Os tipos de hibiscos presentes nessa lista, como podemos observar nas fotos e imagens abaixo, são espécies tipicamente ornamentais, membros exuberantes da família Malvaceae, também conhecidos como “Graxeiras”, “Graxas-de-estudantes”, “Vinagreiras”, “Quiabos-azedos”, entre outras denominações não menos curiosas e peculiares.
São cerca de 300 espécies, das mais simples às mais excêntricas; muitas delas apreciadas como ingredientes de saladas e como matéria-prima para infusões.
Mas é como planta ornamental que o hibisco se destaca em praticamente todos os rincões brasileiros, principalmente pela facilidade com que se desenvolvem sem exigir quase nenhum tipo de cuidado.
Mas o objetivo desse artigo é fazer uma lista com alguns dos tipos mais comuns de hibiscos encontrados em diversas regiões do planeta; e ainda com os seus respectivos nomes científicos, características, fotos e outras inúmeras singularidades só encontradas mesmo nesse original gênero de plantas.
1.Hibiscus Acetosella
Diretamente das florestas arbustivas e tropicais, dos bosques, savanas e outros ecossistemas do continente africano, essa variedade surge como uma das mais populares dentro desse gênero.
Aqui no Brasil ele é conhecido como Vinagreira roxa, e bastante apreciado como espécie ornamental, capaz de atingir até 3 metros de altura, em uma bela combinação de flores rosadas e folhas arroxeadas.
Não confundir com a popular “Hibiscus sabdariffa” (a Vinagreira”), que apresenta folhas verdes e flores em um tom amarelado. E apesar de pertencerem à mesma família – e ainda serem Plantas Alimentícias Não-Convencionais (PLANC) – , eles diferenciam-se sobremaneira pelos seus aspectos físicos inconfundíveis.
O Hibiscus acetosella está entre aquelas variedades que podem ser utilizadas em infusões (especialmente os seus cálices), mas também como ingrediente de saladas, para conferir sabor a cozidos e refogados, para o preparo de uma original compota, de uma singular variedade de geleia, um suco dos mais refrescantes, um fermentado exótico e incomum, entre outras apresentações da mesma forma originais.
Para o cultivo do Hibisco acetosella recomenda-se oferecer a ele sol pleno (ou pelo menos em um dos períodos do dia), regas moderadas e solo rico em matéria orgânica.
Dessa forma, as suas belas inflorescências poderão desenvolver-se o ano todo, com uma belíssima coloração rosa bastante chamativa, em combinação com um verde vibrante e característico.
Já com relação ao plantio do acetosella, o mais indicado é o feito por sementes ou estaquia (o mais recomendado), em um substrato leve, bastante drenável e que possa ajudar a planta a desenvolver-se adequadamente.
2.Hibiscus Moscheutos
Nessa lista com os principais tipos de hibiscos, com os mais variados nomes científicos, espécies e fotos, devemos reservar um lugar especial para a “Rosa-malva” (como também é conhecido); um arbusto capaz de atingir entre 0,9 e 1,8 metros de altura, na forma de uma constituição vigorosa, e que se presta bem como uma excelente “cerca-viva”.
O Hibiscus moscheutos é originário da América do Norte, onde desenvolve-se ao longo do litoral do continente, como uma típica planta ornamental, com crescimento vigoroso, apreciadora de áreas alagadas, onde consegue desenvolver melhor a sua bela constituição na forma de uma ramagem abundante.
Chama a atenção, também, nessa espécie, a sua textura de uma planta semi-herbácea, ereta, com um interior púbere e folhas caracterizadas por liberar um tipo de mucilagem que, no passado, era bastante utilizada pelos nativos para a extração das suas propriedades bactericidas, cicatrizantes e antissépticas.
Essas folhas da moscheutos também apresentam uma estrutura cordiforme (que lembra um coração), com até três lobos e bordas recortadas; e todo o verão elas disputam com as inflorescências a atenção de um sem número de pássaros, vespas, abelhas, mariposas, entre diversas outras espécies que vêm de longe saborear o seu delicioso néctar, e, com isso, espalhar o seu pólen por praticamente todo o continente.
As flores do Hibiscus moscheutos são pentâmeras (com cinco pétalas), terminais, possuem entre 14 e 26 cm de diâmetro, são hermafroditas e possuem colorações que variam do branco, creme, salmão, rosa, a até mesmo vigorosos tons de vermelho e púrpura, que, em contraste com um centro castanho ou amarronzado, formam um todo dos mais exuberantes.
