Hábitos Modernos X Hábitos Antigos
A história humana estabelece pontos importantes durante todo o seu trajeto, muitos desses sendo momentos cruciais que determinaram os rumos da nossa civilização.
Dois pontos dessa nossa história evolutiva são sempre lembrados: o uso do fogo, que mudou radicalmente a maneira como consumimos alimentos; e a confecção e uso da roda, a qual também alterou para sempre os hábitos de deslocamento e vias de transporte entre as distâncias geográficas.
Estes dois exemplos podem parecer simplistas (e realmente são), mas resumem bem duas coisas: o uso da ferramenta, e como usar uma ferramenta.
Se o fogo e a roda são dois instrumentos que trouxeram muitas vantagens para a nossa espécie, ao mesmo tempo o mal uso deles podem acarretar em desvantagens, complicações e perdas.
O fogo permitiu que cozinhássemos os alimentos, fazendo-os livres de agentes patógenos que eram mortos pela temperatura, porém agora se sabe que em levadas temperaturas também se altera quimicamente a estrutura dos alimentos (seja frito, cozido, grelhado, assado, etc) produzindo a acrilamida, um perigoso fator de risco associado ao câncer.
A roda, junto com os veículos de transporte (primeiro os de tração, depois os automóveis) encurtou os espaços, e nos fez acelerar cada vez mais rápido, otimizando o tempo gasto: todavia se nós dirigimos esses veículos (os motorizados) há pelo menos 100 anos, nós andamos há pelo menos 100 mil anos (ou 200 mil anos, ou ainda 300 mil anos, dependendo da publicação científica consultada).
E todos nós sabemos que o sedentarismo é um outro importante fator de risco para doenças crônicas em gerais.
Ou seja, paremos e pensemos: não tem como duvidar que a expectativa de vida aumentou junto com produção tecnológica, mas e a qualidade de vida, também segue o mesmo padrão?
Se vermos os hábitos modernos e como a maioria ainda foca no tratamento ao invés da prevenção (pois o primeiro produz um maior establishment burocrático que é utilizado como arma económica, seja por empresas privadas ou por agências públicas), algumas vezes dá vontade de voltar para o passado.
É Necessário um Resgate dos Hábitos Passados
Se está em plena ascensão aquilo que se chama de “paleo-alimentação” (ou paleo-dieta), basicamente definida como uma volta a alimentação do passado, podendo ser de uma vertente mais branda (que se alimenta de orgânicos e produtos não industrializados, porém podem ser cozidos) até os mais xiitas (que se só alimentam de cereais, vegetais e produtos animais crus, sem ser preparado).
Nesse contexto é interessante resgatar que há informação de sucesso do mesmo tipo de mudança de hábito, como estudos de caso em que aborígenes e outros povos nativo de determinados países quando deslocados para os centros urbanos, e adotaram o habito alimentar dominante, apresentaram elevada incidência de diabetes tipo 2, hipertensão e até alguns indícios de doenças relacionadas a demência.
O mais incrível é que esses indivíduos quando levados de volta para seus “habitats naturais” conseguiram reverter muitas destas doenças.
Ainda nesta seara de pensamento, temos os famigerados defensivos agrícolas: não há como negar que muitos países só conseguiram se tornar suficientes em abastecimento e exportação dos principais grãos graças a esta tecnologia da química fina que vem desenvolvendo cada vez mais fertilizantes e pesticidas que potencializam a safra.
Mas há vozes dissonantes deste admirável mundo novo, que reportam que o uso contínuo e em larga escala está associando ao aumento de câncer, autismo e distúrbios endócrinos e embriológicos (com o próprio parlamento da União Europeia se reuniu para abordar o tema).
Quando começamos a colocar na balança o custo e o benefício de toda a evolução da nossa espécie, em especial com a chegada desta época moderna, começamos a pensar se não é hora de resgatar muitos de nossos ensinamentos que eram rotineiramente usados por nossos antepassados.
O Hábito da Jardinagem
Se existe alguma atividade que é ao mesmo tempo recreativa e que otimiza a nossa interação com a natureza, assim como nos higieniza mentalmente, esta atividade é a jardinagem.
Seja o jardim de produtos alimentícios, ou de embelezamento paisagístico, o hábito de plantar vegetais já traz naturalmente uma paz espiritual que pode nos conectar com as técnicas de muitos de nossos ancestrais primitivos, que iniciaram a modificação do ambiente com esses simples métodos de manejo do solo.
Todo esse procedimento já demanda um estudo das leis naturais, como qualidade do solo, distribuição de água, escolha dos vegetais que serão utilizados (como as espécies de plantas, e suas respectivas características biológicas dependentes do clima, chuva, etc), ou seja: uma aula prática de botânica ao alcance de você e da sua família.
Não seria uma excelente oportunidade de passar um tempo com as pessoas que você gosta, ao invés de ficar preso a computadores, videogames e smartphones?
A Flores de Cravo e Sua Importância Para a Nossa Sociedade
Se existe algo que nos traz satisfação, isso pode resumido em plantar flores.
Flores (os órgãos sexuais das plantas) manifestam diferentes cores e aromas, os quais são continuamente tentados a ser emulado e replicado pelas técnicas artificiais do homem, desde o início da alquimia.
Nada supera o aroma de uma flore original, e dependendo da espécie de flor, ela pode ainda representar um importante símbolo para as pessoas.
O cravo é uma flor poderosa nesse sentido, pois ele tornou-se objeto tanto para boas vindas como para despedidas, estando presente conforme a sua cor (vermelho para a paixão; branco para a solidão).
Uma planta com um poder desses sobre a cultura e as pessoas deve ser sempre respeitada, e mais que isso: cultivada e distribuída.
Plantando Cravos Chabaud
Para se ter melhor eficiência no plantio nessas variantes de cravos, deve-se ter as exigências básicas da espécie, como o cultivo em solo rico em nutrientes, espaço para o desenvolvimento, sendo que essas plantas podem aguentar exposição do sol direto.
Estes tipos de cravos são anuais, ou seja, duram aproximadamente um ano após germinação, fazendo-os durar um pouco mais quando bem tratados e abastecidos.
Germinam em duas semanas, sem depender da temperatura, podendo as suas pétalas apresentarem diferentes tipos de cores, o que torna mais chamativo um jardim desse tipo de cravo.