É possível plantar arroz pelo método de irrigação, no seco ou em sequeiro. Mas os sistemas resumem-se a dois: transplante e semeadura direta. Em ambos os sistemas será preciso atentar para as melhores técnicas de irrigação, período do ano em que irá efetuar o plantio, técnicas de preparação do solo, entre outras necessidades.
O plantio do arroz irrigado poderá ser executado de formas simples; pelo simples cultivo da semente seca ou no início da sua germinação. Essas sementes podem ser plantadas em um solo alagado, seco, lançadas ao solo (com o auxílio de incorporadores para as sementes), na forma de linhas, entre outras técnicas.
Já no caso dos transplantes, como parece fácil supor, primeiro você deverá germinar essas sementes em uma sementeira, e só depois transplantá-la para o local definitivo de plantio; cuidando para que o solo seja adequado, devidamente corrigido em seu pH, aplainado, nutrido, de forma a que se possa proceder a uma eficiente técnica de irrigação, realizar o combate a parasitas, entre outras práticas que são típicas desse segmento.
A Técnica De Plantio Do Arroz Irrigado
Uma técnica bastante utilizada para o plantio de arroz irrigado (que difere do seco e de sequeiro) é a do “plantio convencional”. Esta técnica inicia-se pela preparação do solo, nesse caso, pela sua descompactação por meio de arados.
Segue o preparo do solo (o “secundário”), com o seu nivelamento por meio de plainas, a fim de corrigir a superfície, facilitar a irrigação, romper partes mais rígidas, facilitar a remoção de pragas, aplicar fertilizantes, etc.
Mas cabe aqui chamar a atenção para os cuidados necessários durante esse preparo do solo. Um desses cuidados diz respeito à sua umidade inicial durante essa preparação. Solos muito secos praticamente inviabilizam o plantio, enquanto um solo encharcado cria pontos de compactação que acabam exigindo demais das máquinas de implementos, entre outras consequências que costumam encarecer, ainda mais, esse tipo de cultura.
Para o método de plantio de arroz irrigado geralmente recomenda-se uma adubação NPK (entre 50 e 90 kg por hectare); utiliza-se um espaçamento de 25 ou 30 cm; entre 70 e 90 kg de sementes por hectare; e o plantio deverá realizar-se entre os meses de setembro e novembro, podendo estender-se até dezembro, mas sem o mesmo vigor.
Portanto, o plantio direto, por transplante de mudas e pré-germinado, junta-se ao plantio convencional, para compor o conjunto de sistemas típicos do plantio de arroz irrigado.
Plantio De Arroz De Sequeiro E as Diferenças Em Relação Ao Irrigado E O Seco
O plantio de arroz de sequeiro geralmente ocorre entre os meses de setembro e novembro. O solo também deverá ser fértil; mas, em caso de solos deficientes, recomenda-se uma boa adubação à base de compostos orgânicos (pelo menos 18 ou 20 toneladas por hectare).
Caso esse seja o primeiro processo de cultivo do arroz no terreno, recomenda-se também um trabalho de aragem pelo menos 80 ou 90 dias antes do plantio, e aí então é só proceder ao cultivo, por meio de covas com distância de pelo menos 15 cm entre elas, em linhas com distância de no mínimo 60 cm – isso no caso de semeadura manual.
Mas, no caso de utilizar máquinas de semeadura, abra covas com cerca de 4 cm, com pelo menos 50 cm de distância uma da outra, com não mais do que 35 kg de semente por hectare e no máximo 15 sementes por cova.
Como pudemos ver, independentemente da técnica utilizada, não há como plantar arroz irrigado, no seco ou de sequeiro, sem que algumas particularidades comuns sejam observadas. A saber: todas elas exigem um solo rico em matéria orgânica (ou adubado) e bastante trabalhado (sem torrões, pedras, cascalhos, entre outros obstáculos ao desenvolvimento das espécies).
Exigem também espaçamentos adequados, uma profundidade correta das covas, entre outros cuidados, que é o que unem essas técnicas e aumentam as chances de sucesso de uma cultura que, como se sabe, depende de inúmeras variáveis para que verdadeiramente tenha sucesso.
O Plantio De Arroz No Seco E as Suas Diferenças Entre O Irrigado E O De Sequeiro
O plantio de arroz em solo seco é a típica técnica utilizada para a economia de custos, especialmente em tempos difíceis para o produtor, como esses em que vivemos nos últimos 2 anos.
Algumas das razões para isso podem ser apontadas na economia que é feita com o gasto de água, combustíveis que são economizados com esse tipo de manejo, redução da conta da energia elétrica, preservação de todo o maquinário (tratores, colheitadeiras, sementeiras, adubadeiras, entre outros).
Todas essas práticas, que no método de plantio de arroz irrigado devem ser obrigatoriamente observadas, no plantio seco podem perfeitamente ser reduzidas, e muitas vezes até dispensadas, a depender das técnicas de manejo do solo utilizadas – sem contar o fato de ser ecologicamente correta, já que o plantio por inundação é capaz de consumir mais de 1/3 da água do planeta.
O plantio do arroz em solo seco também diminui as dores de cabeça do produtor com a proliferação de ervas daninhas e demais pragas que costumam aproveitar-se do ambiente agradável de um solo irrigado para, a partir daí, configurarem-se como um dos flagelos do cultivo do arroz.
O cultivo mínimo ou plantio em linha, como também é conhecido o sistema de plantio de arroz no seco, é feito em um solo superficial, pouco trabalhado, de forma a facilitar, inclusive, a remoção de ervas daninhas.
Será necessário, também, manter um espaçamento entre 18 e 21 cm entre as covas, jamais plantar mais do que 500 mudas por m2.
Bem como cultivar no máximo 160 kg de sementes por hectare, utilizar o rolo faca para o manejo do solo, preparar esse solo com antecedência, entre outras técnicas que, observadas, certamente farão toda a diferença para o sucesso desse segmento do plantio ou cultivo de arroz, seja ele irrigado, em solo seco, de sequeiro, entre outras técnicas.
O plantio do arroz, como o de outras inúmeras espécies, pode muito bem ser considerado uma arte. Mas gostaríamos de conhecer a sua opinião sobre as técnicas citadas nesse artigo, por meio de um comentário, logo abaixo. E continue compartilhando, discutindo, refletindo, questionando e aproveitando-se das nossas publicações.