Muitos sabem que o Brasil já foi um dos maiores produtores e comercializadores de açúcar. Essa indústria já foi responsável pelo avanço econômico do país em tempos mais difíceis. Movimentava uma economia entre pessoas da burguesia, porem foi um período muito marcado pela escravidão e cultura patriarcal. Até hoje existem estudos e pesquisas efetuadas para entender mais sobre o que foi esse período que marcou tanto a historia brasileira.
Contexto Histórico: Cana De Açúcar
Antes de qualquer coisa, deve-se entender que nesse período, entre o século XVIII e entre o ano de 1533, o Brasil estava sendo colonizado por portugueses. A realeza não participava de algumas expedições, portanto, os exploradores eram encarregados de proteger a terra colonizada para que outros estrangeiros e outros exploradores de outros reinos e países não a tomassem. Portanto, a realeza portuguesa enviou seus exploradores. O primeiro local a ser explorado, protegido e colonizado foi a cidade de São Vicente. Hoje, litoral de São Paulo. Até hoje, visitando a cidade, é possível encontrar totens de recepção a turistas com informações sobre ser a primeira cidade do Brasil. Para essa proteção e supervisão do local, o explorador Martin Afonso trouxe para as terras brasileiras as primeiras amostras da cana de açúcar. Ao plantar e consolidar o primeiro engenho de cana de açúcar, começa uma propagação de plantios por toda a costa brasileira, a fim de proteger e demonstrar que já era uma terra colonizada.
Portanto, em pouco tempo, a cana de açúcar já era a principal riqueza brasileira, exportando para diversos locais do mundo. A mão de obra era escrava, o comercio entre negros e índios era legalizado e muito utilizado nessa época, sendo também uma segunda fonte de renda.
A Cana De Açúcar
Nessa época, existiam muitos tipos diferentes de comércio, já eram exportadas especiarias nas áreas do mar mediterrâneo, algodão, tabaco, entre outros, os países mais ricos e experientes já negociavam e trocavam mercadorias entre si. Porém, os portugueses eram experientes no cultivo e negociação do açúcar. Isso porque alguns países africanos já eram explorados, dominados e colonizados pelos portugueses. No caso do Brasil, os nativos (índios) eram explorados, porem não eram os escravos ideais, tanto é que navios negreiros eram trazidos da europa para que os negros trabalhassem no Brasil. Já no caso dos países africanos, os próprios nativos trabalham como escravos para a produção do açúcar. Esse açúcar era exportado e o valor adquirido era enviado à coroa portuguesa.
A cana de açúcar, além de ser um produto de experiência portuguesa era de fácil e rápido cultivo. Além disso, o solo brasileiro e clima tropical era o suficiente para que a cana se desenvolvesse e, em menos de dois anos, estivesse pronta para ser colhida e exportada.
Nesse mesmo período, a europa descobria as diversas finalidades do açúcar e como ele era visado. Isso só fez com que Portugal aumentasse ainda mais suas produções e explorações de escravos e nativos em busca de farturas, lucro e terras.
Como Era Cultivada
Existiam engenhos de açúcar. Os centros onde o açúcar era produzido. Esses engenhos normalmente eram rodeados por: casa grande; senzala; capela e casa do engenho.
A casa grande era a moradia do Senhor e sua família, normalmente portugueses e ricos. A senzala era onde os negros ‘moravam’, sem nenhum conforto, dormiam no chão em cima de palhas e se viravam como conseguiam. A capela era onde aconteciam encontros religiosos católicos, onde a comunidade se reunia para ensinar sobre o catolicismo.
O engenho em si, ou a casa do engenho continha:
- Moenda: estrutura formada para moer a cana;
- Fornalha; o caldo era extraído da moenda e fervido na fornalha;
- Casa de purgar: Depois de fervido, o açúcar era transportado para ficar branco.
Depois de ser processado e passar por todos os estágios, moenda, fornalha e casa de purgar, o açúcar era separado, pesado e exportado para os países.
Basicamente, o engenho era onde todo o processo acontecia. O objetivo maior dos senhores donos dos engenhos era o acúmulo de riquezas para que uma metrópole fosse estabelecida por perto dos engenhos. Essa cidade também era de controle português.
Açúcar No Brasil
Como já mencionado, o açúcar realmente foi muito relevante para a formação de cidades. Foi muito mais importante para Portugal do que para o Brasil. Foi uma época em que as riquezas brasileiras atraiam diversas famílias portuguesas que vinham a mando da coroa ou em busca de oportunidades em terras brasileiras. Desse modo, expulsavam os nativos, que viviam em guerras com senhores donos de engenhos, escravizavam os negros e faziam de sua fortuna seu principal motivo e objetivo. O crescimento brusco da fortuna que o Brasil foi capaz de produzir fez com que, rapidamente, outras nações quisessem tentar a sorte por nossas terras. Esse foi o caso da Holanda. Em alguns anos de dominação de mercado, holandeses chegaram tentando tomar algumas terras. Como não conseguiram, passaram tempos aprendendo a produzir o açúcar para, tempos depois, estarem com uma imensa produção de canas e beterrabas, extraindo açúcar das duas maneiras e exportando para diversos países. O desenvolvimento tecnológico da época permitiu que os holandeses passassem o brasil e o desbancasse em questão de produção e negociação.
Alternativas E Novos Comércios
O solo brasileiro é rico e o clima favorece diversos produtos orgânicos e naturais. Foi graças a essa facilidade da natureza que rapidamente as produções foram crescendo. A produção de açúcar no Brasil nunca deixou de existir, o Brasil até hoje exporta. Porém, com a necessidade de inovações, considerando que fornecíamos somente 5% do consumo mundial de açúcar, o Brasil procurou por outros produtos. A partir daí o café, tabaco e algodão foram ótimas opções para exportação, mantendo o crescimento e desenvolvimento de cidades brasileiras. O café também por muito tempo tomou a liderança em exportação e acúmulo de riquezas.
Foram produtos que marcaram uma época de muito enriquecimento para uns e muita dor para outros. O período em que a escravidão era algo comum foi, com certeza, um dos piores já passados pela humanidade. A segregação e exploração era absurda e fora do comum.