Nessa lista com os tipos mais comuns de cactos encontrados na natureza, com os seus vários nomes científicos, as mais singulares espécies, além de fotos, imagens e outras particularidades, estaremos tratando de uma comunidade – a “Cactaceae” – composta por mais de 170 gêneros e quase 2.300 espécies.
Os cactos podem ser definidos como constituições arbustivas, herbáceas, arbóreas ou subarbustivas, com ramos bastante desenvolvidos e caules suculentos, em meio a uma folhagem fotossintetizadora e composta por folhas espinhosas como uma modificação genética.
Os frutos dos cactos são do tipo bagas; as flores são bem desenvolvidas e muitas vezes só desabrocham à noite devido à forma como são polinizadas – geralmente por uma comunidade de espécies noturnas, em especial os morcegos.
Mas, sem dúvida, a principal característica dos cactos é o fato de serem espécies típicas dos climas áridos, agrestes e hostis das regiões mais quentes do Brasil e do mundo; e no Sertão e Semiárido eles já até fazem parte do imaginário popular como um dos principais símbolos de força e resistência a condições adversas que podem ser encontrados na natureza.
Só mais recentemente o cacto adquiriu o status de uma das espécies ornamentais mais exóticas do planeta; bastante apreciados por decoradores e paisagistas, principalmente pela sua variedade de formas, facilidade de cultivo, resistência à escassez de água, entre outras características não menos singulares.
Mas, com esse artigo, o nosso objetivo é fazer uma lista com alguns dos mais comuns e exóticos tipos de cactos apreciados como espécies ornamentais (ou comestíveis) em todas as regiões do mundo.
Espécies que chamam a atenção pelo aspecto inusitado das suas anatomias, além de produzir um estilo rústico e agreste a qualquer tipo de ambiente.
1.Acanthocereus Tetragonus
Ele pode ser encontrado com as denominações de Cacto-castelo-de-fada, Cacto-castelo-de-princesa, Cacto-triangular, entre outras denominações que recebe essa típica espécie ornamental, originária do continente americano, capaz de atingir alturas que variam entre 0,1 e 9 m.
Essa é uma variedade perene, que desenvolve-se na forma de colunas e trepadeiras, e que costuma ser cultivada na forma de arbustos – como aliás ele é mais facilmente encontrado em matagais, florestas secas, arbustivas e nos demais ecossistemas com condições de abrigá-los.
O Acanthocereus tetragonus é, digamos, um dos “queridinhos” dos decoradores e paisagistas, que deliciam-se com o seu aspecto semelhante ao de uma pirâmide, com arbustos de um verde bastante intenso, desprovidos de folhas e facilmente cultivados em vasos, onde crescem até o espaço que encontrarem.
Cada aréola da planta apresenta entre 6 e 8 espinhos, com até 4 cm de comprimento. Mas o curioso é o desabrochar das inflorescências dessa planta, que só ocorre à noite, quando então uma imensa comunidade de beija-flores, vespas, mariposas, borboletas, morcegos, entre outras espécies polinizadoras, surgem de todos os cantos em busca do precioso néctar das espécies cultivadas em ambientes externos.
Aliás, são flores belíssimas!, de um branco mesclado com um verde não menos cativante, com um centro que varia do creme ao avermelhado, e que competem em exoticidade com os seus frutos vermelhos e adocicados, que formam um todo bastante original nessa espécie ornamental por natureza.
Se quiser conduzir o Cacto-castelo-de-princesa em vasos, não tem problema, ele irá comportar-se esplendidamente! Mas caso queira utilizá-lo como trepadeira, “cerca-viva” ou em maciços e renques, esse cacto, além de proteger a sua fachada, ainda irá produzir nela um aspecto rústico e bastante original.
E como se não bastassem tamanhos predicados, a Acanthocereus tetragonus é uma daquelas variedades de cactos comestíveis. Tanto os seus frutos quanto os ramos podem ser consumidos, especialmente na forma de saladas, como vegetais no vapor, ingrediente de cozidos, sopas, caldos, e onde quer que a criatividade possa levá-lo.
