O ser Humano Controlando a Natureza
Quando estudamos a história evolutiva do ser humano, e assim todo o desenvolvimento biológico e social, vemos importantes saltos tecnológicos tiveram como base o manejo de plantas e vegetais no solo e em outros substratos, ou seja: as técnicas básicas de agricultura representaram os nossos passos na jornada como espécie dominante no planeta Terra.
Primeiro, temos que lembrar que alcançamos esses patamares evolutivos principalmente devido a nossa formação como sociedade, um colaborando com o outro, criando assim a argamassa do (teórico) núcleo cooperativo.
Isto deve-se a Revolução Neolítica, surgida há mais de 10.000 atrás, quando nossa espécie passou a produzir ferramentas mais propícias e eficientes para melhorar a força de trabalho, permitindo que os nossos ancestrais abandonassem o estilo nômade dependente da caça, da pesca e da coleta, e adotassem atividades agrícolas e de criação de gado, isso aumentando (para o momento) consideravelmente a fonte de alimento, levando assim a um dos primeiros crescimentos demográficos, o surgimentos de vilas e consequentemente as cidades e as grandes aglomerações humanas.
Um simples processo de jardinagem pode ter sido uma das gênesis deste importante salto evolutivo que trouxe o conhecimento de que, com condições de plantio necessárias, pode-se pegar sementes de plantas, ou ainda ramos ou partes do caule e realizar com isso um crescimento vegetal ordenando de natureza artificial (quer dizer, feita por mãos humanas).O jardim das nossas vós e as plantações de soja e milho transgênico da Monsanto, apesar de terem escalas, metodologias e objetivos completamente diferentes, apresentam uma mesma raiz, um mesmo berço de criação: a agricultura.
Da Genética Clássica Mendeliana à Soja Modificada Geneticamente
No excelente livro “O Gene: Uma História intima”, publicado no ano de 2016, o biólogo e médico oncologista Siddhartha Mukherjee descreve todos os aspectos históricos envolvendo a descoberta da molécula de DNA e de seus componentes responsáveis por “administrar” a vida: os genes, responsáveis por determinar as características biológicas dos organismos, isto de acordo com uma infinidade de interações com o ambiente, assim como com interações com outros genes, e outros agentes, complexidade esta que até hoje não foi entendida plenamente por especialista e estudiosos da área.
Entretanto, muito o que já se avançou no campo da genética nos últimos 200 anos deve-se aos procedimentos agrícolas, seja os de grande porte, ou (ainda mais importante, devido a acessibilidade) os de pequeno espaço, os experimentos que podem ser feitos em nossos quintais.
O livro de S. Mukherjee chama atenção de que Mendel – o pai da genética clássica que sendo um monge agostiniano fez até então os experimentos primordiais com ervilhas para identificar os fatores responsáveis pela transmissão das características biológicas entre gerações parentais e respectivas gerações filhas – foi antes de tudo um jardineiro.
Se ele tinha que trabalhar para Deus, e assim cumprindo uma jornada de obrigações diárias para desenvolver algum objetivo profissional e acadêmico, a escolha das plantas veio a calhar (mesmo porque ele tentou fazer com ratos, mas seus superiores acharam que não era conveniente colocar animais para ficar cruzando dentro de um mosteiro), obrigando-o a conhecer técnicas simples de plantio, assim como anatomia e órgãos sexuais das plantas, e demais procedimentos de cruzamento, fecundação, manutenção, etc.
Um simples jardim formado por espécies e variantes de ervilhas, estas de diferentes cores, tamanhos e morfologia de folha e frutos (que logicamente depois tornou-se grandes estufas, conforme o experimento ia crescendo, tomando cada vez mais espaço) passou a ser um dos mais importantes experimentos genéticos feitos na história da ciência.
Se Mendel ainda tentou publicar e apresentar a importância de seu trabalho, nisto ele nunca obteve êxito como seu contemporâneo Charles Darwin, morrendo assim esquecido, só sendo resgatado posteriormente (sendo agora matéria obrigatória em todas as disciplinas de biologia e ciências no mundo).
E aquilo Mendel iniciou se segui cada vez mais específico, cada vez mais dentro na dimensão microcósmica: se o monge agostiniano teve dificuldade em observar os padrões de hereditariedade conforme as características biológicas de cada geração de plantas, os atuais engenheiros genéticos já conseguem mais que observar as moléculas de DNA: atualmente a capacidade de editar a molécula da vida já é uma realidade.
Grandes plantações de organismos transgênicos já estão espalhadas pelo mundo, estes programados não apenas para serem resistentes a pragas, mas também contra defensivos agrícolas específicos (ambos, as sementes e os defensivos, produzidos pela mesma empresa), otimizando a produção agrícola e a respectiva abundância de fonte alimentar.
O tema é controverso e levanta uma série de paixões, tendo as principais vertentes de defesa falando que a tecnologia deve ser utilizada pois permite o aumento da oferta de alimentos em um mundo que sempre foi assombrado pela fome; enquanto aqueles discordantes dizem que os interesses económicos envolvidos podem prejudicar o ecossistema, e consequente a saúde e a sobrevivência humana.
Como toda a tecnologia, ela proporciona um poder: o poder genético e, semelhante ao poder nuclear, pode ser usado para o bem ou para o mal.
E pensar que esse novo poder teve base fundamentalmente em jardins, que poderiam ser plantados em nossas casas.
Técnicas de Jardinagem
É unanimidade o bem que a atividade de jardinagem pode trazer de benefícios para o indivíduo que a pratica.Por isso mesmo vemos muitas pessoas fazendo uso disto, seja por recomendação médica terápica, ou ainda por vontade de desenvolver algum trabalho ou hobby respectivo.
Podendo ser dedicado para plantações desde alimentos como hortaliças, leguminosas, raízes e tubérculos e até pequenos frutos (tradicionais jardins de tomates), as práticas de jardinagem também se inclinam ao objetivo de embelezar a paisagem, como o plantio de flores e outras plantas de caráter paisagístico (pequenos pinheiros, trepadeiras, bromélias, etc).
Das mais lembradas quando se fala em jardim de flores, duas plantas sempre vêm à cabeça, devido sua beleza e simbologia: as rosas e os cravos.
O Cravo, e Como Cuidar da Sua Flor
Cravos tem tanta importância nas nossas vidas que eles representam duas extremidades: o ganho (o amor e a paixão com os cravos vermelhos e roxos) e a perda (a solidão da morte com os cravos brancos).
Sabendo dessa importância, essas flores são sempre lembradas durante o ano todo, bem comercializadas, sempre tendo alguma prioridade em suas encomendas e consumo.
Sobre os cravos, deve-se prioritariamente saber se é pertencente ao grupo dos anuais (vivem só por um ano) ou perpétuos (os que podem viver por mais de anos), pois o tempo de vida dele também depende da qualidade com que será suprido com suas necessidades.
Verificar as condições da terra que a planta será exposta é importante (se está bem rica em fertilizantes, de preferência por fontes naturais), pois a cor viva das flores depende de sua saúde e recursos disponíveis.
As técnicas de poda sempre são recomendadas, pois propagasse mais plantas filhas ao cortar ramos de uma flor mãe, plantando-as próximas, o que não prejudica a planta que foi podada, aumentando as chances de ter mais flores por mais tempo.
No mais, as regras básicas de se fazer um belo jardim: ferramentas manuais, regar com água periodicamente, borrifar com água sobre em dias quentes, limpar eventuais folhas e flores mortas, e ficar de olho em alguma praga que se desenvolva.