Uma das melhores plantas para ornamentar jardins e ambientes internos em residências, empresas, e por aí vai, sem dúvida, é a espada de São Jorge. Essa herbácea veio do continente africano, e, aos poucos, tornou-se uma das plantas mais usadas por quem gosta de paisagismo.
Mas, você sabia que existem tipos diferentes de espadas de São Jorge? Pois é o que veremos a seguir.
De nome científico Sansevieria trifasciata, essa planta possui, entre outras características, uma grande resistência, o que a torna ideal para ser cultivada em jardins que precisem de baixa manutenção. Contudo, é sempre bom frisar que o crescimento dela é um tanto lento se comparado a outras herbáceas, por exemplo.
Características Básicas da Espada de São Jorge
Outra peculiaridade da espada de São Jorge é que suas folhas são bastante ornamentais, podendo ter desde uma coloração verde acinzentada, até variegada, com margens de tonalidade branco-amarelada. Além disso, todas as folhas dela possuem estriações com uma coloração mais escurecida.
Interessante notar ainda que as flores brancas que desabrocham da planta não possuem importância no sentido ornamental. Inclusive, a própria utilização da espada de São Jorge como um todo é bastante tradicional dentro do paisagismo, além dela ser recomendada como “protetora espiritual” pela crendice popular.
Já o cultivo dela precisa ser a pleno sol, mesmo também pode ser à meia sombra, sendo ótimas para ficarem em vasos, ou mesmo em maciços ou bordaduras. Destaque-se também que essa planta é bastante resistente à estiagem, ao frio e ao calor. No entanto, ela é um pouco exigente quanto à fertilização.
A multiplicação dela pode se dar por meio de divisão de touceiras. Estas, formam mudas com folhas que estejam completas, além de rizomas e raízes que também são inteiras.
Agora, sim, vamos conhecer alguns tipos dessa planta.
Espada-de-São-Jorge Comum
Pra quem é um pouco leigo no tema, praticamente todas as demais espécies dessa herbácea levam o nome popular de São Jorge, até mesmo porque as diferenças morfológicas entre elas são mínimas. Tanto nas tradições da umbanda, quanto nas do candomblé, essa planta está diretamente associada aos poderes de Ogum, que é o orixá da guerra, além de ser também o protetor das casas.
Em termos físicos (ou seja, morfológicos), a coloração dessa espada é verde por completo, por vezes, dando algum espaço para manchas de certas tonalidades mais claras ao longo da extensão das folhas. Porém, no geral, podemos dizer que a coloração esverdeada é o que predomina em todas as suas folhas.
É uma planta usada com finalidades medicinais, porém, também é usada, principalmente, em rituais de religiões de matriz africana, principalmente, no candomblé e na umbanda.
Espada de Iansã (nome científico: Sansevieria zeylanica)
Também conhecida como espada-de-Santa-Bárbara, esta daqui é uma variação da anterior, sendo, muitas vezes usada em rituais de candomblé e de umbanda com finalidades bem semelhantes. Inclusive, na tradição católica, a Santa Bárbara tem como dever a proteção contra a ação dos raios, trovões, e tempestades em geral.
Já Iansã, que é a orixá sincretizada aqui, atua principalmente nos ventos, tendo como consequência, o mal tempo de vez em quando. Ao mesmo tempo, é uma entidade que pode reger o espírito dos mortos.
Em se tratando da aparência física, essa variação aqui é bem similar à espada-de-São-Jorge original. As folhas podem chegar a 75 cm de comprimento, com cerca de 2,5 cm de largura. Sua origem é das regiões mais secas do Sri Lanka.
Possui outros nomes populares, como, por exemplo, Espada de Oxossi, rabo-de-lagarto ou mesmo língua-de-sogra.
Cultivo da Espada de Iansã
Para o seu plantio, basta que ela seja cultivada em luz filtrada, à meia sombra. Um bom lugar para colocar essa planta, inclusive, é em janelas voltadas para o norte, mas também pode ficar voltada para um local ensolarado que seja coberto por uma cortina.
