Certamente, muitas frutas por aí são bem interessantes e são repletas de curiosidades. É o que acontece, por exemplo, com o nosso popular caju. Acredite: essa fruta tão conhecida e consumida por aqui tem muitas histórias boas para sere contadas.
Vamos conhecer alguns fatos curiosos desta deliciosa fruta, então?
Pode Ajudar a Emagrecer
A polpa do caju é rica em várias substâncias que fazem muito bem à nossa saúde. São vitaminas C, K e do complexo B, além de alguns minerais. Porém, existe ainda uma boa quantidade de fibras, que, além de auxiliarem num bom desempenho do aparelho digestivo, causa uma sensação agradável de saciedade.
Isso significa, simplesmente, que você não sente fome. Para quem quer perder peso é uma ótima pedida, até mesmo porque para cada 100 g de caju, existem apenas 53 calorias. Ah, e ainda reduzem o colesterol ruim.
Resina Tóxica
O cajueiro (cujo nome científico é Anacardium Occidentale L.) pertence à família anacardiacae, que engloba árvores e arbustos tropicais e subtropicais, que, além de terem um caule resinoso e folhas alternadas, ainda possuem uma resina tóxica, que somente os macacos são imunes.
Porém, devido à alta incidência de chuvas na época da frutificação dos cajueiros, essas toxinas são devidamente eliminadas, dando a possibilidade de outros animais poderem comer os frutos dele.
Crua, Não!
Já percebeu que as castanhas de caju vendidas por aí são sempre torradas? Normalmente, o caju inteiro (com a castanha junto) é comercializado tranquilamente, mas, a castanha separadamente não. Isso acontece por um motivo bem simples: a castanha de caju possui uma casca dupla que tem uma toxina chamada de Urushiol.
Essa toxina contém um agente alergênico que irrita muito a pele, podendo causar inflamações bem sérias. Não é à toa, portanto, que trabalhadores que colhem essa fruta e removem a sua casca, geralmente, sofrem algum dano nas mãos, fuçando com rachaduras bem doloridas.
Por sinal, é bom ficar atento, pois, segundo pesquisas, essa toxina pode até mesmo ser letal, a depender da quantidade de castanha consumida de forma crua por quem tem um organismo muito sensível.
Origem do Nome
Os indígenas de fala tupi, que habitavam o nordeste brasileiro, já conheciam muito bem o caju e suas propriedades. Não é pra menos que essa fruta fazia parte da alimentação cotidiana dessas tribos.
E é justamente aos indígenas dessas etnias que se deve o nome caju dado pelos portugueses, já que o nome “acaiu” é de origem tupi, e que significa “noz que se reproduz”.
Alta Produção Mundial
Hoje em dia, a detentora de principal produtora e exportadora de caju é a Índia. Ou melhor: mais precisamente a produção e exportação da castanha de caju e do óleo de da castanha. O ranking segue com o Vietnã, o Brasil e mais alguns países africanos, como Moçambique, Tanzânia e Guiné Bissau.
De acordo com estatísticas da ONU, esses países são responsáveis conjuntamente por cerca de 80% da produção mundial de caju. Em relação à produção mundial, o Brasil contribui com aproximadamente 20%.
Produtores Nacionais
Nos últimos anos, o estado do Ceará vem se mantendo como o principal exportador da castanha de caju no Brasil, possuindo extensas áreas cultivadas. Já boa parte dessa produção está direcionada para a agricultura orgânica da fruta, uma exigência recente dos mercados internacionais.
A “cajucultura”, digamos assim, é uma das atividades econômicas mais rentáveis do nordeste do país. E, tudo isso graças às pesquisas e técnicas de cultivo desenvolvidas pela Embrapa do Ceará. Entre essas pesquisas e técnicas, destacam-se experiências com o caju anão e com a substituição de copas do cajueiro.
O Uso da Chamada Castanha Verde
A amêndoa da castanha de caju, quando ainda se encontra verde, é conhecida como maturi, sendo um ingrediente bastante especial na culinária nordestina. Tanto é que muitas vezes, essa amêndoa substitui até mesmo o camarão. Existe até a famosa frigideira de maturi com camarões secos, e que é um prato bastante raro e exótico da Bahia. Tal receita ficou imortalizada na obra Tieta do Agreste, do escritor Jorge Amado.
Já no Ceará, temos o que chamamos de “chuvas de maturi”, que é o fenômeno quando essas amêndoas verdes caem no período de florescimento dos cajueiros, que é entre agosto e setembro.
Uma Variedade Interessante: o Cajuí
De nome científico Anacardium humile A. St.-Hill, esse arbusto não mede mais do que 80 cm de altura, e é também chamado de cajuzinho ou caju do serrado. A sua castanha apresenta as mesmas características e usos que um cajueiro comum, sendo que um é apenas a miniatura do outro, e como um dos nomes populares já indica, pode ser facilmente encontrada no Cerrado brasileiro.
As raízes dessa planta têm aparência distorcida e ressecada na sua superfície, entrelaçando-se na terra, em várias áreas do Cerrado onde esse tipo de caju se encontra.
Outras Utilidades para o Caju
Engana-se quem pensa que o caju é um produto destinado apenas à alimentação. De sua castanha, pode-se extrair um óleo viscoso, caustico e inflamável, que foi bem usado, por exemplo, durante a 2ª Guerra Mundial, devido às suas qualidades isolantes e protetoras.
Hoje em dia, há mais de 200 patentes que usam esse produto, e ainda tem o uso farmacêutico desse óleo. Some-se a isso o uso também da chama resina do cajueiro, que é uma substância que brota de seu tronco. A goma dessa resina é purificada e utilizada como agregante de comprimidos.
Por Fim: o Maior Cajueiro do Mundo Fica Aqui!
Pois é. O maior cajueiro do mundo é brasileiro, devidamente registrado no Guiness Book. Esse recorde vem desde 1995, quando se constatou que um cajueiro localizado na cidade de Parnamirim, no Rio Grande do Norte tinha dimensões gigantescas.
Contudo, existem cajueiros igualmente enormes na cidade piauiense de Cajueiro da Praia. Um em especial tem a marca de mais ou menos 8,8 metros quadrados, enquanto que a árvore potiguar tem em média 8,5 mil metros quadrados. Estudos e medições são feitas regularmente para comprovar quem merece o posto de maior cajueiro do mundo, mas de uma coisa temos certeza: o pódio é brasileiro, e ninguém, por enquanto, tira esse prêmio nosso!