3.Hibiscus Brackenridgei
Aqui temos uma espécie oriunda do ambiente exótico e paradisíaco do Havaí, onde desenvolve-se como uma espécie arbustiva, com flores em um tom de amarelo, e que se presta bem como uma planta ornamental das mais belas e exóticas.
Mas como se não bastasse tamanha exuberância, o Hibiscus brackenridgei é considerado a “flor nacional do Havaí“; e também pode ser encontrado como o “Hibisco amarelo” em diversas regiões tropicais e subtropicais de todo o planeta.
No Havaí ele recebe o nome de “Maʻo hau hele” – um imenso arbusto com até 10 m de altura, com flores de um amarelo reluzente e bastante chamativas.
O que se diz é que na Inglaterra, na distante Era Vitoriana, o Hibisco amarelo quase competia em pé de igualdade com as rosas, dálias e gerânios pela apreciação da nobreza, que cultivavam o singular hábito de comunicarem-se por meio do envio de flores.
Juntamente com a variedade amarela, outras espécies chamam a atenção por serem oriundas do território havaiano. E entre elas estão: H.arnottianus, H.imaculatus, H.punaluuensis, H.waimea, entre inúmeras outras, da mesma forma belíssimas e originais, e por isso mesmo apreciadas como espécies ornamentais incomparáveis.
A má notícia é que o Hibisco amarelo é uma das milhares de espécies florais ameaçadas de extinção no planeta (especialmente em território havaiano); o que faz com que as mais modernas técnicas de engenharia genética sejam postas em ação para a preservação de uma das variedades mais extravagantes dentro desse gênero.
4.Hibiscus Clayi
O Hibiscus clayi é uma das espécies mais incomuns dentro do gênero Hibiscus, especialmente pelo fato de ser facilmente identificado pelas suas características físicas bastante originais.
A planta apresenta-se como um arbusto discreto, com flores vermelhas (e estreitas) e folhas com um verde fosco que ajudar a torná-lo um dos mais rústicos quando o assunto é a aparência.
O seu habitat natural (assim como o do Hibisco amarelo) são as ilhas havaianas, onde também encontra-se ameaçado de extinção, muito por conta do avanço do progresso – mas também por um certo descaso bastante comum em espécies assim tão facilmente encontradas em abundância; muitas vezes como se até fora um mato imprestável.
O clayi pode ser caracterizado como um arbusto perene, capaz de atingir entre 40 e 90 cm; mas também como um árvore imensa (com até 8 metros de altura), composta por folhas verdes e medianas (com bordas lisas), em meio a flores solitárias (que despontam na extremidade dos ramos).
A planta floresce durante praticamente todos os 12 meses do ano, e ajuda a compor a paisagem de praças, jardins, canteiros e vasos com as características que são tão apreciadas nessa comunidade dos Hibiscus.
A planta é pouco exigente quando o assunto é o seu cultivo. Ela só exige mesmo uma boa jornada de sol pleno, regas moderadas, um solo rico em matéria orgânica (ou corrigido); para que possa desenvolver a sua capacidade impressionante de resistir a pragas em meio aos mais diversos tipos de climas.
E não importa se esse clima é o típico subtropical do Sudeste Asiático, o inconfundível temperado do Canadá e dos Estados Unidos, ou até mesmo o nosso tão conhecido clima tropical brasileiro. Não importa! O Hibiscus clayi irá desenvolver-se esplendidamente, e com o vigor que é típico desse gênero floral!
Mas é somente nas florestas secas de Nounou, no Havaí, na parte oriental de Kauai e em altitudes entre 50 e 600m acima do nível do mar, que essa variedade consegue ser apreciada em seus aspectos quase místicos, e com características espirituais que se perdem quando retirada do seu habitat natural.
5. Hibiscus Mutabilis
A “Rosa-louca, “Amor-dos-homens”, “Mimo-de-vênus”, “Rosa-de-São-Francisco”, entre outras denominações que ele recebe nas regiões onde pode ser encontrado, entra aqui, nessa lista com os tipos e espécies mais originais de hibisco da natureza, como uma das mais suaves, delicadas e singelas dentre todas as variedades conhecidas.
