Afinal, de Contas, Há Como Realmente Plantar Orquídeas na Terra?
As orquídeas mais apreciadas são aquelas conhecidas como “epífitas”. As epífitas são espécies que desenvolvem-se nas árvores, aproveitando-se dos nutrientes oferecidos por estas, sem, no entanto, parasitá-las.
É por isso que existem muitas dúvidas sobre como plantar uma orquídea na terra, por exemplo. Será que elas desenvolvem-se a contento? É uma empreitada trabalhosa? É possível para qualquer espécie? Entre outras dúvidas.
A primeira coisa a saber sobre isso é que, sim, é possível plantar orquídeas na terra – apesar do fato de serem estas consideradas quase como de 2ª categoria.
Podem ser variedades como as Sobralia macrantha, Arundina bambusifolia, Spathoglottis unguiculata, entre outras, que geralmente possuem a característica de serem mais fáceis de cultivar, apresentarem um maior porte, serem menos sensíveis, exigirem menos água, desenvolverem-se em touceiras, entre outras características.
Para boa parte dos especialistas nesse tipo de espécie, o cultivo de orquídeas na terra é uma tendência que a cada dia vem ganhando força, a ponto de fazer com que muitas espécies terrestres ocupem o espaço de algumas das principais celebridades epífitas, como a Oncidium spilopterum, a Miltonia moreliana, a famosíssima Cattleya, entre outras, que sempre foram as “meninas dos olhos” dos colecionadores.
Uma Variedade Bastante Singular!
Na natureza, as orquídeas podem desenvolver-se de várias maneiras: trepadas em árvores, em fendas de paredões, grutas, montanhas; mas também na terra – ou melhor, no material orgânico que envolve o solo das florestas que são seus habitats naturais.
O curioso é que essas espécies (as orquídeas que são plantadas na terra) constituem uma ampla comunidade pertencente à família Orchidaceae (quase a metade das espécies), no entanto, talvez pelo caráter pouco original do seu desenvolvimento, elas são as que possuem o menor valor de mercado (além de serem quase um grandessíssimo mistério).
Na verdade o que se diz é que esse desdém acaba por fazer com que muitas até sejam extintas na natureza, o que é considerado uma verdadeira lástima, já que elas são as mais fáceis de serem plantadas, são bem mais resistentes, toleram bem alguma restrição de água e sol mais intenso.
Além disso, possuem raízes bastante resistentes, flores e bulbos maiores, entre outras virtudes que, para os que apenas pretendem tê-las como ornamento de jardins (sem tanto esse caráter místico e exótico), sem dúvida são grandes opções.
Isso sem contar, obviamente, o fato de que o que não faltam são espécies de orquídeas que podem ser plantadas na terra.
São centenas! Solitárias e desdenhadas! A desenvolverem-se de forma bem mais abundante no solo das florestas. E que, para a composição de jardins e canteiros, podem ser consideradas imbatíveis em relação às “epífitas”.
Como Plantar Orquídea na Terra?
Uma das primeiras coisas que deve ter em mente alguém que deseja saber como plantar exemplares de orquídeas na terra, é que, apesar de exigirem menos água do que as tradicionais epífitas, elas, como toda representante dessa imensa família Orchidaceae, exigem pelo menos duas regas por semana.
Além disso, é preciso atentar para detalhes como: evitar a incidência direta de sol e de luz sobre os exemplares, o excesso de vento e garantir que o terreno seja rico em nutrientes. Essas são as garantias de que as variedades crescerão com o mesmo aspecto das que nascem livres nos seus habitats naturais.
Quanto a esse último fator, o ideal é que o solo seja enriquecido com um bom substrato à base de terra vegetal e com um composto orgânico de qualidade (em partes iguais).
Atentar também para a necessidade de manter uma rotina de adubação a cada duas semanas, que deverá ser reduzida para aplicações mensais, a partir do momento em que elas começarem a florescer.
Essas espécies também podem ser plantadas em vasos – especialmente os fabricados com fibras ou qualquer outro material vegetal.
Você só precisará garantir uma boa quantidade de terra vegetal e cuidar para que as raízes permaneçam unidas (por isso o vaso escolhido não pode ser muito grande).
Terá, também, que tornar a terra suave e macia (sem torrões ou outros fragmentos), utilizar adubos orgânicos de qualidade (e em boa quantidade), acrescentar materiais que impeçam o encharcamento da terra (como alguns tipos de fibra de sisal, coco, entre outros), entre outras providências.
Agora, se o seu objetivo é retirá-las de um vaso e transplantá-las para outro, tenha o cuidado de, ao retirá-las, livrar as suas raízes de terra, restos de compostos orgânicos e partes mortas; para só depois preencher o novo vaso com um bom composto orgânico (até a metade da sua capacidade).
Cuide também de afastar das laterais do vaso o lado onde começam a germinar as orquídeas, garanta a total cobertura das raízes com o composto orgânico e certifique-se de que as orquídeas estão devidamente encaixadas na terra.
Detalhes Sobre Como Reagem as Orquídeas Plantadas na Terra
Muitos não sabem, mas as orquídeas que são plantadas na terra podem muito bem ser variedades epífitas (e até mesmo o contrário).
Essas espécies caracterizam-se por adaptar-se bem a diferentes situações. E você só precisará mesmo é conhecer as variedades que realmente se prestam a esse tipo de operação.
Isso porque as epífitas, pelas suas características, costumam sufocar sob a pressão da terra, já que as suas raízes são plenamente adaptadas para o ambiente menos denso das superfícies das árvores.
Da mesma forma, as que nascem no chão das florestas possuem a característica de exigirem grandes quantidades de água, por isso, quando transplantadas para uma árvore, costumam definhar aos poucos – condenadas à morte por desidratação.
Outra coisa que é preciso ter em mente é que, devido ao fato de elas serem oriundas de um ambiente selvagem, com bastante incidência de sol e nutridas com os recursos naturais do meio ambiente, algumas orquídeas, quando plantadas em um terreno urbano, podem não se desenvolver a contento.
Logo, o recomendado é tentar reproduzir ao máximo as condições em que elas viviam em seus habitats naturais. Além de outros cuidados que, em sua maioria, têm a ver com o caráter singular dessa variedade de flores exóticas.
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Você fez um belo artigo. Aprendi muito.