociedades indígenas da América do Sul, em especial no Peru nas tribos, que preparava as bebidas e chamava-a de quéchas de Ayahuasca, significando literalmente vinho da vida. Essa planta produz alucinações não muito fortes, mas que para essas sociedades são miragens e guias para conduzi-las a uma dimensão espiritual maior que a vida real.

Como Consumir os Alucinógenos Naturais

O consumo desses alucinógenos é bem variado. É possível do jeito mais fácil, que é a partir da mastigação delas. O peiote pode ser consumido dessa forma, mas é preciso que você mastigue-os ou faça algum suco ou chá com as partes alucinógenas do cacto. O mais comum é consumir bebendo, pois pode misturar com alguma outra substância e diminuir o gosto amargo e forte.

A aspiração é outra forma de consumir os alucinógenos, mas nem todos permitem essa possibilidade. Outros, fumar, mas em alguns casos especiais dá até para fazer incisões no couro cabelo, esfregando o alucinógeno nessas incisões. Depende muito de qual você está trabalhando, e em todos os casos, há uma forma para se consumir que aumentará ou diminuirá seus efeitos.

Esperamos que o post tenha te ajudado a aprender e conhecer alguns alucinógenos naturais brasileiros, como os cactos e algumas outras plantas. Não esqueça de deixar seu comentário nos contando o que achou e também deixar suas dúvidas. Ficaremos felizes em ajuda-los. Você pode ler mais sobre alucinógenos e outros assuntos de biologia aqui no site!

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