A importância do cultivo de mudas de espécies como a azaleia (seja na água, no chão, ou por meio de outras técnicas) está para além do prazer que essa atividade proporciona, pois o que os números nos revelam é que o segmento do mercado de floricultura está em constante expansão no Brasil.
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Floricultura (IBRAFLOR), só em 2017 o segmento apresentou um resultado de mais de R$ 72 bilhões de reais – quase 10% a mais do que no ano anterior – , o que tem feito com que milhares de amantes dessa atividade passem a olhá-la com outros olhos; talvez os olhos de um empreendedor.
Arranjos florais são imbatíveis quando o assunto é a decoração de eventos. Mas, como presente, ainda não inventaram nada mais prático e certeiro; especialmente quando a intenção é agradar as mulheres, sejam elas mães, irmãs, namoradas, esposas, chefes, ou a quem quer que você deseje demonstrar apreço.
Variedades preferidas como a Rhododendron simsii (a azaleia-japonesa), a Rhododendron hybrid, a Rhododendron ‘Iris, entre inúmeras outras, graças a diversos processos de hibridização puderam desenvolver-se a contento no Brasil; e esses processos inclusive fizeram com que a azaleia adquirisse o status de um dos gêneros florais preferidos em diversos estados Brasileiros, em especial na cidade de São Paulo.
Todos os anos é a mesma coisa: de março a setembro elas despontam, belas e harmoniosas, com pétalas simples ou em dobras, com 4 a 6 cm de diâmetro, em cores vermelhas, rosas, lilases, laranja, amarelas, brancas, entre outras colorações que da mesma forma ajudam a compor, magnificamente, diversos espaços.
Com elas você poderá compor varandas, canteiros, jardins, cercas vivas, muros, fachadas, além de contribuírem para o embelezamento de parques, praças, e onde quer que se deseje conferir um ar gracioso, belo e alegre – como só mesmo a azaleia pode proporcionar, em diversas formas de cultivo, seja por meio de mudas na água, no chão, entre outras.
Como Fazer Muda De Azaleia Na Água E No Chão
1.Na Água
Essa técnica é uma das mais simples! Na verdade, quem já não pôs uma planta, grão de feijão, ou mesmo uma flor em um recipiente com água, e não percebeu, tempos depois, que elas, como que “magicamente”, começaram a produzir raízes?
Essa é uma das “surpresas” que nos fazem a natureza!, sempre disposta a produzir vida mesmo nas condições, aparentemente, mais adversas. E é justamente esse princípio que faz com que seja possível fazer mudas de azaleia na água, e não apenas no chão.
E, para tal, o método mais comumente utilizado é o da estaquia, que consiste em separar um ramo (estaca) ou galho de uma azaleia (ou de qualquer espécie), retirar todas as folhas, talos e demais partes aéreas, e colocá-lo num recipiente com água filtrada, em um ambiente arejado e com boa luminosidade indireta.
O ideal é que esse galho ou ramo seja forte e saudável, e que tenha sido regado há pelo menos 45 min, a fim de que possua uma boa quantidade reservada de água.
Corte um galho ou ramo com pelo menos 8 ou 10 cm, lave bem um copo ou um recipiente qualquer daqueles de conserva e encha-o com água até a metade do ramo submerso (que não deverá possuir folhas ou flores).
Leve o frasco ou copo de vidro com o ramo para um ambiente arejado, fresco, com boa luminosidade indireta e aguarde entre 8 e 15 dias até que comece a observar o desenvolvimento das raízes.
Aí então é só levar a muda para um local definitivo, que poderá ser um vaso, canteiro, jardineira, ou onde quer que deseje conferir mais beleza e suavidade; desde que o local possua um bom substrato e possa receber uma boa incidência de sol e luminosidade durante o dia.
2.No Chão
Para que você possa fazer mudas de azaleia no chão será necessário, antes de mais nada, certificar-se de que escolheu ramos intermediários (não muito jovens e nem muito antigos).
Faça essa escolha no início de setembro, que é quando elas já terão cerca de 90 dias de florescimento, e ainda estarão cheias de vitalidade e disposição para enraizar.
Utilize uma faca, estilete ou qualquer instrumento parecido, escolha a muda (ou mudas) da forma como aconselhamos (especialmente aquelas cujos galhos já se partem com mais facilidade), retire todas as folhas e flores até a região que ficará enterrada no solo, cave um buraco na terra (com um bom composto orgânico e terra agilosa) e fixe a planta.
É importante cuidar para que sejam retirados todos as folhas e flores da região que ficará enterrada, pois estas só irão competir com as demais partes aéreas da planta por nutrientes, mas sem desenvolver-se adequadamente, o que certamente tornará o crescimento da planta mais lento, quando não totalmente comprometido.
Você também poderá lançar mão de um enraizador, que nada mais é do que um composto ou hormônio industrializado, à base de nutrientes e de outras substâncias capazes de estimular o crescimento de raízes em praticamente todas as espécies vegetais conhecidas.
Azaleia plantada, agora você poderá simular uma espécie de estufa, ideal para fazer com que as raízes sejam ainda mais estimuladas. E para tal, basta utilizar um saco plástico transparente, que deverá cobrir toda a planta no vaso.
Periodicamente, retire essa “embalagem”, a fim de que a planta receba um pouco de oxigênio, substrato ou rega. E se tudo ocorrer bem, em no máximo 3 meses você já poderá retirar essa estufa para que a azaleia desenvolva-se corretamente; mas sempre mantendo as regas periódicas, além de manter o vaso, canteiro ou jardineira em um local arejado, com boa incidência de luz indireta e sem umidade.
E ao final de todo esse processo, terá uma variedade das mais belas e delicadas da natureza; uma espécie que já foi considerada símbolo da cidade de São Paulo, que já conseguiu seduzir exércitos, cujas flores podem produzir um chá que derrete os corações mais endurecidos, entre outras lendas que cercam uma das mais belas espécies da flora brasileira.
Essas foram as nossas dicas de como fazer ou produzir mudas de azaleia na água e no chão. Mas, e as suas? Deixe-as, na forma de um comentário. E continue a compartilhar os nossos conteúdos.