O Hibiscus mutabilis é um arbusto perene, ornamental, capaz de atingir entre 1,2 e 2,4 metros, como uma espécie apreciadora dos climas tropicais, subtropicais, mediterrâneos e temperados de todo o mundo.
Ele é originário da China, onde desenvolve-se como um arbusto mediano, semi-lenhoso, com flores em abundância, um caule ereto e repleto de ramos, de onde pendem folhas coriáceas, grandes, lobadas, com textura rugosa, margens serrilhadas e um verde vivo bastante chamativo.
Todos os anos, no outono, é a mesma coisa: as suas flores surgem com belíssimos tons de rosa (e também de branco), hermafroditas, simples (ou dobradas) e grandes (até 13 cm de diâmetro).
E a cada amanhecer elas abrem-se para a apreciação de uma imensa comunidade de abelhas, mariposas, borboletas, bem-te-vis, beija-flores, entre outras espécies que surgem, ansiosas, para saborear o néctar produzido pelas suas inflorescências.
E como uma originalidade dessa espécie, ela possui a características de apresentar flores com várias tonalidades de branco e rosa no mesmo arbusto; e ainda na forma de uma cabeça que pende em três unidades de um ramo; como um dos tipos mais incomuns dentro dessa comunidade.
Uma Variedade Única!
Como podemos observar nessas fotos e imagens, o Hibisco mutabilis ganhou esse apelido (“Rosa-louca”) devido à sua incrível semelhança com essa outra singularidade da natureza – semelhança, essa, que pode ser observada até mesmo na forma de cultivo, como um pequeno arbusto em passeios, praças, jardins, ou mesmo em vasos.
Mas ele também se presta a uma formação em renques, maciços, em grupos (ou de forma isolada), em canteiros, jardineiras, e onde quer que você queira conferir o aspecto suave e delicado de uma planta rústica, resistente e exótica.
O Hibisco mutabilis aprecia, como um bom representante do gênero, uma longa jornada de sol direto, em solos dos mais variados tipos (desde que rico em material orgânico), com uma frequência moderada de irrigação, entre outras necessidades.
E uma outra curiosidade acerca dessa espécie diz respeito ao fato de ela florescer justamente no período outono/inverno, que é quando a maioria das variedades desse gênero preparam-se para uma longa fase de “hibernação” das suas inflorescências, como uma das inúmeras curiosidades que só mesmo nessa família Malvaceae podemos observar.
6.Hibiscus Rosa-Sinensis
Esse é um dos mais populares dentro desse gênero. Não há quem não tenha se deparado pelo menos uma vez na vida com a Graxa-de-estudante, o Hibisco-da-china, a Graxeira-de-estudante, entre outras denominações dessa variedade originária da China, capaz de desenvolver-se até atingir alturas entre 0,3 e 1,8 metros, como um exuberante arbusto ornamental.
Também não existe praça ou jardim no Brasil que não seja embelezado pelo aspecto chamativo das suas flores vermelhas, imensas, com bordas curiosamente irregulares, em combinação com uma folhagem densa, em um tom verde-escuro bastante chamativo e composta por folhas estreitas e abundantes.
Não importa se o seu objetivo for construir uma exuberante “cerca viva”, ou um belo renque ou maciço com hibiscos, ou mesmo se o seu interesse for o de simplesmente embelezar o interior de um apartamento com vasos da planta.
Não importa!
Seja como for, o Hibiscus rosa-sinensis irá comportar-se adequadamente; e ainda com a vantagem de florescer por quase todos os 12 meses do ano, com as suas solitárias flores que esticam-se em direção a qualquer fonte de luminosidade existente, em uma das versões mais singulares dentro dessa família Malvaceae.
Como a maioria das variedades, a rosa-sinensis também costuma ser bastante utilizada para extração da sua mucilagem, que no passado, ao que se sabe, era bastante utilizada em regiões do continente asiático para lustrar sapatos (daí o seu apelido, Graxa ou Graxeira).
Mas também para o combate a constipação, problemas respiratórios, como um excelente diurético, antiespasmódico, anti-hipertensivo, entre outros inúmeros benefícios bastante apreciados desde tempos imemoriais pelos nativos dos seus habitats naturais.
As características Do Hibiscus Rosa-Sinensis
Nessa lista onde elencamos os tipos mais originais e extravagantes de hibiscos, com as suas respectivas fotos e imagens, o rosa-sinensis entra como uma das variedades mais versáteis dentre todas as espécies conhecidas.
