A gabiroba roxa é a Campomanesia dichotoma (seu nome científico), uma planta com as características de uma espécie rústica (como essas fotos nos mostram), nativa do Brasil e facilmente encontrada nas regiões Nordeste e Sudeste, especialmente em trechos que ainda existem de Mata Atlântica.
A Campomanesia dichotoma é uma árvore com certa imponência. No ambiente rico e exuberante da Mata Atlântica ela consegue competir razoavelmente bem com outras espécies não menos exuberantes dessa família Myrtaceae, como as variedades de goiabas, cravinhos-da-índia, pimentas-da-jamaica, o eucalipto, o jambo, a pitanga, a jabuticaba, o araçá, entre outras espécies que comungam com ela da mesma exoticidade.
A gabiroba roxa é uma variedade que costuma atingir até respeitáveis 8 ou 10 m de altura, com um tronco firme e ereto, uma casca meio acastanhada, com variações acinzentadas, que formam um todo bastante característico com a sua folhagem densa, composta por folhas simples e alternadas e com um verdor bastante reluzente.
E para completar essas suas características de exoticidade, pendem junto a elas um conjunto de flores exuberantes, simples, com uma coloração meio esbranquiçada, e que todo os meses, entre fevereiro e abril, surgem, magníficas, como um prenúncio de que logo surgirão os seus belos frutos (entre março e maio) em forma de umas esferas roxas e não menos singulares que as outras partes aéreas da árvore.
A guabiroba roxa costuma ser encontrada com maior facilidade nas margens de rios, ribeiros, córregos e mananciais, e por isso mesmo é bastante utilizada para a revitalização de regiões ribeirinhas e para atrair um verdadeiro exército de pássaros e variedades de insetos, que realizam um excelente trabalho de polinização e dispersão das suas sementes por toda a região.
Gabiroba Roxa: Nome Científico, Características, Fotos e Imagens
A guabiroba é outra dessas singularidades da Mata Atlântica, mas também de zonas de restinga brasileira. Por fora, uma casca com um tom arroxeado belíssimo compete em exoticidade com uma polpa macia e esverdeada, bastante adocicada e com uma certa acidez destacada.
As formas de preparo da gabiroba, a Camponesia dichotoma (o seu nome científico, como dissemos), são aquelas comuns para a maioria das espécies tropicais brasileiras. Mas, caso queira, é só recostar-se no pé da árvore e aproveitar-se do vigor e da exuberância de uma copa densa, abundante e vigorosa, e aí então deleitar-se com os seus saborosos frutos in natura.
Mas você também poderá optar pela sua utilização na forma de sucos, com refrescância sem igual, e que ainda se presta bem às mais diferentes combinações.
E na forma de sorvetes, será que elas vão bem? Da mesma forma a gabiroba comporta-se magnificamente, e ainda com a vantagem de tornar-se um energético refrescante – e o melhor de tudo, não engorda!
Mas, como se não bastassem tais predicados, a gabiroba-roxa ainda costuma ser bastante apreciada por paisagistas como espécie ornamental. A imponência dos seus quase 10 m de altura fornece sombra e descanso, é uma fonte de alimento e de vida para diversas espécies de pássaros e insetos.
Além do fato de que o seu conjunto harmonioso, composto por flores brancas e delicadas, que competem em beleza e candura com uma folhagem verde reluzente, acaba por prestar-se bem como espécies tipicamente ornamentais.
Além do Nome Científico, Fotos e Imagens, Outras Características Marcantes da Gabiroba Roxa
Como não poderia ser diferente, além de bela e capaz de produzir um fruto deliciosíssimo, a gabiroba-roxa ainda pode ser considerada uma espécie de fácil cultivo. Basta saber que ela, apesar de ser típica das regiões quentes e com alta umidade do nordeste brasileiro, se adapta sem qualquer dificuldade ao clima subtropical do sudeste.
A árvore costumam crescer de forma impressionante e rapidamente! Desde que não atrapalhemos o seu desenvolvimento e deixemos que as diversas espécies de dispersores e polinizadores cumpram o seus papéis, elas simplesmente se espalharão como verdadeiras forças da natureza!
E o que se diz é que de tudo pode ser aproveitado nessa espécie. Cascas, folhas, flores e frutos configuram-se como verdadeiras fontes de substâncias medicinais importantíssimas.
Das suas cascas, na forma de infusões, por exemplo, extrai-se substâncias cicatrizantes, analgésicas e bactericidas, que para o tratamento de dor de dente, feridas, queimaduras, hemorroidas, gastrites, úlceras estomacais e duodenais, não inventaram nada melhor.
Folhas, talos e flores da mesma forma vão bem em infusões para o controle do diabetes, colesterol, redução de peso, desintoxicação do organismo, entre outras ações típicas de uma espécie com baixo índice glicêmico, poderoso efeito adstringente e tonificante, e que por isso mesmo precisa ser consumida com moderação, sob pena de agravar, ao invés de amenizar, tais sintomas.
Principais Benefícios da Gabiroba
A Campomanesia dichotoma (o nome científico da gabiroba roxa), além de ser uma planta bastante característica, como essas fotos nos mostram, ainda pode configurar-se como um excelente coadjuvante no tratamento de disenterias, gripes, resfriados, diarreias, inflamações urinárias, cãibras, cistites, entre outros transtornos que possam ser combatidos por meio das suas poderosas substâncias bactericidas e antimicrobianas.
Até mesmo importantes compostos antioxidantes como os carotenoides, flavonoides, antocianinas, entre outros, geralmente obtidos por meio do extrato aquoso da gabiroba, demonstram ser capazes de inibir a oxidação de produtos alimentícios e cosméticos em mais de 80%.
Obviamente que não demoraria para que esse altíssimo potencial antioxidante da Campomanesia dichotoma chamasse a atenção, inclusive, da indústria de alimentos; e agora já se sabe que para a inibição da oxidação em sucos e sorvetes a gabiroba roxa surge como uma grata novidade.
E os seus óleos essenciais? Extraídos a 0, 2% , eles podem ser utilizados na indústria de cosméticos como excelente ingrediente de sabonetes, shampoos, hidratantes, loções, entre outros produtos que possam beneficiar-se do seu potencial adstringente, bactericida, antisséptico e antimicrobiano.
Isso quando não se leva em consideração os seus altos teores de lipídios, fibras alimentares, ácido ascórbico, carboidratos, entre outras substâncias que ajudam a fazer da gabiroba roxa, não apenas uma das frutas mais originais da flora brasileira – uma das campeãs em exoticidade e singularidade na Mata Atlântica e do Cerrado – , mas também uma das mais ricas e nutritivas da natureza.
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