Já com relação ao cultivo, o recomendado é que a planta receba uma incidência direta de sol na maior parte do dia (pelo menos 7 ou 8 horas); mas também evite regas exageradas, ofereça a ela um solo arenoso e rico em material orgânico, além de temperaturas entre -8 e 40 graus centígrados.
Já a adubação deverá ser leve, com um substrato e material próprios para cactos. E dê preferência, também, por um cultivo por estaquia, destacando um ramo forte e saudável da base da planta. E deixe-o secar por 1 dia inteiro até que possa fincá-lo no substrato ideal para esse tipo de cultivar.
2.Cereus Repandus
Aqui, nessa lista com os tipos mais facilmente encontrados de cactos, trazemos outra espécie perene, também conhecida como Cacto-monstruoso, Cacto-do-peru, Mandacaru, Urubeva, Cereus, entre outras denominações da mesma forma singulares.
Essa espécie é tipica da América do Sul, onde desenvolve-se no semiárido e no sertão brasileiro sempre como um tipo apreciador de uma boa jornada de sol pleno; o que o ajuda a desenvolver-se de foma saudável como uma planta semi-herbácea ou colunar.
Sua altura geralmente oscila entre 0,6 e 4,7 m, com caules na forma de cilindros, repletos de segmentos, com inúmeros lobos, uma coloração verde-acinzentada, de onde surge um conjunto de espinhos de cor meio acastanhada, e em um grande número de aréolas.
Já as flores do Cereus repandus surgem somente à noite, a partir de dezembro, em imensas unidades solitárias, com coloração entre o branco e o rosado, e também com grande poder de atrair uma comunidade considerável de pássaros e insetos polinizadores.
O cacto produz um fruto exuberante, com casca de cor vermelha e uma polpa esbranquiçada, doce e bastante suculenta. Mas ele chama a atenção mesmo é como planta ornamental, com alguns deles em um desenvolvimento comumente chamado de “monstruoso”.
E esse apelido é devido ao seu desenvolvimento incomum e extravagante; na forma de um conjunto de tubérculos de onde surgem aréolas cobertas por espinhos que se distribuem também de forma irregular.
Sem dúvida uma das espécies mais extravagantes da natureza! Uma representante clássica das espécies exóticas do planeta! E uma das mais originais e inusitadas que podem ser encontrada dentro dessa família Cactaceae.
3.Euphorbia Ingens
A Euphorbia ingens também pode ser conhecida como “Cacto-candelabro”, justamente por desenvolver-se semelhante a essa peça.
Diretamente dos matagais, florestas arbustivas, áreas abertas, entre outras vegetações da África, eles surgem como espécies ornamentais por natureza.
Um exemplar do Cacto-candelabro pode crescer até atingir alturas entre 3 e 12 metros; e assim como as apresentadas até aqui, eles apreciam áreas abertas, onde possam receber pelo menos 7 horas de sol pleno durante o dia, o suficiente para que cresça como um exemplar típico da comunidade das Suculentas.
Na verdade há controvérsias acerca da sua definição, pois há quem seja capaz de jurar que a Euphorbia ingens não é, de forma alguma, um tipo de cacto, e sim uma variedade das Euphorbiaceas; enquanto outros a colocam na categoria das “Sculentas”, uma comunidade de plantas que o tempo e o costume ajudaram a “transformá-las” em uma dessas milhares de espécies de Cactaceaes.
Em todo o caso, foi como um cacto que a planta adquiriu bastante popularidade entre paisagistas, decoradores e pessoas comuns, extasiados com o aspecto rústico das suas formas, além de ser daqueles tipos tolerantes ao frio – o que configura-se como uma das inúmeras originalidades que podemos encontrar dentro dessa família.
Aqui, especialmente no Semiárido brasileiro, o Cacto-candelabro encontrou as condições ideais para desenvolver-se magnificamente. E não há jardim com características rústicas que não seja enriquecido e valorizado por um exemplar como esse.