Ele pode ser encontrado em vários tipos e formas, com flores imensas ou discretas (e compostas por pétalas lisas ou ásperas), folhas estreitas ou largas, além de diversos híbridos que fazem com que o Hibiscus rosa-sinensis seja um dos mais apreciados para a arborização de praças públicas, composição de calçadas, ao longo de canteiros centrais de iluminação pública, em jardins e parques municipais.
Só é necessário mesmo atentar para as podas frequentes exigidas pela planta, porque, como se sabe, o seu crescimento é abundante e vigoroso; o que acaba tornando-o um ambiente bastante agradável para micro-organismos patológicos – sem contar a necessidade de oxigenação e luminosidade que ele requer.
O Hibiscus rosa-sinensis desenvolve raízes ramificadas, um caule em forma de cilindro e ereto. As folhas geralmente apresentam-se ovaladas (ou pontudas) e com bordas denteadas. E as suas flores apresentam, como características biológicas, uma constituição por pedicelos, com formato pentâmero e geneticamente bissexual.
Curiosamente, aqui nas regiões tropicais, o Hibiscus rosa-sinensis não costuma ser atraente para bem-te-vis, beija-flores, mariposas, abelhas, entre outras espécies que fazem uma verdadeira festa em torno das suas parentes próximas.
Apenas com algumas exceções, como é o caso da Papilio homerus (um tipo de borboleta), grande apreciadora do néctar da planta, e da qual também extrai o pólen que acaba contribuindo para espalhá-la por inúmeras regiões próximas.
7.Hibiscus Sabdariffa
Essa é outra variedade de hibiscos que está entre as mais populares que existem. E para se ter uma ideia dessa popularidade, basta atentar para a multidão de apelidos que ele foi adquirindo ao longo do tempo – e nas mais variadas regiões onde pode ser cultivado.
O Hibiscus sabdariffa pode ser a “Graxa-de-estudante”, a “Groselha-de-flor-roxa”, o “Agio-de-guiné”, a “Rosélia”, “Vinagreira”, “Quiabo-roxo”, “Caruru-azedo”, “Azedinha”,” Quiabo-de-angola”, “Flor-da-jamaica”, entre inúmeras outras denominações não menos inusitadas.
São denominações que logo revelam algumas das suas principais características, entre as quais, a de produzir uma mucilagem com incontáveis propriedades farmacológicas, um suco dos mais refrescantes e infusões apreciadíssimas.
Além de servir como um excelente ingrediente para a composição de saladas, sopas, caldos, cozidos, refogados, entre inúmeros outros pratos típicos dos vários países onde ele pode ser cultivado.
O Hibiscus sabdariffa é um arbusto perene, anual (ou bienal), originário da Índia e capaz de desenvolver-se até atingir entre 1,2 e 1,8 metros de altura.
Ele também é um daqueles apreciadores de uma boa jornada de sol pleno, facilmente adaptável aos climas tropicais e subtropicais do planeta, com quase nenhuma exigência por cuidados, resistente como poucas espécies florais da natureza, além de enquadrar-se na categoria de plantas ornamentais por excelência.
Curiosamente, essa espécie apresenta ramos em um tom de vermelho, caule ereto e bastante ramificado, com folhas verde-escuras, alternadas, com bordas denteadas, estipulares, lobadas e estreitas.
Já as flores do Hibisco sabdariffa desenvolve-se como uma unidade solitária, com uma coloração entre o branco e o amarelado, na forma de um cálice pentâmero (com cinco pétalas), carnoso e com um centro de um vermelho bastante vivo.
Uma Espécie Única!
Essa Graxa-de-estudante pode ser útil para a ornamentação de jardins, em vasos, na forma de renques e grupos florais, de forma isolada, em maciços, canteiros, fachadas, jardineiras, “cercas-vivas”, e onde quer que se queira usufruir de uma beleza exótica e capaz de oferecer proteção com a mesma singularidade.
Dentro desse gênero, o Hibisco sabdariffa é o mais utilizado (e indicado) para o preparo de infusões com alto poder expectorante, diurético, laxante, para o combate a problemas respiratórios, hipertensão, distúrbios cardiovasculares, entre outros benefícios que podem ser obtidos por meio do chá do cálice da planta antes do seu florescimento.
