As orquídeas são flores de variados tamanhos, cores e formatos, presentes em todos os continentes do globo terrestre, à exceção da Antártica.
Essas flores tão peculiares e belas, na verdade são várias espécies encontradas na família botânica Orchidaceae. Esta família também é considerada uma das maiores em número de espécies vegetais.
A maioria das espécies tem finalidade exclusivamente ornamental, movimentando significativamente o comércio. No entanto, no âmbito industrial, algumas espécies do gênero Vanilla são responsáveis pela produção da baunilha, sabor famoso no mercado de doces. Em alguns casos, comerciantes preferem recorrer a compostos artificiais cujo sabor imita ao da baunilha e que possuem um menor custo.
No campo ornamental, o setor dos colecionadores de orquídeas está ganhando cada vez mais adeptos, a partir do aumento do número de palestras e exposições sobre o tema.
Somado à grande variedade de espécies, orquidicultores também vêm desenvolvendo novas espécies, conhecidas como híbridas.
Para aqueles que se dedicam ao plantio de orquídeas, uma das grandes preocupações talvez seja qual a melhor época de mudar orquídeas?
Neste artigo, você obterá essa e outras informações.
Então venha conosco e boa leitura.
Características Gerais das Orquídeas
A maioria das espécies de orquídeas são epífitas, ou seja, crescem sobre outras árvores. Apesar desse comportamento, elas não são consideradas parasitas, visto que não sugam os nutrientes da árvore, e apenas as utilizam como suporte para a obtenção de luz solar. As orquídeas epífitas se alimentam do material que cai dessas árvores e se emaranha em suas raízes.
No entanto, nem todas as orquídeas são epífitas, visto que também há espécies terrestres, encontradas principalmente em campinas e savanas; espécies litófitas, ou seja, que se desenvolvem a partir de solos rochosos; espécies encontradas na areia das praias; ou espécies presentes sobre materiais em decomposição.
A estrutura de raízes da orquídea é formada apenas por raízes secundárias, diferentemente de espécies vegetais que possuem raiz primária (centralizada), da qual emergem os ramos ou raízes secundárias. Alguns defendem que a raíz da orquídea possa ser um rizoma (caule subterrâneo e de crescimento horizontal). Dependendo do local na qual crescem e se instalam, as raízes podem apresentar diferenças de uma orquídea para outra. Fatores ambientais também influenciam na durabilidade das raízes, a qual, surpreendentemente é superior à durabilidade dos caules.
As características anatômicas das inflorescências são extremamente variáveis e, mesmo havendo flores hermafroditas, em alguns gêneros as flores podem ser exclusivamente masculinas ou exclusivamente femininas. O tamanho delas varia entre 2 milímetros até mais de vinte centímetros. Em relação à coloração, ela pode ser multicolorida, esverdeada, rosada, azulada, transparente, branca ou possuir tonalidades mais vibrantes, tais como vermelho, amarelo e púrpura escuro.
É comum que as flores apresentem simetria bilateral, na qual há seis tépalas dividas em duas camadas. Na camada externa, estão concentradas três sépalas; ao passo que, na camada interna, três pétalas. A pétala inferior da orquídea recebe o nome de labelo, e é diferenciada das demais. Para alguns gêneros, esse labelo pode apresentar um prolongamento tubular e oco. Também é importante considerar que há uma estrutura chamada de coluna, que concentra de forma reduzida os órgãos reprodutivos, androceu e gineceu.
Os frutos são capsulares e, quando se trata de espécies epífitas, costumam possuir parede mais espessa. O desenvolvimento dos frutos ocorre a partir do engrossamento dos ovários na base da flor. As sementes são muito pequeninas e leves, sendo formadas por aglomerados de células.
Curiosidades Sobre as Orquídeas
O primeiro fóssil de orquídea foi encontrado na República Dominicana por volta do ano de 2007, o qual se caracterizou como uma espécie de orquídea terrestre. Evidências apontam que as primeiras orquídeas teriam surgido a aproximadamente 84 milhões de anos atrás.
A paixão pelas orquídeas vem fascinado a humanidade a aproximadamente 2.500 anos. No passado, já foram empregadas como afrodisíacos e em porções curativas.
As orquídeas estão muito presentes na cultura chinesa, tanto através da literatura (com inúmeras citações e referências do filósofo Confúcio), quanto através da arte (em pinturas que remontam ao períodos antes de Cristo).
Estudos botânicos mais categoricamente científicos também teriam iniciado na Europa, por volta do ano 300 A.C.
Gêneros de Orquídeas Famosos ao Redor do Mundo
Na Europa, gêneros conhecidos incluem Orchis, Orphrys e Cypripedium. Na África, Agraecum, Disa e Aerangis. Na Ásia e Oceania, Eria, Dendrochilum, Coelogyne, Bulbophyllum, Vanda, Panphiopedilum, Phalaenopsis, Dendrobium e Cymbidium. Na América, Brassavola, Odontoglossum, Encyclia, Phragmipedium, Maxillaria, Lycaste, Masdevallia, Pleurothallis, Catasetum, Brassia, Epidendrum, Oncidium e Cattleya.
Considerações Sobre o Plantio de Orquídeas
Não é muito aconselhável plantar as orquídeas diretamente no solo e sim utilizar-se de um substrato específico que pode ser encontrado em lojas de jardinagem. Esse substrato deve ser regado com frequência, mas é importante evitar a umidade excessiva de modo que as raízes da planta também possam respirar.
Época de Mudar Orquídeas, Qual a Melhor?
Segundo especialistas da área, a época ideal para mudar as orquídeas de vaso é quando o substrato destas fica envelhecido e podre, o que ocorre, em média, a cada 4 anos.
Antes da compra do substrato é importante atentar para a sua composição, visto que, há materiais de maior durabilidade, tais como o xaxim, a casca de pínus e o esfagno-do-chile. Os materiais de menor durabilidade incluem a fibra de coco, o sabugo de milho e o esfagno nacional.
Alguns tipos de substrato não apodrecem, e são classificados como substrato inerte, tais como a pedra, o isopor e o carvão.
Aliado à necessidade de troca de substrato, é importante não realizar a mudança de vaso enquanto a orquídea estiver florida, visto que esta atitude pode “estressar” a planta e resultar na liberação de etileno, substância que faz os botões e flores caírem. O ideal é esperar pelo tempo de dormência do vegetal, o qual sucede o tempo de florescimento.
Após a mudança de vaso, alguns cuidados com a planta recém-transplantada incluem regas contínuas e adubação a cada 15 dias.
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Agora que você já conhece qual a época ideal para mudança de vaso das orquídeas, continue conosco e visite também outros artigos do site.
Até as próximas leituras
REFERÊNCIAS
ARDITTI, J. Fundamentals of orchid biology. 2.ed. New York, John Wiley & Sons, 1992. 691p.
GRAVENDEEL, B. ; EURLINGS, M. C. M.; VAN DER BERG, C.; CRIBB, P. J. Phylogeny of Pleione (orchidaceae) and Parentage Analysis of its Wil Hybrids Based on Plastid and Nuclear Ribosonal Its Sequences and Morphological Data. Disponível em: < https://bioone.org/journals/Systematic-Botany/volume-29/issue-1/036364404772973988/Phylogeny-of-span-classgenus-speciesPleione-span-Orchidaceae-and-Parentage-Analysis/10.1600/036364404772973988.short>
PEREIRA, V. Minhas Plantas. Quando devo trocar a orquídea de vaso? Disponível em: < http://minhasplantas.com.br/duvidas/pragas-e-doencas/85/>;
Wikipédia. Orquídea. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Orqu%C3%ADdea>.