Até porque, mesmo que essa espada tolere pouca luz, é numa luminosidade um pouco maior que as cores de suas folhas ficam ressaltadas. Contudo, uma luz que seja muito intensa pode ser prejudicial no sentido de deixar as folhas bem amareladas.
Ainda com relação ao seu plantio, é importante deixar o solo secar completamente antes de regar a planta, e depois que começar a molhar, vá colocando água até que ela goteje nos orifícios de drenagem. Importante nunca deixar o solo ficar completamente encharcado, em especial, durante o inverno, que é quando as regas precisarão ser mais moderadas.
Já a temperatura precisa ser média, nem muito quente, nem muito fria (neste caso, não pode ficar num lugar que esteja abaixo dos 10º C). Além disso, o local precisa ficar protegido de fortes correntes de ar.
Fertilizações podem ser feitas a cada 3 semanas no verão, com a utilização de produtos para plantas domésticas, seguindo a recomendação do fabricante.
Lança de Ogum (nome científico: Sansevieria cylindrica)
O nome popular dessa variação de espada-de-São-Jorge se justifica pelo fato de suas folhas realmente terem um aspecto de lança, com folhagens fechadas, em formato cilíndrico. Herbácea do tipo rizomatosa e suculenta, essa planta tem folhas que crescem em forma de leque, em rosetas basais, sendo eretas, rígidas e lisas.
O florescimento dela acontece uma vez por ano, sempre na primavera, com a inflorescências surgindo bem na base da planta, e possuindo um efeito ornamental “secundário”, por assim dizer. Contém ainda numerosas flores tubulares, de coloração branca-rosada, sendo bem perfumadas.
Caso seja cultivada em jardins, ela ganha destaque, por exemplo, em bordaduras, no decorrer de prédios e muros. Contudo, ela também pode ser usada de maneira isolada, ou mesmo em grupos, ao lado de outras plantas. Um dos usos paisagísticos mais frequentes dela é em composições de estilo desértico, como jardins áridos ou mexicanos, por exemplo.
No entanto, a utilização mais frequente dessa espada é em vasos e também em jardineiras, cuja principal função é adornar interiores. Mas, também é importante salientar que, neste caso, são poucas as espécies que se desenvolvem dessa maneira.
Devido ao fato de ser uma planta resistente à estiagem, trata-se de uma das poucas que resistem bem a locais que tenham ar-condicionado. Inclusive, a lança de Ogum pode ser trançada, o que faz com que ganhe um aspecto ainda mais curioso na decoração de um ambiente.
No geral, essa daqui é uma variação da espada-de-São-Jorge que é ideal tanto para jardineiros de “fim de semana”, quanto para iniciantes, já que ela cresce mesmo sem tantos cuidados, ou mesmo com falta de regas.
Cultivo da Lança de Ogum
O plantio dela pode ser a sol pleno, sem problema algum, mas também ela se dá bem à meia sombra, ou em locais com luz difusa. O solo, por sua vez, precisa ser leve e bem drenável, e ainda ser enriquecido com material orgânico. A irrigação, por sua vez, precisa ser realizada de maneira esparsa para permitir o bom desenvolvimento da planta.
Em tempos que sejam quentes e secos, a recomendação é que as regas sejam, ao menos, quinzenais, e quando o tempo estiver frio e úmido, eles devem passar a ser mais ou menos mensais.
A fertilização precisa ser feita tanto na primavera, quanto no verão, através de adubos que sejam próprios para cactos, ou simplesmente outros produtos que tenham baixo teor de nitrogênio.
Salientando ainda que a planta não resiste, de forma alguma, a encharcamentos, pois, suas raízes apodrecem com muita facilidade nessas ocasiões. Importante não colocar os vasos sobre pratos, portanto.
É recomendado também trocar de vaso a cada dois anos, e a multiplicação é feita através de separação de mudas que, eventualmente, formam-se ao lado da planta mãe. Mas, também podem se multiplicar por estacas nas folhas.