O Hibiscus sabdariffa é nativo do continente africano, já conhecido há mais de 5.000 ou 6.000 anos, e só introduzido nos continentes asiático e americano bem recentemente (há não mais do que 500 anos).
Mas hoje ele pode muito bem ser enquadrado na categoria de espécies cosmopolitas, mais facilmente adaptável às regiões mais quentes e com alta umidade; e por isso mesmo bastante popular no Norte da África, Sudeste Asiático, Ásia Central e nas Américas Central e do Sul.
Regiões onde ele é apreciado como fonte de alimento, para a produção de chás, como espécie ornamental, para a extração de fibras, preparo de sucos, doces, geleias, compotas, fermentados, entre inúmeras outras apresentações que possam ser produzidas a partir da sua mucilagem.
As Características Da Planta
Nessa lista que fazemos com os tipos mais facilmente encontrados de hibiscos da natureza, o sabdariffa aparece como um dos mais apreciados como Planta Comestível Não-Convencional (PLANC).
Não se espante se encontrá-lo, em um desses inúmeros rincões do planeta, como um tempero para peixes e carnes. E nem como um ingrediente para produzir aquele curioso sabor agridoce a um prato!
Mas se o que deseja é produzir uma singular bebida fermentada ou um suco gaseificado, não tem problema! Com a planta é possível prepará-los – e ainda com uma coloração avermelhada bastante original.
Mas e se fosse possível produzir com as flores do hibisco algum tipo de geleia, molho doce, conservas ou compotas? Sim, isso é bem possível! Na verdade essa é uma das especialidades do Hibiscus sabdariffa – um dos que melhor se prestam a esses fins. E aqui é a pectina que contribui para isso, por ser um poderoso aglutinante bastante utilizado na indústria de alimentos.
Em alguns países da América Central é uma “água de hibisco” que faz bastante sucesso, muita por conta da facilidade de encontrar a planta ideal para esse fim – que cresce em abundância em países tropicais e produz uma bebida das mais refrescantes dentre as que podem ser produzidas com espécies florais.
No Senegal, o que se diz é que o seu famoso “Thiéboudieune” (um peixe com arroz e acompanhamentos) sem o Hibiscus sabdariffa na forma de uma original especiaria é simplesmente impensável! Enquanto o “chin baung kyaw”, prato típico de Myanmar, só deverá receber esse nome se for temperado com a planta.
Já no Brasil, o que se sabe é que um “arroz de cuxá” (comida típica do Maranhão) que se preze deve ter o Hibiscus sabdariffa como um dos ingredientes. E o seu sabor levemente azedo e ácido, ao menos pelo que se sabe, é sem igual para uma espécie de imitação do “Umeboshi” japonês.
Enfim, uma variedade única dentro desse gênero Hibiscus! Uma mistura de especiaria, que se presta bem como erva aromática, pode ser utilizada como elemento agridoce e vai bem como um aglutinante de geleias e compotas.
Além de outras inúmeras utilidades que só dependem mesmo de uma boa dose de criatividade e apreço por tudo o que pode ser colhido na natureza – que não se cansa de surpreender quando o assunto são as espécies vegetais com características alimentícias encontradas nos quatro cantos do mundo.
8. Hibiscus Schizopetalus
O Hibiscus schizopetalus é o “Hibisco-crespo”, o “Mimo-crespo”, o “Lanterna-japonesa”, entre outras denominações que recebe esse arbusto pendente, lenhoso, que pode crescer na forma de uma trepadeira, com altura variando entre 1,2 e 4,7 metros e apreciador de uma boa jornada de sol direto ou meia sombra.
Trata-se de uma espécie perene, com longos ramos que pendem em volta de uma folhagem com um verde bastante reluzente, e que compete em rusticidade com as suas flores, imensas unidades que crescem solitárias, em uma coloração que varia do laranja ao avermelhado.
Essa é uma variedade ornamental por natureza! E que apenas exige um solo fértil (e bastante drenável), podas regulares e irrigação moderada; para que assim possa desenvolver-se na forma de maciços, renques e “cercas-vivas” capazes de emoldurar uma fachada como poucas espécies nesse gênero.
O aspecto físico da planta é um espetáculo! Um conjunto de flores vistosas, recortadas na forma de finos babados, quase como um tecido rendado, forma um todo belíssimo! E ainda com a característica de ser uma fonte abundante de antioxidantes e de propriedades antissépticas, bactericidas e expectorantes.
