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Lista de Árvores Frutíferas Brasileiras

O Novo Continente

O século XVI é marcado por uma série de acontecimentos (hoje em dia: acontecimentos históricos) que configuraram a mudança dos destinos dos povos no mundo, em especial um continente ainda desconhecido, para o que na época, quando só se sabia da existência da Europa, da Ásia (ambas configurando a Eurásia), e a África.

Pode-se citar, nesse século, o momento que surge o Renascimento, o movimento cultural que refletiu em outras áreas da sociedade europeia na época, como a política, a economia, as ciências naturais e até na religião, trazendo assim novas formas de conteúdos artístico, novas escolas de filosofia e pensamento, tendo este movimento também importante responsabilidade pelas então futuras correntes filosóficas que viriam surgir nos séculos seguintes, como o Iluminismo no século XVIII, e as grandes filosofias-políticas que moldaram os séculos XIX e em especial o XX, como o socialismo, o fascismo, o liberalismo e a social-democracia.

Mas antes ainda, o Renascimento – este considerado o ponto de mudança pelos historiadores, que encerra a idade das trevas (ou seja: a Idade Média) para dar iniciou a era clássica, e depois a moderna – foi moldado por acontecimentos ocorridos um século antes, tendo o período das grandes navegações o mais memorável, iniciado no século XV.

Com objetivos estritamente mercantilistas (ou seja, uma forma mais selvagem do que conhecemos hoje como o capitalismo), primeiramente realizada por Portugal e Espanha, seguida por Holanda, França e Inglaterra, a chamada Era dos Descobrimentos tinham objetivos de estabelecer novas rotas às Índias orientais, além de descobrirem (ou confirmarem) novos continentes e ilhas ainda não explorados.

O Brasil foi descoberto por Portugal neste contexto, sendo uma importante fonte de recursos para o desenvolvimento da Europa (tanto para a colonizadora, como para seu melhor parceiro comercial: a Inglaterra), tendo o nosso país um significativo papel nos movimentos culturais, sociais, políticos e económicos que sacudiram a Europa a partir do século XVI.

A Biodiversidade e a Riqueza

Apesar te terem um grande número de objetivos para se lançar aos sete mares, seja por expandir a cultura e a religião aos povos pagãos até o estabelecimento de novas rotas comerciais então desconhecidas (para escapar da tradicional rota do Mar Mediterrâneo), a descoberta de novos continentes alteraram para sempre o destino dos povos do planeta.

Mar Mediterrâneo
Mar Mediterrâneo

Primeiramente, houve o choque de civilização europeias e indígenas, que, se atualmente está em constante debate as dinâmicas envolvendo ambos os grupos e suas respectivas interações no período, o consenso no meio científico defende a ocorrência de um genocídio provocado pelos primeiros sobre o segundo, e não apenas por meio da força tecnológica, mas também por vírus, bactérias e outras doenças infecciosas, os quais os povos indígenas não possuíam anticorpos respectivos para se protegerem.

Segundo, foram os recursos disponíveis fartamente explorados pelos colonizadores – seja os vegetais (como o pau-brasil e a seringueira) ou os minerais (ouro, prata) – que definiram as etapas históricas de colonização nos países explorados, como os ciclos extrativistas e agrícolas.

Terceiro, muito dos vegetais autóctones, não apenas do Brasil mas da América do Sul, foram de suma importância para o regime alimentar dos povos europeus, devido a elevada biodiversidade usualmente verificadas em regiões tropicais, aumentando assim consideravelmente a oferta de alimentos disponibilizados desde então no mundo (tão é verdade que a batata tornou-se a principal fonte de amido na Europa, inclusive sua escassez tendo sido responsável pela grande fome que assolou a Irlanda no século XIX).

E se 500 ou 400 anos atrás a comunicação podia ser precária, com longos intervalos de tempo entre o remetente e o destinatário para a informação percorrer, atualmente as relações entre os povos e os países estão cada vez mais potentes, ágeis e velozes, fazendo assim que estas interações sejam cada vez mais profundas e se confundam como o grande capital internacional, seja com a economia abrangendo grandes empréstimos, até as transferências de matérias primas e commodities, tudo regido por grandes e poderosas agencias e organizações transnacionais e multinacionais.