É uma das variações da espada-de-São-Jorge que mais requer exposição ao sol. Por esse motivo, essa espécie se sai bem melhor quando plantada em áreas mais abertas, ou então em varandas.
Estrela de Ogum (nome científico: Sansevieria Trifasciata hahnii)
Também chamada de Espadinha, essa planta herbácea pertence à família Asparagaceae, sendo perene e rizomatosa. Podemos dizer que essa é uma variação anã da espada-de-São-Jorge, cuja altura de suas folhas não ultrapassa os 20 cm, e por isso mesmo é uma ótima pedida para efeitos decorativos.
Suas folhas também são espessas, e dispostas em rosetas, fazendo com que o seu conjunto fique parecendo realmente uma estrela. Também são curtas e pontiagudas, de coloração verde-acinzentada, possuindo algumas faixas transversais mais escuras. Só lembrando que essa variação aqui não costuma florescer.
Por sinal, esse tipo de espada-de-São-jorge surgiu nos EUA através de uma mutação espontânea ocorrida em um estabelecimento de uma senhora chamada Hahn. Foi então que surgiu o nome golden hahnii para essa variedade variegada, possuindo folhas com faixas laterias que podem ser amarelas ou mesmo brancas.
Pode ser facilmente usada na decoração de jardins, formando maciços, como, por exemplo, bordaduras ao longo de caminhos. Mas, também se desenvolvem bem em vasos e jardineiras. No caso de serem usadas em vasos, ela compõe bem ambientes internos, como salas, escritórios, e até mesmo jardins de inverno.
Cultivo da Estrela de Ogum
Essa planta aqui admite, pelo menos, três tipos diferentes de clima para ser cultivada: o tropical, o subtropical e o equatorial. Também pode ser plantada em três ambientes distintos: a sol pleno, à meia sombra, ou mesmo à sombra completa. Por ser um vegetal mais rústico, ele não é extremamente exigente quanto ao solo, desde que ele seja muito bem drenado.
Quando a Espadinha é cultivada em um vaso, dá pra usar a mistura de duas partes de terra comum de jardim, mais duas de terra vegetal, e mais uma de areia. E, é interessante notar também que a planta é bem resistente à seca, e a períodos longos de estiagem. Contudo, o excesso de água também pode ser prejudicial à ela, causando o apodrecimento de suas raízes.
A adubação precisa ser realizada, pelo menos, uma vez por ano, com um produto que seja apropriado para cactos e suculentas, precisando ser seguida a orientação do fabricante do mesmo. É importante também fazer o máximo de limpeza nas folhas, para que elas fiquem livres de poeira, ou mesmo de qualquer tipo de sujeira.
Já a multiplicação dela pode se dar por meio de divisão de touceiras em qualquer época do ano. Todavia, o melhor momento para fazer isso é na primavera. Estacas feitas a partir das folhas também podem ser usadas, colocando a base do pedaço cortado enterrado em solo apropriado e bem drenável.
Trata-se da variação da espada-de-São-Jorge que melhor se adapta à sombra total. Ela também não é uma espécie usada para fins medicinais, mas, na crendice popular, é usada bastante nos chamados “banhos de proteção”.
Sansevieria Moonshine (nome científico: Sansevieria trifasciata var. moonshine)
Esta aqui é uma variante com folhas mais largas e esbranquiçadas, preferindo ambientes que seja, basicamente à meia sombra. Além disso, essa planta tem dois tipos básicos (pelo menos, em termos morfológicos): uma espécie que possui folhas duras e suculentas, e outra que tem folhas molas, e mal-adaptadas à condições de estiagens muito fortes.
Contudo, salientando que ambas se assemelham muito, e na maior parte das vezes, nascem com um formato mais rosáceo, onde suas folhas vão crescendo mais lentamente que o normal.
As folhas dessa variação de espada-de-São-Jorge são bem sólidas e largas. Já a coloração vai desde um verde mais forte, até um de tonalidade mais prateada. Contudo, à medida que a planta vai envelhecendo, suas folhas ficam com uma cor mais verde-oliva, com pequenas faixas que as suas margens.
