A história acerca da economia mundial seria drasticamente diferente sem a presença da cana de açúcar. Essa planta maravilhosa provocou muitas mudanças no sistema de barganha nos comércios antigos, forjando a base da culinária moderna.
Ela tem a incrível capacidade de criar e armazenar sacarose em grandes quantidades. Assim, a cana-de-açúcar passou de espécies selvagens desconhecidas para a maior safra cultivada nos quatro cantos do planeta.
Se você está curioso para conhecer a história da cana, leia o artigo até o fim. Prepare-se para ficar abismado com as peculiaridades e os detalhes da planta.
O Que É a Cana De Açúcar?
A cana de açúcar é uma planta cultivada em climas tropicais. Seu desenvolvimento se dá nessas áreas quentes, onde a incidência de raios solares é quase constante. Isso porque o processo de fotossíntese é essencial para a formação de seus componentes. Por exemplo, a falta do sol pode fazer com que a cana se torne menos doce.
Outro fator necessário para que seu crescimento seja correto é a água. Esta não deve ser abundante, mas precisa de uma boa quantidade diária para hidratar as raízes. A absorção de líquido pela planta é outro fator importante para o seu processo químico interno.
A cana tem a importância concentrada em seu caule. É ele que possui um suco muito rico em açúcar, do tipo sacarose. A sacarose, ao passar por um processo industrial, pode ser convertida em açúcar branco e açúcar castanho, por cristalização.
As Características da Planta
A cana de açúcar tem dois tipos de raízes:
- As muito finas, que aparecem nos primeiros meses de vida;
- As permanentes, que permanecerão na planta.
A principal diferença entre uma e outra é a espessura. Quando esta vai aumentando, permite uma maior absorção de nutrientes do solo, necessários para seu correto crescimento.
Como dito anteriormente, o caule é um dos órgãos principais da planta, pois é onde armazena a maior predominância de açúcar. Existem três tipos essenciais: primário, secundário e terciário.
Seu diâmetro é de no máximo 6 x 5 cm, o que varia entre as diferentes espécies de cana de açúcar existentes. A planta também possui diversas cores, sendo a verde a mais comum, e a marrom encontrada em menor proporção.
No caso das folhas, elas vão de um verde escuro a um mais claro. São compridas, mas não tão largas. Em alguns casos, pode-se observar alguns pelinhos, característicos da espécie.
Outro de seus componentes é a flor. No caso da cana de açúcar, a flor é hermafrodita, portanto, possui apenas um ovário e dois estigmas. Ela tem uma aparência sedosa, sendo que, em cada ramo, nota-se pelinhos brancos.
A cana tem muitos galhos, o que torna as flores bastante atraentes. É a cor branca que faz a distinção entre o restante da planta esverdeada. Entretanto, nem sempre floresce, acontecendo apenas quando a condição ambiental é favorável e quando os níveis de nutrientes são adequados.
A Origem Da Cana De Açúcar
Podemos dizer que a cana de açúcar é uma das plantas mais antigas do mundo. Seu cultivo é praticado há muitos séculos, segundo alguns registros datando de 3000 a.C.
Ao que parece, surgiu nos arredores de Nova Guiné, onde se acreditava, no começo, que era um tipo de grama. A partir daí, muitos navegadores a extraíram e a levaram para seus destinos, a fim de cultivar em outros países. Claramente o fizeram para fins monetários, obtendo bons lucros que não lhes pertenciam, mas que acabaram assumindo para si.
Alguns dos lugares em que a cana chegou, foi a Índia. Segundo registros, este foi o primeiro país a produzir açúcar como tal. Também chegou à China e em outras áreas adjacentes a ela; tudo isso por volta de 4500 a.C.
Continuando com a história, anos depois, entre 600 e 500 a.C., os persas descobriram a utilidade da planta. Assim, começam a “assumir” o cultivo, chegando aos ouvidos do rei Dario. Foi o rei quem disse que “a cana de açúcar dava mel sem a necessidade de abelhas”. Isso significava que era uma espécie surpreendente.
Por milhares de anos, a cana foi uma colheita pesada, trabalhosa. Tinha que ser cortada à mão e imediatamente moída para liberar o suco. Os produtores faziam isso para que o produto não estragasse de um dia para o outro. Assim, dos resultados finais da cana de açúcar, obtinha-se temperos exóticos, medicamentos naturais e adoçantes.
Assim, a verdadeira “Era da Cana” começou. E fez muito para remodelar o mundo, mais do que qualquer governante, império ou guerra já havia feito.
A Chegada Ao Nosso País
Cristóvão Colombo era genro do grande produtor açucareiro da Ilha Madeira. Foi ele quem introduziu os plantios da cana dentro da América. E fez isso quando esteve em sua segunda viagem pelo continente, no ano de 1493, no lugar que hoje se denomina República Dominicana.
Foram os espanhóis quem descobriram a prata e o ouro das civilizações Incas e Astecas, quando do começo do século XVI. Contudo, o fato de poder cultivar a cana e produzir açúcar foi totalmente esquecido.
Martim Affonso de Souza foi quem, oficialmente, em 1532, apareceu com as primeiras mudas de cana de açúcar no Brasil. Dessa forma, deu-se início ao cultivo dentro da Capitania de São Vicente. Foi lá que ele próprio fez a construção do primeiro engenho. Mas foi nas terras nordestinas, principalmente na Capitania da Bahia e de Pernambuco, que esses engenhos passaram a se multiplicar.
O Monopólio Brasileiro
De um momento a outro do período histórico, as refinarias passaram a se multiplicar na Europa. Isso ocorreu a tal ponto que Portugal proibiu novas centrais, lá em 1559. Essa ação se deu por conta do grande consumo dos insumos e lenha para que o caldo fosse clarificado.
Assim, a Europa, que estava enriquecida pela prata e o ouro obtidos no Novo Mundo, começou a consumidor mais açúcar. Após passar por muitas dificuldades, depois de 50 anos, nosso país começou a monopolizar as produções mundiais do açúcar. Holanda e Portugal, que comercializavam as plantas, tinham elevada lucratividade. Mas as regiões brasileiras produtoras, em especial Olinda e Salvador, prosperaram muito rapidamente.
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