Saber como é feito o champignon e para que ele serve pode fazer toda a diferença para quem pretende enveredar-se por essa exótica e singular arte de cultivar cogumelos.
Isso porque esse é um tipo de fungo típico da culinária francesa (e também oriental), que a cada dia vem ganhando mais e mais adeptos interessados em reaproveitar de forma plena os frutos da terra e, por tabela, aproveitar-se de um dos alimentos mais ricos em proteínas e carboidratos da natureza.
Na verdade podemos dizer, sem medo de errar, que o “cogumelo de Paris” (seu outro nome) é uma exuberância em vitaminas e outros nutrientes. É uma fonte inigualável de cálcio, zinco, potássio, cobre, vitamina C, entre outras substâncias que o tornaram uma verdadeira “celebridade” das dietas não-convencionais e da chamada “medicina alternativa”.
Cientificamente, os champignons ou Agaricus bisporus (seu nome científico) podem ser designados como fungos já desenvolvidos (ou visíveis), a partir do seguinte processo: por meio de uma reprodução sexuada, um grupo de hifas (espécies de células ou embriões dos fungos) unem-se e formam o que é chamado em biologia de “micélios”.
Esses micélios acabam constituindo-se como um conjunto de hifas separadas por paredes celulares, que por sua vez podem reproduzir-se por um prolongamento ou bifurcação das suas extremidades.
Quando esse prolongamento torna-se bastante vigoroso, os fungos (liquens, leveduras, mofos, bolor, cogumelos, etc.) tornam-se visíveis, com as mais diversas aparências e em inúmeras variedades, como os conhecemos na natureza.
Como É Feito, Para Que Serve E Como Utilizar O Champignon?
Os cogumelos, como dissemos, são fungos. E, como tal, eles são capazes de produzir diversas substâncias secundárias que, para a indústria, é o que há de melhor para a constituição de matérias-primas para a diversificação na produção.
Isso faz com que eles possam ser utilizados para a produção de alimentos, na indústria farmacêutica, de cosméticos – e em todos esses casos os cogumelos apresentam propriedades únicas!
Não é preciso nem falar que, na gastronomia, saber como é feito e para que serve os champignons pode representar uma espécie de distinção para um estabelecimento, especialmente pela sua capacidade de absorver (como uma esponja) os mais diversos tipos de molhos e temperos, e dessa forma tornar-se um ingrediente ideal para incontáveis tipos de pratos.
O brasileiro, mesmo que de forma ainda tímida, já tem começado a fazer dos champignons uma rotina nas suas idas ao supermercado, especialmente os que possuem condições de pagar um preço nada popular pela iguaria.
Variedades como o shitake, shimeji e portobelo, por exemplo, estão entre os mais apreciados, e competem com o cogumelo de Paris quando o assunto é incrementar saladas, conferir um sabor original a molhos, rechear salgados, entre outras apresentações dessa iguaria exótica, extravagante e original da culinária francesa.
Além De Saber Como É Feito E Para Que Serve, a Importância De Saber Como Produzir Os Champignons
A produção dos champignons (ou “cogumelos de Paris”) geralmente é feita em um rico substrato, que também deverá conter um bom material orgânico, essencialmente feito à base de cascas de arroz, bagaço de cana, palha de milho, adubo orgânico, entre outros materiais que ajudem o fungo a desenvolver-se adequadamente.
Será necessário, também, manter esse material suficientemente úmido, com um pH entre 5 e 6 (por meio da introdução de calcário), entre outras cuidados que estimulem a produção de proteínas suficientes para a alimentação dos fungos – fator insubstituível para o desenvolvimento adequado de qualquer variedade.
Lembrando que todo esse material deverá ser reservado para uma espécie de incubação, até que possa ser coberto com uma camada de terra vegetal, que é o que criará as condições ideais para que comece a haver um processo de constituição de hifas, a partir de corpos de frutificação, que deverão resultar em micélios vigorosos e saudáveis.
Mas também será importante oferecer aos champignons em fase de incubação temperaturas não superiores ou inferiores a 22 graus celsius e umidade relativa do ar entre 90 e 93%.
Já durante o processo de crescimento, o ideal é que essa temperatura oscile ente 15 e 17 graus e a umidade entre 84 e 86% ( e sempre com uma adequada circulação de ar no ambiente), a fim de que o fenômeno da evapo-transpiração ocorra a contento, e dessa forma os fungos possam adquirir todas as suas principais características.
Como Cultivar Os Champignons?
Agora que já sabemos como é feito e para que serve os champignons, nos cabe reservar algumas linhas para as melhores técnicas de cultivo do fungo. E aqui há um problema a ser sanado por quem pretende enveredar-se por esse tipo de cultura: O clima.
O clima é fator determinante para a produção adequada dessa espécie. E o problema é que, se por um lado o clima quente e úmido típico de algumas regiões brasileiras favorece a contaminação dos cogumelos por outros micro-organismos patológicos, por outro o frio excessivo e clima seco de outras regiões inibem o seu desenvolvimento.
Logo, para que se leve a bom termo essa prática, será necessário garantir a instalação de incubadoras ou estufas capazes de oferecer esterilização, refrigeração e aeração adequadas, de forma a impedir a proliferação de outros fungos danosos à sobrevivências dos champignons, mas sem inibir o seu próprio desenvolvimento.
O primeiro passo será, portanto, certificar-se de que adquiriu “sementes” de champignons fortes e saudáveis. Estes deverão ser introduzidos em um composto orgânico rico em celulose – em geral palha de arroz, serragem, bagaço de cana, entre outros materiais.
Esses cogumelos deverão permanecer, como dissemos, em uma incubadora escura, com temperaturas agradáveis, umidade alta; e ainda tendo o cuidado de garantir que, periodicamente, eles recebam oxigenação (aeração) suficiente para a garantia de que o processo de evapo-transpiração ocorra adequadamente, e dessa forma acelere-se o seu crescimento.
E enfim, seguidas essas recomendações, você certamente terá condições de produzir cogumelos fortes e saudáveis. Que só precisarão agora ser conservados por não mais do que 8 ou 10 dias, sempre em refrigerador, a temperaturas que oscilem entre 3 e 5 graus celsius.
Mas também devidamente embalados em estruturas de isopor e isolados com papel filme, de forma a preservar as suas principais propriedades e, obviamente, o sabor que lhes são tão característicos.
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