Ela é uma espécie afeita a um solo bastante drenável, rico em matéria orgânica e entre o arenoso e o argiloso. E é também apreciadora de sol e luminosidade abundantes, não tolera excesso de irrigação (que geralmente leva à Podridão de raiz) e suporta bem longos períodos de escassez de chuvas.
4.Selenicereus Anthonyanus
Você pode encontrá-lo como Dama-da-noite, Cacto-zig-zag, Cacto-sianinha, entre outras diferentes formas de referir-se a esse exemplar da flora mexicana capaz de atingir até 1 metro de altura, com os seus inconfundíveis ramos na forma de um zigue-zangue desprovidos de espinhos.
Essa é uma variedade epífita (que desenvolve-se na superfície das árvores), com flores imensas (entre 14 e 16 cm de comprimento), e que a partir do mês de dezembro surgem com as suas colorações que vão do branco ao rosado, com algumas variações de creme, e que pode até mesmo apresentar um vermelho bastante discreto em alguns exemplares.
Mas esse florescimento só pode ser observado à noite, quando então uma grande comunidade de pássaros e insetos correm em busca do néctar que lhes garanta a sobrevivência; e por isso mesmo acabam polinizando a planta por uma área considerável – como um dos eventos mais originais da natureza.
O Selenicereus anthonyanus, como não poderia ser diferente, deve ser cultivado em regiões com clima quente, com baixa incidência de chuvas; e de preferência onde eles possam desenvolver-se na forma de trepadeiras, para compor “cercas-vivas”, maciços, renques, entre outras variações semelhantes.
Mas caso queira plantá-los em vasos, não tem problema. Basta utilizar um bom substrato, geralmente à base de húmus de minhoca, areia e cascas de arroz carbonizadas (ou pó de cascas de coco), que é o material com drenagem ideal para o cultivo desse tipo de espécie.
Para o plantio escolha um vaso de tamanho médio; acrescente uma primeira camada de pedriscos, britas e cascalhos; logo após outra de areia levemente molhada; por cima destes uma boa camada do substrato recomendado acima; e finalmente plante a muda com cuidado para não apertá-la em demasia.
Já para o caso de plantio no solo, cave um buraco, coloque os mesmos materiais (na mesma ordem) citados acima, utilize uma espécie de tutor para conduzir os ramos (treliças, cercados, o tronco de uma árvore, etc.) e proceda a no máximo 2 regas por dia.
Obs: Diminua para 1 por dia quando perceber o início da germinação, no máximo 3 por semana no verão e 3 por mês durante o inverno.
5.Lampranthus Productus
Uma lista com os tipos mais comuns e singulares de cactos, com os seus respectivos nomes científicos, fotos, imagens, etc., também deverá dar espaço para essa variedade originária da África, membro da família Aizoaceae, e conhecida como “Cacto-margarida”.
A planta costuma atingir entre 0,1 e 15 m de altura, aprecia uma incidência direta de sol e desenvolve-se como uma espécie rasteira, com abundância de flores que surgem formidavelmente a partir de setembro, com uma coloração rosada e um formato dos mais exóticos dentre todas as espécies dessa comunidade.
Além de ser belíssimo, o Cacto-margarida é um dos mais versáteis, pois se presta bem para a composição de canteiros, jardineiras, vasos, jardins, renques, maciços, bordaduras, além de inúmeras outras formas de permitir a sua constituição na forma de um arbusto pendente.
Já com relação ao cultivo da planta, mais uma vez recomenda-se uma boa jornada de luminosidade e sol durante o dia (pelo menos 6 horas). Mas é preciso também oferecer a ele um solo fértil, bem drenável, não muito pesado, rico em matéria orgânica e não sujeito a encharcamento.
E para o cultivo dê preferência ao método da estaquia; e cuide para não exagerar nas regas, ofereça temperaturas entre 10 e 40 graus centígrados, uma boa rotina de adubação com um material típico para cactos, entre outros cuidados que o Lampranthus productus agradece.
6. Rhipsalis Baccifera
O Rhipsalis baccifera é o Cacto-macarrão. E esse seu apelido ele recebeu justamente por isso: por desenvolver-se de forma pendente, semelhantemente a uma montanha de macarrão escorrido, como uma das espécies mais inusitadas nessa não menos inusitada família Cactaceae.