9. Hibiscus Syriacus
Nessa lista com os tipos e as variedades mais singulares de hibiscos, como podemos observar nessas fotos, temos que reservar um espaço também para uma verdadeira exuberância da natureza! – uma das espécies mais vistosas e chamativas dentro desse gênero Hibiscus.
A planta é capaz de desenvolver-se de tal modo, que chega a ultrapassar a altura de uma residência com mais de 3 metros de altura!
Ele possui uma imensa folhagem verde reluzente, de onde surgem folhas com bordas denteadas, que ajudam a compor um arbusto lenhoso, e que, se não bastasse tamanhos predicados, ainda é daquelas espécies de hibiscos que exalam aromas (especialmente em noites quentes e abafadas).
O Hibiscus syriacus também pode ser encontrado como a Rosa-de-sharão, Rosa-de-sarom, Hibisco-colunar, Hibisco-da-síria, entre outras denominações que ele recebe em razão da sua procedência – das distantes e misteriosas florestas arbustivas da Ásia Ocidental.
Essa é outra espécie perene, com caule bastante fibroso, ereto e disposto em imensas ramagens. E essas ramagens disputam em extravagância com a sua densa folhagem, composta por folhas lanceoladas, alternadas, ovaladas, em um verde brilhante, com bordas serrilhadas, e das quais desprendem-se a sua tradicional mucilagem em abundância.
As suas flores são um espetáculo à parte! Um belíssimo cálice composto por cinco pétalas, simples (ou dobradas), em um agradável tom de rosa, que pode variar entre o lilás e o vermelho intenso. E que ainda como se não bastasse, floresce praticamente o ano todo – com destaque para o período primavera/verão, quando dá um verdadeiro show de exotismo.
Essa é outra variedade tipicamente ornamental dentro desse gênero. Mas costuma ser plantado de forma isolada – podendo também ser utilizado na forma de “cercas-vivas”, renques, maciços, e onde quer que você queira conferir um aspecto rústico e exótico; mas ao mesmo tempo a proteção de um cercado.
Mas se quiser utilizá-lo como uma pequena árvore para ser plantada em calçadas, parques e jardins, não tem problema! Basta proceder a podas de formação, a fim de que ele adquira uma copa meio arredondada, com um único caule, e pronto para atrair uma singular comunidade de bem-te-vis, beija-flores, borboletas, mariposas, entre outras espécies apreciadoras do seu saboroso néctar.
Usos E Benefícios Do Hibiscus Syriacus
Mas pode ser que você prefira mesmo é aproveitar-se das poderosas propriedades expectorantes, anti-hipertensivas, laxantes e para o combate a distúrbios respiratórios dessa planta.
Para isso, basta utilizar as suas flores na forma de um chá, que além de tudo é saborosíssimo quando combinado com uma colher de chá de mel natural de abelha.
Assim como o sabdariffa, o syriacus se presta bem como ingrediente de saladas, para o preparo de bebidas gaseificadas, para um curioso fermentado alcoólico, para a produção da “água de hibisco”, além de geleias, compotas, doces, entre outras formas de aproveitar-se da sua composição à base de pectina e mucilagem.
Com relação ao cultivo do Hibiscus syriacus, o recomendado é que você ofereça à planta uma incidência direta de sol; além de um solo drenável, entre o arenoso e o argiloso, rico em material orgânico e não sujeito a alagamento.
E como uma curiosidade acerca dessa variedade, saiba que ela é uma das poucas desse gênero que é capaz de sobreviver ilesa a geadas e invernos rigorosos; assim como também comporta-se adequadamente sob a salinidade das regiões litorâneas.
Mas desde que não esqueça de fazer podas de formação durante todo o período outono /inverno e uma adubação rica em potássio, fósforo, fosfato e magnésio em todos os meses do período primavera/verão.
A fim de que a planta possa exibir todo o seu potencial e exuberância, de uma espécie ornamental por natureza, e capaz de conferir a uma fachada todos os aspectos de rusticidade e frescor como só o hibisco pode conferir.
10. Hibiscus Heterophyllus
Nessa lista que fizemos até aqui com os mais variados tipos de hibiscos, com os seus respectivos nomes científicos, além de fotos e imagens, devemos deixar um espaço para o “Hibisco-nativo” ou “Rosella nativa”, como também é conhecido essa variedade típica do continente australiano.