Inclusive, as folhas brotam diretamente do solo, por meio de um rizoma subterrâneo, e que possuem três ou mais folhas na posição vertical, o que dá às divisões uma interessante forma de vaso. Isso acontece porque as folhas divergem um pouco do centro das rosetas. Já, flores podem brotar nessa variação da espada-de-São-Jorge caso a planta seja cultivada sob uma luz bem intensa, ou, pelo menos, no sol da manhã.
Fora essas características que citamos aqui, essa herbácea ainda tem a propriedade de ser uma grande purificadora de ar. Pra se ter uma ideia, estudos feitos pela NASA comprovaram que tanto esta aqui, quanto outras plantas domésticas, conseguem remover toxinas do ambiente formaldeído, xileno e tolueno. Contudo, é bom salientar: todas as partes da Sansevieria Moonshine são tóxicas, caso ingeridas.
Cultivo da Sansevieria Moonshine
Basicamente, o único cuidado que se tem que ter com relação a essa planta é quanto ao excesso de regas. Evitar o acúmulo de água, especialmente no centro da roseta, é importantíssimo, pois, caso contrário, as raízes dela podem apodrecer, matando a planta muito rapidamente. Contudo, mesmo que isso venha a acontecer, ela produzirá novos brotos laterais por meio dos seus rizomas subterrâneos.
No geral, é uma variante bastante resistente, e que cresce e se multiplica que uma incrível rapidez. Por suportar longos períodos sem rega, fica fácil fazer a manutenção dela.
Fora isso, a Sansevieria Moonshine, em geral, tolera vários tipos de luminosidade, podendo, dessa fora, ser cultivada tanto em ambiente internos, quanto externos. Caso seja colocada dentro de casa, por exemplo, ela sobrevive bem sendo mantida em locais até mais sombreados, sem problema algum.
Espada-de-São-Jorge na Decoração em Geral
Um dos grandes atrativos dessa planta são suas folhas rajadas, que, na forma de espadas ou lanças, conferem um visual muito interessante ao ambiente onde se encontram. Trata-se de um tipo de planta tão diferenciada que, facilmente, ela se destaca em meio às demais que estejam ali, naquele mesmo lugar.
Por ser um vegetal de cultivo bem fácil, que requer pouca manutenção, e também necessitando de pouquíssimas regas, ela se adapta muito bem ao nosso clima, podendo ser cuidada por pessoas com os mais diversos conhecimentos de plantas (inclusive por iniciantes).
Também pelo fato de que existem variações dela que se adaptam bem tanto ao sol pleno, quanto à sombram, ela é considerada bastante versátil, sendo usada em cômodos dos mais diversos tamanhos. Ou seja, dá pra colocar uma espada-de-São-Jorge tanto no quarto da casa, quanto na sala de estar, ou mesmo na área de serviço, ou no quintal.
Ela, ainda por cima, combina bastante com vários tipos de decoração, desde os mais modernos, até os mais tradicionais. Por sinal, dá até mesmo para fazer um jardim externo com plantas que, assim com as variações dessa es´pada aqui, são bem resistentes, como, por exemplo, cactos altos.
Caso a área externa onde essa planta irá ficar não tiver um jardim propriamente dito, dá pra fazer uma área somente com espadas-de-São-Jorge em vasos que sejam grandes. No caso, pra garantir a proteção dela, é recomendável que seja colocada logo na entrada da casa.
Já pra a área interna, dá pra usar a espada-de-São-Jorge de muitas formas possíveis: jardins internos, verticais, em vasos pequenos na sala, e até mesmo no banheiro. Cabe até compor espaços vazios com ela em vasos que sejam bonitos e criativos. Dá até mesmo para usar uma mini espada-de-São-Jorge (que falamos anteriormente) para ser colocada em quartos e home-offices.