As suas origens estão na África, América e Oceania. E nesse ambiente é possível cultivar variedades que crescem a alturas entre 0,3 e 1m, como espécies perenes, que desenvolvem-se como plantas epífitas, bastante resistentes e capazes de compor um jardim repleto de gerânios, orquídeas, bromélias, entre outras espécies ornamentais de forma magnífica.
Entre as principais singularidades que podem ser observadas no Cacto-macarrão, estão a constituição dos seus caules (compostos por vários segmentos ramificados), frutículas esféricas (que fazem a festa de um imensa comunidade de pássaros e insetos polinizadores), além de ser um daqueles exemplares que toleram bem o frio – sendo por isso facilmente cultivados em todos os estados brasileiros.
O seu cultivo deve ser feito em um substrato próprio para esse tipo de variedade (epífita). E pode ocorrer na superfície de árvores, muros, fachadas, vasos; e sempre à meia-sombra, a fim de que a planta possa desenvolver, de maneira saudável, a sua folhagem robusta.
7.Disocactus Flagelliformis
Cabe aqui, nessa lista com alguns dos tipos mais comuns de cactos da natureza, um lugar especial para essa espécie originária da América do Norte e México; e que apresenta-se como uma espécie perene, suculenta e capaz de atingir entre 0,1 e 1,8m como uma variedade tipicamente ornamental.
Também conhecido como Cacto-rabo-de-rato, essa variedade desenvolve-se como uma planta pendente, epífita (ou rupestre) e bastante florida. Os seus ramos são longos e vão pendendo com o tempo; e ainda possuem um formato cilíndrico, coloração verde e um conjunto de espinhos meio acastanhados.
No todo, a ramagem do Cacto-rabo-de-rato apresenta-se com um tom entre o cinza e o azulado, com algumas variações de castanho; e juntamente com um conjunto de flores rosadas forma um conjunto bastante original e extravagante.
E sobre essas inflorescências o que se sabe é que todo o ano é a mesma coisa: elas surgem no final de setembro, com as suas flores medianas, simetrias bilaterais, em forma de túbulos relativamente grandes, com um rosa ou vermelho bastante chamativos, e que, diferentemente das espécie citadas até aqui, mantém esse florescimento ao longo de quase 60 dias.
Os seus frutos são do tipo bagas, com o formato de um ovo avermelhado, e que em composição com o restante da planta ajudam a produzir o aspecto exótico de uma espécie tipicamente paisagística.
Para o plantio, dê preferência às jardineiras, jardins suspensos, vasos de parede, entre outras composições que ajudem a valorizar o aspecto pendente da planta. Mas certifique-se de que ela realmente receberá uma boa jornada de luz à meia-sombra em uma região com baixa incidência de chuvas.
O Disocactus flagelliformis é um apreciador do sol da manhã e do pôr do sol. O período intermediário costuma não ser bem suportado pela planta. E outra coisa importante a saber acerca do seu cultivo é que ele exige um solo entre o arenoso e o argiloso, bastante drenável e com um bom substrato próprio para cactus.
E se quiser garantir que o seu exemplar desenvolva-se com todas as características que podemos apreciar nessas fotos e imagens, mantenha regas moderadas (não mais do que 1 vez por dia), em um ambiente com baixa incidência de chuvas, com temperaturas que oscilem entre 6 e 40°C.
Além de aplicar uma boa dose de fertilizantes nas semanas que antecedem cada floração – mas também durante e depois da sua ocorrência.
Outra coisa importante a saber sobre o cultivo do Disocactus flagelliformis é que se deve evitar mantê-lo em locais expostos a geadas (que não tolera).
E que também será necessário, durante esse período, recolhê-lo para um local seguro e diminuir radicalmente as regas. Pois a combinação inverno + regas exageradas é praticamente uma sentença de morte para qualquer espécie dessa comunidade dos cactos.