Ele desenvolve-se na forma de uma arvoreta com 5 ou 6 m de altura, repleta de folhas ovaladas, lobadas, com 20×10 cm de largura; e ainda com pequenos espinhos na sua superfície – o que lhe confere ainda mais originalidade.
Essas folhas são pediceladas, com estípulas diminutas, galhos e ramos vigorosos e resistentes (e bastante fibrosos). Enquanto as suas flores apresentam-se como enormes cálices amarelos, com 5 pétalas medindo cerca de 5 a 8 cm, e que ajudam essa espécie a tornar-se um dos arbustos mais rústicos encontrados dentro desse gênero.
Os frutos são do tipo baga, com cerca de 2 cm, cobertos por penugens meio acastanhadas, e ainda com sementes em um tom escuro; formando um todo bastante exótico e agreste, capaz de crescer em tempo bastante recorde, especialmente quando encontra um ambiente ensolarado e solo rico em material orgânico.
Pelas suas inflorescências, dá pra ver que trata-se de uma das espécies mais originais de hibiscos, e que toda a primavera repete o mesmo ritual de abrir os seus belos botões florais no peculiar ambiente das florestas arbustivas do leste da Austrália e também na região do Monte Enoggera.
Não há como passar despercebido por esse vigoroso arbusto salpicado de inflorescências amareladas, que muitas vezes é o cenário que percorre todo o acostamento de uma estrada, ou compõe a paisagem de um longo calçamento, ou mesmo emoldura a fachada de uma casa.
E que acaba sendo um convite para uma quantidade exuberante de pássaros (especialmente os das famílias Loriini e Meliphagidae), além da Papilio ulysses, da Borboleta-cruzador, da Mariposa hércules, da Crotalaria cunninghamii (um tipo de borboleta), entre outras espécies que são algumas das mais fiéis admiradoras do Hibiscus heterophyllus.
Isso sem contar o fato de ele produzir um fruto bastante saboroso, flores que se prestam bem à produção de um chá expectorante sem igual, entre outras peculiaridades dessa representante australiana do gênero Hibiscus, e que tem nas florestas arbustivas do continente o seu território quase sagrado.
Uma Variedade Extravagante
Nessa lista com os principais tipos de hibiscos, com os seus respectivos nomes científicos, fotos, imagens, características, entre outras curiosidades, a H. heterophyllus entra aqui como uma espécie à parte dentro dessa comunidade tipicamente ornamental e paisagística.
As regiões quentes, com alta umidade e relativamente abafadas são as suas preferidas, por isso mesmo ao longo da região central de Nova Gales do Sul, por toda a extensão do Rio Lockhart, essa variedade encontra os seus ambientes preferidos.
Mas não tão exuberantes quanto o ambiente rico e vigoroso da nossa Floresta Amazônica, ou da nossa quase lendária Mata Atlântica, ou mesmo do Cerrado Mineiro e das nossas Florestas de Araucária, Ombrófila e Matas Ciliares da região Sudeste – onde o Hibiscus heterophyllus encontra as condições necessárias para crescer com uma abundância impressionante.
Outra coisa interessante acerca dessa espécie é que, apesar de resistente, ela não é muito tolerante a geadas rigorosas, aos inverno pesados, e muito menos a eventos de granizos.
Por isso mesmo, nessas regiões, o mais recomendado é que você dê preferência ao seu cultivo em vasos que possam vez ou outra ser colocados na parte externa da casa, a fim de que ele receba a quantidade de luminosidade requerida durante o dia por esse gênero.
O Hibiscus Heterophyllus também é exigente com relação às podas; e podas de formação costumam ser necessárias, principalmente após a primeira floração, a fim de que ele mantenha a consistência da sua formação arbustiva e possa crescer até os inacreditáveis 5 ou 6 metros de altura, como uma das espécies mais características dentro dessa comunidade.
A forma mais indicada para o cultivo do Hibiscus heterophyllus é por estaquia. E para tal, basta escolher um ramo ou galho saudável da planta (com cerca de 10 cm), retirar toda a folhagem até a metade e fincá-lo num substrato leve e facilmente drenável – geralmente à base de cascas de arroz carbonizadas, areia grossa, vermiculita ou outros materiais de sua preferência.