Propriedades da Espada-de-São-Jorge que Auxiliam na Nossa Saúde
As folhas da espada-de-São-Jorge são bastante fortes e resistentes, tendo a sua parte pontiaguda como uma adaptação ao meio ambiente geralmente quente de onde veio (do continente africano). Cada folha dessas possui uma substância chamada de glicosídeo, que simplesmente é capaz de decompor elementos tóxicos em compostos que sejam orgânicos.
Os glicosídeos, no geral, são compostos que possuem grande importância para os seres vivos. Muitos deles, por sinal, são usados como fármacos, e que na natureza são encontrados em plantas, cujos glicosídeos são seus metabólicos secundários.
A espada-de-São-Jorge ainda consegue decompor outras substâncias tóxicas, como o dióxido de carbono, o benzeno e o clorofórmio. Por essa propriedade específica, essa herbácea é conhecida por absorver dezenas e dezenas de poluentes de um determinado ambiente. As substâncias absorvidas como poluentes, serão devolvidas pela planta em forma de oxigênio.
Além disso, uma espada-de-São-Jorge saudável pode facilmente absorver a radiação de um ambiente qualquer. Radiação essa que pode ser causada, por exemplo, por componentes eletrônicos. Por essa razão, recomenda-se colocar essa planta em locais como salas, onde tenham aparelhos tipo televisão, ou outro dispositivo.
Além disso, em termos medicinais, essa planta pode ser usada como anti-séptica, pois ela é ótima para matar germes, e outros agentes que nos fazem mal. Inclusive, as folhas dessa planta ainda podem ser usadas como “tônico capilar”, deixando o cabelo mais liso e saudável.
Propriedades Místicas da Planta
Como já deu pra notar, a espada-de-São-Jorge também tem bastante apelo na crendice popular, sendo amplamente usada em rituais de algumas vertentes de matriz africana. Acredita-se, inclusive, que a planta afasta mau-olhado e coisas do tipo. A tradição diz que ela deve ser colocada na entrada da casa, do lado esquerda da porta da rua.
Também para quem crê em seus supostos poderes místicos, a planta tem como propriedade a capacidade de afugentar os maus espíritos, além de proteger a casa e os seus moradores de “magia negra”, etc.
Fora ainda o fato de que as folhas da espada-de-São-Jorge podem ser usadas na confecção de amuletos pessoais, na forma de pingentes, ou mesmo em saquinhos que a pessoa pode levar dentro de bolsas e carteiras.
Além disso, a planta também é bastante usada, misticamente falando, para atrair prosperidade. Nesse sentido, uma boa variedade dela é a Espada de Iansã, com as pontas de suas folhas amareladas. E, além disso, acredita-se que a espada-de-São-Jorge dê coragem ao seu possuidor.
Não é à toa, por exemplo, que essa planta é amplamente utilizada nos chamados “banhos de proteção” e em “limpezas espirituais”. Sendo considerada uma planta sagrada para as religiões afro-brasileiras, ela praticamente se encontra em todos os rituais de sasanha (que nada mais é do que um culto do candomblé que visa retirar a energia vital das plantas).
Como Escolher o Melhor Tipo de Espada-de-São-Jorge?
Como vimos, as chamadas sansevierias possuem variações bem interessantes da mesma planta, algumas se diferenciando apenas pelo tamanho das folhas, e da coloração lateral delas. Porém, no geral, morfologicamente, são todas bem idênticas.
Na verdade, não existe, necessariamente, uma regra que diga que tal espécie de espada-de-São-Jorge é melhor do que a outra. A questão que vai variar é o seu próprio gosto estético em qualquer uma planta com folhas de determinada coloração, ou de outra, ou até mesmo a questão relacionada ao espaço (no caso da Estrela de Ogum, que é bem pequena).
A única coisa que se tem que ter em mente são cuidados básicos com todas essas espadas-de-São-Jorge, independente da sua variação. Como dica, recomenda-se que o solo seja bem preparado, colocando no fundo do vaso um pouco de argila expandida. Logo após, cobrir com uma manta bidim. Depois, é só colocar areia e terra adubada por cima.