Também nesse caso dê preferência ao plantio por estacas; observe o desenvolvimento de cochonilhas e pulgões (as principais pragas); faça podas regulares para retirar ramos adoecidos, folhas amareladas e frutos não desenvolvidos; e a cada 2 anos replante-a de acordo com os principais cuidados exigidos por esse tipo de espécie tipicamente ornamental da família Cactaceae.
Obs: Ainda sobre o plantio dessa espécie, tome o cuidado para retirar as estacas da planta por volta do mês de dezembro, que é quando ela já estará completamente florida, e por isso mesmo no auge da sua força e exuberância.
E caso execute cada passo de forma adequada, em não mais do que 2 anos já poderá ter o seu exemplar de uma Disocactus flagelliformis com todas as suas principais características – características hoje tão apreciadas nesse universo da decoração com espécies rústicas e exóticas.
8. Cereus Hildemannianus
Esse é o “Cacto-verde-e-amarelo” ou “Mandacaru variegado”, uma espécie endêmica do Brasil, membro ilustre da família Cactaceae, com um porte exuberante, capaz de atingir inacreditáveis 8 metros de altura, na forma de um conjunto de colunas com coloração verde e amarela que oferece uma possibilidade paisagística das mais originais dentro dessa família.
É possível construir um extravagante maciço composto por essa espécie, com os seus longos caules cilíndricos, repletos de espinhos em sulcos que distribuem-se de forma longitudinal.
E todo o verão eles disputam com as suas belas inflorescências (que surgem à noite) pelo prazer de embelezar jardins, canteiros, parques, calçadas, e onde quer que se queira oferecer um aspecto extravagante e característico.
Como dissemos, existem variedades dessa espécie capazes de atingir até 8 metros de altura! E elas podem ser cultivadas em todos os estados brasileiros, de preferência naquelas cidades com verões quentes, chuvas moderadas e capazes de oferecer uma boa jornada de luminosidade à planta.
O solo para o plantio do Cacto-verde-e-amarelo deverá ser rico em matéria orgânica, entre o arenoso e o argiloso, com eficiente drenagem e não tão rígido.
E não custa lembrar que ele é apreciador de solos bastante aerados, nos quais o substrato possa ser corretamente oxigenado, e sem o risco de que a planta seja constantemente encharcada, principalmente no período das chuvas – e no caso de exemplares cultivados em ambientes externos.
Cultivo e Adubação do Cereus Hildemannianus
Para cultivá-lo no solo (com pH entre 6 e 6,5) cave um buraco duas vezes maior do que o torrão a ser plantado, acrescente uma camada de areia grossa, por cima dela uma adubação à base de húmus de minhoca, farinha de osso e esterco de galinha (1kg/cova), e logo em seguida proceda à primeira rega.
No caso de plantio em vasos, escolha um com pelo menos 1 m de diâmetro – esse tipo de cacto possui raízes em abundância, por isso mesmo terá que garantir que elas encontrem espaço suficiente à medida que a planta for crescendo.
Caso seja possível, dê preferência a um vaso ou canteiro de cerâmica, a fim de garantir a segurança de um recipiente forte e ao mesmo tempo leve; e que permita que uma planta tão exigente por oxigênio como o Cereus hildemannianus possa desenvolver-se adequadamente.
E se também for possível, utilize manta geotêxtil na primeira camada do vaso. Esse material é ainda melhor para evitar que a terra seja compactada no fundo (na região das raízes), o que certamente irá dificultar a sua aeração, além de bloquear os furos do vaso que servem para a drenagem da água.
Já com relação à adubação, o recomendado é que, anualmente, você acrescente um adubo granular ao vaso, canteiro, jardineira, jardim ou onde quer que tenha-o plantado. E para tal, basta acrescentar 2 colheres de sopa do produto em 1 litro de água e regar o solo ao redor da planta.
Adubos granulares com doses moderadas de nitrogênio e formulação NPK são os melhores; isso porque eles contribuem para o fortalecimento do tecido da planta (que cresce mais forte e saudável), acelera esse crescimento, além de garantir a força e a robustez de uma espécie vigorosa por natureza.
