A rosa do deserto (Adenium spp) é uma flor linda e delicada. E que tem conquistado muitas pessoas. Originária da África do Sul, ela pertence à família Apocynaceae. Se for cultivada em um ambiente natural, a rosa do deserto pode chegar a 4 metros de altura, e a uma largura de 1,5 metros.
Para saber mais sobre essa planta, continue lendo, e descubra também como cultivar rosa do deserto em apartamento e muito mais…
Características da Rosa do Deserto
A rosa do deserto é uma planta facilmente adaptável ao clima de países tropicais, pois ela é originária de regiões quentes. Essa planta necessita de uma estrutura bem resistente, capaz de suportar muito vento, e também para poder reservar água suficiente. Por isso, na base do caule, ela é bem grossa.
O seu formato é bem parecido ao de uma árvore com as raízes visíveis. É possível encontrar rosa do deserto de inúmeras cores diferentes, como rosa, vinho, branco, vermelho, preto e lilás. São consideradas plantas suculentas.
Essa planta floresce sempre, desde que esteja sob sol pleno. Os maiores produtores de rosa do deserto encontram-se nas regiões centro-oeste, norte, sudeste e nordeste do país.
Como Cultivar Rosa do Deserto em Apartamento
Muitas pessoas adorariam ter uma rosa do deserto, mas não sabem se é possível o seu cultivo em ambientes como de um apartamento.
E a verdade é que é sim possível cultivar rosa do deserto em apartamento, porém, como essa planta gosta de sol pleno por, pelo menos, 6 horas diárias, e também de ambientes quentes, ela deve ser posicionada em um local onde ela receba luz solar direta o dia inteiro.
Abaixo, nós detalhamos tudo o que você precisará para cultivar uma rosa do deserto em apartamento ou no jardim. Confira!
- Iluminação: essa planta necessita de muito sol. São necessários, no mínimo, 6 horas de sol pleno por dia. Sem isso, elas não irão florescer, ou florescem bem pouco.
Além do mais, a falta de sol também pode fazer a planta crescer torta para um dos lados, pois ela tende a procurar por sol; ou pode ocorrer também o chamado estiolamento, que consiste no crescimento débil com relação ao comprimento.
- Temperatura: a rosa do deserto é uma espécie de planta que não gosta de ambientes ou regiões frias. Caso contrário, o metabolismo dessa planta tende a ficar mais lento e dormente. Ela não floresce, e as suas folhas ficam amareladas e caem.
Se for cultivada em ambientes frios, as regas devem ser bem espaçadas. Em períodos mais frios do ano, como no inverno, por exemplo, o ideal é manter a planta em uma estufa. Em especial nas regiões serranas ou no sul do país.
- Substrato: a rosa do deserto necessita de um tipo de substrato mais específico, mas que é fácil de compor. Esse substrato deve ser rico em fósforo, cálcio e potássio, com uma boa drenagem e leve.
Porém, por ser um substrato drenável, é comum a perda de nutrientes, pois a água das regas tende a lavar esses nutrientes. Por isso, é importante realizar adubações com frequência para repor os nutrientes perdidos.
Também é importante tomar cuidado com o nitrogênio, pois ele é um nutriente que precisa ser usado com uma certa cautela. Quando em excesso, ele pode provocar o desenvolvimento em excesso da planta
- Podas: é fundamental podar a rosa do deserto. Inclusive, as podas são essenciais para que estimular a floração e para dar forma à planta também. Mas é preciso ter cautela quando for usar a poda como estímulo para o florescimento. Nesse caso, essa deve ser a última opção para estimular as flores.
O ideal mesmo é melhorar a adubação, e cuidar para que os nutrientes que citamos acima não faltem para a rosa do deserto.
Uma outra maneira de dar forma à planta é utilizando artifícios dos bonsaistas como, por exemplo, aramar os galhos, ou ancorá-los, usando fios de barbante. Nos ramos, é indicado para corte em bisel, para que a água não se acumule nos ferimentos da planta.
Uma dica para cicatrizar os ferimentos é usar pó de canela nos cortes. Isso ajuda a evitar o surgimento e a proliferação de fungos, e das doenças que eles causam.
- Propagação: é possível propagar a rosa do deserto por meio de estacas e de sementes. As estacas podem ser retiradas quando for podar a planta. O resultado da poda pode se transformar em várias mudas. No entanto, a propagação por estaquia, ao contrário do que acontece com as sementes, não desenvolve o caudex (caule).
Se optar pela propagação por sementes, é preciso deixá-las de molho para ficarem hidratadas. Para isso, use água não clorada. O ideal é deixar as sementes na água por, pelo menos, duas horas.
Se quiser plantar sem deixar as sementes de molho, não tem problema. Mas elas irão demorar entre 2 ou 3 dias a mais para germinar. Uma vez hidratadas, é hora de plantar as sementes em recipientes individuais. Você pode usar copos descartáveis ou, até mesmo, bandejas de isopor, contendo células individuais.
As sementes levam de 2 até 4 dias para germinarem. Enquanto isso, é importante que o substrato seja mantido sempre úmido. Após todas as sementes germinarem, você pode diminuir a quantidade de irrigação para 1 ou 2 vezes por dia. Conforme a planta for crescendo, você deve ir espaçando ainda mais a irrigação.
Outra dica é manter as mudas sob sol pleno. Dessa forma, elas vão se acostumando com a luminosidade. Quando as mudas já estiverem com três pares de folhas bem definidos, é chegado o momento de realizar o transplante. A floração acontece entre 6 e 8 meses depois do plantio.
- Irrigação: para se certificar se a rosa do deserto está precisando de água, basta apertar o seu caule (caudex) de forma leve. Caso ele esteja murcho, é sinal que a sua planta está precisando de água, pois está desidratada. Irrigue bem a rosa do deserto, mas não precisa encharcar.
Vale ressaltar que o caule murcho nem sempre quer dizer desidratação. Pode ser também um sinal de podridão. Para ter certeza, ao apertar um lado e notar que está murcho, aperte do outro lado. Se também se mostrar murcho, as chances de a planta estar com podridão são muitas.
Não precisa se desesperar. Em muitos casos, esse problema pode ser resolvido. Limpe todas as raízes da rosa do deserto, de forma que elas fiquem todas nuas. Em seguida, use uma colher para retirar toda a parte que apresenta podridão. E coloque a planta pendurada em algum local com sombra, onde ela deve permanecer até que toda a ferida tenha cicatrizado. Ou seja, entre 5 e 6 dias.
Feito isso, replante a rosa do deserto em um substrato novo e coloque-a na sombra novamente por mais 3 a 4 dias. Vá levando a planta para o sol de forma gradativa. É comum as folhas caírem durante esse período de “tratamento”.