Tirando isso, é preciso tomar cuidado com o excesso de regas, colocando água apenas quando a terra estiver seca, e prestar atenção também para que a planta não fique num local de luz excessiva, ou mesmo de muita sombra.
Tirando isso, qualquer uma das variações pode ser escolhida para adornar ambientes internos, ou mesmo jardins sem nenhum problema. Basta colocá-la num lugar qualquer, que ela irá compor o ambiente quase que automaticamente.
Contudo, é preciso ter cuidado caso você tenha pets em casa, pois essa planta possui uma toxicidade um pouco alta para animais de estimação, como gatos e cachorros. Entre os sintomas de envenenamento observados neles, está a dificuldade em se mover, de respirar, além de salivação excessiva. O ideal, portanto, é ter outras espécies de plantas para quem possui pets.
Dicas de Decoração com Espada-de-São-Jorge
Compondo espaço com paredes rústicas
Uma boa dica é pegar um conjunto de vasos com essas plantas (cerca de 5, pelo menos), com suas longas folhas, e posicioná-los junto a uma parede que possua acabamento do tipo rústico, de, por exemplo, “tijolos aparentes”. Assim, o tom excessivamente sóbrio da parede será quebrado com o verde vibrante da espada.
Contrastes no ambiente
Se você tem algum cômodo de aparência diferenciada, ou ousado, só isso já causa grande personalidade ao ambiente em quentão. Em especial, se esse cômodo tiver composição de madeira. Mais uma vez, para quebrar o clima pelo abuso de madeira (´principalmente, se for clara), um vaso com uma espada-de-São-Jorge ao lado desse local, com certeza, é uma boa pedida.
Compondo espaços muito pequenos
Mesmo possuindo variedades que podem atingir até 1 metro de altura, existe outra, que comumente é chamada de espada-de-São-Jorge anã, que é excelente para decorar a parte de cima dos móveis, principalmente, aqueles feitos de madeira mais rústica. Dá até mesmo para improvisar, e cultivar essas plantas em vasos estilizados, ou até mesmo em recipientes como xícaras.
Dica para quem tem animais de estimação
Ok, realmente dissemos aqui que ter essa planta pra quem tem pets é complicado, pois ela tem um alto nível de toxicidade. Porém, dá pra driblar esse problema, e possuir tanto um animal de estimação, quanto uma planta dessas. Basta usar vasos suspensos em espécies de pequeno porte. Usar cordas rústicas para pendurá-los é uma excelente opção, e deixa a decoração da casa ainda melhor.
Colocando mais beleza nas escadas
Seja numa casa grande, ou mesmo em empresas, colocar vasos de espadas-de-São-Jorge próximos à escadas confere uma decoração bem diferenciada ao local. A grande dica aqui é apostar em vasos e espécies de tamanhos dos mais variados. O contraste vai deixar o lugar mais interessante, e com um aspecto mais natural.
Purificando o ar em ambientes internos
Como já mencionamos antes, uma das grandes propriedades da espada-de-São-Jorge é poder purificar o ar do local onde esteja com grande eficiência. Por isso que ela, entre outras coisas, é bastante recomendada para ser usada em ambientes internos dos mais diversos tipos e tamanhos. Um dos poluentes do ar mais comuns, e que ela absorve com grande facilidade, são os formaldeídos.
Adornando varandas
Varandas são um ótimo local para colocar espadas-de-São-Jorge, podendo ser locais que levem pouca ou muita iluminação (tanto faz). E, mais uma vez, cabe apostar não em um apenas, mas em vários vasos de diversos tamanhos dessa planta. Decorações extras (mas sem muita poluição visual) podem complementar bem o ambiente.
Composição com cactos
Se tem uma planta que a espada-de-São-Jorge consegue fazer bem uma dupla, está é o cactos. Mesclar ambas as espécies é uma ótima pedida, principalmente se for um cacto que cresça quase que do mesmo tamanho dela. Por possuírem colorações similares, ambas as plantas causam uma sensação de harmonia na paisagem de qualquer lugar.