Mas talvez por isso mesmo ela seja daquelas tão exigentes quando o assunto são nutrientes para o desenvolvimento de toda essa exuberância; o que faz com que uma formulação NPK 4-14-8 seja a que apresente os melhores resultados no que diz respeito à oferta necessária de nutrientes para o pleno desenvolvimento de todas as suas partes aéreas.
9.Aptenia Cordifolia
Dentro dessa lista com os tipos mais comuns de cactos, em diversas espécies originalíssimas, com as suas fotos, imagens e outras referências, chamamos a atenção também para essa variedade que, sem dúvida, é uma das mais belas e exuberantes dentre todas as que até aqui foram apresentadas.
A Aptenia cordifolia também pode ser encontrada com um apelido que não deixa dúvidas sobre as suas características: “Rosinha-de-sol”.
Uma espécie da família Aizoaceae, com flores e folhas perenes, capaz de desenvolver-se em longos ramos pendentes e extravagantes, que geralmente atingem entre 0,1 e 15m de altura, especialmente quando encontra as condições que mais aprecia: sol em abundância e uma boa jornada de luminosidade.
As origens da Aptenia cordifolia estão na África; e ela chegou ao Brasil para compor esse formidável cabedal de espécies ornamentais do país, especialmente pelo seu aspecto vistoso e chamativo, como uma planta rasteira e com folhas ovaladas de um verde bastante reluzente.
Os ramos da Rosinha-do-sol também possuem esse tom verde-brilhante, competindo em beleza e graça com as suas flores – um conjunto delicado com coloração branca, vermelha ou rosada, em uma multiplicação de pétalas pequeninas e delgadas, que até lembram um pouco o aspecto das margaridas.
É uma das espécies mais versáteis dentro dessa comunidade dos cactos. Ele se presta bem para uma composição em vasos, canteiros, jardineiras, vasos suspensos, entre outras formas criativas de aproveitar-se da sua característica de pender em uma densa folhagem.
O que se diz é que um jardim de pedras composto por algumas Rosinhas-de-sol é simplesmente indescritível! E um jardim vertical todo ele formado por essa espécie é impossível de ser descrito por palavras!
Porém, se não bastasse essa variedade de usos aos quais ela se presta, a Aptenia cordifolia ainda é daquelas espécies de cactos comestíveis, que vão bem como um dos itens de salada, como ingrediente de refogados, para acrescentar mais vigor a um cozido, entre outras formas de aproveitar-se de uma variedade simplesmente magnífica.
10. Echinocactus Grusonii
Essa variedade de cactos é outro exemplar típico da América do Norte e México; também conhecida por esses rincões afora como Cacto-bola, Cadeira-de-sogra, Poltrona-de-sogra, entre inúmeras outras denominações que são dadas a essa representante da família Cactaceae.
A planta costuma atingir uma altura que varia entre 0,6 e 0,9 metros, com o aspecto de uma imensa esfera redonda e espinhosa (que não deveria ser um bom assento para sogras), capaz de medir entre 50 e 60 cm de diâmetro; e ainda sem folhas, com caules fotossintetizadores e repletos de sulcos longitudinais ladeados por aréolas espinhosas.
Esses espinhos também possuem um tamanho bastante considerável; as suas colorações são meio amareladas; e pelo que se vê, numa composição de um jardim mexicano, em um recanto com estilo árido e desértico, ou mesmo num jardim de pedras, essa espécie é simplesmente incomparável quando relacionada com todas as variedades que foram apresentadas até aqui.
E como não é mais nenhuma novidade dentro dessa comunidade, o cultivo da Cadeira-de-sogra deve ser feito em um solo permeável, em ambiente externo, a meia-sombra ou com sol pleno, e não sujeito a temperaturas abaixo de 8 graus centígrados ou geadas.
E dê preferência a vasos grandes (com pelo menos 1 metro de largura), com uma camada de britas ou pedriscos no fundo, coberta por outra camada de terra grossa, e com outra de um bom substrato para cactos, a fim de que a espécie desenvolva-se a contento, e com as características que a fazem uma das mais incomuns entre as espécies de Cactaceaes conhecidas.