Brasil: da Colônia à Potência Agrícola

Como dito, o Brasil apresenta uma elevada dimensão geográfica, abrangendo uma grande porção tropical, tal característica que permitiu o desenvolvimento de uma rica biodiversidade na região, consequentemente apresentando uma maior quantidade de vegetais com poderes económicos, seja para usar em fabricas de tintas ou no setor de alimentos e comidas.

E não apenas a biodiversidade foi determinante para configurar o que conhecemos hoje como o perfil económico do nosso país, mas também a terra boa que ele apresenta, dando assim mais condições ecológicas e ambientais para o desenvolvimento do agronegócio, hoje em dia um do mais importante arcabouço financeiro que sustenta a receita brasileira.

O Brasil colônia é lembrado por diferentes ciclos extrativistas e agrícolas, os quais moldaram a primeira faceta económica e ambiental do nosso país: primeiro com o pau-brasil (o nosso nome de batismo); depois com o ciclo da cana-de-açúcar; seguido pelo o ciclo do algodão (chamado de “ouro branco”, com o mesmo destino do pau-brasil: a indústria têxtil); o ciclo do café (que alguns estudiosos defendem que foi o responsável pelas revoluções industriais e trabalhistas, devido ao uso desse estimulante); e o ciclo da borracha.

Dando um salto de algumas centenas de anos e caindo no atual momento do Brasil, além de ainda se ter uma grande dependência do extrativismo – tanto vegetal (como os frutos amazônicos) como o mineral (como as recentes tragédias ocorridas no estado de Minas Gerais sobe responsabilidade de empresa Vale) – o setor agropecuária é o que melhor garante receita para a balança comercial brasileira, com destaque para as grandes safras de grãos tipo exportação, com o milho e a soja, e ainda os produtos refinados (café e açúcar), além da proteína animal.

As Árvores Frutíferas do Brasil

Apesar do foco em grãos e outros produtos com origens estrangeiras (como o próprio café), o nosso país mantem uma grande tradição de possuir um altíssimo número de espécies diferentes de frutas, como na imortalizada imagem do chapéu da Carmem Miranda.

E sabendo das proporções continentais do Brasil, e seu diferentes biomas (Amazônia, cerrado, caatinga, Pantanal, Mata Atlântica, campos gerais do sul e os pampas), como se não bastasse a grande diversidade, as possibilidades de serem descobertas novas espécies de arvores frutíferas não identificadas são bem significativas.

Estimasse que, apenas identificadas, existam mais de 300 espécies de frutas brasileiras, sendo assim aqui seguirão as mais conhecidas e consumidas no país.

A goiabeira é uma arvore com origem no Brasil, com diferentes espécies e variantes (como a goiaba vermelha e a goiaba branca), estes frutos ricos em vitamina C, também sendo a matéria prima para a goiabada, o típico doce brasileiro.

Goiabeira
Goiabeira

O cacau, tão famoso na fabricação do chocolate, é de origem brasileira, tendo também diferentes variantes nos biomas amazônicos, cerrado e mata atlântica (sempre lembramos de Ilhéus, no sul da Bahia, como um dos polos voltados ao cultivo desta fruta).

Cacau
Cacau

O caju, assim como o cajuzeiro, também é uma arvore frutífera de origem tupiniquim, bastante apreciado para diferentes finalidades alimentícias, seja para o suco e a polpa, seja ainda a sua castanha servida como tira-gosto (junto com outros acompanhantes como o amendoim, pistache, e a castanha-do-Brasil).

Caju
Caju

A sempre lembrada jabuticabeira, que produz a doce e preta jabuticaba, uma fruta tão brasileira que é utilizada como analogia para quando alguém quer fazer referência a algo cultural que só existe por aqui, também com diferentes espécies espelhadas pelo território nacional.

Tende-se ainda considerar as frutas da região Amazônica, alvos há tempos da exploração e da biopirataria, sendo as mais lembradas o açaí, o cupuaçu e o guaraná, tendo ainda outros representantes como o bacuri, o caçari, o cajá e o tucumã.

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