A fruta Damasco, ou Prunus armeniaca, é o fruto do Damasqueiro, vegetal pertencente à família das Rosaceae, que tem como integrantes flores como a própria rosa, e frutas, como cerejas, amoras e o pêssego.
O começo de sua história ainda é um mistério, porém, alguns estudos afirmam que o fruto tem sua origem na China e na Sibéria; já outros, afirmam que este fruto veio da Armênia, motivo de seu nome ter a palavra armeniaca.
Sua história é bastante antiga, pois há registros sobre a fruta com mais de 5000 anos.
Características do Damasco
A Árvore
Os damasqueiros são plantas do tipo arbóreas de tamanho mediano, com 5 a 7 metros de altura. Com um tronco robusto, tem sua copa arredondada com 3 a 10 metros de comprimento, com folhas de formatos cordiformes ou arredondados, serreadas nas bordas com o cabo (pecíolo) de cor avermelhada.
A Flor
Suas flores são solitárias ou geminadas em cada galho. Podem ser róseas (rosas) ou brancas. E como em todas as flores, suas cores têm a finalidade de chamar a atenção de insetos polinizadores, que têm a função de unir as partes masculinas e femininas da planta para que seja criada uma semente e assim, formar outra planta ou fruto.
A Fruta
Sua fruta é do tipo drupa, ou seja, tem apenas uma semente acoplada a fruta, sendo impossível ser retirada de maneira que não seja mecânica. Ela costuma ser pequena e redonda, bastante carnosa, com polpa amarela. Sua casca pode ter coloração rosada ou alaranjada.
Como Plantar e Cultivar o Damasco
O damasqueiro pode ser cultivado como árvore ou arbusto. Costuma florescer em regiões de planalto e em terrenos bem drenados, próprios para um pomar.
Clima e Solo Para o Damasco
Gostam bastante de sol e água (em moderação), se adaptando bem a ambiente com climas temperados. No Brasil, podem ser cultivados nas regiões mais frias ou amenas como Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul ou Rio Grande do Sul. Ele deve ser plantado durante o inverno ou começo da primavera.
Para se plantar o damasqueiro, o solo deve ser rico em nutrientes e, ao mesmo tempo, argiloso; fértil, mas com PH alcalino. Não se deve plantá-lo em locais onde foram cultivados tomates, berinjelas, pimentas ou batatas, pois estas leguminosas podem ser fontes de Verticilose, doença causada por um fungo patogênico do gênero Verticillium.
Plantar e Cultivar o Damasco
É possível plantá-lo através de sementes e mudas, sendo esta última, a maneira mais prática de se germinar uma árvore de damasqueiro. Após cavar um buraco de aproximadamente 15 cm, distribua as raízes da muda para que não quebrem e recoloque a terra retirada. Regue o local de plantio de uma a três vezes por semana.
O damasco cresce de acordo com o tamanho da área em que foi plantado. É preciso que o local de plantio esteja à prova de possíveis geadas ou ventos frios, pois estes prejudicam a frutificação da damasqueira.
Para cultivar a damasqueira, coloque um pouco de adubo em volta de seu caule, além de pó de osso ou cascas de ovo para nutrir a árvore. Disponha estas substâncias de forma tal que envolvam o caule, porém sem encostar nele. A medida que o vegetal crescer, coloque estacas de metal junto ao arbusto, para que este não se incline.
Em 4 ou 5 anos do plantio, a damasqueira começará a dar frutos (os damascos). Fertilize a árvore no inverno e reaplique o produto quando a árvore frutificar, para que obtenha os nutrientes que necessita. Corte galhos e arranque folhas que apresentarem sinais de doenças. Aplique pesticida, caso haja insetos.
Benefícios e Malefícios do Damasco
O damasco é um forte aliado para uma dieta saudável, além de ser um alimento bastante versátil: pode ser consumido desde a casca até a semente.
Ele contém betacaroteno, que é uma substância fortalecedora do sistema imunológico. Se destaca pela sua quantidade de fibras: são dois gramas em apenas três unidades da fruta. O damasco é rico em vitamina A, o que contribui para proteger a visão, fortificar a pele e o sistema imunológico e evitar o envelhecimento precoce. Além disso, a fruta é fonte de potássio, ajudando na digestão saudável, na função muscular, regulação dos batimentos cardíacos e fortificação dos ossos.
Suas versões natural e ressecada, são diferentes em seus valores nutricionais. Enquanto a natural deve ser consumida de 3 a 5 dias, a seca tem validade maior, podendo ser consumida por bem mais tempo. Ela também é mais nutritiva que a versão natural, pois quando o fruto é dissecado sua quantidade de água reduz de 67% para 23%, concentrando os minerais e vitaminas na polpa seca.
Além de ingerido ao natural, o damasco pode ser consumido na forma industrializada de tortas, doces, mousses, bolos e geleias. Sua semente também pode ser utilizada: com a extração de seu óleo, é possível confeccionar produtos que ajudam na saúde e na hidratação da pele, como loções, cremes e sabonetes.
Apesar de seus muitos benefícios, o Damasco pode causar alguns problemas à saúde se ingerido da forma inadequada. Com a perda de água que ocorre no processo de desidratação, o damasco apresenta uma maior concentração de calorias que aumentam com o teor do açúcar. Caso seja ingerido em excesso, poderá causar malefícios à saúde dental e a pessoas diabéticas.
Esta versão também consegue reduzir a pressão arterial, logo, pessoas com pressão baixa não devem, sob nenhuma hipótese, consumir o fruto ressecado sem antes conversar com um médico.
Curiosidades e Fatos Interessantes Sobre a Fruta
O Damasco apresenta bastantes curiosidades e fatos interessantes sobre sua história e a forma como é consumido. Dentre eles estão:
- Seu nome: a fruta também é conhecida como abricó, apricó, abricote, abricoque ou alperche, e é muitas vezes confundida com a ameixa ou pêssego (em sua versão natural);
- Relação com a origem da vida: especula-se que as maçãs dos Jardins do Éden, na verdade, eram damascos;
- Parte da geografia: o Damasco empresta seu nome para a capital da Síria, dizem, por ser o país onde foi criado um tecido, também chamado de damasco;
- Parte da história da Inglaterra: foi durante o reinado de Henrique 8º, que a fruta chegou à Inglaterra. Provavelmente veio em sua forma seca, pois ao natural, não resistiria a uma viagem tão longa, pois não há referências de plantações da rosácea.
- Ser alimento para animais: a fruta ao natural faz parte da dieta diária de muitos animais, incluindo a iguana-verde. Em sua forma seca, pode ser petiscos para gatos e cachorros.