Flor Ave do Paraíso: Como Plantar, Cultivar, Fazer Mudas e Cuidados

Você provavelmente já viu uma flor ave do paraíso. Ela é nativa de qual região? é difícil de cultivar? leia este artigo e descubra.

A flor ave do paraíso ou estrelícia (Strelitzia reginae) possui uma beleza incomparável, sendo popular e muito apreciada ao redor do mundo. A planta é uma das mais espetaculares que podem ser cultivadas em ambientes fechados, debaixo de certas condições favoráveis.

Flor Ave do Paraíso: Características

A Strelitzia reginae é uma das plantas perenes mais populares em todo o mundo. Ela floresce por longos períodos e apresenta vívidas flores alaranjadas e roxas, sendo ideal para o plantio no solo e em vaso. Os caules podem originar de 4 a 6 flores que emergem em uma espata, apresentando sépalas laranjas e pétalas roxas.

Chegando à sua altura máxima (que pode passar de 1,80 de altura), a planta produz uma bainha lateral dura chamada espata. Isso forma o “bico” da flor e é forte o suficiente para suportar o peso de vários pássaros ao mesmo tempo. Uma curiosidade é que os brotos da planta se assemelham à cabeça de um pássaro.

Quando a flor ave do paraíso floresce, três sépalas e três pétalas se destacam da espata. As folhas, espessas e largas, mantém uma coloração vívida ao longo do tempo. Já as flores nascem, murcham e dão lugar a outras. A planta também dá origem a uma cápsula dura que se solta no verão. Dentro dela, há sementes redondas de cor preta ou marrom com um arilo amarelo.

A Strelitzia reginae é nativa da costa leste da África do Sul, desde Humansdorp até o norte de KwaZulu-Natal, ocorrendo em regiões de mata costeira. Ela geralmente cresce debaixo de sol pleno, mas também pode viver na sombra.

Flor Ave do Paraíso: Curiosidades

• A Strelitzia reginae não corre risco de extinção;
• “Stelitzia” é uma homenagem à rainha Charlotte, esposa de George III, da casa de Mecklenburg-Strelitz. Já “reginae” vem do latim e significa “da rainha”;
• S. reginae é uma das cinco espécies de Strelitzia presentes no sul da África. As outras quatro são S. alba, S. juncea, S. nicolai e S. caudata;
• As abelhas são uma presença constante quando a espata está em flor. Já certas espécies de pássaros podem ter função polinizadora, mas isso ainda precisa ser comprovado;
• É fato que os pássaros se alimentam da planta e cumprem o papel de dispersar a semente;
• A população de algumas regiões africanas utiliza a flor ave do paraíso para tratar glândulas inflamadas e doenças venéreas, além da planta ser amplamente utilizada no paisagismo.

Flor Ave do Paraíso: Como Cultivar

A Strelitzia reginae pode se propagar a partir de sementes ou por divisão. Quando cultivada a partir de sementes, a planta recém-formada levará até três anos para começar a florescer. Quando cultivada por divisão, o processo interrompe o ciclo de crescimento da planta-mãe, a qual fica um ano sem florescer.

Um bom solo para cultivar a flor ave do paraíso deve incluir barro, areia, compostos orgânicos, farinha de ossos e fertilizantes. Além disso, as plantas devem ser nutridas em alguns períodos do ano com fertilizantes, farinha de ossos e compostos orgânicos. Esses nutrientes devem ser espalhados e regados.

Depois que as sementes germinam, é importante plantar as mudas em um meio fértil bem drenado e verificar se elas se adaptam a ficar debaixo de sol pleno.

É recomendado replantar ou transplantar a flor ave do paraíso no outono, para que ela concentre sua energia em se recuperar e se estabelecer, não em florescer. As plantas maduras normalmente florescem devido ao estresse quando são divididas ou transplantadas, sendo esse um impressionante mecanismo de sobrevivência.

A planta Foi introduzida pela primeira vez na Europa em 1773 e tornou-se um ornamento comum em locais que apresentam clima quente o ano todo.

Se a Strelitzia reginae receber os cuidados adequados, a floração ocorre várias vezes ao ano. Essa é uma planta de vida longa que pode levar até três anos para começar a produzir flores.

Em alguns exemplares da planta, desenvolvem-se listras vermelho-vinho ao longo das bordas das folhas. Essa é uma ocorrência aleatória, atingindo apenas algumas folhas de uma planta, enquanto as outras ficam normais.

Uma vez iniciada a floração no início da primavera, cada planta produz até seis flores que possuem vida longa. Quando a flor ave do paraíso recebe os devidos cuidados, a floração pode ser contínua desde o início da primavera até o início do outono. Essa não é uma planta difícil de cuidar, não sendo preciso muito mais do que luz e água nas medidas certas para que ela floresça.

A Strelitzia reginae é levemente tóxica para gatos e cães. No entanto, para causar danos seria preciso consumir uma grande quantidade da planta.

Flor Ave do Paraíso: Cuidados

A flor ave do paraíso precisa de temperaturas moderadas. A planta pode tolerar até 13 ºC, mas prefere ambientes na faixa de 21 a 32 ºC. As instruções relativas aos cuidados com a planta podem variar de acordo com o ambiente em que ela está.

A planta precisa de luz solar intensa, porém indireta, durante todo o ano. Note que muita luz solar direta prejudicará as flores. Em ambientes com temperatura acima de 21 ºC, a Strelitzia reginae precisa ser transferida para espaços que ofereçam sombra parcial, a fim de evitar queimaduras nas flores.

Durante os meses de verão, o solo deve ser mantido úmido através de regas regulares. Já durante o outono e o inverno, é preciso esperar o solo ficar seco para regar. Caso a planta fique em vasos com pratos em baixo, nunca permita que a água se acumule ali.

A Strelitzia reginae se adapta a diferentes tipos de solo. Ela deve receber fertilizantes regularmente nos meses da primavera e verão. Já durante o outono e inverno, fertilize uma vez por mês.

Ao final do inverno, verifique as raízes da planta. Se elas estiverem apertadas no vaso, transfira a flor ave do paraíso para um recipiente maior. Cuidado para não ferir a espata durante o processo.

Dentro de casa, a planta aprecia a umidade normal do ar. Durante os meses de inverno, você pode borrifar as folhas para evitar que elas fiquem muito secas.

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