11. Mammillaria Elongata
Mas uma lista com tantos tipos e espécies exóticas, originais e incomuns de cactos não poderia deixar de conter uma das mais singelas e aparentemente delicadas dentro dessa comunidade.
Ela é a Dedo-de-dama, Dedo-de-moça, Dedos-de-dama, entre outras denominações que a planta recebe em função das suas características físicas inconfundíveis.
Temos aqui uma outra variedade da comunidade dos Cactos e das Suculentas; uma espécie originária da América do Norte e México, que desenvolve-se a até não mais do que 30 cm e é repleta de inflorescências.
O Cacto-dedo-de-moça é bastante adaptado ao ambiente rústico e exótico das regiões montanhosas do México e do Sudoeste dos Estados Unidos – os tipos de ambientes que mais aprecia.
E também não possui folhagem, apenas um conjunto de ramos longos, cilíndricos, suculentos e com um verde bastante discreto; e que até lembram mesmo um conjunto de dedos espinhosos, que formam grupos concentrados de plantas com flores em tons de creme, amarelo, branco e rosa.
Sem dúvida estamos falando aqui de uma originalidade! Algumas espécies, por exemplo, apresentam grupos radiais de espinhos, com uma constituição semelhante às de estrelas, muitas vezes recurvos, e que tomam praticamente toda a planta, conferindo-lhe uma coloração entre o creme, castanho, amarronzado, e até mesmo um vermelho discreto.
E todos os anos, no final de setembro, as suas belas flores surgem na parte de cima do ramo espinhoso, juntamente com o seus frutos do tipo bagas esféricas e não-comestíveis.
E é por essas e outras que o Dedo-de-moça é hoje uma das espécies mais utilizadas por paisagistas, decoradores, ou até mesmo por indivíduos comuns em todo o mundo; muito por conta do pouco espaço que eles exigem, além de produzir um efeito paisagístico dos mais singulares dentre todas as espécies conhecidas dentro dessa família.
E com relação ao cultivo da planta, dê preferência a um plantio em vasinhos, que podem ser dispostos numa mesinha de escritório ou de centro, sobre aparadores, na sacada de um prédio, em terraços, ou onde quer que ela possa receber incidência direta de sol e pelo menos 6 horas de luminosidade.
O solo para o plantio da Mammillaria elongata deve ser arenoso, bem drenável, rico em matéria orgânica. E as regas devem ser vigorosas, mas em intervalos bastante espaçados, pois essa ele não tolera, de forma alguma, o encharcamento das suas raízes – o que geralmente leva à destruição da planta pela Podridão de raiz.
12. Mammillaria Bombycina
Outra representante da flora da América do Norte e do México é essa espécie da família Cactaceae, capaz de atingir não mais do que 15 cm, com todas as características de uma típica espécie exótica e ornamental.
Na verdade ela é a própria definição do exotismo que pode ser encontrado na natureza! Uma variedade incomum, bastante característica, quase como uma espécie de “elo perdido” de ancestrais comuns que se perderam na distância de milhões e milhões de anos!
A planta apresenta-se como uma reunião de pequenas esferas, com ramos agrupados de forma extremamente densa, a partir de um caule em forma de cilindro e também esférico.
A sua coloração apresenta-se em um tom verde discreto. A planta não possui folhagem. Os seus caules são suculentos. Mas o que chama a atenção mesmo na Mammillaria bombycina é o seu aspecto de uma esfera coberta com uma espécie de lã – que é o efeito de uma imensa quantidade de espinhos brancos que desenvolvem-se em torno de cada tubérculo da planta.
E é na primavera que as suas belas inflorescências dão o ar de suas graças, como um círculo de flores que nascem no topo das suas hastes; com colorações que variam entre o rosa, branco e púrpura; e que são um verdadeiro convite para uma diversidade de insetos e pássaros polinizadores.
Na verdade essas espécies ajudam a distribuir a variedade por toda a região próxima; e também contribuem para que ela produza as suas infrutescências do tipo bagas com tons entre o rosa e o esverdeado.