Esse tipo de cultivo ainda permite que a planta produza raízes fortes e repletas de fibras, além de uma floração bem mais vigorosa, folhagem robusta; isso sem contar a maior porcentagem de chances de sucesso com um plantio por estacas, já que, nesse quesito, elas ganham de sobra do método de plantio por sementes.
O Chá De Hibisco
Nessa lista com os mais peculiares tipos de hibiscos, as espécies mais extravagantes, com os seus respectivos nomes científicos, além de imagens, fotos e outras particularidades desse gênero, também deve haver um espaço para uma das suas principais especialidades: as infusões.
A bebida costuma ser preparada com os cálices da flor (ainda não aberta) da variedade Hibiscus sabdariffa, geralmente para o combate a problemas respiratórios, pressão alta, constipação, diabetes, além de ser um excelente diurético, vasodilatador e protetor do sistema cardiovascular.
Para o preparo, basta acrescentar uma colher de chá da planta seca em uma xícara de água fervida, abafar por 10 minutos, coar e tomar entre 2 e 3 xícaras diárias.
Esse chá pode ser tomado gelado, com algumas gotinhas de limão ou 1 colher de chá de mel, além de outras formas de incrementar uma bebida refrescante por natureza.
Os Principais Benefícios Do Chá De Hibisco
1.Um protetor do coração
O hibisco é um daqueles vegetais ricos em antioxidantes, em especial os flavonoides, carotenoides, antocianinas, vitamina C, entre outras substâncias vasodilatadoras, cardioprotetoras e capazes de contribuir para a diminuição do assustador “colesterol ruim” (o LDL) e aumentar os níveis do “bom colesterol” (o HDL).
Mas triglicérides baixo e controle da pressão sanguínea também são outros benefícios, comprovados cientificamente, do uso diário do chá de hibisco – e que, se ainda não bastasse, oferece uma experiência bastante agradável.
2.É um emagrecedor natural
O chá de hibisco é um emagrecedor natural. Isso porque ele contém substâncias (ou enzimas) capazes de reduzir essa conversão dos aminoácidos em glicose no sangue.
Mas também possui substâncias capazes de inibir a produção de células adipócitas, que são aquelas especializadas em armazenar energia na forma de gordura.
Dessa forma, gorduras abdominais, por exemplo, tornam-se um problema a menos, principalmente para os praticantes de dietas rigorosas, que apresentam grandes dificuldades em debelar esse transtorno.
3. Um excelente diurético
A ingestão frequente de chás com as propriedades do hibisco ajuda a proteger os órgãos do aparelho urinário. De acordo com um estudo produzido por pesquisadores do Plant and Natural Product Research (Suíça), a bebida estimula a produção de hormônios secretados pelas suprarrenais.
Estas atuam positivamente no balanço eletrolítico do corpo humano, favorecendo, com isso, o funcionamento adequado do aparelho urinário de um indivíduo.
Dessa forma, a retenção de líquidos é um transtorno que usuários do chá simplesmente desconhecem, além de cálculos renais, distúrbios da bexiga, infecções urinárias, entre outros transtornos não tão comuns.
4.Controla a pressão arterial
Por fim, nessa lista com os tipos de hibiscos, espécies mais comuns, fotos, imagens e curiosidades, podemos também destacar a importante contribuição das suas propriedades medicinais para o controle da pressão arterial.
E aqui nos valemos de um estudo publicado no periódico norte-americano, Journal of Nutrition, que contou com a participação de 65 indivíduos, de ambos os gêneros, várias idades e classes sociais.
Ele concluiu que o uso frequente do chá contribui para prevenir o aumento da pressão sanguínea. E as suspeitas recaíram sobre algumas enzimas que são capazes de promover um bastante oportuno fortalecimento das paredes das artérias, além de serem vasodilatadoras e contribuírem para diminuir essa agressão.
Fontes:
https://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/17082-cha-de-hibisco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ch%C3%A1_de_hibisco
http://www.scielo.br/pdf/bjft/v19/1981-6723-bjft-1981-67237415.pdf
https://www.jardineiro.net/plantas/hibisco-hibiscus-rosa-sinensis.html
https://identificacaodeplantas.com/vinagreira-roxa-hibiscus-acetosella/
https://flora-on.pt/?q=Hibiscus
https://www.jardineiro.net/plantas/rosa-louca-hibiscus-mutabilis.html
http://olhaioliriodocampo.blogspot.com/2015/08/hibisco-da-siria-hibiscus-syriacus-uma.html