Dicas Finais Para o Plantio de Qualquer Tipo de Espada-de-São-Jorge
Se o cultivo dessa planta for em vaso, o mais recomendado é que seja em um com boca larga, para facilitar a acomodação das grandes e pontiagudas folhas. Também se recomenda colocar algumas pedras embaixo da terra para drenar a água, já que estamos falando aqui de uma planta que não pode ficar, de maneira alguma, encharcada.
Argila expandida pode ajudar a reter a umidade, caso seja necessário. Só é preciso se lembrar de regar depois. Este é um dos passos mais importantes no cultivo dela, pois com a terra seca, a planta, com certeza, irá ficar desidratada.
Já o método mais prático para se usar mudas dessa planta é retirando ela do seu local de origem e fazendo o plantio final do lugar desejado. Importante separar a touceira (que nada mais é do que um tufo espesso que possui muitos eixos de uma planta apenas), e retirar uma folha que tenha, pelo menos, um pedaço do rizoma original.
Depois, é só plantá-la em um vaso que já tenha composto orgânico preparado. Nessa questão, o vaso em si deverá conter (na sequência): um fundo coberto com argila expandida, um pouco de manta bidim, e por cima, uma camada de areia até completar 2/3 do volume do vaso. Em seguida, é finalizar com composto orgânico misturado com terra, e colocando a muda da espada logo após.
Dá pra completar colocando casca de pinus, que ajuda a manter a umidade da planta, e ainda tem como serventia funcionar como material orgânico.
Com regas espaçadas, de, pelo menos, 20 em 20 dias, a espada-de-São-Jorge não permite poda. Ou seja, recomenda-se, portanto, uma espécie de limpeza quando a touceira estiver muito cheia, eliminando, assim, folhagens que estejam mais antigas, e deixando as mais novas e saudáveis.
Já as adubações, que têm como função, repor os nutrientes perdidos, podem ser feitas uma única vez por ano, dissolvendo-se uma colher de sopa de fertilizante granulado, em aproximadamente 2 litros de água. Esta, servirá para a sua próxima rega.
Plantas Similares à Espada-de-São-Jorge
Haworthia fasciata
Essa é uma espécie de suculenta, cuja origem é sul-africana. Ao contrário da espada-de-São-Jorge padrão, esta planta aqui é bem pequena, chegando, no máximo, 10 cm de altura. Porém, em termos de aparência, são bem similares. As folhas possuem formato triangular, e são esverdeadas, com cristas brancas na parte de fora delas.
Trata-se uma planta de raro cultivo, podendo ser distinguida de outra espécie quase idêntica por ter a superfície superior de suas folhas lisa. As folhas dessa espécie, mesmo sendo pequenas, são robustas, com tendência a se curvarem para a parte de dentro.
Possui, pelo menos, três variedades distintas, sendo a mais usada em termos paisagísticos, a H. fasciata var. fasciata.
Haworthia limifolia
O gênero Haworthia possui mais de 100 espécies distintas, e esta aqui é uma delas, cujo formato das folhas é semelhante tanto à espécie anteriormente citada, quanto à próprio espada-de-São-Jorge.
A Haworthia limifolia é frequente em áreas de várzea e encostas de países, como Namíbia e África do Sul. São consideradas suculentas do tipo Aloe, cuja característica é terem folhas espessas e enrugadas. Essas mesmas folhas são longas e aguçadas, apesar do tamanho diminuto. A coloração delas pode ser verde ou castanho-avermelhado.
Para que cresça bem, o cultivo precisa ser feito à meia-sombra, ou mesmo na luz brilhante, e alguns tantos exemplares pode até mesmo preferir sombra total durante o verão. É importante manter o composto orgânico da planta úmido durante todo o tempo, mas, no inverno, as regas precisam ser bem espaçadas (1 vez por mês, por exemplo).
Já a propagação dela se dá pelo corte da raiz, ou mesmo através de suas folhas. Para garantir que as mudas irão se desenvolver, é fundamental deixar as folhas retiradas secarem por alguns dias antes de colocar o composto. Já outro método de propagação é por meio de sementes, mas, neste caso, a germinação é bem mais lenta.