A Mammillaria bombycina é uma planta de fácil cultivo e chama a atenção pela originalidade que confere a um espaço, principalmente quando plantada em canteiros, vasos, jardineiras, jardins de pedras, no estilo Mexicano, ou também quando se quer produzir um efeito desértico num recanto da casa.
Jardins rochosos com um aspecto agreste é a sua especialidade! E se você é daqueles ou daquelas que apreciam a economia de água, nada melhor do que uma M.bombycina como espécie ornamental!
Isso porque ela tornou-se bastante popular justamente por exigir poucos cuidados, quase não precisar de regas, ser bastante resistente aos mais diversos tipos de pragas, entre outras características que, obviamente, não demorariam a fazer desse tipo de cacto um dos mais populares entre decoradores e paisagistas de todo o mundo.
Com relação o cultivo da Mammillaria bombycina, o recomendado é oferecer a ela sol pleno, ou até mesmo uma meia-sombra.
Assim, elas irão desenvolver-se magnificamente, principalmente se o solo for bastante fofo, arenoso, com boa drenagem, rico em matéria orgânica, entre outras características que essa planta tanto aprecia.
13. Opuntia Microdasys
Mas uma lista que se preze, com as principais espécies de cactos, os mais diversos nomes científicos, fotos, imagens, entre outras peculiaridades dessa comunidade de plantas, também deverá reservar um espaço para abrigar essa espécie conhecida popularmente como Orelha-de-coelho, Palma-brava, Opúntia, entre outras denominações.
Esse também é um outro membro da flora da América do Norte e México, onde desenvolve-se até atingir entre 0,1 e 0,6 m, na forma de um caule vigoroso, repleto de pequenas articulações, bastante espinhoso (com espinhos finos e bastante perigosos), que competem em exoticidade com as suas flores amarelas, solitárias, e que surgem durante o período primavera/verão.
A planta subdivide-se em várias subespécies, como a Cristata, a Monstruosus, a Albispina, entre diversas outras da mesma forma singulares, exóticas e recobertas por espinhos entre o branco e o amarelado, com um caule verde e articulado, e que formam um todo dos mais característicos.
Os meses de verão são os períodos escolhidos pelas suas inflorescências para darem o ar de suas graças. E juntamente com elas, uma comunidade de pássaros silvestres chegam de todos os cantos para absorverem o seu delicioso néctar – aliás como é comum acontecer com essa inusitada família Cactaceae.
14.Melocactus Zehntneri
E por fim, temos aqui o Cabeça-de-frade, Coroa-de-frade, entre outras denominações desse outro representante da família Cactaceae, originário da América do Sul, como uma espécie endêmica do Brasil, e que é capaz de atingir alturas entre 0,1 e 0,4 m.
É um outro globo espinhoso, com um aspecto dos mais exóticos, de onde surgem flores como um curioso aparato vermelho no topo da planta, além de espinhos por todo o seu caule verde escuro, entre outras características que, obviamente, não poderiam escapar aos olhares aguçados e criativos dos decoradores e paisagistas de todo o país.
O Coroa-de-frade deve ser plantado por sementes em um substrato próprio para cactos, que pode ser à base de areia grossa, húmus de minhoca e terra vegetal; e sempre sob sol pleno (ou meia sombra), longe das geadas, do frio intenso e com regas esparsas (não mais do que 2 ou 3 por mês, já que estamos falando de uma das espécies mais tolerantes a estiagem dessa imensa comunidade dos cactos).
E o recomendado é que você dê preferência ao plantio dessa variedade em vasos, de forma isolada, ou juntamente com outras espécies num jardim de pedras ou com características desérticas.
Ou onde quer que a sua criatividade o levar a partir desse incrível universo da decoração com espécies exóticas e ornamentais da flora do planeta.
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Fontes:
https://www.fazfacil.com.br/jardim/plantas/especies-de-cactos/
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-27092010-162201/publico/EmiliaArruda.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cactaceae
https://www.jardineiro.net/plantas/cacto-do-peru-cereus-repandus.html
https://www.jardineiro.net/plantas/orelha-de-coelho-opuntia-microdasys.html
https://www.decorfacil.com/tipos-de-cactos/