Aloe humilis
Também chamada de aloe aranha ou mesmo de aloe anão azul, aqui temos uma suculenta de crescimento relativamente lento, que forma 10 ou mais grupos de rosetas, que tanto podem ser com haste bem curta, ou simplesmente sem haste. As folhas são verde-azuladas de tonalidade pálida, e pela disposição vertical, lembra também bastante uma mini-espada-de-São-Jorge.
As folhas são eretas, podendo chegara a 12 cm de altura, possuindo “espinhos” brancos e curtos em suas bordas. Inclusive, existem muitos desses “espinhos” em várias partes das folhas.
Já as flores que crescem dessa suculenta são tubulares, medindo apenas 5 cm de comprimento, no máximo, cuja coloração pode ser vermelha, laranja ou amarela. Estão dispostas de maneira solta no topo de um pico que pode chegar a 35 cm de comprimento, sendo maior que as próprias folhas da suculenta, e aparecem no final do inverno e vão até o final da primavera.
Trata-se de uma planta bem tolerante a diversos tipos de clima e ambiente, e se bem cuidada, pode ficar bem bonita. E, como toda suculenta que se preze, é recomendado que a terra dela não fique encharcada.
Em geral, plantas Aloe precisam de luz forte e brilhante boa parte do dia para crescerem, mesmo que de maneira lenta. Podem suportar tranquilamente sol pleno na estação do verão, mas na época do inverno é recomendável que ela receba luz forte de alguma maneira, nem que seja de forma artificial.
Prefere, de um modo geral, temperaturas que variam entre os 21 e os 27º C. O uso de fertilizante específico para suculentas deve ser feito exclusivamente no verão. E, suspenda a “alimentação” dela quando o inverno chegar, e ela ficar “inativa”.
Aloe brevifolia
Uma planta do tipo Aloe, de folha bem pequena, a Aloe brevifolia não fica maior do que uns 10 ou 15 cm de diâmetro. Geralmente, os brotos dela nascem em sua base, empurrando a planta mãe para cima, e esta, nessas condições, pode chegar a 50 cm de altura.
Trata-se de uma espécie de coloração mais pálida, possuindo pequenos espinhos na borda das folhas, e que são quase brancos. Já o florescimento dela acontece na primavera e se estende até o inverno, apresentando uma haste (assim como a espécie anterior) que pode chegar a 50 cm de comprimento, apresentando uma flor tubular alaranjada, com orlas amareladas.
É originária da África do Sul, e por ser um espécime raro, é colocado na lista vermelha das espécie de planta que correm risco de extinção em seu habitat natural. Contudo, em residência, é bastante popular para ornamentar jardins, em especial, do tipo desérticos.
Para se desenvolver bem, precisa de “calor de inverno”, em regiões que sejam um pouco mais temperadas. Já na natureza, ela é encontrada, na maior parte das vezes, em solos secos de argila. Normalmente, são encontrados pequenos grupos dessa planta em encostas e falésias que ficam um pouco inacessíveis.
Embora seja uma Aloe bem pequeno, ventosas tendem a brota nela, tornando-se novas rosetas, e, consequentemente, pode formar grandes aglomerados. As folha são, via de regra, curtas e inchadas, com bordas de consistência macia.
Se o cultivo for feito em casa, o mais recomendado é que seja em locais ensolarados, mesmo que em lugares de clima temperado. O solo precisa ser bem drenado e as regas, moderadas. A terra, em si, não deve ser mantida muito úmida.
A propagação, por sua vez, pode ser feita de maneira bem simples, através da remoção e do replantio de ventosas que sejam ramificadas. Depois, basta plantá-las em solos com as mesmas condições que o anterior.
Ou seja, com essas dicas aqui, inclusive, dá para fazer um espaço ornamental com espadas-de-São-Jorge ao lado de espécies que, mesmo de menor tamanho, podem compor um ambiente interessante em termos paisagísticos. E, isso vale para qualquer tipo de espada.